domingo, 29 de julho de 2018

COMPOSTAGEM: COMO DESCARTAR OS RESÍDUOS SÓLIDOS E PRODUZIR ADUBO ORGÂNICO.

Por Célia Ribeiro

A natureza é sábia: onde tem pássaros, animais, insetos e plantas, há vida. E quando a natureza é cuidada com respeito ela devolve a atenção mantendo o equilíbrio do meio-ambiente. Um exemplo se observa na residência do ambientalista Antônio Luiz Carvalho Leme em um condomínio fechado, na zona oeste de Marília. Lá, ele pratica o que defende dando a correta destinação aos resíduos sólidos, através da compostagem, obtendo adubo orgânico utilizado na horta, pomar e orquidário da família.
Leme explica como é simples o processo
Cada vez mais pessoas se conscientizam sobre a problemática do lixo urbano, o que explica o aumento da procura por informações sobre a compostagem. No entanto, embora existam vários modelos de composteiras à venda, quem quiser pode começar com três baldes de plástico com tampas perfuradas que, quando empilhados, fazem a vez do sistema necessário para a degradação lenta da matéria orgânica.
Legumes, frutas, verduras
e pó de café 

Segundo o site www.ecycle.com.br, “compostagem é o processo biológico de valorização da matéria orgânica, seja ela de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal, e pode ser considerada como um tipo de reciclagem do lixo orgânico. Trata-se de um processo natural em que os microorganismos, como fungos e bactérias, são responsáveis pela degradação da matéria orgânica, transformando-a em húmus, um material muito rico em nutrientes e fértil”.

Restos de podas de plantas e árvores estão se decompondo no terreno
Acompanhado do filho, Gustavo Schorr Carvalho Leme e de Suzana Más Rosa, sócios da Consultoria Ambiental Agenda 22, Antônio Luiz Carvalho Leme, membro do Coletivo Socioambiental, contou como iniciou o sistema de compostagem doméstica aproveitando cascas de frutas, legumes, sobras de verduras e borra de café. Em caixas plásticas, com minhocas no seu interior, ele deposita as sobras da cozinha e cobre com folhas secas, restos de podas etc.

Assista o vídeo abaixo:



Ao contrário do que se pensa, a composteira não tem cheiro. O chorume, líquido que desce até a última caixa e é recolhido através da torneira instalada no local, também é utilizado na pulverização das plantas (uma parte de chorume diluída em 10 partes de água). Além de frutas, legumes e verduras, podem ser utilizados sobras de podas de árvores e jardins, saquinhos de chá e casca de ovo. Proibidos estão: carnes, gorduras, papel higiênico, fraldas descartáveis etc.

Na casa do ambientalista, há dois baldes na pia da cozinha: um recebe materiais que irão para a composteira e outro para os demais resíduos, incluindo-se cascas de frutas cítricas (abacaxi e laranja) que são descartados junto com o lixo doméstico porque não são bem aceitos pelas minhocas. Quem cuida disso também se beneficia com o resultado da compostagem: a esposa, Shirlei Schorr, tem verdadeira paixão pelas plantas e mantém um bem cuidado orquidário onde cultiva belas espécies graças ao adubo orgânico que sai do seu quintal.
As plantas e flores estão sempre vistosas no quintal
TRÊS MODELOS

Antes da composteira ao lado do canil, a degradação dos resíduos sólidos era feita de outras duas maneiras na propriedade: Shirlei até hoje mantém enterrados sobras de legumes, verduras e frutas com pó de café em uma pequena área onde micro-organismos decompõem a matéria orgânica gerando o adubo natural.

Baldes de plástico com tampas também podem ser usados

Na parte superior do terreno, onde está sendo formada uma horta de fitoterápicos, existe um local coberto por restos de podas de árvores e plantas em que ocorre outro processo de compostagem que leva algum tempo, mas com os mesmos resultados. Nos três tipos de compostagem, quando o processo se encerra os resíduos são aproveitados para se devolver nutrientes às plantas e flores de maneira natural e sem custos.
Existem vários  modelos de composteira no mercado
POLÍTICAS PÚBLICAS

Leme afirmou que a compostagem doméstica deve ser estimulada, mas pouco adiantará se o poder público não tiver uma solução definitiva para a correta destinação dos resíduos sólidos. Conforme disse, “do lixo coletado nas cidades, cerca de 50 por cento são lixo orgânico, 30 por cento reciclável e só 17 a 20 por cento teriam que ir para os aterros”. Dessa forma, destacou a “necessidade de adoção de políticas públicas adequadas contemplando não só a coleta seletiva como a compostagem do lixo orgânico”.

