domingo, 26 de março de 2023

MAIS QUE ABRIGO, HÁ 20 ANOS O GACCH É PORTO SEGURO PARA CRIANÇAS COM CÂNCER

Por Célia Ribeiro

Se receber o diagnóstico é uma punhalada na alma, o que dizer das famílias que percorrem longas distâncias em busca de tratamento para os filhos, sem dinheiro para hospedagem ou refeição decentes? Há 20 anos, houve quem se sensibilizou com essa situação e reuniu amigos para locarem um pequeno imóvel destinado a acolher quem precisava: assim nasceu o GACCH (Grupo de Apoio à Criança com Câncer e Hemopatias).

 

Cantinho da leitura
Na última quinta-feira (23), voluntárias e apoiadores se reuniram no Espaço OZ para celebrarem as duas décadas da entidade que é considerada uma das mais importantes ONGs voltadas ao atendimento de crianças portadoras de câncer e doenças do sangue (hemopatias). Lembrando a saudade das benfeitoras que se foram, como Nanci Brabo Gimenez, e felizes por terem conseguido se manter de pé na pandemia, as voluntárias conseguiram se confraternizar após três anos.

 Em entrevista ao JM na sede do GACCH, esta semana,  Maria Angélica Bonilha Vianna fez um balanço dos últimos anos em que a entidade precisou se adaptar durante o isolamento social: “O câncer não acabou. A doença não parou”, observou, explicando que embora o número de voluntárias, que atuava diretamente na casa, caiu de mais de 50 para em torno de 10, nenhuma criança acompanhada da mãe deixou de ser acolhida.

 Ela destacou que o GACCH sobrevive da ajuda da comunidade que reconhece a importância do seu papel. Afinal, a sede inaugurada em 2014, em terreno cedido pela Santa Casa de Misericórdia de Marília e construída com recursos do McDia Feliz e Tauste Social, possui acomodações completas para que as crianças e acompanhantes de 62 municípios tenham pouso e refeições garantidos. 

Parte das voluntárias no jantar dos 20 anos em 23/03/2023

A voluntária contou como tudo começou destacando que a presidente, Dra. Doralice Tan, médica hematologista, era uma das pessoas que não se conformaram em ver as famílias dormirem na porta dos hospitais, embaixo de chuva, passando fome e frio, enquanto aguardavam atendimento para as crianças. 

Um dos três quartos completos com banheiro

Inicialmente, o pequeno grupo  alugou uma casa que foi mobiliada com doações e passou a acolher quem mais necessitava. Da simplicidade daquele gesto brotou a vontade em mais pessoas apoiarem e, aos poucos, foi se estruturando a ONG que atualmente possui certificação de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Federal.

 

Maria Angélica e roupas
disponibilizadas às famílias
“A casa funcionou normalmente. A única coisa que mudamos foi que não fizemos mais artesanato, bolacha e coisas para vender durante a pandemia”, explicou Maria Angélica. Como muitas voluntárias eram do grupo de risco, apenas algumas puderam estar presentes nas rotinas do lugar, embora todas continuassem contribuindo de alguma maneira com a instituição.

CUIDADOS

Tendo em vista que as crianças e suas mães iam e vinham de hospitais para consultas, exames e sessões de quimioterapia,  a preocupação com a higienização da casa era prioridade. Ainda hoje, o espaço é limpo três vezes por dia. As crianças e adolescentes, de zero a 18 anos, são hospedadas com suas mães em quartos com banheiro e toda privacidade e segurança.

A ONG parece casa de avó, brinca Maria Angélica. Além da cozinha industrial destinada à produção de itens para geração de renda (bolos, tortas, pizzas, bolachas etc), há uma cozinha menor em que as mães também podem cozinhar, se desejarem. Lá sempre tem bolo com café fresquinho e uma colaboradora da entidade prepara todas as refeições que são compartilhadas em uma grande mesa, como as de famílias numerosas. 

Artesanato das mães antes da pandemia 

Por isso, a doação de alimentos pela comunidade é tão importante. Eles vão para as refeições de quem está hospedado e também compõem as cestas básicas que são doadas a 58 famílias de crianças em tratamento cadastradas pela assistente social da instituição. Maria Angélica disse que o local foi concebido com toda a estrutura necessária, seja na parte física, como de acolhimento às mães. 

