domingo, 28 de agosto de 2022

PARCERIA DO CT FABI MEIRELLES COM A SELJ FOMENTA A GINÁSTICA ARTÍSTICA EM MARILIA

Por Célia Ribeiro

Há cada quatro anos a ginástica artística ganha os holofotes durante os jogos olímpicos. O que pouca gente sabe é que, para chegar ao nível de excelência necessário, os ginastas precisam trilhar um árduo caminho superando não apenas a dor física, mas o estresse emocional. Em Marília, o Centro de Treinamento Fabi Meirelles tem se destacado por revelar atletas que, além de representarem a cidade nas competições, estão alçando voos mais altos em grandes clubes do País. 

Emily Gabrielle
Isso foi possível graças à parceria com a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Juventude (SELJ), que encaminha atletas para o Centro de Treinamento. Em entrevista ao JM, Fabíola Meireles Costa, ex-ginasta, técnica e árbitra paulistana, contou que se mudou para Marília com o marido e dois filhos, em 2.008, em busca de qualidade de vida e com o sonho de implantar um projeto social focado na ginástica artística. 

Ginastas na competição de Bauru

Na época, não houve interesse por parte dos dirigentes da Secretaria de Esportes. E  Fabi acabou contratada por um colégio particular acalentando o desejo de estruturar um Centro de Treinamento aberto não apenas às meninas e meninos que podiam pagar, mas também às crianças de baixa renda.

Com o passar do tempo, ela observou que aumentava o interesse pela ginástica artística e resolveu, finalmente, montar um centro de treinamento que recebe crianças a partir dos quatro anos de idade: “A ginástica artística tem esse tabu de só trabalhar o nível competitivo. Mas, não é isso. A gente trabalha bem a nível formativo”. 

(Esq) Emily Gabrielle, Catarina Trevisi, Rafaella Vieira, Alycia Queiroz
e Yasmim Ribeiro, vice- campeãs no Jogos Abertos da Juventude

Conforme disse, “a ginástica artística e o atletismo deveriam ser mais explorados nas escolas como esportes de base porque eles servem depois para qualquer outro esporte”. Fabi Meirelles destacou os benefícios da modalidade: “A ginástica artística trabalha com as posições invertidas, a autoconfiança, a segurança da parte mental que é muito grande além da parte física”.

 PRIMEIROS PASSOS

 Fabi Meirelles recordou que criou o centro de treinamento timidamente, com poucos aparelhos, vislumbrando o sonho de abrir às crianças de baixa renda a oportunidade de treinarem, o que aconteceu a partir da parceria com a Prefeitura de Marília: “Disponibilizei 30 vagas, 15 para meninas e 15 para meninos para o projeto social do município, que são definidos em seletivas”.

 

Maria Medeiros Gonçalves, 06 anos,
no Festival de Bauru com Fabi,
 Jessica e Danilo
Os atletas participam de competições como Jogos Regionais e Jogos Abertos, representando Marília e, em troca, a Secretaria de Esportes custeia despesas de transporte e taxas de inscrição. Mas, não é só isso. Os atletas que se destacam acabam obtendo bolsas de estudo em escolas particulares.

“Procuramos atender crianças que não têm condições. Eu queria poder atender todo mundo se eu tivesse apoio, um patrocínio que custeasse o aluguel, por exemplo, que é de 4,5 mil reais. Eu tenho gastos fixos altos e, por isso, tenho alunos particulares que ajudam a bancar esses custos”, frisou.

Fabi Meirelles afirmou que as cidades que mais brilham na ginástica artística são as que têm projetos com as Prefeituras, como Barueri, Guarulhos e São Bernardo do Campo. E por falar em destaque, várias ginastas de Marília têm conquistado medalhas e algumas já foram embora, treinando em renomados centros profissionais.

 

MEDALHAS

No fim de semana passado, atletas de Marília participaram de uma competição em Bauru. Para preservar atletas que competirão em Araraquara, no dia 03 de setembro, nos Jogos Regionais  classificatórios para os Jogos Abertos, ela levou apenas o pré-infantil C de 08 a 10 anos e as pequenas de 06 e 07 anos que participaram do Festival, com direito à medalha, mas sem pontuação.

 

Rafaela Vieira hoje treina
em São Bernardo
O resultado foi comemorado por Fabi e pelos técnicos Jessica Pardiar e Danilo de Lima: individual geral em terceiro lugar com Sofia Rancollatto; quarto lugar com Heloisa Silvério e quinto lugar com Nicole Zancopé Mérida. Neste Torneio de Categorias Liga de Ginástica Artística - Polo Oeste,  elas ficaram em segundo lugar por equipe.

