domingo, 29 de maio de 2022

COVID: DRA. PALOMA ALERTOU QUE A PANDEMIA NÃO ACABOU E AS UTIS ESTÃO NO LIMITE

Por Célia Ribeiro

O que as pesquisas sobre células tronco e a pandemia do Covid 19 têm em comum? Além de temas atuais, tanto os estudos da genética quanto a doença que já provoccou mais de seis milhões de mortes foram abordados no Ciclo de Palestras Médicas do Univem: o Prof. Dr. Spencer Luiz Marques Payão da Faculdade de Medicina de Marília e a Dra. Paloma Libânio Nunes, superintendente do HC Famema, proferiram palestras utilizando linguagem de fácil compreensão em 27 de abril e 25 de maio, respectivamente.

Dra. Paloma

No evento desta semana, realizado na sede da Associação Paulista de Medicina, a Dra. Paloma fez uma exposição sobre a experiência do HC Famema no auge da crise do Covid, surpreendendo os presentes ao afirmar que a pandemia não acabou e que cabe a cada um continuar com os cuidados de prevenção para evitar que o coronavirus se espalhe. 

Em cerca de 30 minutos, ela exibiu uma cronologia desde a decretação da pandemia pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em março de 2020, até os desafios que o Hospital de Clínicas enfrentou como referência para 1,2 milhão de habitantes de 62 municípios. Além do desconhecimento geral da doença, da dificuldade para aquisição de insumos, falta de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os profissionais de saúde etc, do dia para a noite a instituição precisou abrir 46 leitos de UTI só para Covid.

Exibidos em vídeo, vários depoimentos emocionantes motraram o empenho dos profissionais das diferentes áreas que sofreram de esgotamento físico e emocional com longas jornadas de trabalho. E revelaram um lado pouco conhecido: o medo dos profissionais da linha de frente de contaminarem filhos, pais idosos e demais familiares ao voltarem para casa.

46 leitos UTI Covid (foto HC Famema)

NÃO ACABOU

Como mostram as últimas estatísticas, os casos de Covid estão aumentando. Se a gravidade não é a mesma da fase anterior à vacinação, o número de internações vem crescendo e preocupa os profissionais da área: "Nós começamos com 46 leitos de UTI e fomos diminuindo à medida que a pandemia foi arrefecendo. Hoje, estamos com 12 leitos. É pouco perto dos 46 que a gente tinha. Mas, a gente não estava com ocupação de 100 por cento. E agora já está. Hoje vamos ter que fazer uma força tarefa para poder abrir mais leitos", anunciou. 

Auditório lotado (foto: HC Famema)

De acordo com a Dra. Paloma, não é apenas a volta do Covid que preocupa. Mas, também, as sequelas. Conforme disse, o tema está sendo objeto de estudos, mas têm sido frequentes relatos de pessoas que apresentam queda de cabelo, dificuldade de concentração, perda de memória, redução da capacidade pulmonar, AVC (Acidente Vascular Cerebral), depressão, refluxo do estômago, entre outros, após se curarem da doença.

Depoimentos em video emocionaram

A médica ressaltou que o momento é de cautela: "As pessoas já sabem o que é a doença. Começou com sintoma, utiliza a máscara, evita ter contato com outras pessoas. O que não quero para mim, não quero para o outro. Se estiver com sintomas, evita ficar aglomerando. Tenho que ter responsabilidade pelo outro. E não esquecer de completar as doses da vacinação", frisou.

Abertura do evento

PREVENÇÃO

Sobre o ciclo de palestras, Dra. Paloma elogiou a iniciativa que tem a coordenação de Nelson Feitosa: "A Univem está sendo extremamente feliz quando ela propõe fazer um evento que une pessoas de segmentos difetentes para falar sobre saúde. Ela foi extremamente acertada. São pessoas não só da área da saúde. Falar de saúde para quem já entende de saúde é uma coisa, mas para pessoas de outros segmentos é importante para difundir informação de qualidade", 

(Esq) Nelson Feitosa

A presidente da Maternidade e Gota de Leite, Virgínia Maria Pradella Balloni, que participou do evento de abril, parabenizou "o Univem pela iniciativa de levar informação de qualidade sobre saúde para toda a população", citando o reitor Luiz Carlos de Macedo Soares e o organizador do evento, Nelson Feitosa.

