domingo, 17 de dezembro de 2023

PROJETO SOCIAL ESPERA DOAÇÕES PARA A CEIA ANTECIPADA DE NATAL DE 80 FAMÍLIAS

Por Célia Ribeiro

Nesta época do ano, a maioria das famílias está se organizando para a ceia de Natal, escolhendo o cardápio, organizando a lista de convidados e ultimando a compra de presentes. Enquanto isso, na zona sul de Marília, voluntários de um projeto social estão exaustos correndo atrás de apoio para finalizarem os preparativos da ceia que levará alimento a 80 famílias e dezenas de moradores em situação de rua, no próximo dia 20.

Voluntárias preparam 700 marmitas toda semana
“Marmitas Solidárias” é um dos projetos da Associação de Moradores do Núcleo Habitacional Nova Marília. Com quase 40 anos de existência, a entidade tem uma forte atuação naquela região da cidade, acolhendo quem mais precisa, seja com medicamentos, auxílio funeral e as marmitas entregues uma vez por semana.

Sandra Farias
Segundo a coordenadora Sandra Farias, o desafio de conseguir doações para as refeições é diário. Felizmente, há doadores frequentes como a ONG “Amigos do Bar” do Tadau Tachibana e anônimos que doam as “misturas”. Cada marmita tem arroz, feijão, legumes e uma proteína que pode ser frango, carne moída, carne suína ou salsicha. Às vezes, incluem macarrão e farofa, mas tudo preparado com tempero caseiro e a dedicação de 20 voluntários.

 O projeto das marmitas começou em plena pandemia, como divulgado por este blog. O desemprego e a situação de vulnerabilidade de muitas famílias levou a Associação de Moradores do Nova Marília a se organizar para socorrer os mais necessitados. De acordo com a coordenadora, a renda dos atendidos gira entre 300 e 600 reais.

 Para piorar, há muitos aposentados com um salário mínimo e que, devido a vários empréstimos consignados, recebem muito pouco que nem dá para comprar os medicamentos de uso contínuo que não encontram na rede básica de saúde. Além disso, de acordo com a coordenadora, há  dezenas de famílias com crianças que precisam do alimento. 

Muitos idosos são atendidos

CRISE ECONÔMICA

“O projeto das marmitas é muito importante porque a gente vê a fome das pessoas, a gente sente a necessidade das pessoas. Para entrar em uma fila, com todo tipo de pessoas para pegar uma marmita, é que a pessoa está com fome realmente, senão não entraria. Buscar comida para a família é humilhante”, assinalou. 

Projeto depende de doações da comunidade
Conforme disse, “a gente conhece no nosso país a desigualdade, essa disparidade de dinheiro e a gente convive com essas pessoas aqui que, muitas vezes, não têm um pão, um leite ou café para dar para as crianças de manhã e que pegam a marmita para dividir para almoço e janta porque não sabe se terá comida na janta”.

Ela observou que “temos na Avenida Durval de Menezes o ‘Bom Prato’, que é um valor irrisório. Mas, se forem três pessoas são 6 reais. É muito barato, mas tem quem não tenha nem isso”, frisou em referência ao programa social de restaurante popular da Prefeitura de Marília. 

Dos 20 voluntários, 16 estão na cozinha.
Sandra Farias falou sobre o empenho dos voluntários: “As nossas marmitas fazemos com muito amor, dando o melhor de nós porque, se a gente não faz isso, a gente não sabe o que seria desse povo. A gente faz um pequeno trabalho de formiguinha. É o que a gente pode e é o que Deus está preparando pra gente. Acreditamos na misericórdia divina, na graça de Deus que a gente está conseguindo as coisas de acordo com nossa necessidade. E assim vamos caminhando”. 

Finalização do frango com cheiro verde: capricho
O projeto não funcionará no fim do ano porque haverá recesso para os voluntários. Mas, a ceia de Natal está garantida: será antecipada para a próxima quarta-feira, dia 20 de dezembro. Serão produzidas 700 marmitas para as 80 famílias cadastradas e alguns moradores de rua que os voluntários encontram em alguns pontos da cidade.