Playground foi coberto pela ONG Amigos do Bar

As aulas de artesanato de antigamente foram temporariamente suspensas. Mas, há máquinas de costura para que as mães possam aprender um ofício. Ao lado também funciona o bazar com artesanato que as voluntárias produzem o ano todo e geram renda tão importante para ajudar no custeio das despesas.

 

Brinquedoteca
Para as crianças, há brinquedoteca e espaço de leitura. Uma professora voluntária também vai ao local para auxiliar os pequenos nos deveres da escola. Além disso, a área externa possui um playground que ganhou cobertura da ONG Amigos do Bar aonde os pequenos podem brincar mesmo em dia de chuva.

 Os quase 300 metros quadrados da construção abrigam uma despensa em que são armazenados os alimentos doados e as latas de Sustagen que muitas crianças levam para casa, sobretudo no caso dos que perdem o apetite durante os ciclos de quimioterapia: “Essas famílias, quando se encontram em uma fragilidade tão grande, que é a doença da criança, elas perdem o chão. O que o GACCH faz é pegar no colo porque nós não tratamos aqui. Nós tratamos da alma. A gente acolhe essas famílias, essas crianças. A gente dá, literalmente, café com leite, pão com manteiga e amor”, finalizou Maria Angélica.

 COMO AJUDAR

 Para contribuir com esse trabalho tão importante, a comunidade pode levar alimentos não perecíveis, caixas de leite e de Sustagen na sede, localizada à Rua Júlio Mesquita, 50, ao lado do antigo Educandário. A nota fiscal paulista é outra importante fonte de receita, gerando em torno de 4 mil reais mensais. As notas fiscais também podem ser entregues na ONG que funciona das 8 às 17h de segunda a sexta-feira. O telefone é (14) 34224111 e a chave PIX para transferência de qualquer valor é:  o CNPJ  05.632.239/0001-06.

Leia outras reportagens do GACCH AQUI, AQUI e AQUI

*Reportagem publicada na edição impressa de 26/03/2023 do Jornal da Manhã


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domingo, 19 de março de 2023

À FRENTE DA ONG ORIGEM, LUCI MILREU QUER TIRAR OS PROJETOS SUSTENTÁVEIS DO PAPEL.

Por Célia Ribeiro

No mês em que se comemora o “Dia Internacional da Mulher”, Luci de Oliveira Milreu assumiu a presidência da mais importante ONG ambiental de Marília com o desafio de tirar do papel diversos projetos e fomentar a educação ambiental. “A criança é que educa o adulto”, afirmou a nova dirigente da Origem, destacando que investir nos pequenos fará diferença no futuro. 

Belas cachoeiras precisam ser preservadas

Ambientalista conhecida pela atuação no CONSEA (Conselho de Segurança Alimentar), Luci falou com a coluna, no início da semana, explicando que a Origem não interrompeu suas atividades e que as ações envolvendo voluntários podem ser conferidas nas redes sociais da ONG (Facebook e Instagram).


Bosque da Vida, na zona sul de Marília

No entanto, alguns projetos adiados por demandarem mais recursos e estrutura estão começando a ganhar corpo. Um deles é o “Bosque da Vida”, criado na zona Sul, em parceria com o Coletivo de Mulheres de Marília, para homenagear as vítimas do Covid-19. Dezenas de árvores já foram plantadas, mas a ideia é transformar o local através do reflorestamento e da criação de uma área de lazer para a população do entorno.

 

Luci Milreu, presidente da Origem
Luci explicou que a Origem está elaborando um projeto para pleitear recursos junto ao FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), do governo do Estado de São Paulo, que financia programas e projetos na área de recursos hídricos de modo a promover a melhoria e a proteção dos corpos d’água e de suas bacias hidrográficas, conforme  descrição no site do governo.

 Conforme disse, “o bosque é uma área muito extensa e a gente não consegue ir todos os finais de semana e, quando a gente vai, produz muito pouco. A ideia é otimizar porque, como também sou representante da Origem no Conselho da Bacia Hidrográfica Aguapeí-Peixe, tem um dinheiro a fundo perdido que vem do FEHIDRO”.

 A presidente da ONG contou que a área do “Bosque da Vida” abriga uma grande quantidade de nascentes que precisam ser protegidas. Dessa forma, ao conciliar o plantio de espécies nativas e frutíferas com a proteção das nascentes será possível transformar um espaço que será utilizado pela comunidade.