Segundo o coordenador do Ciclo de Palestras, Nelson Feitosa, "toda palestra orientadora salva vidas. O Univem, apesar de ser uma instituição voltada ao Direito e outros cursos, também se preocupa em ajudar a comunidade. Foi uma forma que encontrou de disseminar a promoção da saúde através das conferências",

Estiveram presentes na palestra de quatra-feira e compuseram a mesa: Luiz Carlos de Macedo Soares (reitor do Univem), Dr. Ruy Yoshiaki Okaji (presidente da Unimed), Juliana Sanches (gerente do Sebrae), Dra. Paloma Libânio (superintendente do HC Famema), Nelson Feitosa (coordenador do evento), Marcelo Piai (diretor-executivo da PPA Care), Dr. Valdeir Fagundes de Queiroz (diretor geral da Faculdade de Medicina de Marília), Dra. Roberta Cardoso Flores (coordenadora clínica do Centro de Reabilitação Lucy Montoro), subtenente Alessandro de Assis (chefe de Instrução do Tiro de Guerra de Marília) e Aparecida B.J. Passaroni (coordenadora do Curso de Enfermagem da ETEC Antonio Devisate).

A próxima palestra acontecerá no dia 23 de junho, às 14h30 no SESI. A psicóloga Cláudia Volpato abordará o tema "Saúde Integrada nos Acidentes de Trânsito".

Para saber mais sobre o HC Famema, acesse: http://hc.famema.br/ 

* Reportagem publicada na edição de 29/05/2022 do Jornal da Manhã

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domingo, 22 de maio de 2022

ONG “AMIGOS DO BAR” ORGANIZA CAMPANHAS EM PROL DE ENTIDADES FILANTRÓPICAS

Por Célia Ribeiro

A informação na palma da mão: toda pessoa que tem um smartphone conta com algum aplicativo de mensagem. Da lista de transmissão de notícias aos grupos de amigos e familiares, o trânsito de informação vem crescendo exponencialmente. Com a pandemia, esse fenômeno explodiu e teve quem viu ali uma oportunidade de mobilizar a comunidade em prol de uma boa causa.

 

Tadau na sede da ONG
Foi o que fez a ONG “Amigos do Bar”. Presidida pelo representante comercial aposentado, Tadaumi Tachibana, o popular Tadau, a entidade está cada vez mais em evidência pela importância do trabalho que realiza. Isto porque, o grupo faz a ponte entre quem precisa e quem pode doar, conquistando tamanha credibilidade que ao lançar uma campanha, rapidamente ela decola.

Em entrevista ao JM esta semana, Tadau disse ser muito grato pela contribuição das pessoas. De grande empresários, que doam no anonimato, a pessoas comuns, as doações chegam praticamente todos os dias: “Eu fico assustado com a credibilidade que conquistamos. E isso aumenta muito a nossa responsabilidade”, assinalou.

Ele lembrou da campanha para aquisição de um refrigerador para a Associação dos Moradores do Nova Marília, que produz 700 marmitas semanais para famílias carentes e moradores em situação de rua. Esta página lançou a campanha na edição de 13 de março deste ano, informando o PIX para doações quando anunciou que a ONG “Amigos do Bar” coordenaria a arrecadação. 

Entrega de doações à entidade

“Passados 10 dias, a gente tinha arrecadado só 680 reais. As geladeiras que vimos custavam mais de três mil reais porque precisaria ser de, no mínimo, 450 litros de capacidade”, recordou.  Foi quando um empresário lhe telefonou dizendo que doaria o valor total da geladeira que foi comprada em nome da Associação de Nova Marília e entregue ao projeto social.

Quanto aos 680 reais arrecadados, Tadau juntou mais um pouco e comprou alimentos que foram doados ao projeto para a produção das marmitas solidárias. “Papai do céu é muito bom pra gente. Quando vi que só tinha 680 reais, estava pensando no que fazer. Na hora recebi o telefonema deste empresário que continua ajudando com alimentos e não quer aparecer”, afirmou.

 

Cobertores para doação
WHATSAPP

Tadau sabe usar, como poucos, as facilidade do WhatsApp. Ele envia, diariamente, dezenas de mensagens, seja pedindo ajuda, seja mostrando o resultado das doações. São fotos de pessoas ou entidades sendo beneficiadas, com o registro em tempo real da entrega dos produtos que chegam na sede da ONG, diariamente.

No início da pandemia, foi esse mecanismo que ele usou quando foi convidado a coordenar as doações do grupo “Marília contra o Covid 19”. Formado por empresários e profissionais liberais, em grande parte, a equipe arrecadou mais de 500 mil reais que foram usados na compra de respiradores, máscaras, aventais e álcool gel doados a instituições de saúde, além da Polícia Militar, pessoal da Emdurb e entidades beneficentes.

