sexta-feira, 30 de outubro de 2020

PORTARIA REMOTA: COM 2.000 USUÁRIOS, PORTER DE MARÍLIA COMEMORA CINCO ANOS.

Por Célia Ribeiro

Franquia da maior empresa de portaria remota do País, a Porter de Marília completou cinco anos neste dia 29 de outubro.  A empresa atende 2.000 usuários (moradores) gerenciando cerca de 60 mil acessos, por mês, em condomínios de pequeno, médio e grande portes localizados em várias regiões da cidade.

Palestra com Marcos Souza e coquetel no Alves Hotel
marcaram a inauguração da Porter Marília

A inauguração aconteceu em outubro de 2015 e no mês seguinte foi entregue o primeiro condomínio com o novo sistema de gerenciamento de acesso: o Havana, no Campus Universitário. Para a síndica, cirurgiã-dentista Francielle Bagatim Avelino, a troca da portaria orgânica compensou. “Fomos o primeiro prédio em Marília que foi instalado. Desde sempre, a Porter nos deu todo suporte com muita segurança e zelo pelo nosso condomínio”, afirmou.

Treinamento de moradores no Residencial Serrano

Ela prosseguiu destacando que “temos toda segurança em dizer que a portaria remota desde o começo deu super certo e vem sendo sucesso com a sua tecnologia avançada. Estamos satisfeitos com total segurança, privacidade e praticidade”. Da mesma forma, o síndico Wagner Serapilha, do Edifício Christo Rey, elogiou a Porter observando que o uso de QR-Code para acesso ao condomínio é um diferencial que facilita a vida dos condôminos e visitantes.

Base Operacional de Marília

No Condomínio Serrano, também um dos primeiros a receber a Porter, Paulo André Bebel, que responde pela gestão do residencial, disse que a portaria remota “nos trouxe atendimento com qualidade, eficiência e muito respeito ao condomínio e condôminos. Parabéns a todos ligados direta e indiretamente por seus cinco anos e com certeza virão muitos e muitos outros”.

Juliano Bortolotti (CEO da Porter)
e Moreno Medeiros em Brasília

SEGURANÇA E ECONOMIA

O engenheiro agrônomo Ricardo Canova, síndico do Condomínio Itaparica, lembrou que ele e os conselheiros tiveram dúvidas quando começaram a estudar a migração para a portaria remota. No entanto, o aumento da segurança aliado à economia foram determinantes para ele mudar de ideia e recomendar a Porter.

Ricardo Canova

“Quando trouxeram a Porter pra gente, nós abraçamos porque vimos a seriedade em relação ao trabalho, o profissionalismo com que a Porter ia conduzir esse monitoramento, e sentimos segurança”, recordou. Ele prosseguiu afirmando que a economia gerada com a mudança foi repassada à taxa condominial o que agradou a todos os moradores e foi responsável por um aumento na procura por apartamentos com valorização dos imóveis.

Ricardo Canova destacou a agilidade da equipe técnica e o bom atendimento dos operadores da Base Operacional e do pessoal administrativo, falando ainda, sobre o aumento da segurança, que considerou um dos principais fatores. Ele prosseguiu afirmando que “só tenho que agradecer por essa inovação tecnológica e espero que continuemos essa parceria”.

O ex-subsíndico e membro da Comissão de Portaria do Edifício Graziella, Carlos Francisco Dias Ponzetto, elogiou os serviços da Porter de Marília destacando a agilidade da equipe, desde a parte técnica ao operacional, passando pelo gestor, Moreno Medeiros. Ele destacou a redução de custos, mas considera o aumento da segurança o maior ganho com a implantação da portaria remota.

Francielle Bagatim, síndica do Havana

Conforme disse, “temos maior controle da entrada, o que é muito importante. É um sistema que funciona ininterrupto, mesmo quando falta energia”. Carlos Ponzetto observou que outro ponto positivo é a constante evolução tecnológica da Porter “que é muito avançada e está sempre atualizada com novos lançamentos tecnológicos”.

