domingo, 25 de julho de 2021

GARAGEM SOLIDÁRIA:AÇÃO DA ONG “AMIGOS DO BAR” DOA ROUPAS A FAMÍLIAS CARENTES.

Por Célia Ribeiro

Com um tráfego carregado, típico da região central de Marília, a Rua Rio Grande do Sul, nº 234, agora experimenta um movimento atípico de pedestres. No local, a ONG “Amigos do Bar” iniciou mais uma ação social com a instalação da “Garagem Solidária” que funciona em mão dupla: quem tem condições aparece para doar; quem precisa, é só escolher e levar para casa roupas, cobertores e calçados.

As pessoas escolhem à vontade o que quiserem

Segundo informações do presidente da entidade, Tadaumi Tachibana, a entrega de roupas, sobretudo de agasalhos, aconteceu de maneira natural. Dezenas de famílias que, mensalmente, iam buscar as cestas básicas acabavam levando outras doações que sempre chegam ao local.

Lauriele foi buscar cobertores para moradores de rua

“Como tem o varal solidário, em que as pessoas passam e pegam o que precisam, resolvemos organizar a garagem solidária”, explicou Tadau, destacando que todos ficam livres para escolherem o que desejam. Além de pessoas em situação de rua, muitas famílias que moram nos bairros da periferia têm frequentado o espaço.

Rosiris levou o filho 

Tadau disse que a garagem funciona bem graças à doação da comunidade. Diariamente, chegam os donativos que têm ajudado muitos desempregados, principalmente. A dona de casa Rosemeire de Fátima Gonçalves veio do Parque dos Ipês em busca de roupas e agasalhos para a família. Ela contou que tem 21 netos, sendo que seis moram em sua casa.

Também residente no Parque dos Ipês, Rita de Cássia Silva estava procurando agasalhos. Ela conseguiu roupas para ela, para o marido trabalhar e ainda separou várias peças para as meninas que moram em frente à sua casa, cuja família passa por necessidades.

INVERNO RIGOROSO

As roupas estão empilhadas em mesas na garagem e as pessoas têm que garimpar até encontrarem o que desejam. A maior procura tem sido por agasalhos e cobertores, como contou a dona de casa Rosiris Cardim: “Eu estava passando aqui e vi a placa avisando da doação. Então, vim buscar roupas para mim e para o meu filho”, explicou. 

Dona de casa encontrou um agasalho

Ela disse que este ano o frio demorou, mas chegou com tudo, e que as roupas estão muito caras. Ela elogiou a iniciativa da garagem solidária dizendo que “vai ajudar muita gente porque podemos pegar à vontade o que precisamos. Tem gente com muitas pessoas na família e não tem condições de comprar para todo mundo”.

Tadau e esposa Pilar no início
da pandemia: solidariedade sempre.

Enquanto a reportagem desta coluna registrava o movimento na “Garagem Solidária”, apareceu uma voluntária que mantém o projeto “Aquecendo o inverno” em busca de cobertores para moradores de rua. Lauriele da Silva saiu com os cobertores e deixou um saco de cenouras congeladas que recebeu em doação e que seriam entregues junto com as cestas básicas do “Amigos do Bar”.

Fachada da ONG anuncia a doação

O que se viu foi mais que a troca de agasalhos por alimentos, foi a soma da solidariedade de pessoas que se preocupam com o próximo e contribuem, como podem, como Tadau Tachibana e os associados da ONG “Amigos do Bar” e Lauriele da Silva que participa de várias ações sociais. Bonito de ver!

Para ajudar este projeto, doações de cobertores, roupas e agasalhos (adulto e infantil) limpos e em bom estado, além de calçados, podem ser entregues na Rua Rio Grande do Sul, nº 234, de segunda a sexta-feira, das 8 às 12h e das 15 às 18h, e aos sábados das 9 às 12h. Outras informações: (14) 981140055

Saiba mais sobre a ONG Amigos do Bar, acessando: AQUI e  AQUI 

*Reportagem publicada na edição de 25/07/2021 do Jornal da Manhã 

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domingo, 18 de julho de 2021

COM O IMPACTO DA PANDEMIA, ASSENTADOS RESERVAM ORGÂNICOS PELA INTERNET.