“Formamos dois grupos no WhatsApp com 256 pessoas cada um”, ressaltou, acrescentando que quando o lockdown deu sinais que levaria mais tempo, sugeriu a criação de uma campanha para arrecadar alimentos, com o slogan “Covid mata. Fome, também”. No início, as arrecadações iam para sua residência e lá eram retiradas por famílias cadastradas. 

Ingregantes do "Amigos do Bar" levam doação
de alimentos para as marmitas solidárias

“Meus filhos queriam me matar”, contou entre gargalhadas, lembrando dos riscos a que estava exposto junto com a esposa, Pilar, que o auxiliava. Conforme a campanha decolava, passaram para a sede da ONG que teve a ajuda dos integrantes na busca de doações, na organização das cestas básicas e na entrega a quem mais precisava. São cerca de 40 membros atuantes. 

Tadau mostra o estoque de cobertores

Organizado, Tadau mantém um registro fiel de tudo o que entra e sai da entidade. Dos relatórios de extratos bancários da ONG, notas fiscais, aos cadastros de famílias beneficiadas, tudo está documentado conforme mostrou à reportagem.

 DECEPÇÃO

 

Tadau e a esposa Pilar, na garagem de casa,
no começo da pandemia em 2020

Muito embora o presidente se mostre grato pela ajuda da comunidade, ele revelou uma decepção: pessoas mal intencionadas buscaram cestas básicas e depois as vendiam. Por isso, os alimentos hoje vão para famílias cadastradas e, no caso de quem chega sem cadastro, é feita uma checagem para comprovar a real necessidade. 

Garagem solidária do ano passado

“Tenho muita responsabilidade com as pessoas que doam. Não podemos entregar para quem não precisa”, frisou. Ele disse que a “Garagem Solidária” que funcionou no ano passado, e também foi divulgada nesta página, não voltará a funcionar. Havia roupas e calçados em bancas para quem quisesse pegar e levar, à vontade.

Ex-jogador Jorginho apoia
a campanha das fraldas

“Vi mulheres se atracando aqui por causa de roupa, gente levando sacolas cheias”, disse. O pior foi o caso das mochilas: havia 12 para doação e um rapaz pediu 02. Tadau disse que ele poderia escolher e, para surpresa geral, o rapaz pegou as 12. “Quando fomos atrás para pedir que devolvesse as 10, ele nos ameaçou”, revelou com tristeza.

Por fatos assim, a ONG vai mudar sua forma de atuação: voltará a atender as entidades filantrópicas, prioritariamente, como fez desde sua fundação em 2014, e as famílias que realmente necessitarem. Não haverá mais atendimento aberto ao público para recolher doações no local.

E por falar em campanha, já está em andamento a que pretende arrecadar grande volume de fraldas descartáveis infantis e geriátricas: “Está comprovado que no frio aumenta em 40 por cento o consumo de fraldas. Por isso, precisamos muito de doações”, explicou. Serão atendidos os três asilos e as entidades que cuidam de crianças.

Esta campanha acontece simultaneamente com a campanha do agasalho. Cobertores, mantas e roupas de frio são bem-vindas e podem ser entregues diretamente na sede da entidade à Rua Rio Grande do Sul, nº 234. Podem ser feitas doações em dinheiro pelo PIX 34613040000119. Para saber mais sobre a entidade, acesse: amigosdobar.org.br

Por isso, se o Tadau lhe enviar uma mensagem no WhatsApp, pode atender e colaborar, se puder! O número dele é (14) 981140055.

Leia reportagens do "Amigos do Bar" publicadas aqui: 2018 2021 Garagem Solidária Combate à fome

*Reportagem publicada na edição de 22.05.2022 do Jornal da Manhã

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domingo, 15 de maio de 2022

NO TERRÃO DA QUEBRADA, PROJETO SOCIAL TROCARÁ ÓLEO DE COZINHA USADO POR VERDURAS ORGÂNICAS.

Por Célia Ribeiro

Um local tomado pelo mato e habitado por animais peçonhentos, cheio de lixo e foco constante de queimadas, em menos de três anos foi transformado pelas mãos de um ativista que vislumbrou um futuro diferente na zona norte de Marília. Thiago Felipe de Campos é o nome à frente do “Terrão da Quebrada Julieta”, com projetos sociais como o “Sangue Bom” que iniciou uma campanha para trocar óleo de cozinha usado por alimentos orgânicos cultivados na horta comunitária do bairro. 