“Temos planos de instalar mesas e banquinhos embaixo das árvores para que as pessoas possam jogar cartas, fazer um piquenique, enfim, passar bons momentos em um espaço público revitalizado”, explicou a presidente da Origem. Por enquanto, o grupo conseguiu contratar uma pessoa para fazer a limpeza da área, uma vez por semana, enquanto os recursos para custear a locação de máquinas pesadas não chegam. 

Lixo deixado em cachoeira: falta conscientização

De acordo com Luci Milreu, o projeto em gestação prevê que a ONG esteja presente diretamente por dois anos, após o que a comunidade será convidada a participar da sua manutenção e, por isso, o trabalho com a educação ambiental das crianças é estratégico: “Nosso tempo é finito lá. Quando acabar o contrato, vamos fazer o relatório e a comunidade vai continuar lá depois para trabalhar a questão ambiental com as crianças, as famílias, as organizações sociais em um comprometimento do bem estar um do outro”.

EXPERIÊNCIA 

Voluntário durante limpeza de cachoeira

Atuando em várias frentes, a ONG Origem existe há 27 anos seja promovendo a limpeza de cachoeiras e proteção de nascentes, seja realizando o plantio de árvores e também denunciando crimes ambientais ao Ministério Público. Outra preocupação é com o uso indiscriminado de agrotóxicos e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população. 

 Feira do Cavalari que voltará com alimentos orgânicos

Luci informou que a “Feira contraos agrotóxicos e em defesa da vida” que acontecia no Jardim Cavalari, antes da pandemia, deve ser retomada com a participação de pequenos agricultores que se dedicam ao cultivo de orgânicos. Ela observou que “a gente só pode produzir alimentos dentro de um ambiente sadio. Não adianta ir na cachoeira tirar o lixo, tomar banho na cachoeira e comer comida com veneno ou fazer tudo isso e plantar com agrotóxico. São duas coisas que se chocam frontalmente”.

 

Mudas da Secretaria Municipal da Agricultura
para plantio no "Bosque da Vida"

A presidente da Origem adiantou que duas iniciativas são ligados à segurança alimentar: a implantação de um viveiro para produção de mudas que serão doadas a outro projeto, o de quintais produtivos. Conforme disse, a ONG quer estimular o cultivo de legumes, verduras e frutas nos quintais da periferia para que as famílias tenham alimentos de qualidade. Neste sentido, “serão promovidas oficinas culinárias para orientar sobre o aproveitamento integral dos alimentos e ensinar novas receitas, novas formas de consumir determinados alimentos”, pontuou.

Veja como ajudar a Origem

Para saber mais sobre a Origem, acesse: https://www.instagram.com/ongorigem/ Para contribuir com os projetos da ONG, faça um PIX de qualquer valor para a chave: 03.057.802/0001-26 CNPJ.

 Leia AQUI sobre a feira contra os agrotóxicos em reportagem de 2018

Crédito: Fotos desta reportagem são das redes sociais da Origem

 *Reportagem publicada na edição de 19/03/2023 do Jornal da Manhã

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domingo, 12 de março de 2023

ONG AMIGOS DO BAR APOIA CAMPANHA DOS LENÇOS SOLIDÁRIOS E ANUNCIA NOVA ENTIDADE

Por Célia Ribeiro

A campanha que visa arrecadar lenços e turbantes para mulheres em tratamento oncológico ganhou um reforço de peso. A ONG “Amigos do Bar”, conhecida por apoiar projetos sociais, confirmou a adesão ao grupo de voluntários liderados por Madalena Colombo Abdo e anunciou o plano de lançar uma nova entidade assistencial em Marília. 

Célia Castro, Pilar, Tadau e Quiquinato

Conforme esta coluna divulgou, domingo passado, a campanha dos lenços solidários é uma forma de elevar a autoestima das mulheres que tiveram queda de cabelo em função dos tratamentos contra o câncer. Agora, a ONG presidida por Tadaumi Tachibana, localizada à Rua Rio Grande do Sul, nº 234, também se tornou ponto de coleta de lenços e turbantes. 

Cestas básicas para famílias carentes e entidades

Além disso, o local está recebendo doações de cabelo para confecção de perucas. O material deverá ter entre 15 e 25 centímetros de comprimento, estar lavado e seco, além de embalado em sacos plásticos de modo a preservar a qualidade do cabelo doado. Importante: os cabelos não podem ter passado por processos químicos. 

