domingo, 4 de abril de 2021

COM DOAÇÕES INCERTAS, “COMUNIDADE DOS GATINHOS” ACOLHE QUASE 100 ANIMAIS.

 Por Célia Ribeiro

Em geral, eles são dóceis e carinhosos. Mas, há os ariscos e fujões. De certo, mesmo, é que ninguém fica indiferente aos felinos. Em Marília, uma pedagoga está à frente de um abrigo com 98 gatos resgatados em situação de abandono e maus tratos que corre o risco de fechar os portões por falta de recursos.

Isabella no abrigo: muito amor

Aos 29 anos, Isabella Rocha Oliveira Manna é uma jovem cheia de sonhos que, diante da responsabilidade de dirigir a “Comunidade dos Gatinhos”, tem que ficar com os pés no chão. Ela contou que foi voluntária em outras ONGs de Marília e que sempre foi apaixonada por animais, “mas comecei a dar mais atenção aos gatos, pois até então não tinha nenhum abrigo de gatinhos na cidade”.

Gatos aguardam um lar adotivo

Ela recordou que começou alimentando gatos abandonados na rua em que reside: “Aos poucos, com a divulgação do trabalho, consegui telar o terreno do meu pai para fazer o abrigo. Estamos localizados na zona Oeste de Marília, no bairro Cavalari, e normalmente não passamos o endereço da rua pois muitas pessoas acabam abandonando aqui mais animais”.

Isabella explicou que a ONG tem o apoio de “pessoas que abraçam a causa e ajudam mensalmente a manter o abrigo. Mas quanto à limpeza e cuidados diários, não temos voluntários”. Conforme disse, o objetivo é acolher gatos abandonados: “Tratar, castrar e doar. Mas, infelizmente, é difícil conseguir boas adoções”.

O abrigo tem quase 100 gatos

Apesar do nome “Comunidade dos Gatinhos”, a pedagoga contou que outros animais, em menor número, também encontram um porto seguro: “Além dos gatos, mantemos em casa cachorros resgatados das ruas e, no sítio, mais cinco cavalos também recolhidos em situação de maus tratos. A maior dificuldade é conseguir arrecadar o valor para manter esses animais, pois todo mês gastamos com ração, atendimentos veterinários, produtos de limpeza, etc”, assinalou.

COMO AJUDAR

Isabella informou que quem desejar contribuir pode entrar em contato, seja para doações mensais ou pontuais. No caso da corrente solidária mensal, o objetivo é suprir as despesas do abrigo e toda ajuda é bem-vinda. O telefone de contato é (14) 996120011.

As despesas são altas

A exemplo da ONG GARRA registrada nesta página, domingo passado, a “Comunidade dos Gatinhos” viu agravar o abandono de gatos na pandemia: “Sempre houve muito abandono, mas com a pandemia, os primeiros a sofrer com a crise são os animais. As pessoas descartam sem dó”, lamentou.

Para os interessados em adotar um dos animais do abrigo, Isabella destacou que todos são castrados e estão em boas condições de saúde. “Primeiro, fazemos uma breve entrevista com as pessoas interessadas e pedimos para que se atentem com a estrutura da casa ou apartamento para evitar possíveis fugas, pois os gatos tendem a querer escapar nos primeiros dias. É importante que os adotantes tenham consciência da posse responsável”, frisou.

Finalizando, Isabella afirmou que a ONG vive um dia de cada vez, enfrentando os obstáculos com a ajuda de voluntários: “Todo mês fazemos a corrente solidária, onde cada um contribui com o que pode. Também fazemos rifas e ‘vakinhas’ online. Mesmo assim, é raro o mês que conseguimos arrecadar tudo o que o abrigo precisa. É muito difícil. O trabalho que desenvolvemos é muito honesto e transparente. Sempre estamos de portas abertas para receber visitas das pessoas interessadas em ajudar e fazer parte dessa corrente”.

TAMPINHA DE BIGODE

Foi amor à primeira vista. Quando a fisioterapeuta Paula Rojo soube do abrigo, procurou informações nas redes sociais e a foto de um gato chamou-lhe a atenção. Decidida a conhecer a ONG, ela foi até o local e, para sua surpresa, o gato que a aguardava na entrada era o “Nhoque”, o mesmo animal da foto.

Os gatos Nhoque e Favela são os
garotos-propaganda do projeto de recicláveis

“Fui procurar a ONG para ajudar. Nunca tive gatos, só cachorros”, recordou Paula que sensibilizou outra fisioterapeuta, Joyce Guedes, para apoiar a causa. As duas profissionais que atuam na Maternidade e Gota de Leite tiveram a ideia de recolher tampinhas plásticas para venda em prol do abrigo.

Paula e Nhoque: amor à primeira vista

“No começo a gente dava uma contribuição em dinheiro para ajudar a comprar ração e material de limpeza”, explicou. Com o projeto “Tampinha de Bigode”, elas já conseguiram juntar 60 quilos de material que renderam 180 reais junto a um reciclador. “Foi a nossa primeira venda e esperamos contar com a ajuda dos amigos e de quem possa juntar e nos doar as tampinhas”, assinalou.

Joyce também adotou um gatinho

Voltando ao “Nhoque”, o danadinho conquistou Paula no primeiro olhar: da primeira visita, a fisioterapeuta já o levou para casa. E dois meses depois, foi a vez de adotar o “Favela” para alegrar sua casa.

Tampinhas separadas por cor renderam 180 reais

Para doar tampinhas plásticas, entre em contato: https://www.instagram.com/tampinhadebigode/ ou pelo WhatsApp (14) 997564875

*Reportagem publicada na edição de 04.04.2021 do Jornal da Manhã

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2 comentários:

  1. Muito obrigada pela ajuda c a divulgação remos certeza q muito mais pessoas irão nos ajudar!!!

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  2. Contem comigo, querida. Parabéns pela iniciativa. Bjs

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