Gustavo, Leme e Suzana
Ele citou a experiência da capital paulista na década de 80, quando a Prefeitura realizava a compostagem de material orgânico em um grande terreno próximo à Marginal Tietê. O material passava por processo mecanizado e os resíduos eram aproveitados na adubação de árvores em parques e áreas públicas.
As minhocas são grandes aliadas
Por sua vez, Suzana Más Rosa observou que “quando se fala em gestão de resíduos, as pessoas pensam em recicláveis. Tem muitos municípios, como Alvinlândia, que falam que têm coleta seletiva, mas só pegam o reciclável. As pessoas esquecem o orgânico que indo para o aterro gera muito mais chorume e acaba favorecendo o carreamento de substâncias e elementos tóxicos para o lençol freático”.

Neste sentido, prosseguiu: “É importante que as pessoas façam em casa, mas que as prefeituras resolvam o problema do orgânico, sem pensar só no reciclável, porque está muito sério e a gente não vê uma solução imediata que seria atender à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Temos uma lei, existem diretrizes e a compostagem é super incentivada por esta lei”.
Chorume: líquido diluído em 10 partes de água vai direto para as plantas

ABELHAS

Em meio às flores, plantas, legumes e verduras da horta, a propriedade tem novos hóspedes há algum tempo: são abelhas sem ferrão atraídas por um sistema utilizado por Leme e seu filho. Além de produzirem mel, elas atuam na polinização das plantas contribuindo para o equilíbrio ambiental.
No Orquidário de Shirlei as flores têm cuidado especial
Gustavo Schorr contou que quando a família se mudou para o local, o terreno era pobre, sem vida, e uma das primeiras providências foi trabalhar na recuperação do solo: “Era uma terra super pobre, não crescia nada”, recordou. Foi então que resolveram trabalhar na compostagem e levar minhocas californianas, especialistas em comerem substrato apodrecido (folhas e galhos), para o local que hoje está cada vez mais nutrido.
"Casinha" para atrair abelhas. No interior, mel e própolis.

E para completar, atualmente estão investindo e aprendendo a técnica do Bokashi, microorganismos eficientes a partir do uso da “Serapilheira” que consiste na camada formada por acúmulo de material orgânico vivo. Em um recipiente, colocam arroz cozido coberto com restos de folhas e gravetos de árvore da mata nativa ao lado da propriedade, no próprio condomínio.

Serapilheira: devolvendo vida à terra
“Em 10 a 20 dias, são geradas bactérias pretas e cinzas, que são descartadas, e as coloridas que são depositadas em vasilha com água sem cloro e garapa. Desta fermentação, após 45 dias, resulta um líquido riquíssimo em microorganismos eficientes deste bioma. São resíduos do mato deste local com que regamos a terra devolvendo-lhe a vida”, finalizou o ambientalista.
Shirlei e suas orquídeas
Dos janelões da cozinha, enquanto preparava o almoço, Shirlei Schorr observava a movimentação no terreno durante a reportagem, separando mais material para a composteira. No seu entorno, como uma moldura viva, dezenas de vasos de flores e plantas multicoloridas testemunhavam o cuidado que a família dedica à natureza que, como todos sabem, retribui como ninguém!

domingo, 22 de julho de 2018

LOGÍSTICA REVERSA: EMPRESA RECOLHE, TRANSPORTA E DÁ DESTINAÇÃO CORRETA A PNEUS INSERVÍVEIS.

Por Célia Ribeiro

Quem contraiu dengue, ou teve algum caso na família, reconhece a importância da vigilância permanente para eliminar potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. Neste sentido, a atuação de uma empresa de Marília, que opera na coleta e destinação de pneus inservíveis, é um  exemplo de como a logística reversa funciona bem quando fabricantes, lojistas e consumidores fazem a sua parte sem dependerem apenas da cobrança e da fiscalização dos órgãos públicos.
Pneus ao ar livre: riscos à saúde pública e ao meio-ambiente
Há cinco anos, a Reversa Pneus possui um Eco Ponto onde recebe pneus de municípios localizados num raio de 200 quilômetros, transportando-os às trituradoras credenciadas pela  RECICLANIP, empresa criada pelos maiores fabricantes (Bridgestone, Goodyear, Michelin, Pirelli etc). Nestes locais acontece a mágica da transformação: a borracha triturada segue seu curso de reaproveitamento na confecção de tapetes para automóveis, de pisos industriais e para quadras esportivas, e até na composição da massa asfáltica, dentre outros.
Processo de trituração da borracha

Segundo o proprietário da empresa, Edmilson Ferreira, “atendemos uma cadeia de logística reversa que é de responsabilidade  dos fabricantes de pneus. A Associação Nacional dos Fabricantes de Pneumáticos tem como responsabilidade pegar de volta aquilo que ela coloca no mercado”. Ele explicou que “o fabricante remunera o triturador, remunera o transportador, mas não remunera o Eco Ponto. Só foi possível a gente trabalhar assumindo o Eco Ponto porque fazemos o transporte dos pneus até os trituradores homologados a ela”.