Alimentos doados
Para esta ceia, toda doação é bem-vinda. Além da marmita, o grupo doará um panetone e um refrigerante de dois litros para cada família e um kit de doces para crianças. Assim, biscoitos recheados, doces, confeitos e balas também podem ser doados. O cardápio especial terá arroz branco, coxa e sobrecoxa assadas, maionese de legumes e farofa.

 As doações podem ser levadas à sede da Associação, em frente à Igreja de Santa Rita (Rua Nair Rosilho Gutierrez, nº 65). Quem preferir, pode fazer um PIX de qualquer valor para a chave: 50.842.111/0001-13 em nome da entidade.

Ao contribuir com quem mais precisa, os doadores experimentarão o verdadeiro espírito do Natal que traz esperança à humanidade com o nascimento de Jesus Cristo. 


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domingo, 3 de dezembro de 2023

AMAPON: ONG NASCE PARA APOIAR PACIENTES ONCOLÓGICOS DURANTE O TRATAMENTO

Por Célia Ribeiro

Neste final de ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, divulgou uma estimativa preocupante: até 2025 o Brasil deve registrar 704 mil novos casos de câncer. Se excluir o câncer de pele não melanoma, espera-se a ocorrência de 483 mil novos casos. Por isso, ampliar a rede de apoio aos pacientes durante o longo tratamento é um dos maiores desafios da sociedade. 

Lançamento da pedra fundamental
No último dia 25 de novembro, o lançamento da pedra fundamental da sede da AMAPON (Associação Mariliense de Apoio ao Paciente Oncológico) na Rua Feres Mattar, 475, bairro Fragata, marcou o pontapé inicial da instituição criada para dar suporte aos portadores de câncer de baixa renda que vêm a Marília para tratamento.

 Presidida por Tadaumi Tachibana (Tadau), a ONG oferecerá refeições, pernoite, atendimento psicológico e assessoria jurídica, além de doar medicamentos, fraldas e cestas básicas com a ajuda de voluntários. A sede será construída em terreno adquirido e doado pelo empresário Luiz Antônio Duarte Ferreira, o “Cai”, com previsão de conclusão em julho de 2024.

Tadau lacrou a cápsula
do tempo que será
aberta em 2.043
Atualmente, Marília conta com a ACC (Associação de Combate ao Câncer), entidade estruturada e que atende centenas de pacientes de mais de 60 municípios da região. Além disso, o GACCH (Grupo de Apoio à Criança com Câncer e Hemopatias) oferece o mesmo acolhimento com pernoite e refeições para crianças e adolescentes e seus acompanhantes.

No entanto, com o aumento dos casos de câncer e as dificuldades financeiras que muitos pacientes passam durante o tratamento, o que se vê são pessoas debilitadas dormindo em veículos coletivos nas portas dos hospitais. Com a AMAPON, “o atendimento será humanizado. Vamos acolher essas pessoas que já estão debilitadas, oferecendo um lugar de descanso, pernoite, refeições e todo suporte que precisarem”, afirmou o presidente.

Ele explicou que o prédio terá 590 metros de área construída e capacidade para “atender 20 pessoas com pernoite e de 40 a 50 pessoas com refeições, área de descanso, leitura, área de lazer e atendimento psicológico e jurídico”. Para tanto, a entidade que nasce de outra ONG, os “Amigos Solidários de Marília”, conhecidos por “Amigos do Bar” espera contar com a comunidade nas campanhas que serão desenvolvidas para arrecadação de recursos. 

Dezenas de pessoas acompanharam o evento
“Nosso grande objetivo é humanizar o atendimento. O lançamento da pedra fundamental significou um sonho que nasceu no dia 26 de dezembro de 2022”, assinalou o presidente, acrescentando que “a responsabilidade aumentou muito porque a gente vê a confiança da sociedade que está nos apoiando”.