Moreno Medeiros orienta moradora no Edifício Madrid

EQUIPE

A operadora da Base de Marília, Jéssica Gualtieri Simão, está na empresa desde a inauguração, em 2015. Para ela, “é muito bom trabalhar na Porter, onde temos um ambiente muito agradável”. Ela assinalou que “a empresa evoluiu muito. Começou com prédios universitários e hoje também atende condomínios de alto padrão em Marília”.

Sr. Carlos do Condomínio Graziela

Por sua vez, o supervisor de Base, Mohandas Sabino, há quatro anos na empresa, falou do orgulho de integrar “a equipe de uma empresa que é referência no segmento. Todos nós, colaboradores, temos a consciência do quão importante é a portaria de um condomínio. É uma área que exige muita responsabilidade, pois, dentre várias atribuições, temos o dever de trazer segurança e tranquilidade a todos os moradores”.

Jéssica está na equipe desde 2015

Ele finalizou afirmando que “graças ao excelente ambiente proporcionado pela empresa, a nossa equipe está sempre motivada e focada em desempenhar a nossa função da melhor forma possível, a fim de atender nossos mais de 2000 usuários diretos (moradores) e os mais de 60 mil acessos mensais, entre dispositivos e atendimentos”.


Desde sua implantação, a Porter de Marília tem como gestor Moreno Medeiros. Ele participa, periodicamente, das reuniões e eventos da franquia que está presente em 21 estados, Distrito Federal e Chile com 52 unidades. “Ao completar cinco anos de Porter em Marília, temos que agradecer a confiança dos síndicos e condôminos que nos escolheram. Com a responsabilidade de levar o nome da maior empresa do setor,  queremos continuar avançando oferecendo qualidade, segurança e a melhor tecnologia em portaria remota”, frisou.

Consultores Comerciais de Marília participam de treinamentos

Para mais informações, acesse: www.porter.com.br Em Marília, a Porter está localizada à Rua Goiás, 161, 2º andar. Contatos: (14) 31138185 e e-mail: marilia.comercial@porter.com.br



domingo, 25 de outubro de 2020

COM PORTAL DA TRANSPARÊNCIA, LAR SÃO VICENTE PRESTA CONTAS À COMUNIDADE.

Por Célia Ribeiro

No dia primeiro de julho, auge da quarentena, o Lar São Vicente de Paulo trocou toda a diretoria tendo como um dos maiores desafios atender seus idosos com todos os cuidados demandados pela pandemia da Covid-19. Sem os eventos de geração de renda, a instituição conta com a solidariedade da comunidade para contribuir com sua manutenção, tendo lançado o portal da transparência (https://larsvpaulo.org.br/) aonde presta contas à sociedade de maneira clara e profissional.

Eventos como a festa junina foram suspensos

O diretor-presidente, Confrade Carlos Alberto Gameiro Fernandes, lembrou que as instituições de longa permanência dos idosos “concentram as pessoas mais suscetíveis ao novo Covid-19 devido à idade avançada, pela fragilidade de sua saúde e também a necessidade de saídas constantes para atendimentos em hospitais ou consultórios médicos, locais estes, que apesar de todo cuidado, a probabilidade para a infecção deste novo vírus é muito grande”.

Carlos, presidente

Ele prosseguiu informando que foram criados protocolos de biossegurança e sanitários para proteção dos idosos e também dos colaboradores, “sendo necessário também muito diálogo e informações aos funcionários para que os mesmos pudessem compreender a gravidade da nova situação e assim cooperar para juntos evitarem uma propagação do vírus.”

No entanto, a maior dificuldade foi “fazer os idosos compreenderem o que estava acontecendo, pois de um dia para o outro, não puderam mais ver seus entes queridos, ter o contato com a população que fazia seus trabalhos voluntários e, para aqueles mais autônomos, ter suas saídas, passeios e até mesmo passar o final de semana nas casas de seus filhos, tudo isso suspenso. Isto sim, deu muito trabalho e ainda dá”, pontuou o presidente.

