domingo, 25 de fevereiro de 2024

HORTA COMUNITÁRIA: CONDOMÍNIO FORNECE VERDURAS ORGÂNICAS AOS MORADORES

Por Célia Ribeiro

Abrir a janela pela manhã e contemplar dezenas de canteiros repletos de verduras e legumes é um dos privilégios dos moradores de um condomínio na zona oeste de Marília. É que o local conta com uma horta comunitária que fornece alimentos orgânicos, semanalmente, a dezenas de famílias por um preço simbólico, apenas para custear as despesas com a manutenção do local.

Sr. Davi e a colheita deste domingo
Segundo a síndica do Residencial Altos da Serra, Assisina Nonata da Silva, mais conhecida por Sissa, “tudo começou com duas moradoras fazendo um pequeno espaço com hortaliças, como cheiro verde, hortelã, alecrim etc, o que despertou o interesse do senhor Davi e da esposa Lázara de começar uma horta em um espaço maior”.
Síndica Sissa e as verduras; 02 reais o pé de alface
Ela explicou que o condomínio, com quase 200 apartamentos, “dispõe de uma grande área verde. Assim, após definirmos o espaço, eles mesmos limparam toda a vegetação do local, o que acabou ajudando muito com a manutenção de poda do sansão e matos. Começou com um canteiro, depois dois e assim por diante. Hoje, a horta ocupa praticamente todo o espaço onde está localizada”.
Área verdade aproveitada no condomínio
Sissa contou que o casal de moradores, apaixonado por lidar com a terra, ficou tão empolgado com a possibilidade de ampliar a horta que investiu recursos do próprio bolso para a compra de ferramentas, sementes, mudas, sombrites e fertilizantes. Como resultado, toda semana a colheita é farta: alface (lisa, crespa e americana), chicória, almeirão, cheiro verde, mandioca, batata doce, manjericão, alecrim, hortelã etc.
Verduras livres de agrotóxicos
Um pé de alface sai por dois reais, por exemplo, muito menos que os seis ou sete reais cobrados no supermercado. Além disso, a entrega é feita momentos após a colheita, o que garante que cada família tenha alimentos sempre frescos e de qualidade por um valor simbólico, na porta de casa.
Casal de moradores cuida da horta
Sissa informou que o casal de moradores “cuida de tudo para manter a horta limpa e organizada. Retira matos, trata a terra buscando esterco nas fazendas, compra o que for necessário para manter a horta organizada. Na maioria dos dias, estão na horta antes das 6 horas da manhã e encerram o dia na horta, novamente”.
Verduras recém-colhidas

A síndica contou que os moradores do Condomínio Altos da Serra ficam sabendo da colheita por uma lista de transmissão no aplicativo WhatsApp: “Os interessados vão no horário marcado e local determinado, como salão de festas ou na própria horta buscar as verduras”, assinalou.

Abóboras de vários tipos
Sissa ressaltou que “somente os responsáveis podem mexer ou colher e os moradores respeitam. Nunca tivemos problemas com relação a isso. Já tivemos outras pessoas trabalhando na horta, como a Jaqueline e Ivonete. Na ausência do casal, elas continuam ajudando”.

Moradores escolhem o que levar para casa
Como síndica de quatro condomínios, Sissa disse que manter uma horta como a que foi formada no local em que reside exige dedicação: “Não é um trabalho fácil fazer e manter uma horta. Tem que gostar do que faz. Mas, nos condomínios sempre tem pessoas que têm interesse. É uma oportunidade dos síndicos, se tiver espaço no condomínio, ver os interessados e dar um incentivo inicial e apoiar as pessoas dispostas”, recomendou.
Sr. Davi chega bem cedo à horta, diariamente
Ela finalizou afirmando que os moradores do seu condomínio “têm o prazer de desfrutar da horta, tendo à mesa produtos de primeira qualidade, orgânicos que chegam a durar até 15 dias na geladeira, com uma colaboração extremamente simbólica. Se algum síndico tiver interesse no projeto, estamos à disposição para maiores informações”. Seu contato é (14) 996097110.

