domingo, 25 de abril de 2021

SOLIDARIEDADE: EVENTO TROCARÁ ARTESANATO POR ALIMENTOS PARA FAMÍLIAS CARENTES

Por Célia Ribeiro

Há 10 mil anos, o escambo surgiu na pré-história quando não havia sistema monetário. Basicamente, é a troca de produtos ou serviços entre as partes de modo que todos saem ganhando. Em breve, um evento em Marília reunirá peças de artesanato que poderão ser adquiridas em troca de arroz, feijão, óleo e outros gêneros alimentícios que serão doados às famílias necessitadas. 

Adriana Coimbra no "Patch & Pano"

A ideia partiu da educadora aposentada Célia Carmanhani Branco. Aluna do Ateliê Patch & Pano, ela propôs à professora Adriana Coimbra, dirigente do espaço, promover um bazar diferente: as alunas doariam peças como bolsas, necessaires, estojos, bonecas de pano, jogos americanos, panos de prato etc, e os consumidores pagariam com alimentos. Não haveria dinheiro em circulação.

 

Celia Carmanhanni Branco e seus aromarizadores

Segundo a educadora, na Sociedade Espírita Vicente de Paula, antes da pandemia, os frequentadores doavam alimentos ao Centro que assiste várias famílias em situação de vulnerabilidade social. Com as atividades presenciais suspensas, a instituição está com dificuldade para montar as cestas básicas e, através do bazar, Célia Branco viu uma oportunidade para a comunidade contribuir e ainda levar para casa lindas peças.

 

Há lindas peças na lojinha do ateliê

"Este é um momento de nos voltarmos ao próximo" afirmou a educadora que destacou a acolhida do ateliê. "A Adriana topou na hora e várias alunas também. Agora, vamos falar com outras que fazem lindos trabalhos para termos uma boa quantidade para o bazar". Ela assinalou que há um bom espaço na frente do ateliê (Rua dos Bancários, 255) em que serão colocadas as mesas com os produtos para a troca, com todos os cuidados devido à pandemia.

 

Aluna Margareth apoiou a ideia

Célia afirmou que "tem muita gente querendo praticar a caridade e não sabe como e não tem oportunidade". Dessa forma, prosseguiu, quem quiser colaborar pode entrar em contato com a Adriana Coimbra (celular 14 99635-6921) e se juntar à iniciativa. Quanto mais produtos a serem trocados por alimentos, melhor. 

Adriana finaliza trabalho no ateliê

Além de participar do ateliê, Celia Branco se dedica à produção artesanal de aromatizadores, como já divulgado nesta página. E está preparando uma grande quantidade de produtos (álcool em gel, cremes de mão, aromatizadores, água de lençóis etc) da linha outono-inverno, com toque amadeirado, para doar ao bazar.

 ATELIÊ

 

Boneca confeccionada por aluna

À frente do Patch & Pano, Adriana Coimbra, além de professora de patchwork, é uma grande incentivadora do artesanato. Ela falou com entusiasmo sobre a proposta da aluna, a quem chama carinhosamente de “Tia Célia”, afirmando que a ideia conquistou as artesãs com quem conversou. Por isso, previsto para ocorrer nas próximas semanas, o evento deverá contar com um grande volume de peças confeccionadas com fino acabamento.

 

Os trabalhos têm acabamento primoroso

Em entrevista à coluna, a aluna Margareth Cenachi comentou que a ideia é original porque não envolverá dinheiro: "Trocar as peças por alimentos vai ajudar quem mais precisa". Além disso, ela observou que muitas pessoas poderão conhecer o ateliê e escola de artesanato e trocar experiências sobre os trabalhos. 

 

Linha de aromatizadores e cremes de Celia Carmanhani

Informações sobre a organização dessa ação social poderão ser obtidas no Ateliê Patch & Pano, à Rua dos Bancários, 255 ou pelo WhatsApp (14) 99635-6921.

Leia sobre Celia Carmanhani Branco acessando AQUI e sobre o "Patch & Pano", acessando AQUI e AQUI 

* Reportagem publicada na edição de 25.04.2021 do Jornal da Manhã

Ajude a Associação de Combate ao Câncer de Marília


domingo, 18 de abril de 2021

COM AGRAVAMENTO DA PANDEMIA, VOLUNTÁRIOS AMPLIAM E DIVERSIFICAM CAMPANHA DE COMBATE À FOME.