SOLIDARIEDADE

Para o empresário Luiz Antônio Duarte Ferreira, a ONG “será um refúgio para as famílias carentes da região de Marília que enfrentam a difícil batalha contra o câncer. Esse projeto é um verdadeiro elo de solidariedade. É fundamental que toda a comunidade se una para garantir que haja acolhimento, amor e inclusão nesta casa. A força coletiva é a base que sustentará esse abrigo permitindo que ele seja um farol de esperança para aqueles que mais precisam”.

Quimioterapia (Foto HCFamema)
Ele prosseguiu afirmando que “não mediremos esforços para que esta casa seja construída com toda a qualidade e conforto, garantindo os recursos financeiros para que não haja interrupção na construção e que tudo aquilo que foi planejado no projeto seja realizado”.

Assim, o empresário agradeceu aos apoiadores, expressando “a gratidão às pessoas que se voluntariaram para colaborar com a Associação cujo trabalho será a essência desse projeto. O comprometimento do Sr. Tadau, presidente da Associação Mariliense de Apoio ao Paciente Oncológico, é verdadeiramente inspirador. Seu esforço e liderança têm sido fundamental na construção desse sonho que agora se torna realidade”

O empresário citou ainda os autores do projeto: “Não podemos deixar de reconhecer a contribuição valiosa dos arquitetos José Carlos Reis e Carolina Ferreira cujo talento e visão estão moldando não apenas a estrutura física, mas também em esperança e futuro”.

Futura ONG no bairro Fragata
E finalizou: “Enquanto celebramos este marco, agradeço a Deus por nos conceder saúde  e sabedoria e que nosso tempo seja investido em construção de um lugar melhor para o próximo reforçando a importância de se estender a mão ao próximo em tempos de necessidade. Que esse abrigo seja mais do que paredes e telhados. Que seja um símbolo vivo da compaixão humana, juntos capazes de transformar vidas e construir um legado de amor e solidariedade”.

PALOMA LIBANIO

O complexo HCFAMEMA é referência no tratamento oncológico para mais de 60 municípios, recebendo, diariamente, centenas de pacientes vindos das mais diferentes regiões. Assim, a criação da AMAPON foi recebida com entusiasmo pela superintendente Drª Paloma Aparecida Libanio Nunes: “Sabemos que o impacto do diagnóstico do câncer e seu tratamento desencadeiam emoções, necessidades e mudanças na vida dos pacientes e familiares. Então, ter com quem contar, neste momento, faz muita diferença”.

Conforme disse, “nesta perspectiva, a AMAPON surge para oferecer um cuidado holístico e humano aos que nela se encontram, buscando preencher lacunas cruciais no suporte a pacientes e familiares, proporcionando não apenas assistência prática, mas também um valioso apoio emocional”.

Drª Paloma, superintendente
do HCFAMEMA
Neste sentido, Drª Paloma concluiu: “Para o HCFAMEMA, que é referência em Oncologia, sendo habilitado como Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (CACON) e, anualmente, atende, em média, 516 cirurgias, 7.980 sessões de quimioterapia e 11.804 sessões de radioterapia, essa iniciativa local tece uma rede de solidariedade, proporcionando conforto e esperança aos pacientes e suas famílias, criando um ambiente onde a compaixão e o cuidado tornam-se fundamentais na jornada contra o câncer”.

CÁPSULA DO TEMPO

Quem compareceu ao lançamento da entidade foi convidado a colocar mensagens em uma cápsula do tempo. O jornalista Fernando Garcia e Johnny Santana, do projeto de criação de abelhas sem ferrão “Doce Futuro” depositaram um pote de mel e uma mensagem na caixa que será aberta em 25 de novembro de 2043.

Fernando e Johnny
“Colocamos um vidro de 120 ml de mel de apis melífera, mel silvestre com blend de mel de uva japonesa e um cartão. Colocamos o que a Associação Doce Futuro deseja para daqui a 20 anos: a cura do câncer, a preservação das abelhas nativas, as florestas em pé e o mundo em paz”, revelou Fernando Garcia.

Para saber mais sobre a AMAPON clique AQUI

Leia reportagens do Projeto Doce Futuro AQUI e AQUI

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