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domingo, 11 de fevereiro de 2024

SOCIEDADE AMIGOS DO BAR: DEZ ANOS DE DOSES DIÁRIAS DE SOLIDARIEDADE

Por Célia Ribeiro

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo”: há 10  anos, um grupo formado por pessoas de diferentes classes sociais, nível educacional, profissão e religião, pratica o primeiro e mais importante mandamento cristão. Da inspiração de apenas 15 amigos, durante uma festa de aniversário, brotou a “Associação dos Amigos Solidários de Marília” ou popularmente chamada de “Amigos do Bar”. 

(Esq) Peracini, Milani, Tadau e Albieri
No último dia 07 de fevereiro, a data foi exaustivamente lembrada pelos veículos de comunicação em várias coberturas, através de publicações nas redes sociais e, claro, pelos mais de 50 associados ativos que se orgulham de pertenceram a uma das mais sérias instituições sem fins lucrativos da cidade.

Este blog, que registrou muitas reportagens desde 2014, reuniu o presidente, Tadaumi Tachibana (Tadau), o escritor Mário Milani, além de José Roberto Albieri e José Eduardo Peracini em um bate-papo de mais de três horas, na sede da ONG,  quando recordaram, emocionados, as campanhas e ações que tanto impactaram a vida de milhares de marilienses. 

Alimento a quem tem fome
“Sempre que a gente se reunia, alguém comentava que se a gente tinha dinheiro para beber também podia doar um pouco para ajudar quem precisava”, recordou Tadau, contando que os encontros dos amigos eram animados com horas de conversa regadas à cervejinha estupidamente gelada e petiscos de boteco.

 Mas, foi durante uma comemoração de aniversário de Eraldo Malta Rolin, Paulo Catelli e do promotor aposentado José Juarez Mustafá que este último fez uma lista com 15 nomes que passaram a contribuir, mensalmente, com uma quantia em dinheiro destinada a apoiar obras sociais.

Associados do "Amigos do Bar"
Estava lançada a semente do “Amigos do Bar” que, pouco a pouco, começou a receber novos membros indicados pelos participantes veteranos.

Tadau, Milani e Albieri lembraram que a primeira doação, em abril de 2014, foi de 20 cestas básicas para a ACC (Associação de Combate ao Câncer), seguida de ajuda à Casa do Caminho e ao GACCH (Grupo de Apoio à Criança com Câncer e Hemopatias). Mas, ao frequentarem as entidades, viram suas necessidades projetando ações mais robustas como a reforma de 14 banheiros do abrigo de idosos e, mais tarde, a doação de toda a mobília de 04 quartos do GACCH que abriga crianças em tratamento de saúde e seus acompanhantes.

PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

 

Parte do grupo inicial
Apesar da diferença de poder aquisitivo dos membros, o grupo “Amigos do Bar” se notabilizou por não fazer distinção entre seus integrantes: todos são importantes peças na engrenagem que gira com a pontualidade de um relógio suíço na hora de encampar uma causa e trabalhar fundo para atingir os resultados esperados.

Como consequência, a credibilidade do grupo se consolidou de tal maneira que transformou a entidade em referência de organização e seriedade. Assim, como um grande imã atraindo gente de bem, os seus integrantes passaram a sonhar alto contribuindo com praticamente todas as instituições beneficentes de Marília.

Um exemplo foi a campanha “Amor no carrinho”: os clientes dos supermercados participantes doavam algum produto das suas compras ao carrinho na entrada dos estabelecimentos e, de pouco em pouco, conseguiram a proeza de chegar a 4,5 toneladas de produtos na primeira edição. Já, na quarta edição, foram 12 toneladas coletadas, separadas e entregues a 17 instituições entre asilos, hospitais, entidades de atendimento a crianças etc. 

Peracini e as cestas para entrega nos bairros
“Teve gente que até chorou quando estava contando a quantidade. Ninguém fez o que nós fizemos: 8 horas da noite do sábado, a gente encerrava a campanha e separava tudo no mesmo dia. Dezenas de variedades de produto, tudo contabilizado em peso e  quantidade. Além disso, separamos por entidade e marcamos a hora para cada uma ir retirar”, contou Tadau.

PANDEMIA

Após estes resultados expressivos, um fato impactante colocou  a “Associação Amigos do Bar” sob os holofotes: durante a pandemia do Covid, a atuação do grupo não só ajudou a salvar vidas, com a aquisição de 02 respiradores doados ao Hospital de Clínicas e milhares de máscaras e aventais para os profissionais de saúde, como matou a fome de famílias cujos trabalhadores perderam o emprego de uma hora para a outra.

