domingo, 28 de maio de 2023

APOSENTADOS APROVEITAM O TEMPO EM ATIVIDADES E VIAGENS EM GRUPO NA UAPEM

Por Célia Ribeiro

De acordo com o último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida do brasileiro aumentou 31 anos desde 1940. Para os nascidos em 2021, por exemplo, a média é de 77 anos sendo que as mulheres terão sete anos a mais em relação aos homens. Por isso, envelhecer com saúde e qualidade de vida é o desejo de uma faixa etária cada vez mais numerosa. 

Grupo animado em viagem ao Chile

Em Marília, a UAPEM (União dos Aposentados e Pensionistas) chama a atenção pela  programação que vai das aulas de inglês e informática, até Yoga e Tai Chi Chuan, sem falar nos bingos e no coral. No entanto, são as viagens, incluindo os roteiros internacionais, que têm movimentando o pessoal da melhor idade, segundo revelou a vice-presidente, Maria Angélica Bonilha Vianna. 

Aula de inglês com opções para iniciantes e avançados

“Todos os meses, nosso informativo anuncia a agenda de viagens, além dos eventos e atividades fixas”, explicou durante entrevista ao JM na sede da instituição. Segundo Maria Angélica, há opções para todos os gostos e bolsos: de viagens pelo interior de São Paulo, passeios para destinos no Sul e no Nordeste do País, até roteiros na Europa e países da América do Sul. 

Glória Arata, José Maria e Angélica

Ao lado do 2º vice-presidente José Maria Alvarez de Araújo e da 1ª secretária Glória Yoshiko Michishita Arata, Maria Angélica falou com entusiasmo sobre a UAPEM. Após a fase difícil da pandemia, quando muitas instituições voltadas à terceira idade fecharam as portas, a Associação experimenta novos ares ao apostar em atividades diversificadas para seus associados. 

Tai Chi Chuan, milenar arte marcial chinela

Nas sede da entidade, localizada na Avenida Nelson Spielmann, nº 188, a reportagem acompanhou uma aula de inglês que tem turmas para iniciantes e para alunos avançados. Ao lado, chamou a atenção a prática do Tai Chi Chuan, arte marcial chinesa que favorece o relaxamento muscular pelos movimentos lentos e silenciosos. E no fundo do prédio, um grupo de aposentados disputava uma animada partida de carteado.

BENEFÍCIOS

Assistente social por formação e conhecida pelo trabalho voluntário no GACCH (Grupo deApoio à Criança com Câncer e Hemopatias), Maria Angélica lamentou a redução do quadro de associados durante a pandemia. Hoje, são em torno de 450 aposentados e pensionistas que contribuem com uma taxa simbólica de 18 reais. 

O coral da UAPEM abrilhanta os eventos

Funcionando de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30, a UAPEM oferece: alongamento, ginástica chinesa, Yoga, Automassagem, Tai Chi Chuan, inglês, informática, laboratório de memória, aula de mosaico, além do coral. A entidade possui parcerias com  profissionais como podólogos, fisioterapeutas e geriatras que concedem descontos nos serviços. Os cursos são pagos à parte, em valores simbólicos, para custear os professores. 

Pausa para o carteado nas tardes da entidade

Nas datas festivas, a associação realiza eventos que mobilizam um grande número de  pessoas, como o “Dia das Mães” que contou com apresentação do Coral da UAPEM. Os bingos são outra preferência dos aposentados: como prêmios, são entregues cestas básicas e brindes em um ambiente alegre com música ao vivo.

PASSEIOS

Quanto às viagens, Maria Angélica e Glória Arata contaram que alguns destinos esgotam rapidamente e os interessados precisam entrar na fila de espera. Nesta terça-feira, um grupo irá para Maceió. De 12 a 17 de junho outra viagem sairá para Curitiba e Sul do Brasil (Pomerode e São Bento do Sul). E, em agosto, os associados poderão aproveitar Uruguai, Buenos Aires e Bariloche. 