 Localizada na Rua Antártica, 820, Jardim Vitória (Zona Sul), a Reversa Pneus é referência para 23 municípios. Semanalmente, são armazenados de 30 a 50 toneladas de pneus inservíveis que vão para as trituradoras instaladas em Garça, Ribeirão Preto e São Paulo. Segundo Edmilson Ferreira, grande parte da borracha triturada também é utilizada nas cimenteiras para geração de energia.

Ele assinalou que faltam conscientização para a população e fiscalização por parte dos órgãos públicos. Ele citou o caso de borracharias que, apesar dos riscos à saúde pública, estocam grande volume de pneus de forma inadequada: “Os borracheiros têm aquela ideia de que o pneu na frente do seu estabelecimento é um marketing, mas na verdade não é”, frisou.
Edmilson, proprietário da Reversa Pneus
RESPONSABILIDADE SOCIAL

O empresário informou que o Eco Ponto funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h, sem intervalo para o almoço, onde empresas, Prefeituras e população em geral podem descartar corretamente os pneus. Além disso, sempre que solicitado para alguma ação social ou ambiental, a Reversa doa pneus para entidades, como recentemente ocorreu com a Igreja Presbiteriana do Brasil que fez o pedido de pneus para um trabalho que desenvolverá com jovens em uma ONG.

Representantes da Igreja Presbiteriana foram buscar pneus para um projeto social

Viatura da Secretaria da Saúde descarta pneus no Eco Ponto
Por outro lado, através do Departamento de Marketing, coordenado por Rivelton Teixeira, a Reversa Pneus  promove palestras em escolas e empresas sobre a Logística Reversa e a influência do marketing nas operações e orientações sobre o descarte correto, Plano Nacional de Resíduos Sólidos, 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar) etc.
A empresa recebe até 50 toneladas de pneus por semana
Ele lembra que a Lei 12.305, de 2.010, que instituiu a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos previu a implantação da Logística Reversa em todo o País até 2.014. Além de pneus, fabricantes de aparelhos celulares, eletroeletrônicos, pilhas, lâmpadas etc, devem garantir as condições para que o consumidor possa descarta-los em pontos de coleta de onde retornarão para as indústrias para reciclagem ou tratamento de resíduos.
Barracão com 400 metros quadrados na zona sul de Marília
Portanto, a produção de 40 milhões de pneus por ano e o descarte de metade desse volume, no mesmo período, são apenas um dos muitos aspectos que merecem atenção quando se pensa na preservação do meio-ambiente para as futuras gerações.
Rivelton Teixeira, Marketing
Maiores informações sobre o assunto podem ser obtidas no site do Ministério do Meio Ambiente: 
www.mma.gov.br/politica-de-residuos-solidos  Para contatar a Reversa Pneus, o endereço é: Rua Antártica, 820, Jardim Vitória em Marília. Telefone (14) 996243450, e-mail: comercial@reversapneus.eco.br e site: www.reversapneus.eco.br

domingo, 15 de julho de 2018

ARTESÃO TRANSFORMA MATERIAL RESISTENTE EM PEÇAS DECORATIVAS E FUNCIONAIS.

Por Célia Ribeiro

Quando se fala em fogão à lenha, imediatamente a lembrança que vem à memória é a da boa comida caseira, farta, em torno da qual se reúnem familiares e amigos. Por isso, como bom anfitrião, Sérgio Bensdorp, 62 anos, não descansou até conseguir tirar uma ideia do papel:  produzir um fogão à lenha portátil, desmontável, que pode ser levado a qualquer lugar utilizando pequenos pedaços de madeira.
Sérgio trabalha na oficina de casa, sob olhar da esposa Lu.
Confeccionado em ferro, o fogão de uma boca só é um dos produtos que mais chama a atenção na linha de artesanato funcional que inclui desde bonecas e bicicletinhas para jardim até suportes para galões de vidro, mesas e cadeiras à base de ferro e madeira nobre (cumaru), diversos tipos de ganchos, suportes para floreiras, guardanapeiros e até organizador de tampas de panela.
Fogão de lenha portátil: é desmontável e usa pouca madeira
Tudo começou por acaso: no ano de 2014, em viagem a Ribeirão Preto, Sérgio estava com amigos quando viu um suporte de garrafa de cerveja no Bar 5ª Eskina, conhecido point perto da Faculdade Barão de Mauá. “Na hora pensei: dá para fazer”, contou, explicando que ao retornar a Marília e lançando mão de uma pequena máquina de solda se aventurou para reproduzir a ideia.
Algumas criações: todo material é aproveitado integralmente
As fagulhas da solda acabaram por despertar uma vontade incontrolável de testar mais e mais ideias que iam brotando. Casado com a professora Luciana Ferreira Silva Bensdorp, conhecida por sua criatividade e talento em produzir artesanato em tecido, o artesão foi incentivado a soltar a imaginação que o fez dedicar-se totalmente ao novo ofício, quatro anos depois.