 Por Célia Ribeiro

 O fantasma do desemprego assombra milhões de brasileiros desde o desembarque do Covid-19, em março de 2020. Como se não bastassem o crescimento do número de casos e os óbitos em escala geométrica, a impossibilidade de sustentar suas famílias também é uma triste realidade para milhares de marilienses que encontram na solidariedade de voluntários o apoio necessário para terem um pouco de comida na mesa. 

"Amigos do Bar": voluntário com 
doações para entrega às famílias

Há dezenas de ações em andamento. De associações de moradores a ONGs (Organizações Não Governamentais), passando pelo poder público, através do Fundo Social de Solidariedade do Município, entidades como o Núcleo de Apoio à Comunidade da Famema e figuras públicas como a assistente social Fabiana Camarinha, a mobilização é a mesma: obter junto à comunidade os alimentos para doação às famílias carentes.

Há várias formas de ajudar

 De longe, o grupo mais organizado e que atingiu a marca de 5.000 famílias atendidas em 13 meses é o “Amigos doBar”. Tadaumi Tachibana lidera a “Associação dos Amigos Solidários de Marília” cuja sede, na Rua Rio Grande do Sul, 234, recebe toneladas de produtos entre gêneros alimentícios não perecíveis, materiais de limpeza, além de móveis e eletrodomésticos, roupas, fraldas infantis e geriátricas etc. 

Doações da comunidade são revertidas
a quem mais necessita

Formada por voluntários de diferentes áreas, de médicos a corretores de imóveis, o grupo “Amigos do Bar” criou um mecanismo que funciona azeitado: famílias são cadastradas por telefone, depois os dados são checados para verificarem a real necessidade e, finalmente, são agendadas as datas para retirada das doações que chegam o tempo todo.

 “Atendemos, desde o começo da pandemia, mais de 5.000 famílias com cestas básicas, além de distribuirmos 4.000 kits de higiene e limpeza formados por sabonete, creme dental, detergente, água sanitária, álcool em gel, cartilhas ‘De hoje para a vida toda’, com orientações sobre o Covid, e máscaras”, explicou Tadau, como é conhecido o representante comercial.

 

Tadau e esposa Pilar entregavam cestas em
sua residência no começo da pandemia

Ele informou que paralelamente à campanha de combate à fome, será iniciada a coleta de fraldas infantis e geriátricas, além de agasalhos e cobertores. No entanto, ele destacou a importância de doarem itens limpos e em bom estado porque já houve casos de receberem cobertores muito sujos.

 Tadau acrescentou que além de famílias, mais de 60 entidades foram beneficiadas com alimentos como asilos, Associação de Combate ao Câncer (ACC), instituições dedicadas a crianças e aos deficientes físicos, associações de moradores, bem como projetos sociais ligados à igreja católica e aos centros espíritas da cidade. 

ONG entregou chocolate
e cestas básicas na Páscoa

As doações devem ser entregues na Rua Rio Grande do Sul, 234, das 9 às 12h e das 15h às 18h. Informações: (14) 981140055 ou www.amigosdobar.org.br Para contribuir com dinheiro, o PIX é: CNPJ 37613040000119.

 ZONA NORTE

 A ONG “Instituto Salve o Planeta Terra”, registrada na edição de 21 de fevereiro passado nesta página, alia a educação ambiental ao suporte às famílias carentes cadastradas no entorno da entidade que funciona em uma APP (Área de Preservação Permanente) da zona norte. Segundo a presidente, Aoraci Dias Macedo Lacerda, a situação está cada dia mais grave com aumento da procura por cestas básicas.

 No último dia 03, aproveitando a comemoração da Páscoa, a ONG entregou ovos de chocolates para dezenas de crianças doados por colaboradores da empresa Paschoalotto, além de cestas básicas para 45 das 62 famílias cadastradas. Os alimentos vieram da empresa de recuperação de crédito e também do “Amigos do Bar”, explicou a presidente.

 Conforme disse, “a nossa maior necessidade no momento é a falta de alimento para socorrer tantas famílias em vulnerabilidade na nossa região. Aqui temos vários bairros e vamos montar um centro de arrecadação no centro da cidade” para facilitar as doações, já que a sede da ONG está no extremo norte de Marília. Para mais informações, ligue para (14) 997680445.