Viagem a Florianópolis/SC

Em setembro, a agenda prevê viagens para Foz do Iguaçu, Argentina e Paraguai. O passeio para São Lourenço em Minas Gerais, em outubro, não tem mais vagas. Só lista de espera. Já no encerramento do ano, o Natal na Serra Gaúcha (Bento Gonçalves, Gramado e Canela) já está recebendo reservas na secretaria da entidade. Todas as viagens têm pagamento facilitado.

 

Sede da UAPEM na Av. Nelson Spielmann, 188

Glória e Maria Angélica disseram que a organização demanda muito planejamento, desde a escolha dos hotéis, restaurantes, passeios, companhias aéreas e o seguro do grupo. Sempre há guias acompanhando os associados que depois da primeira experiência costumam voltar para outros passeios.

 

Evento em comemoração ao "Dia das Mães"

Os bingos movimentam a associação

Elas adiantaram que a programação de 2024 terá visita às Thermas di Roma em Caldas Novas (Goiás), um minicruzeiro saindo de Santos e uma viagem a Portugal. Os grupos são formados apenas de associados (aposentados e pensionistas) e as informações podem ser obtidas na secretaria da UAPEM (Av. Nelson Spielmann, 188) ou pelo telefone (14) 34545122. O e-mail é: uapem1@gmail.com

 *Reportagem publicada na edição de 28/05/2023 do Jornal da Manhã


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domingo, 21 de maio de 2023

SOLIDARIEDADE: ADVOGADA ENVOLVE A FAMÍLIA E OS AMIGOS EM AÇÕES SOCIAIS

Por Célia Ribeiro

 “A palavra convence. O exemplo arrasta”.  Fiel a esta máxima, a advogada Marta Suely Martins Silva, 63 anos, levou para dentro de casa a vontade de fazer a diferença na vida dos menos favorecidos e envolveu a família e os amigos nas ações sociais que pratica há mais de 40 anos. Dos almoços comunitários em regiões carentes, à transformação de materiais que seriam descartados, até a doação de roupas, brinquedos, cobertores e fraldas geriátricas, ela segue contaminando de solidariedade o seu entorno.

Marta e o boneco "Sassá"
“Sou uma pedinte e não tenho vergonha disso”, declarou, bem humorada, durante entrevista ao JM em sua confortável residência na zona leste. Marta explicou que se considera pedinte porque recorre aos amigos e familiares para obter a matéria prima de seus trabalhos. Como exemplo, mostrou caixas de sapato encapadas com folhas de revista e maletinhas  confeccionadas com potes de sorvete que abastece com kits de higiene para doação.

“Meus amigos já sabem. Quando viajam, não usam os kits dos hotéis porque eu peço para me trazerem. Tem tanta gente que precisa e receber uma maletinha dessas com sabonete, shampoo, condicionador, touca de banho, hidratante e creme dental é uma beleza”, justificou. Acostumada a visitar áreas de extrema pobreza, ela leva sacolinhas feitas de retalho para que as meninas possam guardar pente, elásticos de cabelo, fivelas etc.

 A advogada disse que nunca se conformou em ver a dificuldade alheia e permanecer de braços cruzados. Ela começou visitando comunidades nos bairros afastados, barracos em favelas e moradias quase inabitáveis. E nestas andanças, levava o casal de filhos para que, desde pequenos, aprendessem o valor da solidariedade. 

Retalhos se tornarão mantas para os bebês

“Meus filhos foram criados assim. Um dia, desci no barraco da dona Maria, que catava latinhas, e notei a vida difícil que ela levava”, recordou, contando como começou a frequentar as áreas esquecidas pela sociedade. Além de conseguir cestas básicas para matar a fome imediata, ela também organizava almoços comunitários, com a ajuda de amigos, que chegaram a ter mais de 100 pessoas.

 

Manta em fase final
“Tem uma lembrança que nunca me esqueço. A gente entregava um convite simples, em papel sulfite, chamando a pessoa para almoçar conosco. Um dia, depois de alguns anos, voltei a uma casa e, para nossa surpresa, a dona ainda tinha o convite todo amarelado. Aos 81 anos, ela disse que aquele foi o único convite que recebeu em toda a sua vida”, revelou, sem esconder a emoção.