 

Cartilha informativa
“Podemos separar a história do ‘Amigos do Bar’ em antes, durante e após o Covid”, observou Albieri. Ele recordou que o poder de mobilização da entidade foi de tal magnitude que faltava espaço para estocar as doações. Ainda sem sede, em 2019, uma doação de 22 mil fraldas ocupou quase todos os cômodos da residência do Tadau que precisou deixar o carro da família na rua.

As doações de leite também chamaram a atenção, chegando em grande quantidade: “Eu fazia o pedido nos grupos de WhatsApp de manhã e quando chegava de tarde já tinha chegado. Muitas doações foram de doadores anônimos, gente que não conheço”, lembrou o presidente.

A informação, como arma poderosa  no combate ao Covid, foi utilizada na promoção de palestras e na confecção e distribuição de uma cartilha com tudo o que a população precisava saber para prevenir a doença, tornando o “Amigos do Bar” ainda mais conhecido e reverenciado. Naquela época, clubes de serviço e outras organizações utilizaram a expertise do grupo para fazerem chegar suas doações a quem precisava.

E foi assim que José Eduardo Peracini chegou à entidade: “Fizemos uma campanha na Toca da Mina e arrecadamos dinheiro para comprar 150 cestas”, lembrou. Na hora doar, o “Amigos do Bar” era a saída certeira para que os alimentos chegassem às famílias mais necessitadas: “Conheci o pessoal e nunca mais saí”, revelou.

Doação de material escolar
Milani afirmou que “uma das coisas maravilhosas que acontece no nosso grupo é que quando você apresenta um colega seu, imediatamente, ele quer participar como sócio doador. Faz cadastro e contribui mensalmente. As pessoas que estão chegando ficam encantadas com a organização e a referência através dos nomes que temos aqui. Toda classificação social temos aqui o que é muito importante para o nosso grupo”.

Conhecido como “Pera”, ele não escondeu a emoção ao recordar as vezes em que lotou o porta-malas do carro com alimentos entregues aos bairros mais distantes: “Cheguei a rodar 550 quilômetros dentro de Marília. Certa vez, quando parei para fazer a entrega, uma mãe pegou o leite e saiu correndo preparar para o filho. A criança estava com fome e não podia esperar mais”.

Neste momento, os quatro fizeram uma pausa e começaram a citar muitas situações em que a dura realidade de famílias com crianças e idosos fez com que redobrassem os esforços nas campanhas de combate à fome. “Covid mata. A fome também”, era o slogan da campanha.

 NOVOS DESAFIOS

Até 2019, “a gente não tinha nem uma caneta”, contou Tadau, explicando que a sede na Rua Rio Grande do Sul, 234, trouxe um novo fôlego. Graças ao José Geraldo Albieri, o Gê, o imóvel localizado na região central foi cedido ao grupo gratuitamente. O local se tornou ponto de arrecadação e distribuição de remédios, alimentos, fraldas, material escolar etc. Se há uma necessidade, o grupo trata de supri-la. 

O empresário e esposa no lançamento da Amapon

No ano em que completa a primeira década de fundação, a “Sociedade Amigos do Bar”, como cunhou o escritor Mário Milani no livro que escreveu sobre o grupo, se prepara para um novo salto com a criação da Amapon (Associação Mariliense de Apoio ao Paciente Oncológico). A Casa de Apoio está sendo construída próxima ao Hospital de Clínicas com previsão de inauguração em junho de 2024.

O empresário Luiz Antônio Duarte Ferreira, irmão do médico e integrante do grupo, João Carlos Ferreira, tinha o sonho de criar um local para abrigar os portadores de câncer que vinham de fora para tratamento em Marília. Ao conhecer o “Amigos do Bar” ele vislumbrou a materialização do seu projeto porque se tem uma coisa a fazer, esses voluntários fazem acontecer. 

