domingo, 30 de janeiro de 2022

3º EXPO ACAPULCO VALORIZA O ARTESANATO E A CULTURA NA PRAÇA DO BAIRRO.

Célia Ribeiro

Era uma vez um grupo de vizinhos que se comunicava pelo aplicativo WhatsApp para troca e venda no bairro. Certo dia, alguns integrantes perceberam que havia muita gente talentosa produzindo artesanato, cultivando plantas, preparando tortas e doces caseiros de qualidade e que todos poderiam se unir em um evento familiar para estreitarem relações e passarem bons momentos em comunidade. Essa semente frutificou e deu origem à “Expo Acapulco” que chegará à terceira edição em 13 de fevereiro.

Na 2ª edição, delícias à venda

Sem muitas expectativas, a primeira “Expo Acapulco” aconteceu na área externa da residência da paisagista e designer de interiores Izabel Cirillo, a Belinha, conhecida pela arte com recicláveis e cultivo de plantas suculentas. No entanto, diante do grande sucesso da primeira feira, os vizinhos pensaram em ampliá-la e a segunda edição foi realizada no dia 18 de dezembro de 2021, na praça do Jardim Acapulco, em frente à caixa d’água da Avenida Hygino Muzzi Filho.

Plantas e artesanato dividem espaço

Famílias inteiras compareceram em peso, levando crianças e seus animais de estimação. Para quem quisesse sentar, havia cadeiras espalhadas pelo local. Mas, a maioria preferiu se espalhar no chão da imensa área verde aproveitando um pouco de tudo que foi oferecido: artesanatos diversos, itens de aromaterapia, papelaria, bordado, saboaria, tortas, doces e temperos caseiros, plantas suculentas, pedrarias, queijos, pães de fermentação natural, entre outros. Tudo isso embalado por muita música.

Belinha Cirillo

Em entrevista ao JM nesta semana, a estudante de veterinária Ana Beatriz Paes, 22 anos, e a avó Delminda Paes, de 75 anos, juntamente com Belinha Cirillo, falaram da expectativa pela terceira edição. A experiência de levar a feira para a praça pública deu muito certo porque atraiu não só os moradores do bairro, mas pessoas de outras regiões de Marília.

Na 1ª feira, expositor sob mangueira na casa de Belinha

As três, juntamente com a mãe de Ana Beatriz, Dani Paes, Kleber Carreteiro e Thaís Mayumi Tachibana Pereira, integram a comissão organizadora e estão por trás da ideia da “Expo Acapulco”. Elas contaram que na primeira edição tiveram o patrocínio da Comasa e na segunda contaram com o apoio das empresas Vila Cane e Uniótica, esperando contar com mais apoiadores para a edição de fevereiro. 

CULTURA E LAZER

Belinha Cirillo, integrante do grupo “Galera Flashback” que faz sucesso com danças coreografadas das músicas dos anos 60, 70, 80 e 90, contou que foram surpreendidos pelo sucesso do evento na praça ao ar livre. Além de ser mais seguro, devido à pandemia de Covid, as pessoas tinham liberdade para apreciar e comprar os itens à venda, saborear as delícias oferecidas em diferentes barracas, e  passar bons momentos com amigos e familiares em um espaço público até então ocioso.

Galera Flashback durante apresentação na 1ª Expo

Ela destacou o apoio da Prefeitura de Marília com a infraestrutura para a iluminação e limpeza do terreno que foi capinado alguns dias antes da feira. Para fevereiro, os organizadores esperam que o poder público também disponibilize banheiros químicos para a população. 

Delminda e a neta disseram que a família se mudou para Marília há poucos meses e que o grupo de compra e venda do Acapulco foi muito importante para se integrarem no bairro, conhecendo os vizinhos que agora estão mais unidos do que nunca através da organização e participação na feira.

Cartaz da feira de fevereiro

Para Belinha Cirillo, a aproximação da terceira edição trouxe um sentimento de muita expectativa porque dos 30 participantes da feira anterior, a próxima deverá contar com quase 40 expositores. “Estamos abertos a quem desejar se unir a nós. Tem muitas pessoas criativas fazendo coisas incríveis. E esta é uma ótima oportunidade de mostrar seu trabalho, vender o que produz e ainda conhecer muitas pessoas”, pontuou.