Fabi Meirelles disse que os dois anos de pandemia foram devastadores porque o CT não pode funcionar deixando as atletas sem treino e perspectivas de competição, sem contar o prejuízo financeiro que começa a ser recuperado só agora.

Apesar dos percalços, a técnica é abastecida de esperança diante dos resultados: “Nos Jogos Abertos da Juventude, Marília ficou em segundo lugar. Perdemos só para São Bernardo do Campo e ficamos à frente de Guarulhos. No ano passado, fizemos vaquinha virtual para conseguir participar do nacional no Mato Grosso e a Emily ficou entre as cinco melhores ginastas do Brasil”.

 

Fabi e as ginastas no CT de Marília

Ela aproveitou para falar da falsa ideia de que a ginástica artística impede os atletas de crescerem: “Eu fiz pós-graduação em Fisiologia do Exercício na Escola Paulista de Medicina em São Paulo. E o meu trabalho foi qual a influência do treinamento de força na estatura das atletas de ginástica artística”.

Conforme disse, ela ouviu médicos e vários especialistas que derrubaram esse mito. A confusão se dá pelo fato de que ginastas menores e mais leves conseguem se sair melhor nos diversos aparelhos, ocorrendo uma seleção natural. Isto é, atletas que crescem mais migram para outros esportes como o vôlei e o basquete. 

Equipe de Marília brilhou em Bauru

Fabi Meirelles disse que espera abrir mais vagas no futuro: “Gostaria de atender mais crianças, ampliando o espaço, trocando até de lugar. Se tirar uma criança da rua e colocar em uma atividade física já está valendo. Não estou preocupada em formar atleta, mas em formar cidadãos de bem”.

E finalizou: “Temos duas meninas que conquistaram medalhas e conseguimos bolsas de estudo em colégio particular. Através da educação, vão ter uma profissão, um estudo maior. Formar atleta é consequência. Se trago para o esporte competitivo, conseguem bolsa de estudo e a gente vai ajudar a sociedade. É um grãozinho de areia, mas é um começo”. 

Pequenas ginastas: CT aceita a partir de 4 anos

O Centro de Treinamento Fabi Meirelles está localizado à Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, nº 2990, com atendimento das 9h às 11h e das 14h às 19h30. Informações: (14) 34330415. Nas redes sociais, acesse: https://www.instagram.com/fabimeirellesginasti/

SELETIVA

 

Fabi no segundo lugar no pódio

O secretário municipal de Esportes, Gastão Lúcio Rodrigues Pinheiro Junior, explicou que “30 vagas é o que a Fabi Meirelles consegue absorver no centro de treinamento. Nós damos apoio para as viagens e inscrições”. Conforme disse, no dia 15 de setembro haverá uma nova seletiva para o Centro Fabi Meirelles. Meninos e meninas podem se inscrever pelo telefone (14) 34323023 ou no ginásio de esportes da Avenida Santo Antonio, 2701, das 8 às 16h.

*Reportagem publicada na edição de 28.08.2022 do Jornal da Manhã

 

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domingo, 21 de agosto de 2022

AGROFLORESTA: DE ÁREA DEGRADADA A CELEIRO DE ALIMENTOS ORGÂNICOS PARA FAMÍLIAS DE BAIXA RENDA

Por Célia Ribeiro

Uma área pública de 122 mil metros quadrados, foco de frequentes queimadas e depósito de lixo e entulho, tem se transformado em um bolsão de produção de alimentos orgânicos que não têm preço. Afinal, sua destinação é para as famílias em situação de vulnerabilidade social, que recebem cestas verdes toda vez que os voluntários da Associação Doce Futuro e Agrofloresta se reúnem para a colheita.

A terra retribui o cuidado gerando frutos

Localizado na zona oeste de Marília, atrás da Unidade de Saúde do Jardim Maracá, o projeto Agrofloresta tem por objetivo recuperar a área degradada com o plantio de árvores, trazendo de volta os pássaros e animais que foram expulsos pela urbanização. Além disso, visa promover a educação ambiental das crianças e aproveitar a extensão territorial para o cultivo de alimentos, consorciando com as espécies de árvores nativas e frutíferas.

João Tramarim ao lado de uma nasccente recuperada

À frente do projeto estão João Carlos Tramarim e Johnny Tiago Santana. Em comum, eles têm a profissão: ambos são pintores. Mas, em todo o tempo livre e, sobretudo, nos finais de semana, eles deixam tintas e pinceis de lado para colorirem com vários tons de verde a natureza maltratada.