A Amapon deve ser concluída até julho

Com a doação do terreno pelo empresário e o lançamento da pedra fundamental em 25 de novembro de 2023, o sonho começou a ganhar os primeiros contornos: “Um doador pediu a planta da sede da Amapon e disse que doará toda a parte elétrica. Não sei quem é. Ele fez uma reunião e mediu quanto vai de fio. Ninguém tem mais credibilidade do que nós. Sem pedir estamos ganhando”, pontuou Tadau.

Com a expectativa de inaugurar a casa de apoio no primeiro semestre deste ano, os incansáveis associados do “Amigos do Bar” têm muito trabalho pela frente. Afinal, serão necessárias muitas doses de solidariedade para que Marília possa contar com uma importante estrutura de acolhimento a quem luta pela vida, um dia de cada vez.

Saiba mais sobre esse projeto AQUI.

Confira as ações do grupo nas redes sociais: https://www.instagram.com/amigosdobar_oficial/ 


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domingo, 4 de fevereiro de 2024

LIPEDEMA: POUCO CONHECIDA, DOENÇA ASSUSTA AS MULHERES, MAS TEM CONTROLE MULTIDISCIPLINAR.

Por Célia Ribeiro

Em um país tropical com altas temperaturas na maior parte do ano, nada melhor que usar roupas leves e, no caso das mulheres, vestidos e shorts são peças quase obrigatórias para espantar o calor. No entanto, uma doença pouco conhecida tem se tornado um verdadeiro pesadelo, não apenas pelo aspecto como pelo inchaço e dores nas pernas dos pacientes.

 

Drª Viviane Bernava
Trata-se do lipedema que, segundo a nutricionista integrativa Viviane Bernava, “é um distúrbio do tecido adiposo de padrão genético familiar, hormonal e amplamente mediado por fatores epigenéticos (inflamação). É uma condição crônica, caracterizada por acúmulo anormal de gordura geralmente em pernas, tornozelos, quadril, nádegas e em alguns casos mais isolados, nos braços”.

Em entrevista ao blog, ela explicou que o lipedema “afeta principalmente mulheres em períodos de oscilação hormonal como puberdade, gestação e menopausa”. E, ao contrário do que muitos pensam, não afeta apenas quem está fora de forma: “Há mulheres que são magras e são portadoras de lipedema nos mais diferentes graus. É muito raro, mas o lipedema pode acometer homens, também”, assinalou.

Viviane Bernava disse que “há relatos de publicações em 1940 descrevendo o lipedema das pernas como ‘síndrome caracterizada por pernas gordas e edemaceadas’.

O lipedema foi recentemente reconhecido como uma doença e foi então incluído na classificação internacional de doenças (CID 11) no início de 2022”.

Nos últimos meses, várias publicações têm abordado essa doença e a descoberta das causas e tratamento levará, certamente, muitos anos. Mas, de acordo com a nutricionista, a abordagem multidisciplinar tem dado bons resultados.

 

Gordura que incomoda
Conforme disse, “a causa exata do lipedema ainda está sendo estudada, mas acredita-se em uma combinação genética porque cerca de 60 por cento das pacientes apresentam pelo menos um familiar com lipedema. Além disso, alterações hormonais onde há picos de estradiol, mulheres com predominância estrogênica  já que alterações hormonais possuem uma forte influência nesta condição e inflamação”.

Os principais sintomas são: “Dor, sensibilidade, sensação de peso e cansaço nas áreas típicas, como quadril, nádegas, pernas e mais raramente nos braços. Presença de pequenos nódulos de gordura visíveis e palpáveis sob a pele. Fragilidade capilar local, causando hematomas frequentes e sensibilidade à pressão”, explicou a nutricionista.

PREVENÇÃO

 Há algumas recomendações para a prevenção do lipedema: “Por ser uma doença que há pouco tempo começou a ser ativamente estudada, contar com fatores genéticos e hormonais e ainda com fisiopatologia e epidemiologia pouco compreendida, não há consenso definido. Recomenda-se monitorar e manter níveis hormonais adequados.

Monitorar peso e seguir dieta com padrão anti-inflamatório e a prática regular de exercícios físicos”, pontuou.

Viviane Bernava destacou que é necessário buscar ajuda profissional: “Às vezes será necessário também intervenção cirúrgica se houver indicação médica. Contar com ajuda de nutricionista para tratar e ou evitar obesidade e sobrepeso e para seguir uma dieta de padrão anti-inflamatório, com estratégias pontuais que ajudam muito no controle da inflamação e na manutenção de peso adequado”.