O evento atrai muitas famílias

Quem quiser participar ou obter mais informações sobre a 3ª Expo Acapulco pode entrar em contato com Belinha (14 – 997425101), Kleber Carreteiro (14 – 998407436) ou Dani (11 – 994066900). No Instagram o perfil é: @expoacapulco. O evento ocorrerá no dia 13 de fevereiro, domingo, das 15 às 20 horas, na praça do Jardim Acapulco (Avenida Hygino Muzzi Filho) e toda a população está convidada.

Kleber Carreteiro e as famosas tortas

Leia reportagens sobre Belinha Cirillo de 2012, 2018 e 2020 acessando AQUI,  AQUI e AQUI

Reportagem publicada na edição de 30.01.2022 do Jornal da Manhã


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domingo, 23 de janeiro de 2022

PARQUE TERRA SOLLARIUM UNE SUSTENTABILIDADE, LAZER E NEGÓCIOS

Por Célia Ribeiro

Em uma manhã ensolarada de domingo, os pais levam os filhos pequenos para um piquenique à sombra de árvores imponentes, assistem uma apresentação cultural, reencontram amigos, e ainda podem recarregar o celular de graça em um dos vários totens espalhados pelo local. A depender da disposição de um grupo de empresários, em seis meses, o Parque Terra Sollarium vai inaugurar um novo tempo no modelo de parceria público-privada, a chamada PPP.

Empresário investiu mais de 100 mil reais no local

A ideia por trás deste projeto vem de um visionário: Marcelo Pelúcio, empresário conhecido por vários empreendimentos de sucesso ligados à tecnologia, pensou grande ao investir no negócio de microusinas de geração de energia solar. Com o sócio Cleber Costa, criou a Teravolt que já responde por, pelo menos, 500 microusinas em vários municípios.

Há dois anos, Marcelo utiliza a energia que gera na microusina instalada na sede da MPS Holding Ltda, localizada na Rua Araraquara, bairro Alto Cafezal. Por isso, ao ver a área abandonada na parte de trás da empresa, a Via Expressa do Pombo (antiga rodoviária), pensou que poderia fazer uma parceria com o poder público e atrair outros empresários para revitalizarem o espaço utilizando microusinas de geração de energia para iluminar o local, incluindo o viaduto.

Marcelo Pelúcio na sede da empresa

Conforme planejava, imaginou uma área completamente urbanizada, com muito verde, ecopontos para coleta de lixo reciclável, brinquedos seguros para as crianças, espaços para cultura, lazer, esportes e negócios como feiras diversas, além de ponto para abastecimento de carros elétricos. Com várias formações universitárias, entre as quais Tecnologia da Informação, Psicologia, Psicopedagogia, Comunicação Social, Engenharia (incompleta) entre outros, e bom de conversa, Marcelo Pelúcio logo atraiu parceiros.

Transplante de palmeiras: parque ganhando vida

Inicialmente, a Associação Comercial e Industrial de Marília (ACIM) abraçou a causa, que também tem o apoio da Universidade de Marília e da Cooperativa de Crédito Sicredi, conhecida por apoiar iniciativas ligadas à sustentabilidade ambiental. 

Conhecido pelo trabalho incansável em prol da sustentabilidade, o chefe do Meio Ambiente, Cassiano Rodrigues Leite, ao conhecer o projeto chegou com uma proposta: que o empresário apoiasse a remoção, transporte e plantio de imensas palmeiras abandonadas no antigo Parque Aquático de Marília. Assim, ao invés de começar do zero, o futuro parque já inicia com palmeiras adultas que se adaptaram bem ao novo terreno.

Do outro lado, entulhos jogados pela população

De acordo com informações divulgadas no site da Prefeitura, Cassiano destacou a importância da participação do setor empresarial para o crescimento sustentável da cidade: “O projeto idealizado pelo Marcelo Pelúcio destaca Marília em todo Estado de São Paulo quanto ao uso de energia fotovoltaica para iluminação pública. É um grande avanço no cumprimento dos 17 objetivos do Desenvolvimento Sustentável proposto pela ONU, os quais a atual administração tem como meta atingir dentro do prazo estabelecido, ou seja, 2030”.