 SUSTENTABILIDADE

 Marta se recusa a jogar fora qualquer coisa que possa ser transformada. Se ganha um calçado velho, ela manda a um sapateiro parceiro para colocar sola. O mesmo vale para roupas que passam por reparos e são higienizadas antes da doação. Já as tampinhas de plástico são a base do boneco que a advogada batizou de “Sassá” confeccionado com a ajuda da amiga Elaine Nogueira de Matos Oliveira e que faz a alegria dos meninos.

Contadora de história do projeto “Viva e Deixe Viver” que atua no Hemocentro e hospitais de Marília, Marta lamentou não ter muito tempo livre para contribuir com essa atividade. Mas, através do artesanato solidário, consegue levar um pouco do seu carinho a pessoas nestas instituições. 

Michele e Marta: exemplo vem do berço

Para os bebês, por exemplo, ela confecciona lindas mantas de retalhos doados pelo Sr. Fabrício da Casa Ucles e algumas amigas. Habilidosa, Marta monta os quadradinhos à mão que depois são costurados à máquina e finalizados com forro de flanela, barrados e laçarotes: “Tem mães que não têm onde enrolar os bebês. Levamos no Hospital Materno Infantil onde tem contação de história e os bebês ficam quentinhos”, observou. 

Caixa de sapato forrada para os Kits de higiene

Também para os recém-nascidos, Marta entrega os gorros de lã que suas tias Maria Lúcia Roland, 75 anos e Ester Roland de 81 anos confeccionam, como mostrou reportagem desta página em janeiro: “Compro  e ganho lãs e elas nos ajudam com os gorrinhos que aquecem os bebês”, assinalou.

Maria Lúcia Roland

TAL MÃE, TAL FILHA

Também advogada, a filha Michele segue o exemplo da mãe. Voluntária no Projeto “Amor de Criança” ela comemora a retomada gradual das atividades, pós-pandemia. Com muita disposição, ela ajuda Marta nos trabalhos manuais e ainda encontra tempo para mobilizar amigos em torno da arrecadação de fraldas geriátricas do grupo do terço da Igreja Nossa Senhora de Fátima. 

Porta-trecos para as meninas

Com a aproximação do inverno, a preocupação se voltou aos moradores em situação de rua. Por isso, Michele e Marta estão se organizando para promoverem uma campanha junto aos amigos e conhecidos: “Tem previsão de cair a temperatura para até cinco graus neste inverno. Já pensou essas pessoas dormindo ao relento?”, observou a jovem advogada.

A ideia é sair pelas ruas e, encontrando quem passa frio sob as marquises e praças, entregar um agasalho e um cobertor. Elas sabem que muitos criticam esse tipo de ajuda aos moradores em situação de rua. No entanto, dizem que poder aliviar o sofrimento de alguém é melhor do que fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo.

Quem quiser mais informações sobre as ações sociais da família ou contribuir com doações, o contato de WhatsApp de Michele é (14) 9.98964746.

 Leia a reportagem das professoras aposentadas que contribuem com as ações sociais da advogada Marta Martins AQUI

*Reportagem publicada na edição de 21/05/2023 do Jornal da Manhã

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domingo, 14 de maio de 2023

ONG "AMOR DE MÃE" APOIA CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE SOCIAL

Por Célia Ribeiro

Um raio de sol que ilumina o mundo ou seria a florzinha mais perfumada do jardim? Neste domingo, as mães das crianças assistidas por uma das mais relevantes ONGs de Marília receberão uma singela lembrancinha confeccionada nas aulas de arte. O mimo não poderia ser mais especial: acompanhando as fotos dos pequenos, as mensagens escritas com lápis de cor querem tocar o coração.

Mensagem para mamãe
Após enfrentar uma crise em 2015 que a obrigou a reduzir 57 por cento do atendimento, e superar os desafios da fase negra da pandemia, a “Associação Amor de Mãe” está se reerguendo fiel aos seus princípios: oferecer às crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social um porto seguro com educação, esporte, cultura e lazer do tamanho do coração de mãe.

 Esta semana, a coluna visitou a entidade frequentada por 200 crianças e adolescentes, de 06 a 15 anos, no contraturno escolar. A mudança desde a última reportagem chamou a atenção. A ampla sala de ballet e jazz, o espaço para aulas de violão, canto coral e iniciação musical com os instrumentos organizados, a quadra esportiva aonde um grupo fazia atividades com o acompanhamento do professor de educação física e  o bazar da pechincha oferecendo artesanato feito pelas mães deixam evidente a virada de página.