Por Célia Ribeiro

A pandemia impactou praticamente todos os setores. Alguns se recuperaram mais rápido, enquanto outros tiveram que se reinventar para sobreviverem. Um exemplo está na venda de alimentos orgânicos pelos produtores do Assentamento “Luiz Beltrame” de Gália. As reservas de cestas de legumes, verduras e frutas agora podem ser realizadas através do site (fazafeira.com/assentamentoluizbeltrame).

Limões cultivados no assentamento

No início de 2020, antes do novo coronavírus ganhar os holofotes, esta coluna publicou reportagem sobre as 77 famílias que cultivam a terra em sistema agroflorestal, sem uso de agrotóxicos ou qualquer aditivo químico, como forma de se manterem e ainda oferecerem alimentos de qualidade à população da zona urbana, em Marília, Jaú e Bauru.

Feirinha: itens extras ajudam a reforçar o caixa

Um ano e meio depois, o que se viu foi uma redução de quase 40 por cento no movimento, de acordo com o agricultor Danilo Peçanha que cuidava do caixa, nesta semana. Segundo a facilitadora Luci de Oliveira Milreu são vários os fatores que justificam os números, como o isolamento social, que obrigou as pessoas a se manterem em casa por causa do risco de contágio do Covid, o desemprego e a consequente queda da renda das famílias. 

Retirada das cestas reservadas pela internet

Ela explicou que, sem aulas na UNESP, foi preciso fechar o ponto de entrega que funcionava na universidade e era muito procurado por alunos, funcionários e professores. Só restou a sede da APEOSP (Av. Santo Antônio, 783) onde os assentados entregam os itens, quinzenalmente, das 15 às 19h.

Verduras sem agrotóxicos produzidas
no sistema agroflorestal

A agricultora Márcia Soares, 49 anos, comentou que “a gente sobrevive da venda das cestas, mas as coisas estão muito difíceis na cidade. Antes, a gente entregava até 50 cestas num dia, mas diminuiu bem”. Por outro lado, os assentados incluíram muitos outros itens, como pães, bolos, feijão, milho, panquecas, doces caseiros, geleias, ovos e frangos caipiras, arroz, café, temperos, pimentas, conservas, cachaça artesanal, queijos, salgados veganos congelados etc. 

Márcia lamentou a queda no movimento

Outra inovação foi o que chamam de “feirinha”: Além dos itens da cesta da semana, que variam conforme a sazonalidade da produção, uma banca com frutas, legumes e verduras fica posicionada próximo ao “caixa”. Na quarta-feira, durante esta reportagem, praticamente todos que passaram por lá acabaram levando mais alguma coisa. Afinal, os produtos chamam a atenção.

O trabalho no campo envolve 77 famílias

CLIENTELA

 A bancária aposentada Maria de Lourdes Tavares Gomes estava retirando uma cesta para sua família e outras para três amigas. Ela elogiou a qualidade dos produtos e disse que faz os pedidos com frequência. Da mesma forma, a estudante de Medicina da FAMEMA, Mariana Sena Rico, contou que “antes pegava pelo ‘Projeto Severino’ da faculdade. Mas, com a pandemia perdemos contato. Agora, estou vindo direto aqui”.

Maria de Lourdes buscou cestas
para três amigas

A universitária destacou que “mais que ser um alimento orgânico, natural e livre de conservantes, a gente também ajuda uma parcela da população que é muito negligenciada. A gente faz o bem para o corpo e o bem para outras pessoas”, comentou referindo-se às famílias de agricultores do assentamento.

Mariana, estudante da Famema

A entrega desta semana tinha hortaliças, tomate, banana, limão, maracujá, cenoura, brócolis, repolho, rabanete, batata doce, alface, couve, entre outras verduras, além de feijão, ovos, sabão caseiro, sucos, cachaça, pães, roscas, bolos, queijos, doces, geleias, leite etc.

Danilo e os itens extras da semana

No site: fazafeira.com/assentamentoluizbeltrame é possível fazer o cadastro, escolher os itens e reservar a encomenda, a partir do dia 22 de julho. A próxima entrega será no dia 28 de julho, das 15 às 19h na Avenida Santo Antônio, 783. Outras informações podem ser obtidas no telefone (14) 9.97367056. O pagamento pode ser feito na hora da retirada, em dinheiro, PIX ou cartão.