Vista geral da horta comunitária

Em entrevista ao JM, ele contou que o projeto social começou há três anos, com atividades voltadas às crianças do bairro, após obter autorização da Prefeitura ( Lei “Adote uma praça”), para cuidar do local. Com a ajuda de alguns moradores, aos poucos o lugar abandonado foi ganhando vida até o ponto em que Thiago decidiu avançar um pouco mais.

“A ideia de trocar o óleo pela verdura surgiu da minha vontade de fazer uma horta comunitária e ajudar o próximo. Mas, eu não queria vender o óleo e pegar o dinheiro da população. Aí veio a ideia de plantar e trocar esse alimento pelo óleo de cozinha. Ao mesmo tempo a gente vai ajudar o meio-ambiente, para que o óleo de cozinha não polua e também vai ajudar o próximo”, assinalou. 

Thiago, idealizador
do projeto

Aos 36 anos, vendedor autônomo de vestuário masculino, Thiago é um ativista incansável que carrega o sonho de transformar a realidade no seu entorno. Por isso, correu atrás de ajuda para a formação da horta e, com seu exemplo, estimula outros moradores a contribuírem com os cuidados que o cultivo de legumes e verduras exigem.

Ele explicou que o óleo usado será armazenado e vendido com a renda reinvestida na horta comunitária que já dá os primeiros resultados, com abobrinhas e morangas rapidamente brotando da terra. Assim que a produção começar a aumentar, os moradores do bairro poderão levar garrafas PET com óleo usado e escolherem que tipos de verduras ou legumes levarão para casa.

PREFEITURA

O chefe do Meio Ambiente da Prefeitura, Cassiano Rodrigues Leite, destacou a importância de iniciativas como a do Terrão da Quebrada: “Esse projeto engloba uma área gigantesca da Prefeitura, muito grande mesmo. É um sistema de lazer ao lado da nascente do Ribeirão dos Índios. Toda essa área estava degradada com mato muito alto, queimadas constantes e descarte de lixo que chegou a virar depósito de entulho dos caçambeiros. Precisou de intervenção da Cetesb para embargar essa área e parar esse descarte”, recordou.

Conforme disse, “o Thiago, morador do local, chamou a responsabilidade pra si, começou a cuidar dessa área, acabou com as queimadas e limpou a área. Era infestado de escorpiões. Ele criou um playground para crianças com recursos próprios dele e da população, através de rifas; criou campos de futebol de terra, quadra de vôlei para jovens, conseguiu uma academia ao ar livre. Ele foi desbravando, plantando, avançando”. Cassiano disse que há planos de recuperação de toda aquela região, com o desassoreamento de nascentes que estão sendo identificadas e, em breve, será instalada uma pista de mountain bike para as crianças.

 

Abóboras brotando
no terreno
Sobre os equipamentos de lazer da população, o chefe do Meio Ambiente lembrou que “o que estamos fazendo é resgatando a velha infância, o futebol no campinho de terra, a pista de bicicleta para a meninada andar, tudo o que for possível para resgatar a velha infância, de pé no chão com a molecada suja de terra”, em contraponto ao excesso de tecnologia presente nos dias atuais.

 Sobre a horta comunitária, Cassiano informou que a Prefeitura colaborou com o tombamento da terra, melhoria na composição do solo e doação de material para fazerem o cercamento da área, executado por Thiago e alguns moradores. Conforme disse, “era um sonho do Thiago de ajudar, mas que não fosse gratuito, que a população entenda que tem uma mensagem por trás disso”.

Neste sentido, ele lembrou que um litro de óleo pode contaminar um milhão de litros de água indiretamente e 25 mil litros diretamente: “A população traz o óleo e, em troca, leva um pé de alface ou o que quiser levar. E após vender o óleo, este recurso será investido na horta. É um ciclo. As pessoas levam o óleo e cuidam do meio ambiente, tirando esse material de grande impacto, principalmente, para o solo e para a água.”

DEGRADAÇÃO

O programa municipal “Minha Cidade é Verde” tem registrado inúmeras iniciativas populares, explicou o chefe do Meio Ambiente: “Temos tentado apoiar, de todas as formas, vários projetos. Todo projeto que, de alguma forma, cuida do meio ambiente, desenvolve o apelo social, que vai acabar com área degradada, seja atrás de hortas urbanas, arborização ou atividades físicas. Às vezes, a pessoa quer só um campinho de futebol onde está uma tonelada de lixo”. 