Tomates orgânicos
Enquanto Johnny Tiago se dedica ao projeto Doce Futuro, de criação de abelhas sem ferrão, João Carlos fica mais no Agrofloresta em que utiliza sementes crioulas, isto é, sem serem modificadas geneticamente, com foco na produção orgânica de alimentos em meio às árvores nativas.

Nesta semana, ele recebeu a reportagem em meio às plantações viçosas que retribuem o cuidado recebido com uma farta produção de legumes, raízes, verduras e ervas aromáticas, ao lado de nascentes de água cristalina que foram recuperadas no início do projeto.

João Tramarim contou que sua ligação com a terra vem de longe. No Paraná, desde pequeno viu a família lidar com as plantações. Foi aprendendo com eles que, ao conhecer a área abandonada, um ano atrás, juntou-se a um grupo de voluntários para obter autorização do poder público e iniciar o sonhado projeto.

TRABALHO PESADO

Colocando dinheiro do bolso, eles adquirem sementes, além de palha de amendoim e esterco para melhorarem a terra. Também compraram com recursos próprios as ferramentas utilizadas no local e construíram uma pequena sede em que haverá cozinha, sanitários e depósito de sementes e ferramentas.

Arar a terra exige esforço

“Antigamente, essa área estava degradada, com animais de grande porte soltos, não tinha nascente e aconteciam muitas queimadas aqui”, lembrou, assinalando que o estado de abandono levava a população do entorno a também descartar lixo e objetos inservíveis. Tudo começou pela recuperação de algumas nascentes cuja água deu vida ao lugar.

Enquanto o município, através de uma empresa terceirizada, já havia plantado 7 mil mudas de árvores nativas, o projeto Agrofloresta cuida de uma grande parte da área dando prosseguimento ao plantio de espécies frutíferas e de alimentos: mandioca, batata doce, quiabo, jiló, berinjela, abóbora, abobrinha, feijão guandu, feijão de corda, feijão carioquinha e bolinha, cravo da índia, canela, maçã, banana, pitanga, acerola, colorau, manga, nêspera, carambola, tamarindo, pera, goiaba, lichia, espécies de limão galego, taiti, rosa e siciliano e até 30 pés de café.

Uma horta também oferece verduras, legumes e ervas que reforçam a cesta verde que já beneficiou uma clínica de dependentes químicos e, por quatro vezes, atendeu famílias cadastradas na Associação Amigos Solidários de Marília (Amigos do Bar), presidida por Tadau Tachibana. 

Cuidado diário

“As famílias ficam muito felizes porque, junto com a cesta básica que nós entregamos, elas levam a cesta verde com legumes e verduras que não têm agrotóxico”, destacou Tadau. Conforme disse, “tem gente que não tem condições de comprar nem um pé de alface e recebe esses alimentos saudáveis que servem como mistura”.

 SATISFAÇÃO

 João Tramarim disse que nos finais de semana o pequeno grupo trabalha direto, chegando às 5h30 da manhã e só partindo com o escurecer. E assim, todo o esforço tem sido recompensado pela sensação de fazer algo pela comunidade e pela natureza: “É gratificante ver que onde era queimada tem árvores nascendo, os animais voltando, passarinhos, tatu, seriema, pica-pau, tem de tudo. Isso mostra que está dando resultado o que a gente está fazendo”.

Ele finalizou afirmando que “fazemos por amor, porque gostamos da natureza, do meio-ambiente e das pessoas. Afinal, se cuidamos do meio-ambiente também cuidamos das pessoas”. E foi com esse espírito solidário que João ajudou a colher sete caixas de alimentos entregues no começo da semana às famílias na ONG Amigos do Bar, já programando os próximos plantios sabendo que a terra responde quando é bem cuidada.

 

Colheita da semana passada: família alimentadas

Quem quiser contribuir com a Associação, doando ferramentas e insumos, pode entrar em contato com Johnny Tiago pelo celular (14) 998649192.

Conheça o projeto "Doce Futuro" acessando a reportagem AQUI

*Reportagem publicada na edição de 21.08.2022 do Jornal da Manhã

 

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domingo, 14 de agosto de 2022

TURISMO RURAL: UM MANUAL DESTINADO A EMPREENDEDORES E PARA EXPLORAR AS BELEZAS NATURAIS DA REGIÃO

Por Célia Ribeiro

O período de isolamento social dos últimos dois anos cravou, em maior ou menor grau, marcas significativas. Dos que foram profundamente transformados aos que ainda estão tentando dar um novo sentido à vida, em comum só a certeza de que nada será como antes. Por isso, ao publicar um manual sobre turismo rural, o jornalista Ivan Evangelista Junior acena com uma ferramenta extremamente útil: os empreendedores vão se beneficiar de seu vasto conhecimento na área e o turista encontrará pérolas cujas conchas começam a ser reveladas na região de Marília. 