 Os novos ares que sopram na zona oeste, berço da ONG, espalham mensagens de esperança e resiliência. Segundo a presidente, Tammy Regina Gripa, o que diferencia a entidade é a busca constante por parceiros que possam apoia-la em seus projetos. Um dos mais importantes é o Tauste Ação Social que impulsou a aquisição da área de 5.000 metros quadrados da sede. 

Tammy e os trabalhos em crochê à venda no bazar

Mas, há empresas como a Sorvemix, Dori e Marilan  que, ao doarem para a “Associação Amor de Mãe” parte do imposto devido ao Estado (ICMS), contribui diretamente para que a instituição se mantenha de pé: “O imposto pago fica na conta do governo e quando atinge um certo valor, a gente resgata. Quantas vidas essas empresas nos ajudam a salvar com uma doação de um imposto que elas pagam 100 por cento para o governo e elas têm direito de pagar uma parte para o Amor de Mãe?”, pontuou. 

Violão faz parte das atividades

Tammy é filha da fundadora Marlucida Silva Gripa que, desde 2007, segue atuante na instituição. Para ela, buscar novas fontes de apoio é essencial. Foi assim que a padaria industrial, que vendia os produtos diretamente ao consumidor, mudou o foco e hoje fornece  bolos para pequenos mercados e mercearias dos quatro cantos da cidade. 

A padaria, no início com venda ao público

A  presidente explicou que através do Disk-Bolos Amor de Mãe (Celular 14 – 9.91688652), os comerciantes fazem os pedidos que são produzidos diariamente na sede da ONG. Junior Gripa, o irmão, se encarrega da entrega e tem até uma ex-cliente que, após fechar sua pequena cafeteria, está atuando como promotora dos bolos abrindo novos mercados para escoar a produção nos bairros. 

Bolos prontos para entrega

A padaria industrial tem os bolos como carro-chefe. Mas, também produz delícias como: pães, rosca, carolina, panetone, colomba, biscoito, biscoito mineiro, samanta, rosca de pinga, entre outros. Além disso, aceita encomenda para bolos de aniversário, ajudando a reforçar o caixa da instituição.

 TRANSFORMAÇÃO

A “Associação Amor de Mãe” participa dos chamamentos da Prefeitura Municipal e do governo do Estado,  inscrevendo projetos e, graças a isso, pode se orgulhar de assistir meninos e meninas de 06 a 15 anos, oferecendo reforço escolar, complemento da alfabetização, além de opções esportivas (futebol, basquete, karatê, judô, handball) e artísticas (violão, iniciação musical, canto coral, ballet e jazz), com recursos públicos. 

Educadora organiza os livros na biblioteca

Para auxiliar no custeio da instituição, a ONG mantém um bazar da pechincha que funciona às terças e quintas. Uma mãe de criança atendida no projeto social auxilia abrindo o espaço para as vendas. Na terça-feira, o movimento era grande de mulheres da vizinhança em busca de roupas, calçados e acessórios. 

Bazar abre às terças e quintas-feiras

“O dinheiro do bazar praticamente é usado para pagar a professora de crochê e a caçamba que chamamos, semanalmente, para recolher os galhos e folhas retirados todos os dias pelo nosso jardineiro”, assinalou a presidente. Conforme disse, através da assistente social Vivian Janaína Cangussu Borba, foi formado o grupo de mães que confeccionam trabalhos em crochê.

Dona Marluci (centro) com as mães Daniele e Cristiane, professora
de crochê Aparecida e a assistente social Vivian

Além do trabalho manual funcionar como uma terapia, a produção é colocada à venda no bazar da pechincha ajudando, dessa forma, a manter o projeto: Daniele Pires e Cristiane Marinho contaram, com indisfarçável orgulho, como se realizam ao tecerem as peças para venda no bazar. Elas destacaram o lado relaxante do crochê e a satisfação de poderem ajudar a entidade em que seus filhos são atendidos.