Cassiano Rodrigues Leite

Ele lamentou, no entanto, que já houve casos de a Prefeitura limpar a área e a comunidade não cuidar e voltar a depositar lixo. Por isso, destacou a necessidade de conscientização das pessoas como ocorre nas iniciativas que estão sendo apoiadas: “Não tem nenhum projeto que a gente olha para trás e fala que não deu certo”, frisou.

Segundo Cassiano, “a população entendeu o recado e está interessada em acabar com esses descartes. Ando muito na periferia, que é a mais afetada. A população tem participado desta gestão participativa em que estamos permitindo que as pessoas ocupem as áreas que lhes pertencem. As áreas públicas pertencem ao povo. Respeitando a característica da área estamos conseguindo avançar com projetos, protegendo nascentes, com hortas, plantios e parques” 

Primeiros legumes colhidos

Ele acrescentou que “são mais de 500 áreas para cuidar e dependemos muito da ajuda da população evitando as queimadas e o descarte de lixo, mas também, assumindo e se comprometendo em preservar o que está sendo feito, ocupando essa área com algum projeto ligado ao meio ambiente ou área social”.

Prosseguindo, Cassiano disse que “a ideia do Tiago é inovadora, da pessoa poder consumir um alimento gerado através de uma ação ambiental prática. Deixa de descartar óleo no meio-ambiente e, em contrapartida, vai levar o alimento para a mesa dos seus familiares e esse óleo vai voltar para a horta para gerar novos alimentos para as pessoas que continuarem agindo com essa sabedoria”.

 

Mutirão de plantio de árvores no local

O chefe do Meio Ambiente assinalou que “nós vamos caminhar ao lado do Tiago, observando esse plantio, procurando apoiar no que for possível, mas sempre permitindo que a população participe, que eles sejam envolvidos diretamente com a ação, justamente para promover a educação ambiental. De nada adianta a prefeitura fazer uma bela horta e virar as costas. Não vai adiantar. A pessoa não vai cuidar. Temos que deixar que os moradores de cada bairro se envolvam nas ações e entendam que as áreas públicas lhes pertencem”. 

Material de divulgação da campanha

Ele ressalvou que a Prefeitura precisa conceder autorização para os projetos para “que nenhuma legislação seja atingida de forma negativa, que nenhuma nascente seja prejudicada. Mas, de qualquer forma, estamos à disposição para dar esse suporte”. O contato da Secretaria do Meio Ambiente é (14) 34086700.

Leia AQUI sobre o grupo de ativistas que tem desenvolvido projetos ambientais em Marília.

*Reportagem pubicada na edição de 15/05/2022 do Jornal da Manhã


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domingo, 8 de maio de 2022

DEPARTAMENTO INFANTIL ANDRE LUIZ ASSISTE GESTANTES COM ORIENTAÇÕES E SUPORTE

Por Célia Ribeiro

A notícia da chegada de um bebê é motivo de alegria e celebração na família. Mas, para muitas mães de baixa renda, com vários filhos pequenos, a gravidez também vem cercada de preocupações. Há amor em abundância, mas e os primeiros cuidados? Por isso, o trabalho das voluntárias do Departamento Infantil André Luiz, do NEAP (Núcleo Espírita Amor e Paz), é um dos mais importantes na rede de proteção social de Marília. 

(Esq) Margarida, Eliíde, Sonia e Carol 

Ao longo do ano, as gestantes participam de encontros mensais, quando recebem orientações da médica pediatra Dra. Zilda Tosta Ribeiro e da odontopediatra Dra. Simone Martelato que fala sobre a amamentação. Além disso, a nutricionista Michelle Righetti Morossato explica como manter uma alimentação mais saudável, mesmo com poucos recursos.

A única exigência é a carteirinha de pré-natal, como forma de garantir o acompanhamento da gestação nas unidades de saúde, explicou a coordenadora Maria Carolina Peres Ruano. Assim, na época do parto, as gestantes recebem uma bolsa de maternidade contendo vários itens de enxoval, que vão de mantas, lençóis, toalhas de banho e cobertores até casaquinhos e fraldas descartáveis. De janeiro a abril deste ano já foram entregues 100 enxovais. 