Visão da área (Via Expressa do Pombo)

Ele citou ainda que “outros exemplos de parcerias já estão sendo desenvolvidas, como o plantio de árvores através do Projeto Minha Cidade é Verde, onde há pouco tempo criamos o Bosque dos Pássaros, em parceria com a empresa Danilla Foods, o Bosque dos Ipês Amarelos, com apoio da Unimed/Marília e Banco Sicredi, o Projeto Nascentes, recuperando e preservando olhos d’água em conjunto com a Associação dos Servidores Públicos Municipais de Marília e a coleta seletiva também com participação da Unimed/Marília”.

GRATIDÃO

Marcelo Pelúcio contou que vem de família simples de imigrantes italianos e que tudo o que conquistou foi com muito trabalho. Ele disse ser grato a Marília e a ideia do Parque Terra Sollarium era uma forma de devolver à comunidade um pouco do que conquistou. No entanto, lembrou que, enquanto empreendimento, este projeto piloto é uma vitrine que permitirá implantar um total de 100 parques similares na região unindo lazer, cultura, negócios e sustentabilidade. Com isso, viabilizará a expansão de um novo negócio que são os carros elétricos que encontrarão pontos de abastecimento em um cinturão formado por dezenas de cidades. 

Sala de monitoramento de geração de energia

O empresário explicou que o uso de energia solar por pequenos e médios negócios está crescendo muito. Dessa forma, o Parque Terra Sollarium será a parte visível do que é possível fazer com esta energia limpa.

Placas para geração de energia solar

Conforme disse, a Teravolt está focada neste nicho e não em grandes empresas, assinalando que ao invés de pagar a conta de luz da concessionária todo mês, os pequenos negócios, “que vão desde uma lojinha da rua 9 de Julho”, vão substituir pelo pagamento do financiamento do projeto de microusinas, geralmente quitado em cinco anos. Como o tempo médio desses sistemas gira em torno de 20 anos, o ganho será expressivo por um bom tempo.

Para saber mais sobre a empresa, acesse: http://www.teravolt.com.br/ e sobre o projeto acesse: http://www.terrasollarium.com.br/

*Reportagem publicada na edição de 23.01.2022 do Jornal da Manhã



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domingo, 16 de janeiro de 2022

HOMEM DOS NÚMEROS, APOSENTADO CANALIZA A EMOÇÃO EM POEMAS E NO ARTESANATO.

Por Célia Ribeiro

Apaixonado por cinema desde a adolescência, quando trabalhava na projeção de filmes na cidade de Rinópolis, o servidor público estadual deixou a veia artística hibernando por décadas. Aos 66 anos, Nivaldo Liguori se aposentou como diretor técnico da Regional de Marília do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), em 2016, retomando com força total a produção literária, além de dividir seu tempo com o artesanato.

 

Mini-carros de boi de madeira de demolição

O poeta, na verdade, ficou em segundo plano na fase áurea da carreira em que Nivaldo precisava viajar com frequência a trabalho. Na época, com o nascimento dos filhos, a poesia tinha que se contentar com um pouco menos de atenção. No entanto, como recorda o poeta, ele jamais deixou de escrever e, organizado por natureza, tem anotados a data, o local e para quem escreveu cada uma das centenas de poesias. 

Nivaldo Liguori e as madeiras reaproveitas

O ex-diretor do TCE tem uma trajetória inspiradora. Vindo de Rinópolis para estudar em Marília, ele cursou Ciências Econômicas, Administração de Empresas e Ciências Contábeis, período em que morou na “Casa do Estudante”, entidade mantida pelo município para acolher universitários de outras cidades.

 

Luminárias com sobras de madeira

Com muita dedicação, passou em diversos concursos públicos, iniciando pela Secretaria Estadual da Educação a qual pediu exoneração ao conquistar uma vaga como analista de crédito do banco COMIND. Com o fim daquela instituição financeira, ele passou no concurso de exator da Coletoria de Marília e na sequência foi aprovado no concorrido concurso do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em que trilhou uma carreira brilhante chegando ao posto de diretor da Regional.