 

Mães aprendem crochê
Por outro lado, emendas parlamentares tanto de deputados como de vereadores têm sido utilizadas na contratação de mais profissionais. Recentemente, a associação pode ampliar seus quadros com mais uma psicóloga e uma professora. A psicóloga, por sinal, iniciou um trabalho muito importante, de visitar as famílias para conhecer a realidade de cada uma. “São pessoas muito sofridas. Muitas mães são sozinhas, separadas ou com marido preso, que são chefe de família”, observou Tammy.

 Conforme disse, conhecer de perto como vivem essas famílias permitirá que sejam elaborados projetos sociais de acordo com as reais necessidades: “Nossa meta é que essa criança se transforme mesmo, mude de vida. De como ela é hoje, de violenta para não violenta”, assinalou a presidente para quem, atuar na infância é a saída para formação de cidadãos que farão a diferença na sociedade.

 Ela lamentou não poder apoiar as famílias como antigamente, citando que a doação de cestas básicas está cada dia mais rara: “Hoje, recebemos de oito a dez por mês. Por isso, só doamos para as famílias que estão muito necessitadas porque não temos como atender todas que nos procuram”. 

Professor orienta atividade na quadra

Na parte da profissionalização, uma ampla cozinha no novo prédio em que são realizadas reuniões com os pais, além de aulas de karatê e judô, possibilita a promoção de cursos em parceria com instituições como SENAC  e SENAI. Já a oficina de costura, que já foi um dos principais projetos voltados à capacitação das mães, está à espera de patrocínio privado.

 

Muita área verde para brincadeira

PARA CONTRIBUIR

 Tammy afirmou que a entidade aceita todo tipo de ajuda da comunidade: alimentos como açúcar e óleo, muito utilizados, ajudarão a reduzir os custos fixos, além de roupas, calçados, utensílios domésticos e bijuterias para  o  bazar. As construtoras podem doar sobras de materiais para as frequentes reformas da sede e as empresas também podem doar parte do ICMS ou apoiar projetos com doações diretas. 

Reunião de mães na ONG

A “Associação Amor de Mãe” está localizada à Rua João Francisco Nascimento, nº 320, na zona oeste, perto do Condomínio San Remo. O telefone é (14) 34225525 e o Disk Bolos para encomendas de mercados, mercearias e pequenos negócios funciona no número de celular (14) 9.91688652.

Que a florzinha das mensagens das meninas e os raios de sol dos meninos da entidade possam levar esperança e amor a todos os leitores neste domingo. Feliz Dia das Mães!

 Leia reportagens anteriores da ONG: 2010, 2015, 2019 e 2020

 *Reportagem publicada na edição de 14/05/2023 do Jornal da Manhã


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domingo, 7 de maio de 2023

ECONOMIA CIRCULAR: ALUNOS DE MODA DO SENAC INCENTIVAM CONSUMO CONSCIENTE

Por Célia Ribeiro

Um tecido de algodão leva de 10 a 20 anos para se decompor no meio ambiente, enquanto um tecido sintético pode demorar até 300 anos. Por isso, cada vez mais pessoas têm aderido à economia circular, que é um novo conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais, empregando processos com menor dependência de matéria prima virgem. Um exemplo disso foi dado pelos estudantes do curso Técnico em Produção de Moda do Senac Marília que promoveram um bazar de troca, na semana passada. 

 Luiz Gonzaga, Carolina Cortez, Taisa Marini,
 Karolyne Alexandre e Isabelle Carvalho

O evento integrou o “Fashion Revolution, que é um movimento global que luta por uma moda mais limpa, ética, responsável, sustentável e transparente”, conforme explicaram os organizadores. Segundo eles, “o projeto integrador da turma do Técnico em Produção de Moda do Senac Marília foi desenvolver um bazar de troca com o objetivo de colocar em prática o conteúdo aprendido, conscientizar sobre o consumo excessivo e os impactos que a indústria da moda causa, em parceria com a Semana Fashion Revolution 2023”.

 

Bazar de trocas ofereceu
 muitas opções
Com o nome “Use e Reuse”, o evento foi organizado a partir da arrecadação de peças de roupas entregues na biblioteca da unidade. A curadoria das peças foi realizada em sala de aula com a contabilização e precificação conforme suas categorias e os alunos utilizaram as redes sociais, além de panfletos e mensagens como meio de divulgação.