Peças de enxoval para as mamães

Muitas peças de roupas são novas, mas há algumas seminovas que passam por um processo de higienização. E, como a solidariedade parece ser contagiante, há pessoas que preferem contribuir de longe, sem pertencerem à entidade: são artesãs talentosas que confeccionam mantas de retalhos e roupinhas de lã, tão úteis no outono e inverno, como casaquinhos, gorros, meias e sapatinhos.

BRECHÓ FINO

 Nesta semana, a reportagem do JM visitou a entidade para conversar com a coordenadora Carol Ruano e três das voluntárias: Sonia Primo Velanga, Margarida Martins da Silva e Eliúde Martins que, do alto de seus 76 anos, é uma especialista no corte-costura com participação destacada no grupo. 

Brechó com roupas de qualidade: fonte de renda

As voluntárias presentes na quarta-feira falaram com emoção sobre o trabalho com as gestantes que requer tempo  e dedicação. É que, para oferecer assistência às mamães, a instituição mantém um brechó muito organizado que lembra uma loja de shopping center.

As peças estão impecáveis, limpas e passadas antes de irem para os cabides. Nada de banca com peças jogadas, como geralmente se vê em bazares populares. O brechó do Departamento Infantil André Luiz é diferenciado: a voluntária Margarida, por exemplo, adora separar as doações que chegam e leva para sua casa para lavar e passar. Só então, as peças recebem a etiqueta de preços e vão para as araras.

 

 Margarida na “lojinha” da entidade

E por falar nisso, Margarida acabou se tornando uma especialista em vendas. Carol contou que “ela bate o olho na pessoa e já sabe o que combina, o que fica bom. Não dá outra: a roupa fica linda e a cliente vai embora feliz”. Não raras vezes, elas separam um tempo para formar conjuntinhos: embora as roupas sejam de baixo preço (algumas custam só cinco reais), são produtos de boa qualidade. 

É com a venda dessas doações, que vão desde roupas, calçados, utilidades domésticas, eletrodomésticos etc, que a ação social tem condições de prosseguir, destacou a coordenadora, assinalando que “não temos outra fonte de renda”. Só não aceitam móveis por falta de espaço para estocar.

 

 Mantimentos para socorro
emergencial
ACOLHIMENTO

Os clientes do brechó e as mamães recebem acolhimentos diferenciados: Quem vai comprar e, dessa forma, ajudar na geração de renda para o projeto social, é bem atendido com uma vendedora voluntária disposta a fazer tudo para que os clientes encontrem o que procuram.

Já as mamães são recebidas em um cantinho do café, na cozinha, onde podem tomar um chá com bolacha e descansar antes de receberem as doações. “Quando a gente gosta de uma pessoa não recebe na cozinha? Por isso, pensamos em criar um cantinho do café para que as mamães se sintam bem acolhidas aqui”, explicou Carol Ruano.

A sensibilidade das voluntárias é tamanha que elas não ignoram as dificuldades de quem as procura. Elas contaram várias histórias como a de uma gestante de risco, na quinta gravidez, que não tinha o que comer naquela semana. Por isso, a entidade mantém um estoque pequeno, mas estratégico, com itens não perecíveis como arroz, feijão, óleo, macarrão, sardinha, sachê de molho, leite e bolachas para doar a quem mais precisa. 

Bolsas de maternidade prontas para entrega

A coordenadora explicou que “não entregamos cesta básica, mas temos sempre alguma coisa para socorrer. Então, a gente encaminha essas gestantes para outras instituições que dão cesta básica que é o Centro da Rua XV de Novembro e o Centro perto da Galeria Atenas. Eles mandam gestantes para nós e nós mandamos para eles”.

SEM PRECONCEITO

Carol Ruano destacou que todas respeitam as gestantes e não fazem perguntas incômodas do tipo “por que engravidou de novo?”. Lá é um local para dar orientação e suporte às mulheres em situação de vulnerabilidade social e não julgar. “Outro dia recebemos aqui um pai com duas filhas, uma de 15 e outra de 16 anos, as duas grávidas. Ele chorou ao pedir ajuda”, recordou.

 

Encontro de gestantes antes da pandemia

Na medida do possível, além das gestantes e bebês, o projeto contribui com outros membros da família. Assim, a mãe que vai com filhos pequenos acaba levando algumas coisas para eles, também. Geralmente, as gestantes chegam com vários filhos bem pequenos.

 Quanto ao brechó, funciona como uma linha de montagem: quando as doações chegam, as peças são separadas e lavadas. As que estão em ótimo estado ficam na lojinha para venda a  preços acessíveis. As peças em bom estado, mas que não vão para venda no brechó, são direcionadas para outras entidades que doam a quem precisa. E roupas muito ruins são descartadas no lixo.