MÚSICA E CRIANÇA

Apaixonado por música, Sérgio é sempre solicitado pelos amigos na hora de organizar a playlist das festas. Além de possuir uma respeitável coleção de músicas dos mais variados estilos, ele já foi dono de um Karaokê onde aproveitava os intervalos para soltar a voz afinada homenageando clássicos da MPB, além de lendas da música internacional.
Artesão expôs no "Arraiá" do Espaço Pitanga, em junho. 
As reuniões entre amigos e familiares, embaladas por boa música, o inspiraram a criar um forno para pizza todo em ferro na área de lazer da residência, no Jardim Acapulco. Além de confeccionar o forno, ele prepara a massa da pizza e também se aventura na produção de cerveja artesanal e hidromel, entregou a esposa, chamada carinhosamente de Lu.
Bule e xicara: os mais pedidos
As crianças têm um lugar especial em seu coração: bisavô há dois anos, ele cria muitas coisas com foco no público infantil. São ganchos para bolsinhas em formato de bonecas para o quarto das meninas, ou bonequinhos com características de vários irmãos que os pais querem ter no jardim. Enfim, quando o assunto é criança, Sérgio não esconde a alegria em poder tirar do ferro a frieza do material transformando-o em um objeto alegre e divertido que encanta os pequenos.

PEÇAS ÚNICAS

Sérgio contou que o processo criativo é bem simples: em conversa com os clientes, ouve as expectativas atentamente para saber qual uso será dado ao objeto e então, parte para a criação, sem rascunho prévio. Autodidata, ele só fez um curso de solda quando já estava em franca produção e destaca sua preocupação em entregar uma peça bem acabada.
Jogo de mesa e bancos em ferro e cumaru
“Uma peça nunca é igual a outra. Gosto muito de fazer os bules com xícara, mas um é diferente do outro”, ressaltou, acrescentando que evita ao máximo o desperdício. Ou seja, pedaços de ferro com mais de 10 centímetros são guardados e reaproveitados em outros trabalhos.
Biciletinha de jardim
Ex-eletricista de automóveis e ex-orçamentista de Toninho Cuba, de conhecida recuperadora de veículos de Marília, Sérgio se descobriu artesão e hoje vive desta atividade que lhe permite trabalhar ouvindo boa música na oficina que montou ao lado da área de lazer de casa.
Floreira de gatinho
Ele só lamenta a pouca valorização do artesanato. “As pessoas preferem comprar coisas mais baratas, ainda que feitas com materiais fracos, que não são maciços e vão estragar em pouco tempo”, observou. Em junho, ele participou do “Arraiá Feito à Mão” do Espaço Pitanga, que reúne loja de artesanato onde são ministrados cursos diversos.
Suporte para potes de vidro: cada cliente escolhe seu modelo
“Fiz alguns trabalhos para o evento e foi muito bacana ver tantas coisas bonitas lá”. Por sua vez, Lu falou da alegria de saber que muitas criações do marido estão em outras cidades: “Tem peças em Curitiba e Florianópolis, por exemplo. As pessoas encomendam para presentear e é muito gostoso saber que aquela peça que saiu daqui está indo para a casa de outra pessoa”.
Guardanapos com classe
Os trabalhos em ferro maciço são comercializados a partir de 30 reais, podendo chegar a 1.200 reais, como o conjunto de mesa de ferro e cumaru com 04 bancos que está na sua área de receber os amigos. E, na contramão da modernidade, Sérgio não mantém espaço nas redes sociais para expor seus trabalhos, o que a esposa garante que vai providenciar, embora ele não considere relevante. Para contata-lo o telefone é: (14) 997649995.

domingo, 8 de julho de 2018

COWORKING: OS BENEFÍCIOS DO COMPARTILHAMENTO DE ESPAÇOS

Por Célia Ribeiro

A vontade de empreender, de ser dono do próprio negócio ou de ter uma segunda atividade profissional esbarra, quase sempre, na burocracia oficial e nos altos investimentos que jogam por terra muitos sonhos na fase de germinação. No entanto, um conceito muito difundido nos grandes centros do mundo inteiro começa a chamar a atenção nas cidades do interior do Brasil que apostam no Coworking como alternativa para o uso racional da infraestrutura e do espaço necessários aos negócios.
Arquiteta Mary Motta na sala que compartilha no Espaço 96
Em Marília, o Espaço 96 foi a primeira iniciativa neste sentido. Fundado há cinco anos pela advogada Adriana Tognoli, é o local de compartilhamento para profissionais liberais e empresas, principalmente as localizadas em outras regiões e que necessitam de um ponto de apoio para recrutamento de pessoal, treinamento  de equipe e reuniões de trabalho.