Produtos frescos e livres de agrotóxicos

Leia AQUI  a reportagem publicada em 2020

* Reportagem publicada na edição de 18.07.2021 do Jornal da Manhã


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domingo, 11 de julho de 2021

COLETA SELETIVA: ECOPONTOS FACILITAM O DESCARTE CORRETO DE RESÍDUOS

 Por Célia Ribeiro

A destinação correta dos resíduos sólidos esteve na pauta dos compromissos de praticamente todos os candidatos nas últimas eleições de Marília. Entretanto, entra ano, sai ano, a despeito da mobilização de alguns setores da sociedade, a coleta seletiva ampla, geral e irrestrita e a organização dos recicladores em cooperativas, ainda é um sonho.

Mais um ecoponto concluído

A boa notícia é que algumas iniciativas, embora em pequena escala, mostram que é possível começar devagar e, com determinação, transformar esse cenário desolador em que grande parte do lixo doméstico vai para o aterro causando um grande impacto ambiental. Um exemplo são os ecopontos instalados por um grupo de recicladores liderados pelo ativista Ademar Aparecido de Jesus.

Cassiano Leite (centro) apoia a iniciativa

Lembrando o ditado segundo o qual, “quando a intenção é nobre o universo conspira a favor”, o encontro do ativista, conhecido por Dema, com o chefe do Meio Ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Limpeza Pública, Cassiano Rodrigues Leite, viabilizou a instalação de coletores de recicláveis em vários pontos da cidade onde a população pode depositar papel/papelão, vidro, plástico e metal.

Segundo o servidor público, o “Projeto EcoEstação atende a Lei 7851/2015 (Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos), que orienta pela participação dos catadores na coleta seletiva com apoio do poder público”. Ele explicou que os “Locais de Entregas Voluntárias (LEVs) são instalados pelos profissionais e a prefeitura cede espaços públicos nas principais ruas e avenidas da cidade, com grandes fluxos e fácil acesso”.

Estação ferroviária em imagem de 2019
quando foi revitalizada

Cassiano Leite observou que “além de promover a inclusão social destes trabalhadores, permite a propagação da educação ambiental, onde as famílias participam, separando seus resíduos e dando a destinação ambientalmente correta, colaborando com a sustentabilidade em nosso município”.

Funcionário público concursado com uma longa folha de serviços prestados aos projetos ambientais, inclusive nos momentos de folga nos finais de semana, Cassiano elogiou o trabalho do Dema e sua equipe classificando-o de inovador porque “alcança todas as classes sociais, uma vez que estes ecopontos estão sendo instalados em todas as regiões da cidade e são acessíveis em qualquer dia e horário da semana, por estarem em locais abertos”.

Exemplo: pai leva os filhos na hora de
descartar recicláveis próximo ao Educandário

FISCALIZAÇÃO

Em Entrevista ao JM, Cassiano Leite explicou que qualquer catador que desejar fazer uma parceria, seja com apoio da iniciativa privada, com ONGs ou em pequenos grupos autônomos, pode solicitar autorização à Prefeitura de Marília para ceder um espaço em que serão instalados os coletores.

Momento de retirada de papel e papeão do ecoponto

A Prefeitura, no entanto, exerce poder de fiscalização, verificando se os ecopontos não estão acumulando materiais e atraindo animais peçonhentos que possam incomodar moradores vizinhos, por exemplo. Ele acrescentou que os ecopontos são iniciativas muito importantes para dar a correta destinação aos resíduos com potencial de reciclagem.

Dema ao lado de ecoponto em fase final

Segundo o ativista Dema, com os três reservatórios em fase final de conclusão, serão 13 ecopontos instalados em áreas estratégicas da cidade. Por enquanto, apenas ele e sua família estão atuando na coleta e venda dos recicláveis, mas a ideia é contribuir com a organização de uma cooperativa no futuro.

Ecoponto do Jardim Cavalari

Além dos ecopontos, Dema, sua esposa e filhos fazem a coleta de recicláveis em vários bairros. Ele explicou que os moradores se organizam e solicitam a retirada dos materiais que têm uma agenda separada por região. Quem quiser incluir sua rua na rota dos recicladores pode entrar em contato pelos telefones (14) 996714562, 997770288 e 998621664.

ARTE E CULTURA

Plantio em área pública na estação

Em maio de 2019, esta coluna divulgou o trabalho de revitalização da antiga Estação Ferroviária pelo Dema e voluntários. A proposta de conciliar arte, cultura, geração de renda e preservação ambiental sofreu um baque com a pandemia. Mas, o ativista nunca desistiu da questão ambiental e hoje, une suas paixões em um projeto peculiar.