 

Poesia premiada em concurso estadual

POESIA PARA ESTRANHOS

 Mesmo envolto em números, relatórios e análises, Nivaldo Liguori gostava de escrever. Como inspiração, qualquer pessoa que lhe chamasse a atenção. Da moça que estava esperando o ônibus no ponto, até figuras que encontrava no dia a dia. No entanto, um grande número de poemas mereceu a esposa e eterna namorada Denise, voluntária da ACC (Associação de Combate ao Câncer de Marília) que é avessa a fotografias e por isso não está registrada na reportagem.

 

Artesanato em vasos para flores e ervas aromáticas

Talentoso, logo seus poemas chamaram a atenção e, por insistência de amigos, Nivaldo participou de concursos tendo publicado várias obras premiadas, como “O Caçador de Poetas” (Rotary Club – Distrito 4510); Coletânea “Poesia na Escola” ( Editora A Palavra é Arte – 2021), Obra/Crônica 100 Ideias (6º lugar estadual no IV Concurso de Poesias, Crônicas e Contos – AFPESP – 2013), Poesia Latitude/Longitude (3º lugar estadual) e Crônica Nostalgia (3º lugar estadual) ambas na Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo.

 

Alguns dos livros de Nivaldo Liguori

Ele possui outros 07 livros editados, mas ainda não publicados, além de estar concluindo um livro de crônicas e contos.

 ARTESANATO

 

Suporte para os vasos

Aproveitando o tempo livre com a aposentadoria, além de se dedicar ao voluntariado na Santa Casa de Misericórdia de Marília, Nivaldo Liguori descobriu, por acaso, outro talento: o artesanato. Tudo começou com a esposa Denise pedindo a ele que fizesse pequenos reparos em casa até que, certo dia, o desafiou a construir uma luminária que tinha visto em uma revista. Para surpresa geral, a peça ficou mais bonita que a original.

 

Madeiras separadas para
os próximos trabalhos

Preocupado com a questão ambiental, o casal procura gerar o mínimo de resíduos e aproveita o que pode. Nivaldo contou, rindo, que é “caçambeiro” assim como a esposa porque, ao verem madeiras e outros materiais na rua, tratam de classifica-los como matéria prima para os trabalhos manuais.

Assim, despretensiosamente, começaram a surgir floreiras, luminárias, molduras de quadros, miniaturas de carros-de-boi, bancos para jardins, rack para som, caixa para CDs, entre outras. “A gente tem dó de ver essas madeiras abandonadas”, explicou. O curioso é que nenhuma peça foi vendida até o momento porque Nivaldo faz questão de presentear amigos e familiares com suas criações.

 Nesta semana, por exemplo, várias mini floreiras foram enviadas para o Canadá e Alemanha a famílias que receberam a filha Karen quando ela fez intercâmbio nestes países. Atualmente cursando mestrado na Alemanha, a jovem mantém contato com a “família postiça” com quem ficou no período da pandemia.

 

As criações são presenteadas a amigos e familiares

Enquanto as peças viajam para tão longe, ele continua soltando a imaginação, criando arte do que seria descartado e impregnando o papel com versos que mostram muita delicadeza e alegria de viver. Para entrar em contato com o poeta e artesão, seu e-mail é: nivaldoliguori@gmail.com

* Reportagem publicada na edição de 16.01.2022 do Jornal da Manhã


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domingo, 9 de janeiro de 2022

AGROFLORESTA: VOLUNTÁRIOS CULTIVAM ORGÂNICOS EM ÁREA ANTES DEGRADADA

Por Célia Ribeiro

Recuperar uma área pública de quase 50 mil metros quadrados degradada pela erosão e abandonada por décadas, plantar espécies nativas e produzir alimentos para compor uma cesta verde a ser compartilhada com a população do bairro. Parece utopia, mas o projeto de agrofloresta, que uniu ambientalistas em parceria com a Prefeitura, saiu do papel e já deu os primeiros frutos no Jardim Maracá, próximo ao Distrito de Padre Nóbrega, em Marília.