Localizado no Bairro Fragata, o Espaço 96 possui um auditório com capacidade para 30 lugares, e outras 12 salas além de uma área externa com jardim muito utilizado principalmente para gravações de vídeos institucionais e educativos. Pelo Coworking passam, diariamente, profissionais das áreas de Arquitetura, Engenharia, Contabilidade, Psicologia, Nutrição, Ortóptica, além de sediar uma Construtora e uma escola de inglês, entre outros.
Adriana Tognoli (em pé) fundou e dirige o Coworking
Segundo a coordenadora do Polo de Ensino à Distância da UNAR (Centro Universitário de Araras) que também funciona no local, Carla Djurskovic, existem soluções sob medida para todas as necessidades. Do profissional que precisa de uma sala para atender um cliente, e que contrata uma hora ao custo de 30 reais, àqueles que preferem montar pacotes mais em conta para utilizarem o espaço e toda a infraestrutura por várias horas durante o mês.

“A pessoa não precisa pagar aluguel, condomínio, contratar recepcionista, pensar na faxina, no café, na internet, na conta de luz, enfim, em tudo o que demanda se estivesse em um espaço só seu. E quando entra de férias, não paga nada. Só vai pagar quando usar o espaço”, exemplificou Carla.
Empresas usam o local para reuniões e treinamentos
A fundadora e diretora do Espaço 96, Adriana Tognoli explicou que recebeu a casa  por herança e, após estudar várias alternativas, optou pelo Coworking exatamente porque gostaria de ver pessoas compartilhando o lugar, ainda que soubesse os desafios que enfrentaria até tornar o conceito conhecido do público.

Ela afirmou que “o mais difícil é ensinar a usar o Coworking, porque a partir do momento que a pessoa sabe usar ela não quer outra coisa. Nas cidades do interior, é um pouco mais difícil de desbravar. As pessoas gostam de ter seus escritórios, aquela tradição do advogado que fica com a Banca que foi do pai, ou o médico que fica com a clínica que foi do pai. Tem uma dificuldade de entender que o conceito Coworking não faz você menor ou maior que ninguém. Ao contrário, ele é sustentável porque ele reúne muitas pessoas que podem ser de atividades diferentes em que a troca de experiências é maravilhosa”.
Arquitetas que montaram uma construtora
HOME OFFICE

O conceito de escritório em casa (home office) pode se beneficiar do compartilhamento do Coworking, como contou a arquiteta Mary Motta. Ela disse que mantinha um escritório em sua residência, mas sentia a necessidade de privacidade. E assim, foi uma das primeiras coworkers (cotrabalhadora) a adquirir pacotes mensais de horas utilizando uma sala no Espaço 96 para atender seus clientes.

Os clientes podem escolher a sala que melhor atenda sua necessidade
“Quando eu vim, eu nem sabia o que era Coworking. Achei o espaço lindo, a localização privilegiada e a Adriana me recebeu com muito acolhimento, entendeu minha necessidade. Só atendo meus clientes aqui e em cinco anos eu fiz muita coisa bacana porque aqui a gente convive com outros parceiros”, assinalou. Ela citou vários trabalhos que desenvolveu para outros coworkers, na área de arquitetura, acrescentando que também foi aluna de inglês da professora Rosana Cabral e recorreu aos conhecimentos jurídicos de Adriana Tognoli.
No hall de entrada os detalhes da decoração 
No caso da escola de inglês, Rosana Cabral explicou que utilizava, inicialmente, algumas horas para atender alunos particulares já que trabalhava, na época, em uma escola de idiomas nas proximidades. Era uma renda extra. Aos poucos, percebeu que poderia se estruturar naquele espaço, formando turmas e partindo para outras áreas como a de palestras que tem ministrado, sem ter feito um aporte de recursos próprio dos novos negócios.

A professora de inglês comentou que “se fosse locar um lugar, mobiliar, estruturar, eu teria muitas despesas e não teria condições de abrir. Aqui encontrei uma solução fácil e prática para dar o primeiro passo”. Hoje, através dos pacotes de uso, montou turmas em uma sala maior, e mantém um outro emprego enquanto continua a inovar: “Queria que a escola fosse um centro de compartilhamento” e assim, já estão sendo proferidas palestras “baseadas em técnicas de como o cérebro faz para aprender e técnicas práticas para aplicar no dia-a-dia. Surgiram outras ideias, como administração de tempo, procrastinação etc”, adiantou.
No auditório são realizadas palestras e cursos
Por sua vez, o nutricionista Leonardo Sugui explicou que é coworker há seis meses e a opção foi “pela praticidade que o espaço traz, porque a gente vem, atende e não precisa ficar aqui o dia inteiro, tem mais liberdade que é importante principalmente no início de carreira. É um lugar bacana em que me encaixei”.
Leonardo Sugui, nutricionista
Adriana Tognoli contou, ainda, que outro serviço oferecido é o do endereço comercial em que os profissionais pagam uma mensalidade para terem um endereço para recebimento de correspondências, por exemplo.