CONTÁGIO

O Confrade Carlos falou o registro de casos de Covid-19 na instituição, explicando que, em agosto, uma equipe da UBS Cascata realizou exames (coleta Swab Naso-Orofaringe) nos idosos e funcionários, sendo que entre os idosos, cinco testaram positivamente e entre os colaboradores foram 03 casos, todos assintomáticos. Foram cumpridas as medidas estabelecidas pela OMS e Vigilância Sanitária e os funcionários cumpriram isolamento em suas residências.

Banho de sol no jardim da entidade

O presidente destacou que “todas as medidas necessárias para controle e prevenção da Covid 19, através de uso de equipamentos de segurança e controle de visitas que estão todas suspensas desde o início da pandemia, no dia 16 de março de 2020. Aos familiares e amigos dos 49 internos do Lar São Vicente de Paulo, afirmamos que nossa luta será ainda maior na prevenção à Covid 19, razão pela qual pedimos orações, que neste momento precisamos de muita força na manutenção de nossos trabalhos que historicamente são reconhecidos pela comunidade”.

Passeio na Fazendinha, antes da quarentena

GERAÇÃO DE RENDA

“Nossos planos de gestão se resumem em uma única frase: pôr a casa em ordem e fazer funcionar”, afirmou o presidente do Lar, em entrevista por WhatsApp. Ele citou que, como instituição filantrópica, recebe subsídios federal, estadual e municipal e conta com o auxílio da comunidade o ano todo. Sem os eventos de geração de renda, a população tem contribuído com o Projeto “Abrace essa Causa”, com doações mensais, a partir de 20 reais. 

Toda ajuda é bem-vinda e a população pode contribuir com a doação de alimentos, materiais de higiene e limpeza e outros, durante o ano todo. Além disso, está agendada uma promoção: 1ª Pizza Solidária, patrocinada pelo Tauste Ação Social. Os interessados podem adquirir os vales das pizzas semi-prontas (muçarela e calabresa), ao preço de 30 reais, pelo telefone (14) 34331811. A retirada será no dia 07 de novembro, das 12 às 17h, na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, 704 (fundos).

McDia Feliz: voluntários doaram lanches

DIRETORIA

A nova diretoria é formada por: Carlos Alberto Gameiro Fernandes (Diretor-Presidente), Luiz Antonio Macanham (Vice-Presidente); Lucieuda Duarte do Nascimento Castellani (1ª Secretaria); Charles Cardoso Coelho (2º Secretario); Dorival Alves (1º Tesoureiro); Sergio Carlos Pompeu (2º Tesoureiro); Eduardo Kawamoto (Diretor de Patrimônio). Integram o Conselho Fiscal: Jose Donizete Casoni Luiz Silva Ferreira, Idiley Pereira da Costa e Orides Francisco Fiamengui (titulares) e Nadir Mori Foroto e Conceição Gotto Caliman (suplentes).

No biênio 2020/2022, esses voluntários terão em seus ombros a responsabilidade de fazer cumprir a missão da instituição: “Promover as necessidades básicas para a sobrevivência dos idosos confiados à Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), como lar digno, comida de qualidade, roupa, cuidados com saúde, entre outros meios necessários para o bem estar de cada indivíduo, com o objetivo de proporcionar uma vida saudável e ativa a cada um deles”.

O Lar São Vicente de Paulo localiza-se à Avenida Vicente Ferreira, 728, em Marília.

Leia reportagem anterior da entidade acessando AQUI 

Reportagem publicada na edição de 25.10.2020 do Jornal da Manhã


domingo, 18 de outubro de 2020

PINTURA À MÃO: PAREDES VIRAM OBRAS DE ARTE PELAS PINCELADAS DA ARQUITETA



Por Célia Ribeiro

Uma folha se desprende do galho da árvore e, levada pelo vento, flutua até esbarrar no concreto frio. Ali, ela ganha vida em meio às pinceladas delicadas daquela que já foi conhecida como a “menina do dedo verde”. Aos 51 anos, a arquiteta Aglays Damaceno, referência pelos belos trabalhos paisagísticos, que incluem jardins verticais, hortas e pomares, se aventurou pela pintura à mão e está criando verdadeiras obras de arte em paredes.