Os novos ecopontos revelam a arte do grafiteiro Sidney Alves que faz belos trabalhos que chamam a atenção de longe. Muitos desses coletores são produzidos a partir de sobras de barracas de vendedores ambulantes do entorno do camelódromo e da estação que desistiram do negócio e venderam as estruturas para o projeto.

Os ecopontos pintados com cores que exaltam a natureza, com sua flora e fauna exuberantes, servem para atrair o cidadão preocupado em destinar corretamente o lixo que gera e ainda contribuir com o sustento das famílias envolvidas na coleta seletiva. 

Saiba mais sobre o trabalho de Cassiano Leite acessando AQUI

Leia a reportagem de 2019 da revitalização da estação ferroviária AQUI

*Reportagem publicada na edição de 11.07.2021 do Jornal da Manhã

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domingo, 4 de julho de 2021

CASA MATEUS 25 FAZ DOIS ANOS E SONHA COM UNIDADE FEMININA PARA MORADORAS DE RUA.

Por Célia Ribeiro

Em um dos invernos mais frios, com temperaturas atingindo inacreditáveis três graus em Marília, o aniversário de dois anos da “Casa Mateus 25” é simbólico. Afinal, o abrigo que recolhe moradores em situação de rua, dando-lhes dignidade com um teto, alimentação e suporte espiritual, tem transformado muitas vidas que estariam à própria sorte, enfrentando o frio, a fome e, quase sempre, a indiferença.

Ex-radialista Luiz Eduardo

Nesta segunda-feira, dia cinco de julho, a entidade, concebida através da parceria entre duas entidades católicas, completará dois anos de atividades. A Comunidade Missionária da Divina Misericórdia (Batatais) entrou com a coordenação, experiência e mão-de-obra e a Fundação Louvor e Glória (Marília), com seus sócios e benfeitores, é responsável pela manutenção do abrigo.

 Horta orgânica abastece a casa e gera renda

Segundo Daniel Stavarengo, co-fundador da Fundação Louvor e Glória, da qual é Conselheiro, a casa tem capacidade para 15 pessoas, mas está com sua capacidade máxima. A triagem é realizada na Casa do Bom Samaritano (Avenida Pedro de Toledo, 908), em frente à Igreja Matriz São Bento. No local, é servido o café da manhã, de segunda a sexta-feira, quando  pessoas que vivem nas ruas procuram a entidade em busca de ajuda, como agasalhos e cobertores e muitos manifestam o desejo de deixarem a vida nômade.

Abrigados ao sol no amplo terreno da entidade

É realizada uma triagem e o interessado entra na fila de espera, caso não tenha vaga. O problema é que a “Casa Mateus 25” abriga somente os homens e muitas mulheres também precisam de ajuda. Daniel falou, com emoção, sobre essa situação: “Sabemos que para a mulher é mais difícil viver na rua. Os homens ainda conseguem se virar e ter uma estrutura melhor. As mulheres precisam de uma casa, de cuidados, de uma estrutura. Diante disso, temos esse sonho de um projeto de casa feminina”.

Há produção de ovos com a criação de galinhas

Segundo a voluntária Silvana Brandão Lima, diretora do Grupo Calcular, a necessidade de uma casa que atenda às mulheres é urgente: “Existe um monte de gente que vai lá para o café da manhã. São homens, mulheres, crianças, inclusive pessoas doentes. Teve uma mulher que chegou com a perna machucada e a Neusa (voluntária) ajudou, passou remédio nas pernas dela”. Mas, na hora que as mulheres pedem vaga na entidade, têm que ouvir que o abrigo só recebe os homens.

Silvana Brandão e Daniel Stavarengo

Daniel explicou que as pessoas interessadas em conhecer o projeto da casa feminina podem entrar em contato com a Fundação. “Vamos precisar de um local, de estrutura e de ajuda financeira, como foi com a ‘Casa Mateus 25’. Quem quiser saber mais desse trabalho pode procurar a Fundação na Avenida Pedro de Toledo, 908. E quem quiser colaborar, todas as doações são bem-vindas, como roupas, remédios, cestas básicas, pães, bolos, frutas, móveis, colchões, agasalhos etc”. 

Coordenador Luciano dos Santos

Até hoje, Daniel estima que aproximadamente 100 homens tenham passado pela “Casa Mateus 25”. Muitos permanecem por até seis meses e depois conseguem retornar às suas famílias ou reúnem condições para reinserção na comunidade, com trabalho que lhes permite sobreviver dignamente. No entanto, alguns não se adaptam e, poucos dias depois de serem acolhidos, resolvem voltar para as ruas.