 

Roupas de qualidade a preços acessíveis

Além disso, muitas mulheres que abriram lojinhas na garagem de casa, durante a pandemia, vão à entidade comprar roupas para revender na periferia. Para elas, o preço é simbólico como uma forma de ajudar “a complementar a renda dessas famílias que têm pessoas desempregadas”, explicou a coordenadora. 

Estoque de enxoval

Para apoiar esse projeto social, todas as doações são bem-vindas: roupas, calçados, acessórios, eletrodomésticos etc, em bom estado. Quem gosta de fazer roupinhas de bebê em tricô ou crochê também pode doar casaquinhos, gorros e sapatinhos de lã.

As mamães que tiveram bebês e as roupas seminovas não servem mais também podem entregar as doações na entidade que fica localizada à Rua Cel. José Braz, 682, esquina com a Rua Bonfim, telefone (14) 997129706. O brechó funciona às terças e quintas-feiras, das 8 às 10h30 e das 13h30 às 17h e às sextas-feiras das 8h às 10h30.

Leia AQUI outra reportagem sobre a entidade na pandemia.

 *Reportagem publicada na edição de 08/05/2022 do Jornal da Manhã.




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domingo, 1 de maio de 2022

AMBIENTALISTAS CONHECEM FUTURO PARQUE TERRA SOLLARIUM EM ÁREA REVITALIZADA

Por Célia Ribeiro

Com iniciativas em várias frentes, Marília vive sua fase mais fértil no desenvolvimento de projetos ambientais. Em praticamente todas as regiões, algo está germinando com o objetivo de reverter danos e preservar os recursos naturais para as gerações futuras. Uma amostra dessas realizações foi apresentada no último sábado, 23 de abril, quando ambientalistas se reuniram em um café da manhã no futuro Parque Terra Sollarium, na Via Expressa do Pombo. 

Placas permitem a geração de energia a partir do sol

Organizado pelo empresário Marcelo Pelúcio, da Teravolt, idealizadora do empreendimento que tem como base a geração de energia solar, estiveram presentes representantes da Polícia Militar Ambiental, do Conselho do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Marília (CADES), ONG Origem, Coleta Seletiva Eco Estação, Projetos Plantas e Peixes e Agrofloresta, Doce Futuro, Sangue Bom (Jardim Julieta), ativistas, professores universitários, empresários, biólogos, arquitetos, engenheiros agrônomos e florestais, representantes da Associação Comercial e de Inovação (ACIM), Sicredi, prefeito de Vera Cruz, Rodolfo Davoli e vereadoras Rosângela Cecília Chaves e Cristiane Tinetti, também de Vera Cruz.

 

Café da manhã com ambientalistas

A iniciativa teve por objetivo apresentar o Parque Terra Sollarium aos ambientalistas que também poderão utilizar o espaço em projetos futuros. Quando estiver concluído, o local  estará completamente urbanizado, com uma grande área verde, ecopontos para coleta de lixo reciclável, brinquedos seguros para as crianças, espaços para cultura, lazer, esportes e negócios como feiras, além de ponto para abastecimento de carros elétricos.

Marcelo Pelúcio apresentou o primeiro equipamento que estará disponível no futuro “Café do Parque” de Marília em que motoristas poderão fazer uma pausa enquanto recarregam seus veículos. Parece ficção científica, mas nos Estados Unidos as redes de postos de combustíveis já se preocupam com a concorrência de cafeterias como a Starbucks que se uniu à montadora Volvo para inaugurar uma rede de recarga de carros elétricos.

(Esq) Cassiano Rodrigues e
 Marcelo Pelúcio

Nisso, o empresário também foi visionário porque as pequenas cidades, com um dos 100 parques que pretende implantar no interior de São Paulo, terão condições de oferecer a recarga de veículos elétricos a partir da energia solar gerada em micro usinas.

PARCEIROS

A geração de energia fotovoltaica, em micro usinas, e o projeto do Parque Terra Sollarium conquistaram apoiadores de peso: a Associação Comercial e de Inovação (ACIM), a cooperativa de crédito SICREDI e a Universidade de Marília (UNIMAR). No entanto, Marília ainda patina no quesito burocracia porque dos cinco módulos projetados para o parque, apenas um está sendo implementado e, ainda assim, por insistência dos empresários da Teravolt.