Aglays em ação: concluindo mais um trabalho

O apelido, inspirado no clássico de Maurice Druon, dá a medida da sua ligação com o meio-ambiente e de como lidar com a terra recarrega suas baterias. No entanto, criar e se arriscar em novas formas de expressão é o que a mantém antenada transitando de um lado a outro, sempre em busca de algo impactante que mexa com a emoção das pessoas.

O paisagismo está em alta

Ao lado dos projetos paisagísticos, Aglays também confecciona bonecas e bonecos aos quais se apega de tal forma que, como já confessou, às vezes resiste em entregar a encomenda: “Hoje, com 51 anos, claro que não é só hobby. Trabalho porque preciso. Mas, resolvi fazer do limão uma limonada. Resolvi me dar o direito de só fazer o que amo e, de verdade, gosto muito da minha profissão”, comentou.

Bonecos: paixão

No período de isolamento social, projetos para casas e apartamentos tiveram aumento de procura e a arquiteta, tomando todos os cuidados, manteve-se ativa para entregar os trabalhos. Ela comentou que “as pessoas descobriram que ficar em casa é muito bom. Só que, para isso, precisa ter algo convidativo, criando ambientes relaxantes. Uma hortinha hoje é sempre obrigatória nos meus projetos porque os clientes pedem. Em quase todos dou um jeito de colocar um maxi vaso com jabuticaba. Isso traz lembranças que fazem um bem danado”.

No contexto de valorização dos espaços de convivência, a pintura personalizada chegou de mansinho e virou tendência não só no ambiente doméstico, como nas empresas: “Hoje, a pintura feita à mão está super valorizada. Sempre pintei telas, mas parede sempre foi uma vontade. Na pandemia, pintei uma para matar essa vontade e gostaram. Aí veio um monte de pedidos e estou amando porque, depois de pronto, o cliente sente exatamente o que eu pretendia passar que é essa sensação de bem estar”, observou.

Ninguém resiste aos pés de jabuticada

PAREDE SENSORIAL

Conforme disse, não apenas grandes espaços, mas também paredes menores podem surpreender criando um ambiente acolhedor e convidativo. Aglays Damaceno citou exemplos de fábricas que colocam pinturas no refeitório dos colaboradores para que tenham uma sensação de bem-estar durante as refeições. Na sala de espera de consultórios ou em lojas, a arte nas paredes convida à contemplação. 

Detalhe da pintura da sala de um apartamento

Quanto aos projetos paisagísticos, a arquiteta afirmou que a quarentena fez com que as pessoas investissem mais no bem-estar. Segundo ela “80 por cento dos clientes querem uma hortinha ao chegar em casa e nos finais de semana ter algo como terapia. Cozinhar e ter seus temperinhos ali fresquinhos não tem preço”.

Pausa para o descanso, entre pinceis e tintas

Ela finalizou lembrando que “é nítida essa mudança de resgatar coisas que remetem à infância, talvez porque ali estava a felicidade. Nunca é tarde para buscarmos isso. Sou prova viva de que sempre tem algo lindo esperando a gente. Mas, temos que ir atrás”. Para saber mais sobre a arquiteta, acesse o Instagram: @aglays_damaceno. O telefone é (14) 997622307.

Espetáculo da natureza invadindo a parede

Leia reportagens anteriores de Aglays Damaceno clicando AQUI e AQUI

* Reportagem publicada na edição de 18.10.2020 do Jornal da Manhã


domingo, 11 de outubro de 2020

MICROPIGMENTADORA VOLUNTÁRIA DEVOLVE A AUTO ESTIMA ÀS PORTADORAS DE CÂNCER

 Por Célia Ribeiro

Após o diagnóstico do câncer, a luta pela vida vem em primeiro lugar. Mas, além do doloroso processo que inclui cirurgias e tratamentos complementares, para muitas mulheres um poderoso inimigo chega para minar suas defesas: a autoestima fragilizada. Os cabelos começam a cair, as sobrancelhas desaparecem e, no caso de quem precisou retirar as mamas ainda tem a fase de reconstrução em que os seios, símbolo de feminilidade, estão muito diferentes. 