Além disso, a prática regular de atividade física, preferencialmente com orientação de um profissional de educação física, fisioterapia e drenagem linfática regular, visando reduzir inflamação, diminuir edema e sensibilidade. O tratamento psicológico também pode ser necessário, em alguns casos.

Pelos números das primeiras estatísticas, explica-se o grande interesse que o tema tem provocado. De acordo com a nutricionista, “estima-se que aproximadamente 12 por cento das mulheres dos Estados Unidos sejam portadoras de algum grau de lipedema. Isso corresponde a aproximadamente 16 milhões de mulheres americanas”. Não há dados conhecidos no Brasil.

NUTRIÇÃO

 

Uma boa alimentação contribui no controle da doença
Viviane Bernava observou que a nutrição tem um papel muito importante no controle da doença: “Se a paciente apresentar sobrepeso ou obesidade, é necessário a diminuição do peso para melhorar a inflamação, sendo isso de extrema importância para o gerenciamento do tratamento. A dieta anti-inflamatória é fundamental no manejo do lipedema. No geral, deve ser equilibrada em fibras, boas fontes de gordura, boas fontes de carboidratos complexos, vegetais, frutas, diminuir e ou evitar o consumo de carne vermelha, aumentar o consumo de peixes, beber bastante água, não consumir bebida alcoólica”.

Além disso, citou “a suplementação específica para diminuir inflamação. A modulação intestinal também é muito importante e deve receber atenção especial durante o tratamento nutricional. Ter um intestino saudável é essencial. Além da alimentação com padrão anti-inflamatório, várias abordagens nutricionais diferentes e cicladas podem ser usadas levando em consideração o quadro geral do paciente, suas individualidades e o tratamento ao qual está sendo submetido. É preciso acompanhamento constante para avaliar e definir estratégias nutricionais que vão auxiliando cada etapa do tratamento.”

PACIENTE REVELA DESCONFORTO

A paciente V. S. 46 anos, contou como descobriu a doença: “Desconfiei que eu tinha lipedema após a segunda gestação, há nove anos. Eu notei que o formato das minhas pernas mudou, ficou diferente. Eu achava que era porque eu tinha ficado com sobrepeso, por causa da segunda gestação, e eu realmente estava um pouco acima do peso, mesmo. Mas, minhas pernas ficaram diferentes, mesmo depois quando fui perdendo peso”.

 

Inchaço e dores
Ela prosseguiu recordando que “há dois anos, ouvi falar pela primeira vez de lipedema. Até então eu achava que era obesidade, celulite. E comecei a me informar e procurei auxílio médico, de um cirurgião vascular e ele me confirmou que, realmente pelos estudos e pesquisas que ele fez, eu tinha um lipedema de grau um para grau dois e que eu precisava tratar”.

A paciente disse que “o lipedema agora está mais controlado, mas ele me causa um peso muito grande nas pernas, principalmente no final do dia, um inchaço que está menor, já foi pior. E muitas manchas roxas: onde eu bato a perna, mesmo sendo um choque pequeno, eu sempre fico roxa e isso não melhorou até hoje. Quem tem dúvida se tem lipedema ou não, realmente, tem que procurar ajuda médica de um cirurgião vascular, ou de um médico que saiba que estude o lipedema e que tenha confiança que ele possa fazer seu diagnóstico ou não”.

Ela informou que, além do controle de peso, pratica atividade física cinco dias na semana e faz drenagem linfática uma vez por semana. Mas, assinalou que se relaxar na atenção, o lipedema volta pior.

E finalizou: “Faço um controle nutricional. A minha nutricionista que é a Dra. Viviane oscila entre a dieta anti-inflamatória e outras estratégias como uma dieta cetogênica em alguns períodos. Aprendi a evitar alimentos inflamatórios e a beber bastante água. Tomo uma suplementação voltada para a parte anti-inflamatória feita pra mim e que muda de acordo com os retornos com minha nutricionista”.

Saiba mais sobre a doença no site: https://lipedema.org.br/ O contato da Dra. Viviane Bernava é (14) 99903-9992 Rua Santa Helena, nº 12 em Marília. No Instagram acesse @vivianebernava.nutri