Reunião com a Dra Paloma
no HC/Famema
Nesta semana, em entrevista na sede da ONG, Tadau divulgou, em primeira mão a esta coluna, que está sendo gestada uma nova instituição filantrópica voltada a atender pessoas de baixa renda que vêm a Marília para tratamento oncológico. Sem poder adiantar muitos detalhes, porque a ONG está em processo de formação, ele disse que se trata de um dos maiores projetos do “Amigos do Bar” que atua fortemente apoiando iniciativas da comunidade, além de outras entidades em dificuldade.

SEMENTE

Quem acompanha as redes sociais do “Amigos do Bar” toma conhecimento, diariamente, da atuação dos voluntários. A prestação de contas de cada doação é realizada como forma de manter a comunidade informada sobre suas ações. Por isso, a credibilidade só aumenta ao ponto de a ONG ter sido procurada por um empresário interessado em custear a construção do prédio que abrigará a nova entidade assistencial.

O grupo tem larga experiência neste tipo de projeto, como lembrou o contador e voluntário do “Amigos do Bar”, Orisvaldo Quiquinato. Conforme disse, “na época da construção da sede do Projeto Semear, atuamos fortemente visitando construtoras para conseguir doações, derrubamos os orçamentos dos materiais que precisava comprar e cuidamos da documentação e da contabilidade”. 

Fraldas para doação a asilos e pessoas acamadas

Muito embora não esteja oficialmente criada, o processo da nova instituição caminha rapidamente e já tem a primeira diretoria: Pilar Veiga Tachibana, Célia Cristina de Castro Pereira, que é vice-presidente do Conselho Municipal da Saúde e presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Marília, e Antônio Carlos Valderramas. 

Voluntários entregam alimentos para o
projeto de marmitas solidárias do Nova Marília

Celinha Castro é lembrada pelos oito anos à frente da Associação dos Ostomizados de Marília e Região, que apoiava pacientes de 62 municípios. Ela destacou que participar da formação da nova entidade é uma oportunidade única: “Eu me vejo muito nesta situação porque, quando tive câncer, não tive muita atenção, apoio, nada que me instruísse. Então, quero trabalhar para que as pessoas tenham mais informação, melhor qualidade de vida e que tenham voz”, assinalou.

 

Pilar e Tadau Tachibana
Por sua vez, Tadau afirmou que a credibilidade do “Amigos do Bar” acabou atraindo muitas pessoas “que querem fazer o bem e não sabiam como ajudar”. A entidade canaliza doações e promove muitas atividades voltadas a ajudar quem mais precisa, sejam famílias em situação de vulnerabilidade social, sejam instituições como os asilos que sempre são atendidos com fraldas e cestas básicas.

 Enquanto a instituição não é formalizada Tadau e os voluntários do “Amigos do Bar” estão visitando outras entidades e hospitais, como a Santa Casa de Misericórdia de Marília e  o Hospital de Clínicas (HC/Famema). Nos próximos dias, as visitas acontecerão em hospitais de grande porte no interior paulista para que possam trazer subsídios e começar os trabalhos bem estruturados. E claro, com muitas doses de solidariedade!

A ONG “Amigos do Bar” está localizada à Rua Rio Grande do Sul, nº 234. Nas redes sociais acesse: https://www.facebook.com/amigosdobardosesdesolidariedade 

Leia AQUI sobre a campanha dos Lenços Solidários divulgada na semana passada

Leia sobre a ONG Amigos do Bar acessando: AQUI, AQUI, AQUI, AQUI e AQUI

*Reportagem publicada na edição de 12.03.2023 do Jornal da Manhã.


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domingo, 5 de março de 2023

LENÇOS SOLIDÁRIOS: CAMPANHA VISA RESGATAR A AUTOESTIMA DAS MULHERES EM TRATAMENTO ONCOLÓGICO.

Por Célia Ribeiro

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no triênio 2023/2025 estão previstos 704 mil novos casos de câncer no Brasil, sendo que as regiões Sul e Sudeste concentrarão 70 por cento desta estatística. O câncer é um inimigo poderoso para todos. No entanto, as mulheres ainda têm que enfrentar os efeitos colaterais do tratamento, como a queda dos cabelos, o que afeta sua autoestima. 

Madalena ilustra o cartaz da campanha

Sensibilizados com essa triste realidade, voluntários lançaram a campanha “Lenços Solidários” que arrecada adereços junto à comunidade para doações às pacientes. Além dos ativistas, muitos deles integrantes da ONG “Amigos do COM”, estabelecimentos comerciais se tornaram pontos de coleta em Marília e podem ser identificados por cartazes alusivos à campanha. 