Fazenda Floresta é referência

Escrito em apenas 18 dias, o “Manual Prático do Turismo rural – Um guia para empreendedores” (Editora Patriani), ganhou vida pelas mãos hábeis de quem não apenas conhece muito a região como é apaixonado pelas coisas da terra. Articulado, Ivan é uma usina ambulante de ideias que vê oportunidades onde poucos reconhecem algum potencial.

Presidente e membro fundador do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), ele juntou a fome com a vontade de comer, como diriam os antigos, porque também é veterano na Comissão de Registros Históricos de Marília. E cá entre nós, não havia lugar melhor para um acumulador confesso: em seus arquivos há mais de 15 mil fotografias de Marília, além de documentos históricos que garimpa aqui e ali.

 

Ivan Evangelista Jr.
O COMEÇO DE TUDO

Diante da necessidade de manter-se recluso na pandemia, Ivan resolveu dar asas à imaginação. Os pensamentos saíram voando e pousaram em uma ideia original: reunir em um livro cases de sucesso de empreendedores do turismo rural, apresentar ferramentas para quem tinha vontade de empreender e não sabia como começar e mostrar ao cidadão comum, que quer explorar o turismo no interior paulista, que há muitos lugares que valem a pena conhecer.

Em entrevista à coluna, o jornalista afirmou que o potencial turístico de Marília e região é imenso. Ele observou que um trabalho bem estruturado na área pode gerar emprego e renda atraindo turistas dos grandes centros, inclusive: “Imagine que uma pessoa está em Marília a negócios. O que ela pode explorar aqui? E se conhecer e gostar pode voltar e trazer a família”.

 Um dos segmentos que tem evoluído rapidamente é o ciclismo. Poucos sabem, mas Marília tem mais de 40 trilhas registradas que reúnem tribos de todas as idades. De olho nisso, a Secretaria Municipal de Turismo e o COMTUR promoveram, no início de agosto, o segundo encontro de bikers para apresentar e validar as trilhas que receberão recursos do governo do Estado (MIT- 2022, Municípios de Interesse Turístico).

Encontro sobre as trilhas

Conforme registrou em artigo no site https://www.turismorural.tur.br/os nomes de batismo das trilhas, dados pelos próprios usuários foram respeitados e foi apresentada a proposta de uma nova trilha que levará o nome de "Trilha dos Dinos", uma homenagem ao principal atrativo cultural e científico de Marília, referência ao trabalho do paleontólogo William Nava e ao Museu de Paleontologia de Marília”.

EXPERIÊNCIA SENSORIAL 

Chácara Sagrado Coração, em Marília

Pensando grande, Ivan disse que dá para unir os bikers e o turismo rural na medida em que “o visitante que esteja com sua bike ou alugue no hotel em que se hospedar, pode praticar seu esporte favorito e deixar a família em uma das inúmeras fazendas que exploram o turismo rural”. Conforme disse, eles terão experiências fantásticas de colher a fruta no pé, de andar a cavalo, tomar banho de cachoeira etc. E na hora do almoço, o esportista pode encontrar os familiares na propriedade em torno da boa mesa, apreciando a original comida da roça, observou. 

Livro indispensável para o turismo rural

No livro, Ivan mostra várias iniciativas de empreendimentos que deram certo e que podem servir de norte a quem deseja começar agora. Um dos destaques é a Fazenda Floresta, de Lupércio,  reconhecida nacionalmente pela infraestrutura e boas práticas ambientais. Outros exemplos citados são: Estância Turística Vale da Graça (Vera Cruz), Fazenda Califórnia (Marília), Fazendinha Caminho da Roça (Distrito de Nóbrega – Marília), Recanto das Jóias (Vera Cruz), entre outros. 

Bikers decidem qual trilha seguir

De acordo com Ivan, “as pessoas estão buscando mais qualidade de vida” em contato com a natureza, saboreando frutas frescas e comida de roça em um ambiente tranquilo onde o silêncio é quebrado ora pelo canto dos pássaros, ora pelas quedas d’água. Dessa forma, os proprietários rurais precisam se preparar para esse “boom” de crescimento através de um planejamento cuidadoso.