 

Campanha do Fundo Social de Solidariedade

O Fundo Social de Solidariedade do Município, através da presidente Selma Regina Alonso, está articulando ações com outras entidades como Rotary Clubes, OAB, Corpo de Bombeiros e Atiradores do Tiro de Guerra, além de empresas como Menin Engenharia, Maripav, Hidrossol, Palácio das Tintas, Instituto Qualitá, Fórmula 1 e Interlagos Escapamentos. Ontem (17/04) foi realizada uma ação de coleta de doações de alimentos no Tauste Sul. Para entrar em contato e contribuir com a campanha “Doe! A fome não espera”, ligue para (14) 34176650.

COMUNIDADE

 A coordenadora do Núcleo de Apoio à Comunidade (NUAC) da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), Sônia Custódio, divulgou uma campanha de arrecadação de doações para o combate à fome com recebimento de gêneros de primeira necessidade, não perecíveis, na Rua Monte Carmelo, 800.

 

Sônia Custódio

Ela explicou que “a ideia é repassar para algumas instituições que doam alimentos para as pessoas em situação de vulnerabilidade social. Temos recebido muito das organizações da sociedade civil e queremos contribuir também, arrecadando alimentos e repassando. Temos recebido muitos pedidos de cestas básicas, fraldas, roupas e etc. Sempre encaminhamos para essas OSCs, então sentimos que devemos entrar nesta campanha de arrecadação de alimentos, tanto com os nossos funcionários HC, Famema, Hemocentro, Ambulatório Mário Covas e nossos parceiros e amigos”.

 

Fabiana Camarinha lançou campanha
em suas redes sociais

Por sua vez, a assistente social Fabiana Camarinha, esposa do ex-prefeito e ex-deputado Abelardo Camarinha, lançou uma campanha em suas redes sociais pedindo doação de alimentos para atender algumas famílias, associações de bairro e entidades que a procuraram. Para facilitar as doações, foi disponibilizado o número de WhatsApp (14) 997096658 para quem desejar contribuir. Voluntários de sua equipe retiram no local as doações e montam as cestas com os itens arrecadados: “Pode ser só um pacote de arroz. Vamos buscar porque com a soma das doações poderemos ajudar muitas famílias necessitadas”, frisou.

 *Reportagem publicada na edição de 18.04.2021 do Jornal da Manhã

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domingo, 11 de abril de 2021

EMOLDURANDO MOMENTOS, TRÊS IRMÃS EXPANDEM NEGÓCIO AFETIVO NA PANDEMIA.

 Por Célia Ribeiro

 Como eternizar lembranças? Fotografias, livros, cartas escritas à mão, desenhos...a lista é extensa. E justamente em um dos momentos mais difíceis da era moderna, em meio a tanta tristeza resultante da pandemia, um segmento triplicou de tamanho levando emoção às pessoas por meio de suas recordações. O “Estúdio Janela Para Rua” emoldura momentos com arte personalizada que vem conquistando cada vez mais adeptos.

 

As tábuas estão em alta

No DNA do estúdio, localizado em Marília, estão três irmãs muito criativas: a arquiteta Nathália Servidone, 43 anos; a estilista Laíz Boschetti, 33 anos e a administradora de empresas Thaís Boschetti, 37 anos. Instalada na Avenida Esmeralda, 195, a empresa que começou despretensiosamente está experimentando um “boom” de crescimento por oferecer produtos originais, alguns focados no reaproveitamento de materiais, dando novo significado a objetos que as pessoas guardam em casa.

 

(Esq.) Laíz, Nathália e Thaís

E por falar em casa, o isolamento social provocado pela pandemia do Covid fez as pessoas olharem mais para o local em que vivem. Conforme explicam as irmãs, com mais tempo no ambiente doméstico, foi natural a busca por tornar o lugar mais acolhedor e aconchegante aproveitando objetos de memória afetiva para dar uma repaginada.

 Segundo a estilista Laíz, tudo começou com quadros em molduras neutras. Elas criavam peças que eram disponibilizadas no site esperando iniciar vendas on-line. Mas, a ideia não foi pra frente. O pontapé que marcou a virada de chave foi a participação delas em um dos bazares da Vila das Artes em que puderam ter contato com o público consumidor de arte e artesanato.

 

Objetos criados pelas irmãs

Em 2019, Nathalia, que já ocupava o espaço com seu escritório de arquitetura, convidou as irmãs para instalarem o estúdio em parte do espaçoso prédio. “A ideia do personalizado foi o diferencial, como uma foto antiga que gostariam de ter no quadro”, frisou Laíz. Ela disse que o início não pode ser classificado como molduraria porque além de emoldurar os trabalhos, havia todo um projeto de criação das peças e execução através de parceiros.