Marcação é a primeira etapa

Em Marília, a micropigmentadora voluntária Fabianny Andrade devolve às mulheres em tratamento ou que passaram pelo câncer a alegria de, novamente, se reconhecerem no espelho. Com traços delicados e uma técnica apurada, sobrancelhas são micropigmentadas na cor mais natural possível, respeitando o formato do rosto. No caso das aréolas (região ao redor dos mamilos), o desenho tridimensional impressiona pelo realismo. 

Fabianny é natural de Marília, mas foi em Sorocaba que tudo começou. Em 2012, tomou conhecimento de uma campanha que reuniria profissionais do setor para, em mutirão, pelo País, atender as pacientes de câncer de mama. Era o “Dia dos Amigos do Peito”. Ela contou que os organizadores pediam fotos de trabalhos para aprovarem a voluntária e foi assim que ela assumiu a campanha naquela cidade. 

Nos anos seguintes, o trabalho continuou com a profissional fazendo tudo gratuitamente, incluindo os materiais. Assim, ao retornar a Marília, em 2015, procurou uma entidade que desenvolvesse algum projeto semelhante. E, rindo muito, ela recordou que viu uma moça na rua vestindo a camiseta do “Outubro Rosa” quando resolveu aborda-la. Bem, a história é longa, mas pela camiseta da campanha ela acabou chegando à ONG “Amigos do COM” aonde contou sobre seu trabalho e ofereceu fazer na cidade o atendimento gratuito que fazia em Sorocaba.

Fabianny com a educadora física Romilda Giannini

Ela contou que “tanto a Madalena (Colombo) como o Dr. Léo (Pastori, cirurgião plástico) ficaram desconfiados. Acharam que eu queria treinar nas pacientes. Foi difícil até eu conseguir provar que queria apenas ajudar, fazendo o melhor trabalho possível com todo o cuidado para devolver a autoestima delas”.

TRANSFORMAÇÃO

Sem desanimar diante do primeiro obstáculo, Fabianny continuou desenvolvendo suas atividades profissionais sem esquecer das pacientes. Uma a uma, ela foi atendendo no seu espaço de trabalho aonde um par de sobrancelhas sai por 450 reais e a aréola a 350 reais cada. Para as pacientes em tratamento de câncer, custo zero.

Fabianny Andrade

Um detalhe chama a atenção: durante os cinco anos de tratamento, prazo que normalmente a paciente recebe alta, Fabianny continua atendendo, de graça, as pacientes para o retoque anual. Ela explicou que “só depois de cinco anos, temos um trato, porque daí já vira estética, e eu cobro só metade do valor vigente”.

A voluntária contou algumas histórias muito emocionantes, mas uma delas vale o registro: uma senhora, muito bonita, residente em Presidente Prudente, estava acompanhando uma amiga em tratamento quanto soube do trabalho de Fabianny. Ela relatou que há 10 anos o marido não a via nua, que mantinha o quarto na escuridão total por vergonha dos seios que foram reconstruídos, mas não tinham a aréola.

Fabianny, sensibilizada, disse que a atenderia. E, embora estivesse fora dos cinco anos e tivesse condições financeiras de pagar, ela manteve a gratuidade. Como resultado, a cliente telefonou, emocionada, dizendo que fez uma surpresa ao marido quando ele chegou de viagem, com toda a produção, incluindo bronzeamento. E, o casal, finalmente, pode ter sua intimidade restabelecida sem barreiras.

Antes e depois: impressiona o realismo da aréola em 3 D

A voluntária explicou que só atende pacientes mediante encaminhamento médico. E que alguns profissionais enviam as clientes ainda no meio do tratamento “porque percebem que elas não estão reagindo e ao recuperar as sobrancelhas, desenhadas fio a fio, na cor natural delas, acabam se sentindo bonitas novamente. Com a autoestima elevada, elas encontram forças para passarem pela fase difícil.