Uma fatia expressiva da clientela é formada por representantes de grandes empresas de fora. “Tinha um rapaz de Fortaleza que contratava algumas horas para reuniões com pessoal de Marília e depois ia embora sem maiores preocupações. Outro cliente de Pompeia costumava buscar algumas pessoas no aeroporto, leva-las para Pompeia para reuniões e depois trazê-las para Marília. Agora, ele vem e atende o pessoal no nosso espaço e depois vai embora enquanto os outros seguem para o aeroporto.
Facilitou muito”.
(Esq) Professora Rosana  e Carla em uma das salas disponiveis
EVENTOS

Ao longo dos cinco anos do Espaço 96, foram promovidos dezenas de eventos, geralmente ligados ao empreendedorismo e atrelados a ações de responsabilidade social que beneficiaram entidades como Amigos do COM, ACC, GAACH, Amor de Mãe etc. “Neste ano resolvemos dar um tempo para pensarmos em um novo modelo para 2019, até porque tínhamos muitos eventos temáticos e que consumiam muito nosso tempo”, explicou Adriana Tognoli.
Os eventos levam grande público ao Espaço 96 (Foto Lane Rodrigues)
Para ela, após a fase de consolidação do Coworking, a tendência é de cada vez mais profissionais e empresas se voltarem para essa alternativa que reúne toda a infraestrutura de apoio para os negócios. Entusiasta, ela se emociona ao falar do espaço em que ela e vários familiares moraram por muitos anos: “Eu sinto uma satisfação imensa. Essa foi uma casa de muito acolhimento. São memórias muito boas. É uma casa que abraça e eu queria que isso não morresse”, finalizou.

O Espaço 96 está localizado à Rua Alfeu Cesar Pedroso, 96, bairro Fragata em Marília. Contatos: espaco96@gmail.com

sexta-feira, 6 de julho de 2018

SOLIDARIEDADE: BAZAR ARRECADARÁ FUNDOS PARA TRATAMENTO DO MATEUS

Por Célia Ribeiro

A história de Mateus Castelazi foi divulgada neste blog e é uma das reportagens mais lidas justamente pelo exemplo de força e determinação de sua mãe, Claudia Marin, que fundou a ONG Anjos Guerreiros para ajudar outras família que vivem situação semelhante, enfrentando todo tipo de dificuldade e, principalmente, a falta de recursos para arcar com o tratamento nem sempre suportado pela rede pública.
Cartaz do evento

Nos dias 11, 12 e 13 de julho, das 8h30 às 17h30 e no dia 14 de julho, das 8 às 11h, será realizado um bazar próximo ao Terminal Urbano (Avenida Brasil, 252) em que poderão ser adquiridos produtos de ótima qualidade a preços acessíveis. Segundo Cláudia Marin, foram encaminhados milhares de itens arrecadados nos pontos de coleta.

Muitos voluntários têm colaborado com esse bazar que contará com roupas, calçados, eletrodomésticos, livros, brinquedos, decoração, móveis, colchões, utensilios domésticos etc. Segundo Cláudia, "Mateus tem diagnóstico de Síndrome de West, evoluiu para eplepsia de difícil controle, 100% dependente.  Para dar qualidade de vida,estamos correndo atrás de todas as possibilidades de melhorias para ele, como Ozonioterapia, dieta Cetogênica, manipulados repositores, CBD, anticonvulsivantes, homeopatia, frequência Quântica, e o que mais surgir".

Ela prosseguiu: "Descobrimos aos 39 dias suas crises convulsivas sem controle com medicações. Por esse motivo, passou por 2 cirurgias neurológicas (retirou 25% de massa encefálica) aos 6 meses e aos 1 ano e 2 meses, sem sucesso de controle. Mateus já chegou apresentar mais de 80 crises convulsivas por dia. Em 2014 entramos com o CBD (Cannabidiol) derivado da maconha, com sucesso de diminuição para umas 30 crises/dia, além de qualidade de vida. Em seguida entramos com Keppra associado ao CBD e outros 3 anticonvulsivantes, com melhora de 30 para 15 crises/dia. Em 2017 entramos com a dieta Cetogênica (rica em gordura e pouco carboidrato), além de muitos manipulados, homeopatia, ozonioterapia,  apresentando hoje de 1 a 5 crises/dia. Ele voltou a sorrir, buscar objetos, além de melhora na qualidade de vida e aumento da imunidade".
Voluntárias organizam as doações
Saiba mais sobre a história do Mateus, acessando AQUI
Para contatar a família:  Mãe Claudia 997974850 e Pai Rafael 997914419