 Elas informaram que cerca de 15 pessoas são beneficiadas pelo crescimento do estúdio: são marceneiros, artesão em ferro, artesãs em cerâmica, costureira etc. Isto porque, das molduras de lembranças que incluem desde sapatinho de bebê a máscaras venezianas, o estúdio passou a criar cada vez mais peças originais aproveitando pedaços de madeira, retalhos em couro e vários outros materiais. 

Parceiros possibilitam a produção dos itens exclusivos

DECORAÇÃO AFETIVA

 “A gente sempre gostou muito de arte e de artesanato. E a gente sentia muita falta dessa personalidade”, assinalou a arquiteta destacando que a “ideia era de loja de decoração mais afetiva que faça sentido para a pessoa que está procurando. Esse é nosso diferencial”, pontuou.

 

Estúdio tem itens
à pronta entrega

Thaís contou que são em quatro irmãs e que “a gente sempre foi muito unida. Minha mãe colocou a gente pra fazer arte, aula de costura, pintura. A gente já tinha essa parte manual e sentia falta de ter coisas diferenciadas. Hoje, vemos que tudo vem do mesmo lugar, a maioria da China”.

 Com o “Janela para Rua”, as irmãs têm mais objetos a agregar além dos quadros, que são o carro-chefe da empresa. Por isso, se propuseram a lançar uma coleção a cada seis meses. A primeira, em 2020, foi “Positividade” com objetos remetendo ao tema, como “Olho Grego”. No início de 2021 saiu a coleção “Viva” com a proposta de levar mais calor às casas, mais emoção e sentimento em cada canto.

 “Temos que olhar de maneira diferente, ressignificar muitas coisas”, frisou Laíz citando que louças sem pares ficam ótimas em criações originais “porque a gente não compra o óbvio”. Ela destacou a emoção das pessoas que são presenteadas com artigos confeccionados especialmente para elas.

 A estilista contou o caso de um rapaz que, de São Paulo, encomendou um quadro para presentear a namorada grávida em Marília. O estúdio criou um quadro emoldurando em vidro flores em três tamanhos simbolizando o bebê, a mamãe e o papai junto a uma frase de identificação do casal. “Quando fui entregar, a moça ficou tão emocionada que é impossível descrever”, relatou.

 

Parede chama a atenção pela originalidade das peças

Esses presentes, aliás, têm sido muito procurados: um amigo que quer presentear outro no aniversário em que, por causa da pandemia, não estarão juntos; um filho que quer enviar uma lembrança personalizada no Dia das Mães; e até empresas que passaram a encomendar brindes criativos para seus colaboradores e parceiros de negócios. 

Por isso, ao contrário da grande parte dos negócios nesta pandemia, a emoção e o sentimento embalados em obras de arte exclusivas conquistaram espaço e vêm sendo descobertos por pessoas de todas as idades. Afinal, sempre é tempo de expressar o afeto!

 Para saber mais sobre o trabalho do “Estúdio Janela para Rua”, acesse: @janelapararua (Instagram) e “janelapara rua oficial” no Facebook.

 * Reportagem publicada na edição de 11.04.2021 do Jornal da Manhã


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domingo, 4 de abril de 2021

COM DOAÇÕES INCERTAS, “COMUNIDADE DOS GATINHOS” ACOLHE QUASE 100 ANIMAIS.

 Por Célia Ribeiro

Em geral, eles são dóceis e carinhosos. Mas, há os ariscos e fujões. De certo, mesmo, é que ninguém fica indiferente aos felinos. Em Marília, uma pedagoga está à frente de um abrigo com 98 gatos resgatados em situação de abandono e maus tratos que corre o risco de fechar os portões por falta de recursos.

Isabella no abrigo: muito amor

Aos 29 anos, Isabella Rocha Oliveira Manna é uma jovem cheia de sonhos que, diante da responsabilidade de dirigir a “Comunidade dos Gatinhos”, tem que ficar com os pés no chão. Ela contou que foi voluntária em outras ONGs de Marília e que sempre foi apaixonada por animais, “mas comecei a dar mais atenção aos gatos, pois até então não tinha nenhum abrigo de gatinhos na cidade”.

Gatos aguardam um lar adotivo

Ela recordou que começou alimentando gatos abandonados na rua em que reside: “Aos poucos, com a divulgação do trabalho, consegui telar o terreno do meu pai para fazer o abrigo. Estamos localizados na zona Oeste de Marília, no bairro Cavalari, e normalmente não passamos o endereço da rua pois muitas pessoas acabam abandonando aqui mais animais”.