 

Varpa, região
de Tupã
Uma ferramenta que dá uma verdadeira receita de bolo de como empreender no turismo rural está ao alcance de todos: ao folhear as páginas do manual, basta fechar os olhos e sentir o aroma do café passado na hora no coador de pano e ouvir o canto do galo ao amanhecer. Uma experiência sensorial que vale muito conhecer.

Entre em contato com o autor no e-mail: ivanevangelista155@gmail.com Saiba mais sobre Ivan Evangelista Junior no blog: https://afotoquefala.blogspot.com/

Créditos: Fotos Ivan Evangelista Jr.)

*Reportagem publicada na edição de 14/08/2022 do Jornal da Manhã


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domingo, 7 de agosto de 2022

TÉCNICA PRIMITIVA, O BORDADO LIVRE CHAMA A ATENÇÃO PELOS BENEFÍCIOS À SAÚDE MENTAL.

Por Célia Ribeiro

Em uma época comandada pela hiper conectividade, parar por alguns momentos e esvaziar a mente tem sido a escolha de um número cada vez maior de pessoas, de diferentes faixas etárias. O que muitos não sabem é que, além da meditação, o bordado livre é um importante aliado para atingir um nível de abstração de tal modo que o concreto dá espaço para a criatividade correr solta. 

Atenção e cuidado na execução desta peça

A observação é da professora Nicole Ariane Vieira Cruz que tem ministrado um curso de bordado livre na Vila das Artes, espaço reconhecido pela multiplicidade de opções criativas. Profissional da área de mídias digitais, ela se encontrou com o bordado durante a pandemia quando atravessava um momento difícil com crises de ansiedade.

 

Niki e um de seus trabalhos

“Eu já gostava de artes manuais e me dedicava ao cuidado das plantas”, recordou Niki, como é conhecida, ao explicar que, quando conheceu a  técnica, resolveu se aprofundar e acabou encantada com os benefícios que observou no próprio cotidiano. “Como eu me beneficio do bordado livre é o melhor jeito porque veio me ajudar em uma crise de ansiedade” acrescentou. 

As crianças têm vários cursos na Vila das Artes

Conforme disse, “para as pessoas que têm transtornos de ansiedade e depressão é uma atividade muito benéfica e prazerosa. Dentro do bordado é como se as pessoas estivessem em um estado de meditação. Elas vão focar só nesta atividade e vão estar ali 100 por cento. Nos tempos de hoje, em que se faz mil coisas ao mesmo tempo, conseguir focar em uma atividade é ótimo porque relaxa a cabeça e dá um descanso para a mente”. 

Patrícia Muller, artista
plástica e fundadora da Vila

Com aulas às terças e sábados, Nike atende pessoas de todas as idades, incluindo crianças que ganham com o estímulo às atividades motoras. Com o aumento da procura pelas aulas, a Vila das Artes estuda abrir novas turmas. E quem pensa que só as mulheres podem bordar, a artesã faz questão de dizer que os homens também são bem-vindos. Afinal, todos precisam de um momento de paz interior.

 TÉCNICA MILENAR

 Sabe-se que os romanos, após a formação do império, utilizavam o bordado para adornar roupas e objetos, 40 anos antes de Cristo. Na Rússia, foram localizados fósseis com trajes bordados 30 anos antes de Cristo e, com a evolução, as técnicas foram sendo aprimoradas e hoje se encontra uma grande diversidade de bordados mundo afora.

Segundo Niki, “as meninas procuram o curso para fazer bordados em roupas. Mas, pode-se bordar em qualquer superfície, seja colar, chaveiro e até em papelão. Meu ramo é fazer decoração usando bastidor que já fica um quadro emoldurado”, explicou. 

Detalhe do bordado livre
Ela finalizou afirmando que “todo mundo precisa conhecer o bordado livre porque é um jeito muito natural da sua mente conseguir se expressar. As atividades manuais são ótimas para a mente expressar sua criatividade porque o  bordado livre abre uma expansão para sua mente” e não lá limite seja de cor, tipo de linha ou superfície. Para saber mais, no Instagram o perfil da professora é @bendita.amelia. 

Coração estilizado em linha

A Vila das Artes está localizada na Rua Atílio Gomes de Melo, 64, perto da Praça Athos Fragata. O telefone de contato é: (14) 34547345.

 Saiba mais sobre a Vila das Artes acessando AQUI, AQUI, AQUI E AQUI

* Reportagem publicada na edição de 07.08.2022