Perguntada sobre a razão de tanta dedicação, Fabianny disse que na sua família houve muitas mortes por câncer. Mas, até o projeto de Sorocaba não tinha pensado em assumir essa campanha que se tornou parte de sua vida. Atualmente, além das clientes particulares de sua clínica de micro pigmentação, ela é professora em cursos VIP de design e micro pigmentação de sobrancelhas, alongamento de cílios etc e também está em uma escola profissionalizante da zona sul. 

Fabianny com voluntários da ACC e Amigos do COM

Aos 40 anos, casada e mãe de três filhos, Fabianny Andrade esbanja alegria e bom humor. Para ela, o trabalho voluntário “é um jeito de retribuir esse dom que virou minha fonte de renda”. E prosseguiu dizendo que é preciso exercitar a gratidão e transbordar para o universo quando se tem tantas coisas às quais ser grata. Para conhecer mais o trabalho da voluntária, acesse suas redes sociais: @fabiannyandrade (Instagram), www.facebook.com/fabianny.andrade ou pelo WhatsApp: (15) 981581085. 

PACIENTE

A professora Míris Cordeiro Brantes, 62 anos, contou que conheceu Fabianny na ONG Amigos do COM. “Ela se ofereceu como voluntária e desde então vem trabalhando com as mulheres que têm feito reconstrução da mama”, lembrou, acrescentando que “para mim, o momento de fazer a micro pigmentação do mamilo e da aréola foi muito aguardado”.

Técnica apurada de Fabianny 

Conforme disse, “quando a mulher faz a retirada da mama e faz a reconstrução, normalmente, perde a sensibilidade na mama; algumas regiões até volta essa sensibilidade. No dia que eu fui fazer, fiquei muito emocionada antes mesmo da Fabianny começar a micro pigmentação”, porque durante a marcação na pele, sua sensibilidade voltou.

“Quando o Dr Léo faz o mamilo, a gente fala que é a cerejinha do bolo, e Deus escolheu a Fabianny para colocar cor nessa cerejinha,  que no meu caso faz oito dias que fiz”, disse, assinalando que “a micropigmentação é o fechamento do ciclo da reconstrução e poder se olhar no espelho “e ver a aréola e o mamilo nas duas mamas dá uma incrível sensação de completa vitória”. Por fim, elogiou a voluntária: “Ela é especial e necessária na nossa vida. É uma preciosa. Deus a escolheu, separou de forma toda especial, ungiu suas mãos e a capacitou para fazer parte da nossa história”. 

* Reportagem publicada na edição de 11.10.2020 do Jornal da Manhã



domingo, 4 de outubro de 2020

CERÂMICA: A ARTE QUE VEM DO BARRO É TERAPÊUTICA E ATRAI TODAS AS IDADES.

Por Célia Ribeiro

Vem da pré-história a arte de moldar objetos em argila que, depois de secados no fogo, eram utilizados de diferentes maneiras. Milhares de anos se passaram e a cerâmica, como se conhece hoje, é ensinada em ateliês e escolas de artesanato, atraindo pessoas de todas as idades que buscam uma atividade diferenciada que exige paciência e guarda um componente de expectativa. Afinal, só após aberto o forno é que se pode conhecer o resultado final.

Nenhuma peça é igual a outra

Em Marília, a artista plástica Patrícia Garcia Muller Manzano é referência entre os ceramistas. Do primeiro contato com esta arte, na Universidade Estadual de Londrina (UEL), onde se graduou, até a “Vila das Artes”, espaço que criou há 13 anos, ela tem sua trajetória profissional entrelaçada com a técnica que ensina para todas as faixas etárias: de crianças bem pequenas até idosos.