 

Trabalho duro sob altas temperaturas

Segundo Johnny Thiago Santana, coordenador do projeto “Doce Futuro” de criação de abelhas sem ferrão, ele e dois amigos, os ambientalistas André Luís de Lima (coordenador da agrofloresta) e João Moura Tramarim, estão à frente da iniciativa que chama a atenção pelo tamanho do desafio. Eles se revezam na semeadura, na limpeza da área e na irrigação das mudas, às vezes sob altas temperaturas e sol a pino. 

Primeira colheita foi doada a um projeto social

“Sou meliponicultor autorizado em fazer uso e manejo das abelhas sem ferrão. Muitos pensam em apenas ter abelhas, mas poucos pensam na alimentação das abelhas. Então, unimos o útil ao agradável já que as abelhas são responsáveis por 75 por cento da polinização dos alimentos que vão para a nossa mesa. Sem abelhas, sem vidas”, explicou Johnny, citando que, ao procurarem a Secretaria do Meio Ambiente, receberam sinal verde para a empreitada.

Ele contou que um dos principais problemas enfrentados era o lixo jogado naquela área. Mas, ressalvou que, assim que iniciaram o plantio, as pessoas deixaram de fazer o descarte de entulho no local por verem que o espaço seria ocupado. 

Voluntários do projeto (Foto: Prefeitura de Marília)

Em cinco meses de muito trabalho, os resultados começaram a aparecer: o grupo fez a primeira colheita de milho, abóbora, abobrinha, caxi, mandioca, cana-de-açúcar e quiabo de metro que foram doados ao projeto “Vida Nova” voltado à reabilitação de dependentes químicos.

Johnny destacou outra peculiaridade do projeto, que é a utilização apenas de sementes crioulas, ou seja, sementes que nunca foram modificadas geneticamente. Dessa forma, ao incluírem várias espécies de árvores nativas na mesma área, contribuem para recuperação do solo, combatem as erosões e cultivam alimentos orgânicos da melhor qualidade. 

Johnny em dia de trabalho na área

Ele explicou a rotina de cuidados do projeto: “Somos todos voluntários. Temos nossos trabalhos e, como o tempo é curto, todos os dias, na parte da tarde, vamos trabalhar no projeto e aos sábados e domingos o dia todo”. Conforme disse, ao realizar a primeira colheita foi grande o sentimento de satisfação: “Nos mostrou que podemos fazer muito mais. O objetivo na próxima colheita é fazer uma cesta verde para doar para população em torno do projeto”

 Johnny lembrou que a área pública sofria com queimadas, o que agravava a situação de abandono em uma região que continua crescendo por conta de núcleos habitacionais populares. Através da proposta de agrofloresta, árvores de espécies nativas convivem com o cultivo de alimentos propiciando condições para a recuperação da fauna e oferecendo alimentos às abelhas sem ferrão, do Projeto “Doce Futuro”, responsáveis pela polinização essencial à sobrevivência das plantas.

 PRESERVAÇÃO

 Segundo o coordenador do Meio Ambiente de Marília, Cassiano Rodrigues Leite, em notícia veiculada no portal da Prefeitura, “agroflorestas promovem maior diversidade biológica e resiliência ecológica e contribuem com os ‘Objetivos de Desenvolvimento Sustentável’ (ODS) elaborados pela ONU, que devem ser implementados por todos os países do mundo até 2030”. 

Alimentos orgânicos

Neste sentido, prosseguiu: “As principais vantagens frente à agricultura convencional são a recuperação da fertilidade dos solos, com redução de erosão, aumento da infiltração de água e, consequentemente, a conservação de rios e nascentes. Destaca-se, ainda, o aumento da diversidade de espécies, privilegiando o controle natural de pragas e doenças”.

 

Área tem 50 mil m2

O coordenador do Meio Ambiente finalizou observando que “esta integração entre floresta, agricultura e criação de animais oferece um caminho para enfrentar os maiores desafios do planeta, incluindo a degradação de solos agricultáveis e as mudanças climáticas, mitigando o risco de colapso dos sistemas produtivos”.

Leia sobre arborização urbana clicando AQUI

*Reportagem publicada na edição de 09.01.2022 do Jornal da Manhã