Isabella explicou que a ONG tem o apoio de “pessoas que abraçam a causa e ajudam mensalmente a manter o abrigo. Mas quanto à limpeza e cuidados diários, não temos voluntários”. Conforme disse, o objetivo é acolher gatos abandonados: “Tratar, castrar e doar. Mas, infelizmente, é difícil conseguir boas adoções”.

O abrigo tem quase 100 gatos

Apesar do nome “Comunidade dos Gatinhos”, a pedagoga contou que outros animais, em menor número, também encontram um porto seguro: “Além dos gatos, mantemos em casa cachorros resgatados das ruas e, no sítio, mais cinco cavalos também recolhidos em situação de maus tratos. A maior dificuldade é conseguir arrecadar o valor para manter esses animais, pois todo mês gastamos com ração, atendimentos veterinários, produtos de limpeza, etc”, assinalou.

COMO AJUDAR

Isabella informou que quem desejar contribuir pode entrar em contato, seja para doações mensais ou pontuais. No caso da corrente solidária mensal, o objetivo é suprir as despesas do abrigo e toda ajuda é bem-vinda. O telefone de contato é (14) 996120011.

As despesas são altas

A exemplo da ONG GARRA registrada nesta página, domingo passado, a “Comunidade dos Gatinhos” viu agravar o abandono de gatos na pandemia: “Sempre houve muito abandono, mas com a pandemia, os primeiros a sofrer com a crise são os animais. As pessoas descartam sem dó”, lamentou.

Para os interessados em adotar um dos animais do abrigo, Isabella destacou que todos são castrados e estão em boas condições de saúde. “Primeiro, fazemos uma breve entrevista com as pessoas interessadas e pedimos para que se atentem com a estrutura da casa ou apartamento para evitar possíveis fugas, pois os gatos tendem a querer escapar nos primeiros dias. É importante que os adotantes tenham consciência da posse responsável”, frisou.

Finalizando, Isabella afirmou que a ONG vive um dia de cada vez, enfrentando os obstáculos com a ajuda de voluntários: “Todo mês fazemos a corrente solidária, onde cada um contribui com o que pode. Também fazemos rifas e ‘vakinhas’ online. Mesmo assim, é raro o mês que conseguimos arrecadar tudo o que o abrigo precisa. É muito difícil. O trabalho que desenvolvemos é muito honesto e transparente. Sempre estamos de portas abertas para receber visitas das pessoas interessadas em ajudar e fazer parte dessa corrente”.

TAMPINHA DE BIGODE

Foi amor à primeira vista. Quando a fisioterapeuta Paula Rojo soube do abrigo, procurou informações nas redes sociais e a foto de um gato chamou-lhe a atenção. Decidida a conhecer a ONG, ela foi até o local e, para sua surpresa, o gato que a aguardava na entrada era o “Nhoque”, o mesmo animal da foto.

Os gatos Nhoque e Favela são os
garotos-propaganda do projeto de recicláveis

“Fui procurar a ONG para ajudar. Nunca tive gatos, só cachorros”, recordou Paula que sensibilizou outra fisioterapeuta, Joyce Guedes, para apoiar a causa. As duas profissionais que atuam na Maternidade e Gota de Leite tiveram a ideia de recolher tampinhas plásticas para venda em prol do abrigo.

Paula e Nhoque: amor à primeira vista

“No começo a gente dava uma contribuição em dinheiro para ajudar a comprar ração e material de limpeza”, explicou. Com o projeto “Tampinha de Bigode”, elas já conseguiram juntar 60 quilos de material que renderam 180 reais junto a um reciclador. “Foi a nossa primeira venda e esperamos contar com a ajuda dos amigos e de quem possa juntar e nos doar as tampinhas”, assinalou.

Joyce também adotou um gatinho

Voltando ao “Nhoque”, o danadinho conquistou Paula no primeiro olhar: da primeira visita, a fisioterapeuta já o levou para casa. E dois meses depois, foi a vez de adotar o “Favela” para alegrar sua casa.

Tampinhas separadas por cor renderam 180 reais

Para doar tampinhas plásticas, entre em contato: https://www.instagram.com/tampinhadebigode/ ou pelo WhatsApp (14) 997564875

*Reportagem publicada na edição de 04.04.2021 do Jornal da Manhã

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