Patrícia Muller Manzano

Após a universidade, quando retornou a Marília, Patrícia lecionou no SESI. Para turmas de crianças ela ensinava a arte da cerâmica. Paralelamente, ela iniciou um ateliê em casa em sociedade com uma ceramista e do trabalho inicial ela deu prosseguimento na Vila das Artes quando a amiga se mudou de Marília. E lá se vão quase 15 anos.

Alunas no ateliê

“Sempre gostei muito e sempre me envolvi com todas as artes na Villa. Mas, a cerâmica sempre foi a minha parte de contribuição para as alunas”, comentou a artista plástica ao falar sobre o perfil dos ceramistas: “Quem vem para as aulas normalmente é quem tem interesse em uma atividade diferenciada. Muitas de minhas alunas já fizeram de tudo, já costuraram, já bordaram, e eu também tenho alunas que eram crianças, se interessaram pela cerâmica e continuam nesta atividade até hoje porque tem interesse artístico”.

Patrícia Muller observou que “tem gente que gosta de escultura e acho que a cerâmica seduz todas as idades. É uma atividade bem terapêutica porque você não vai fazer um trabalho em cima de uma base, por exemplo, em cima de uma madeira, de uma tela. Você constrói a base do seu trabalho, cria desde a forma, depois as cores, tem toda uma história de criatividade intensa. Vai criando passo a passo”.

ORIGINALIDADE

A ceramista destacou o aspecto da originalidade desta arte: “Nunca, jamais se consegue fazer uma peça idêntica a outra, por mais que você tente. Sempre surpreende porque vai para o forno e os resultados nem sempre são aqueles esperados. Tem uma coisa da força da pessoa naquela atividade”.

Vaso de cerâmica com suculenta

Ela prosseguiu afirmando que “cerâmica é para os fortes porque a gente tem que estar preparado para todos os resultados, grande parte agradável. Mas, às vezes, acontece uma quebra, um trinco, uma tinta que borbulha. Até o forno a gente meio que domina, mas ao entrar em contato com a alta temperatura é outra história”.

Há cerâmicas à venda na lojinha da Vila das Artes

E o que acontece diante de um resultado oposto ao esperado? Patrícia explicou que “todo defeito aqui pode virar um efeito. Às vezes, uma peça que está com um super defeito, ou trincou ou quebrou, de repente, vira algo muito mais interessante. A gente cria em cima do problema”. 

Conjunto para petiscar

Neste sentido, afirmou que é preciso respeitar o processo. Tudo tem seu tempo; hora de secar a peça, tem que ter o tempo dela porque se usá-la no forno antes de perder toda a água ela explode; o esmalte tem que ter muita paciência, também”. Algumas peças mais elaboradas exigem secagem muito lenta e outras mais rápidas. Do início até a peça ser finalizada, demora de um mês e meio a dois meses. 

A cerâmica permite criar com liberdade

Sobre o processo, ela explicou que “a partir da argila, a pessoa modela as peças. Algumas são colocadas em formas, outras modeladas manualmente. As peças mais feitas são peças relacionadas com a hora do lazer: petisqueiras, pratos, tigelas, tudo relacionado com gastronomia, tábua de queijos, potes pra patê etc”. Ela contou que tem aluno de tantos anos que “tem tudo em casa de cerâmica”.

As peças chegam a demorar 02 meses 

Patrícia disse que até crianças bem pequenas, desde bebês, podem aprender esta arte e que tem observado a chegada de alunos que querem se tornar ceramistas profissionais. Independente do objetivo, ela disse que tem muito carinho ao transmitir seus conhecimentos: “Falo todos os dias que tenho imenso prazer em ensinar e me realizo através do resultado, de perceber a alegria, a satisfação das pessoas. Isso me emociona. Cada vez que abro o forno e vejo que aquele processo finalizou de uma maneira incrível, falo que é meu auge”.

Detalhe de colar

A Vila das Artes está localizada à Rua Atílio Gomes de Melo, 64, bairro Fragata. No Instagram, o perfil da escola e ateliê é: https://www.instagram.com/viladasartes/

*Reportagem publicada na edição de 04.10.2020 do Jornal da Manhã