No dia 26 de abril, os alunos puderam colocar em prática os conhecimentos de visual merchandising aprendidos em sala de aula para a montagem da loja. Criativos, eles pensaram em tudo: foi criada a moeda “TPCoins” baseada no número de peças doadas e, dessa forma, cada participante fez a troca segundo um critério justo.

Estudantes e professores se dividiram nas tarefas como o caixa, controle do provador, auxílio na escolha das roupas etc, como em uma loja real. Ao final, fizeram o balanço com contabilização das peças que entraram e saíram. Das 416 peças iniciais, 201 foram trocadas entre eles e as 215 que restaram foram doadas para três instituições: Associação Amor de Mãe, Centro POP e Casa do Bom Samaritano, essas duas últimas voltadas às pessoas em situação de rua.

 AVALIAÇÃO

Os participantes consideraram o evento um sucesso: “O bazar foi uma experiência única por nunca ter trabalhado com o público dessa forma. Foi muito bom ver que o nosso trabalho foi reconhecido e ver as pessoas fazendo parte do nosso projeto. Foi uma sensação de satisfação. Foi estressante e trabalhoso. Mas, no final, foi tudo incrível”, afirmou a aluna Taisa Marini. 

Daniela Borges
Por sua vez, o estudante Luiz Gonzaga observou que “o bazar é uma forma de dar uma contribuição e um grito de alerta, sabendo que é possível fazer algo em relação aos impactos da indústria da moda e ajudar na mudança. O primeiro passo tem que vir de nós, produtores de moda em formação”, frisou. 

Caroline Montoro controlou
o acesso ao bazar
Karolyne Alexandre assinalou que “a experiência de fazer um projeto que chamasse atenção foi incrivelmente satisfatória, pois conseguimos entregar uma mensagem para as pessoas que participaram, assim contribuindo com a conscientização para a sustentabilidade.” Já a aluna Isabelle Carvalho disse que “foi um grande aprendizado, tanto em âmbitos técnicos, como em âmbitos fraternos. Coloquei em prática meus saberes sobre visual merchandising e aprendi a me importar mais com as ONGs para pessoas carentes.”

 

Marcos Junior
Para a aluna Camila Guedes “o bazar foi uma experiência de extrema importância, pois me proporcionou a possibilidade de adquirir duas peças que me deixaram apaixonada e a iniciativa em si, de sustentabilidade, muito se destacou.” 

Arara com roupas, manequins e até provador havia no bazar

A funcionária do Senac Marilia, Vanessa Guimarães, revelou ser adepta dos bazares e brechós e elogiou o “Use e Reuse” dos estudantes de moda: “O que me impulsionou a participar desse foi a organização e seriedade já demonstradas em seu início, como o direcionamento de um número mínimo de peças. Cada peça recebeu um valor para troca e, o principal, as peças não trocadas teriam um fim muito importante, a doação para uma instituição sem fins lucrativos”. 

Luciene e suas trocas

Ela prosseguiu destacando que “o bazar abriu suas portas pontualmente às 20h e a curadoria, organização e o atendimento foram impecáveis. Troquei minhas peças por outras que simplesmente amei. E o sentimento de que mais bazares aconteçam está em cada um que participou, como em mim também.” 

Visão geral do "Use e Reuse"

O público externo também apoiou a iniciativa, como Telma Santos: “A experiência foi gratificante e estimulante. Além de conscientizar sobre todos os impactos da indústria da moda e levar uma pequena solução para diminuir esses impactos, a organização e o cuidado que os alunos tiveram para realizar o evento foram incríveis”. 

Vanessa Guimarães
O Bazar, além do objetivo de conscientizar sobre os impactos da indústria, foi importante para prolongar a vida útil das peças já usadas, promover interação entre as pessoas, colocar em prática as competências do curso, promover a autoestima e estimular a solidariedade através das doações, finalizaram os organizadores. Saiba mais sobre o Senac acessando: https://www.sp.senac.br/senac-marilia

 *Reportagem publicada na edição de 07.05.2023 do Jornal da Manhã

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