Abaixo, alguns produtos que estarão à venda:








PONTOS DE ARRECADAÇÃO

Das 08:00 às 18:00
Av. Santo antonio, 05
Falar com Aline 9.9734-2409

Trabalho do pai do Mateus
Construtora Casa Branca
R. José Bertonha, 127
Jd. Tangará

Solução Administradora de Condomínios
R. José de Anchieta, 127
Centro

Casa dos pais do Mateus
Rua Dionízio Grassi 61
Santa Gertrudes

Centro de Reabilitação
Rua 7 de setembro 1555
Fisioterapeuta Cleyde Zaninotto

Famema
Av Monte Carmelo 800
Com Sônia Custódio do NUAC Núcleo de Apoio a comunidade.

Cantinho da Moda
São Luiz 481
Lado d

domingo, 1 de julho de 2018

UM MUNDO MELHOR: ATIVISTA REUNIU EM LIVRO SUAS EXPERIÊNCIAS COM A PERMACULTURA.

Por Célia Ribeiro

Quando menino, ele corria livre pelo imenso quintal de pé no chão em harmonia com a natureza. A terra fértil, onde se plantando tudo dá, também fez brotar no rapaz alto, magro e de olhar doce o desejo de descobrir uma alternativa à exploração desmedida dos recursos naturais que está levando o planeta ao colapso. Adulto, o ativista e sociólogo Djalma Nery tem agora o desafio de compartilhar o que aprendeu sobre a permacultura.
Dia de campo para conhecer de onde vem o alimento
Na última semana, ele esteve em Marília para proferir uma palestra no CEEJA (Centro de Educação de Jovens e Adultos) e lançar o livro “Uma Alternativa para a Sociedade – Caminhos e Perspectivas da Permacultura no Brasil” que reuniu tudo o que ele aprendeu em anos de viagens ao Brasil  e diversos países da América Latina conhecendo modelos inovadores de interação do homem com o meio ambiente.

“Permacultura é um sistema em que o habitante, a moradia e o meio-ambiente estão integrados em um único organismo vivo”: esta é uma das inúmeras definições e que se encontra no portal www.ecycle.com.br As pesquisas que Djalma Nery fez ao longo de vários anos foram sistematizadas na sua tese de Mestrado (USP/Piracicaba) em 2014, “quando decidi trazer essa paixão da permacultura para dentro da academia”.
Limpeza de terreno para horta urbana em S. Carlos
Ele explicou que realizou “um trabalho de mapeamento dos grupos que estavam trabalhando com isso a nível nacional e o resultado está neste trabalho que virou livro”. Se esta é a parte mais visível do seu trabalho, vale voltar alguns anos quando ele fundou a ONG Associação Veracidade (www.veracidade.eco.br) em 2012, em São Carlos, cidade que considera seu berço porque ali chegou aos seis meses de idade.

“Cresci com meus pais muito conectados com a questão ambiental. Sempre tive horta em casa, cresci em quintal grande e sempre fui sensível a esta questão. Mas, conheci mesmo uma proposta concreta em 2008 em contato com o movimento de hortas urbanas. Comecei a ver um grupo de pessoas se organizando para ocupar espaços ociosos transformando em horta e produzindo dentro da cidade”, recordou.
(Esq.) Gustavo Schorr e Djalma Nery em Marília
O fascínio pelo movimento fez com que Djalma começasse a viajar em busca de conhecimento: “Visitei grupos, pessoas e iniciativas que estavam desenvolvendo esses projetos de permacultura no Brasil e na América Latina. Fui para a Argentina e Peru e passei três anos viajando. Ficava dois meses aqui, seis meses ali, trabalhando como voluntário, trocando hospedagem e alimentação por trabalho e depois disso voltei para São Carlos”.

Aproveitando o quintal de 1.000 metros quadrados na propriedade da família, na Vila Prado, o ativista fundou a Associação Veracidade em uma espécie de comunidade urbana: além dele, de sua companheira e da mãe, alguns amigos vivem no local em que são aplicados os conceitos da permacultura.

PRÁTICAS SOCIOAMBIENTAIS

“Mais do que só falar do assunto e pesquisar, o lance é viver”, afirmou, assinalando que a experimentação é a base de tudo. As propostas são testadas e o que dá certo é implementado. Segundo Djalma, aquele espaço familiar e comunitário “acabou se tornando uma referência regional. A gente recebe visita de grupos, de escolas com crianças e também de universitários”.
Sistema de produção sem agrotóxico
Para viabilizar a difusão do conhecimento, foi criado um roteiro de visitas “passando por cada um desses espaços. Mostramos como funciona a horta orgânica, a nossa compostagem, o banheiro seco, pegamos a água da chuva, geramos nossa energia, enfim, mostramos todas as tecnologias e apresentamos esse universo da permacultura”.