Voluntárias da campanha

Uma das voluntárias é a micropigmentadora Fabianny Andrade que, desde 2012, realiza a micropigmentação das sobrancelhas e da aréola das mamas, utilizando uma técnica 3D, gratuitamente, conforme já divulgado nesta coluna nofim de 2022. Ela justificou sua adesão à campanha afirmando que foi “um ato de solidariedade, para poder ajudar essas mulheres com a autoestima, pois esses lenços e turbantes fortalecem essas mulheres para que elas consigam continuar o tratamento”.

 

Fabianny
A voluntária afirmou que “diante de tanta força e resiliência, os lenços e turbantes ganham um significado especial e os tecidos coloridos ajudam a fazer com que elas se enxerguem de um jeito novo, enfeitando o rosto dessas mulheres e tomando os lugares do que antes pertenciam aos fios”. Seu telefone de contato é (14) 981507763.

 EXPANSÃO

Vice-presidente da ONG “Amigos do COM”, mas ativista das mais importantes causas solidárias, Madalena Abdo Colombo está à frente da campanha dos lenços. Ela explicou que, com a pandemia, os encontros da ONG não puderam mais ser realizados na Santa Casa de Misericórdia de Marília devido aos riscos que o coronavírus representa. 

Caixa fabricada e doada pela Metalúrgica Marcon

“Por outro lado, os casos de câncer continuam aumentando e as pessoas continuam com suas necessidades”, afirmou, acrescentando que os últimos lenços foram doados para o setor de psicologia da Santa Casa, que os entrega às pacientes durante os acompanhamentos, ao Hospital de Clínicas e a uma nova entidade da cidade de Lupércio. 

Esq. Madalena, Carol 
Montouro, Cristina 
Nakashima e Lourdes
Colombo
Diante da necessidade de continuar distribuindo os lenços às mulheres que perderam os cabelos por causa da quimioterapia, a campanha ganhou as redes sociais com a ajuda de muitos voluntários como o fotógrafo Pedro Coercio, Fabianny Andrade, Emerson Repetti e a professora e cabeleireira Carol Montouro. “Os poucos lenços que havia sobrado da campanha do ano passado foram doados pela companhia aérea Azul, que fez um trabalho junto aos seus funcionários”, assinalou Madalena.

 Ela fez questão de destacar o apoio da Metalúrgica Marcon que produz, todos os anos, algumas caixas rosas. Em 2023, uma das caixas foi doada para a Santa Casa e a outra será sorteada em uma rifa para arrecadar recursos destinados à aquisição de lenços: “A comunidade tem contribuído e até hoje já conseguimos 40 lenços. Mas, a demanda está muito grande”, revelou na quarta-feira.

 Madalena Colombo teve câncer de mama há nove anos e se sensibiliza com as mulheres em tratamento: “Felizmente, eu não perdi cabelo. Não sei como iria reagir”, assinalou, acrescentando que o lenço, o turbante e as perucas são importantes para que as mulheres resgatem a autoestima no momento em que precisam estar fortalecidas para seguirem com o tratamento e superarem a doença.

 Ela observou que “ainda existe muito preconceito. Hoje, já se fala a palavra câncer, ao contrário de antigamente em que se dizia ‘aquela doença’. Mas, muitas mulheres dão depoimentos contando como sofrem quando estão carecas”. Madalena citou o caso de uma paciente que disse sentir o preconceito até no supermercado: “Quando ela chegava na banca de batata e cenoura, as pessoas saíam de perto”.

 

Sônia Custódio
apoia a campanha
Então, ao utilizar lenços e turbantes, as mulheres em tratamento de câncer podem enfrentar os percalços do difícil tratamento com a autoestima elevada, utilizando adereços coloridos e alegres no lugar dos cabelos que se foram com a doença, mas que voltarão quando superarem a fase mais desafiadora.

 Para entrar em contato com os organizadores da campanha, o e-mail é: arrecada.lencodolidario@gmail.com No Instagram o perfil é: @arrecada_lencosolidario. O celular de Madalena Colombo é (14) 9.81632076.

Leia AQUI e AQUI sobre o trabalho voluntário de Fabianny Andrade

Leia AQUI sobre Madalena Colombo e a ONG Amigos do COM

* Reportagem publicada na edição de 05.03.2023 do Jornal da Manhã



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