Frango assado a cada 15 dias
ajuda a manter a entidade

Daniel contou que a entidade recebe homens de várias cidades e até de outros estados. São pessoas que perderam o vínculo familiar ou se viciaram em álcool e drogas e por isso estão em situação de rua. Mas, ao decidirem pedir ajuda para começarem uma vida nova, os abrigados recebem todo o suporte não apenas material, como espiritual: na “Casa Mateus 25”, há orações de manhã, à tarde e à noite.

Queijo fresco também à venda
na Fundação

E por falar em apoio espiritual, o bispo D. Luiz Antônio Cipolini frequenta muito a entidade aonde se encontra com os abrigados para orarem juntos. Além disso, está sempre pronto a ajudar, como lembrou Daniel Stavarengo. Um exemplo é que o bispo vai enviar um profissional de Educação Física para orientar atividades dos internos que desejarem se exercitar.

EX-RADIALISTA

Com uma voz grave que impressiona, o ex-radialista Luiz Eduardo Guinda Alves, conhecido por Dadinho, encontrou na “Casa Mateus 25” o amparo que precisou em um momento difícil da vida. Ele contou que trabalhou em emissores de rádio tradicionais da cidade (AM e FM), citou ex-colegas de trabalho e recordou os tempos de antigamente. Conforme disse, após ser vítima de um estelionatário, perdeu a posse de sua casa em um núcleo habitacional no Distrito de Padre Nóbrega e não tinha onde morar.

Vista interna da instituição em
que a cruz lembra o sacrifício de Jesus

Há cinco meses na instituição, o ex-radialista é só elogios ao local. Ele destacou as condições dignas de moradia, com boa comida e a oportunidade de trabalhar na horta, na limpeza e organização das instalações e do vasto terreno em que está instalada a entidade. Ele lamentou a situação difícil da pandemia e do desemprego: “Marília é Capital Nacional do Alimento. Só que precisa de mais empresas e mais indústrias para gerar emprego e, com isso, fazer com que as pessoas possam se manter com seus salários”.

Dignidade a quem saiu das ruas. Agora, falta
um espaço para as mulheres.
Depende da mobilização da comunidade!

A Fundação Louvor e Glória mantém a estrutura com a ajuda de seus sócios e benfeitores, além da promoção de atividades de geração de renda como a venda de frango assado, queijo fresco, doces caseiros, sobremesas etc, a cada 15 dias. A próxima atividade está marcada para domingo que vem, dia 11. Os interessados podem entrar em contato com a Fundação no telefone (14) 34549100.

O coordenador da Casa, Luciano Aparecido dos Santos, da Comunidade Missionária Divina Misericórdia, disse que o funcionamento “tem sido um sucesso” pelo trabalho de resgate de moradores em situação de rua. Ele contou que os abrigados trabalham na horta que tem produção orgânica e comercializa o excedente para a vizinhança. Com isso, legumes e verduras ajudam na alimentação dos internos e ainda representam uma alternativa econômica e saudável para os moradores do entorno, na Rua R. Antônio Silva Bueno, 240, no Jardim Continental.

A horta serve para manter a entidade, gerar renda
e ainda ocupa os abrigados com seu trabalho na terra.

Quem puder colaborar, as doações (roupas, cobertores, cestas básicas etc) podem ser levadas à Casa Bom Samaritano à Rua Pedro de Toledo, 908, em frente à Matriz de São Bento, onde é fornecido o café da manhã aos moradores em situação de rua, de segunda a sexta-feira das 9 às 9h30. Ou depositar qualquer valor nas seguintes contas bancárias: Banco do Brasil, Agência 141-4 C/C 34193-2; Caixa Econômica Federal Agência 0320 C/C 15689-7, operação 003 ou SICREDI Agência 3022 C/C 14772-9 em nome da Fundação Louvor e Gloria (CNPJ 08314282/0001-03).

Contando com o apoio da comunidade para mais este projeto de grande impacto social, os voluntários lembram a que remete o nome da Casa Mateus 25: "Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’  “(Mt 25,40-41)

Leia reportagem sobre a instituição publicada, neste blog, em 2020 acessando AQUI

*Reportagem publicada na edição impressa de 04.07.2021 do Jornal da Manhã

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