Em pouco tempo a proposta ganhou visibilidade, chamando a atenção em outras regiões. Atualmente, a ONG possui projetos em outras cidades, como um desenvolvido em parceria com a Fundação Banco do Brasil no Vale do Ribeira.
Compostagem: solução para resíduos
Voltando ao livro, diante das dificuldades do mercado editorial, Djalma partiu para o financiamento coletivo, um tipo de “vaquinha virtual”, arrecadando 37 mil reais para a impressão de 1.500 exemplares. Cerca de 1.000 pessoas adquiriram a obra antecipadamente e outros quinhentos exemplares estão com o autor que tem visitado várias cidades divulgando a permacultura.

EXPERIÊNCIA RICA

“Em termos gerais, o que me surpreende muito é a criatividade do povo brasileiro que tem a capacidade de superar situações e conseguir contribuir para as mudanças”, comentou ao falar sobre as viagens para conhecer os projetos em desenvolvimento no País. Conforme disse, “comecei a ver que esses grupos, que nem se conheciam entre eles, tinham um projeto comum de mudança para a sociedade”.
Visita de estudantes à ONG Veracidade
Neste sentido, prosseguiu o ativista, “estava cada um no seu espaço praticando e não tinham uma conexão. Juntos, eles põem uma possibilidade de mudança concreta. O pouco que eu trago neste livro é como transformar experiências como as que a gente vive em experiências mais amplas, mais conhecidas e mais praticadas”.

De acordo com Djalma Nery, “falta bastante comunicação entre eles. E, por serem coisas que vão na contramão do que está estabelecido, dificulta um pouco o processo de divulgação”. Ele citou como exemplo a gestão de resíduos: “É uma coisa assustadora o que a gente faz com nossos resíduos. A gente enterra, basicamente, nos buracos que chama de aterro sanitário, contamina água e solo, gera gás metano, sendo que uma coisa simples como a compostagem poderia ser uma solução para os resíduos e não é aplicada”.

Djalma em limpeza de área para plantio
O ambientalista destacou a dificuldade em expandir o conhecimento lembrando que poucos sabem o que é permacultura e até a agroecologia, mais conhecida, ainda é pouco difundida. Ele defendeu a importância “do poder público ter uma visão estratégica e incentivar esse tipo de prática”.

Em Marília, ele conheceu a Horta Comunitária Vinha do Senhor que tem à frente voluntários da Paróquia do Jardim Santa Antonieta em área cedida pela CEAGESP. “Achei um projeto social incrível. E, andando por Marília, que não é muito diferente de São Carlos, vi muitos terrenos ociosos que estão juntando entulho e lixo. Vejo que as hortas urbanas são um caminho muito simples para produzir alimentos dentro da cidade, gerando o contato da população com a natureza”, destacou.

CONCEITO DE CSA

No interior de São Paulo, vários municípios descobriram a importância das CSAs (Comunidades que Sustentam a Agricultura) onde a população, cada vez mais, apoia o relacionamento direto entre os produtores de alimentos orgânicos e os consumidores. Ourinhos, Lins, Bauru, Botucatu e São Carlos são exemplos de iniciativas bem sucedidas de CSAs que Djalma Nery acredita ser viável em Marília.
Estudantes de várias idades visitam a ONG Veracidade
O conceito da CSA é que um grupo de pessoas se reúne em torno de uma família de produtores. Mediante o pagamento mensal, que varia de 100 a 160 reais, toda semana cada uma das famílias de consumidores recebe uma cesta de alimentos orgânicos (verduras, legumes e frutas) da época. Em São Carlos, desde 2013, 40 famílias apoiam uma família de pequenos produtores, mas há casos de grupos de 30 a 50 famílias para cada produtor.
O cuidado com a terra atrai cada
vez mais pessoas

“Na CSA a ideia é colocar junto quem produz e quem consome e torna-los parceiros que estão interessados não só no pé de alface, mas no modo de produção sem veneno, que não agride a natureza”, explicou. Ele acrescentou que a sociedade vale para os tempos bons e os tempos difíceis. Isto é, se tiver uma chuva de granizo e houver perda na produção, os consumidores receberão menos produtos. O mesmo vale se houver uma grande produção e, neste caso, a cesta de orgânicos estará muito mais recheada e variada.

Finalizando, Djalma Nery afirmou que na região de Marília há vários pequenos agricultores que poderiam ser fornecedores de uma CSA: “Se come comida boa e barata garantindo o bem-estar dos produtores. O maior drama da agricultura familiar é plantar sem saber se vai vender, se vai colher. Esse modelo dá segurança porque eles plantam sabendo que serão sócios dos consumidores, colhendo ou não, e todo mundo se beneficia”.

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Crédito das fotos:  ONG Veracidade