Se em Marília o processo está lento, prefeitos da região não dormem no ponto. A Prefeitura de Guaimbê, em tempo recorde, doou a área e aprovou na Câmara Municipal o projeto para criar uma unidade do parque que, nos próximos dias, receberá os equipamentos orçados em um milhão de reais.

No café da manhã de sábado, o prefeito de Vera Cruz, acompanhado de duas vereadores, conheceu o projeto e abriu as portas da cidade para implantar um parque que terá micro usina de geração de energia e os espaços de lazer gratuitos para a população. Em entrevista ao JM, o prefeito afirmou que “a prefeitura só vai entrar com o terreno e nenhum centavo. É um projeto tão grandioso, bonito, inovador, sustentável e, por isso, de pronto a gente aceitou e já levou a ideia para os vereadores. Estamos montando o projeto de lei para enviar à Câmara Municipal o mais breve possível”.

Vista da área com equipamentos que irão para Guaimbê

Por sua vez, o presidente da ACIM, Adriano Luiz Martins explicou que a entidade apoia o projeto de energia fotovoltaica na medida em que viabiliza aos pequenos negócios instalarem micro usinas de geração de energia, trocando a conta de luz por um financiamento. Ao final do prazo, o equipamento estará quitado, gerando economia para a empresa que deixará de pagar pesadas contas de energia.

Conforme disse, “é uma ação cujo resultado é a prosperidade das pessoas, da sociedade. No caso específico de Marília, é simples de entender: quando você passa a ter a capacidade de gerar sua própria energia, chega um momento em que você não tem mais a conta de energia para pagar e passa a ter aquele recurso para usar para outras necessidades. Esse projeto faz todo o sentido para tudo que se propõe uma entidade empresarial, uma entidade que tem como objetivo primário fortalecer a economia  da cidade, para que se tenha cada vez mais emprego e renda”.

Sócios da Teravolt, Marcelo e Cleber

LENTIDÃO

Um dos sócios da Teravolt, Cleber Costa, comemorou a instalação do primeiro parque em Guaimbê: “Era um sonho que hoje se torna realidade porque a lei foi aprovada por unanimidade e Guaimbê vai receber todo o investimento de mais de um milhão de reais que vai gerar divisas e impostos para cidade”.

No entanto, o empresário lamentou as dificuldades em Marília: “Estamos em negociação com a Prefeitura e nossa preferência é por Marília. Mas, não tivemos esse respaldo da velocidade da aprovação para ter a segurança do investimento que será feito de dezenas de milhões de reais. Estamos estacionados na primeira das cinco quadras previstas”.

Tadau Tachibana recebeu
alimentos da Agrofloresta

O empresário Marcelo Pelúcio considerou muito importante a presença dos ambientalistas e autoridades para que conhecessem o que está sendo feito e os planos futuros quando as licenças forem concedidas para que o empreendimento decole. Ele elogiou o trabalho das diferentes frentes que estão transformando a questão ambiental da cidade com suas iniciativas.

CASSIANO LEITE

Articulador do grupo “Frente Sustentável” que reúne grande parte dos ambientalistas da cidade, sem vinculação política, o chefe do Meio Ambiente da Prefeitura, Cassiano Rodrigues Leite avaliou o encontro como muito positivo: “Estou vendo como um divisor de águas. Esse corpo a corpo de apresentar e conhecer o Parque Terra Sollarium e a abertura para apresentarmos nossos projetos”.

Ele prosseguiu afirmando que “o importante é ver o quanto Marília está avançando na área ambiental, quantos projetos bons nós temos e quanto podemos avançar se nós desburocratizarmos e enxergarmos com bons olhos os projetos que estão ocupando áreas públicas ociosas. Ao invés de travar com picuinhas, buscar saídas e soluções, como o prefeito Davoli de Vera Cruz que veio aqui para conhecer e já está levando para a cidade dele”.

Sala de monitoramento da geração de energia das micro usinas

Cassiano finalizou observando que “Marília está travada na burocracia, infelizmente. Mas, estamos aqui representando o poder público, tentando desburocratizar, mostrando a importância deste trabalho. Esse bate papo informal mostrou o quanto somos fortes unidos, cidadãos em beneficio ao meio ambiente”.

Para saber mais sobre este projeto, acesse: http://www.terrasollarium.com.br/

Leia a reportagem de 23/01/2022 sobre o projeto do parque AQUI

E sobre o projeto Agrofloresta AQUI

*Reportagem publicada na edição de 01/05/2022 do Jornal da Manhã

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