domingo, 26 de setembro de 2021

ESPAÇO PITANGA SE REINVENTA COM MODELO COLABORATIVO PARA DIFUNDIR ARTESANATO

Por Célia Ribeiro

 Muito conhecido pelos bazares “Feito à Mão”, o Espaço Pitanga fez uma pausa na pandemia suspendendo cursos e eventos. A parada não programada serviu, entretanto, para a implantação de um modelo colaborativo que abriu espaço para artesãos exporem e comercializarem seus trabalhos em um local que transpira criatividade. 

Boneca da coleção Clelia Stigliano

Não é virada de ano, mas é tudo novo no Espaço Pitanga. Em nova sede, na Avenida Santo Antônio, 2754, o ateliê não tem a pitangueira frondosa que encantava os visitantes. Em seu lugar, está uma muda plantada pelas sócias Renata Genta e Clélia Stigliano logo na entrada. “A ideia é que a pitangueira cresça junto com o espaço”, observou Renata, contando que elas rezaram “um Pai Nosso forte” na hora do plantio. 

Renata Genta e Clélia Stigliano

Além da conhecida lojinha do Espaço Pitanga que funcionou por quase quatro anos na Rua Amazonas, o local reúne os ateliês de saboaria de Renata e de biscuit da Clélia. Os trabalhos das duas continuaram na pandemia, através de encomendas realizadas via redes sociais ou por telefone.  

A Curadoria garante o alto padrão das peças

Agora, com a retomada gradual das atividades, elas planejam a volta dos cursos já tendo sido agendado o primeiro, de macramê, para o dia 09 de outubro. Clelia, no entanto, mantém seu curso vip de biscuit para apenas uma pessoa de cada vez, optando por aguardar mais um tempo até a volta de pequenos grupos.

Sabonetes de Renata Genta

 CUIDADOS

 “A gente optou por nem dar curso na pandemia. Foi difícil, mas foi uma maneira que a gente encontrou de ficar em paz. Eu não iria ficar segura de aglomerar por mais que todo mundo estivesse de máscara, distante etc. Ficamos quietinhas, cada uma na sua”, explicou Renata. Essa pausa serviu para que refletissem sobre os novos rumos do espaço. 

Hora de molhar as suculentas nos vasos artesanais

O fim de 2020 foi muito difícil para os artesãos, em geral, que costumaram vender seus produtos em feiras e bazares. Por isso, Clelia e Renata abriram o espaço para um grupo de gente criativa e o evento foi um sucesso. Tudo controlado, com acesso restrito, e que funcionou como uma espécie de experimento.

Nova pitangueira

Dessa forma, com as novas instalações do ateliê, Renata e Clelia pensaram em disponibilizar sua infraestrutura para locar espaço aos artesãos que desejam vender seus produtos, mas não contam com local apropriado. Tendo uma curadoria que seleciona o que será exposto, as sócias apostaram na “Pitanga Collab” que faz sucesso nas redes sociais ao apresentar, diariamente, os trabalhos de outros artesãos presentes no Espaço Pitanga.

 Empolgada com a nova fase, Renata disse que muitas pessoas estão saindo transformadas dessa fase. E com a volta dos cursos, quem tem vontade de fazer artesanato encontrará muitas opções: “É para quem tem noção e quem não tem, mas tem o sonho de aprender. A pandemia mostrou que a é pra gente não deixar o que a gente quer pra trás. É uma boa oportunidade para que seja um pontapé inicial para quem tem essa vontade guardadinha”.



Para maiores informações, o telefone do ateliê é: (14) 31135916 e o endereço: Av. Santo Antônio, 2754, em frente ao ginásio de esportes. Sobre os cursos de Clelia, o contato é (14) 996838925 e para se inscrever no curso de macramê de 09 de outubro, o contato de Talita Miranda é (14) 991624897. Acompanhe o ateliê no Instagram: @espaco_pitanga.

Leia outras reportagens sobre o Espaço Pitanga acessando: AQUI, AQUI e AQUI

 * Reportagem publicada na edição de 26/09/2021 do Jornal da Manhã

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domingo, 19 de setembro de 2021

DESCONECTA: PROJETO SOCIAL RESGATA BRINCADEIRAS DA INFÂNCIA SEM TECNOLOGIA

Por Célia Ribeiro

Do toque do despertador no smartphone à música que se ouve por aplicativos, transitando pelo comércio, trabalho remoto e até estudos on line, a tecnologia está presente em todos os lugares. Por isso, não surpreende que as brincadeiras do passado sejam pouco conhecidas pelas crianças do século XXI cada vez mais isoladas em uma espécie de bolha que começa a preocupar pais e educadores.

 

Gincana movimentou a garotada

Inconformado com essa situação, um grupo de mães da zona sul de Marília, liderado pela esteticista Lauriele da Silva, decidiu intervir para desplugar os filhos dos celulares e dos computadores. Nascia, assim, o projeto social “Desconecta” com o objetivo de resgatar a socialização através das atividades ao ar livre.

 

Atividade ao ar livre no Costa e Silva

Em entrevista ao JM, Lauriele contou que a ideia surgiu por ocasião do “Setembro Amarelo” de prevenção ao suicídio: “Em 2019, vendo adolescentes e pré-adolescentes com pensamentos suicidas, e algumas coisas que acompanhei no meu convívio de amizade, eu e algumas mães sentimos a necessidade de tirar as crianças da internet e das redes sociais para voltar a brincar, realmente”.

Ela contou que tem uma filha portadora de TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade): “Lembro que quando conversei com a neurologista, ela falou que minha filha precisava ser bem assistida, bem cuidada em relação ao transtorno, porque ela poderia ser uma futura adolescente com pensamentos suicidas se ela não se encontrasse no mundo dela. E isso me assustou muito”.

Lauriele

Lauriele afirmou que a filha foi uma inspiração para o futuro projeto: “Passei a fazer as terapias com a Lara. Na época, eu trabalhava e saí do emprego para cuidar mais de perto. Minha filha usou medicação tarja preta por dois anos e teve uma grande melhora, de 70 por cento, com as atividades físicas. Aproveitei o gancho da minha realidade mais o ganho de algumas mamães com crianças com transtorno de depressão e também passando muito tempo dentro de casa”.

 COSTA E SILVA

 Moradora do Costa e Silva, Lauriele reuniu um grupo de mães com as mesmas necessidades para criar o “Desconecta” que começou com algumas crianças que faziam atividades ao ar livre. Com a autorização para utilizar o centro comunitário do bairro, a proposta ganhou musculatura e chegou a receber 22 crianças de 07 a 12 anos, em dois encontros semanais, das 18 às 19h30 e uma roda de conversa às sextas-feiras.

 Segundo Lauriele, “fomos divulgando na comunidade e foram chegando mais crianças. Chegamos a atender crianças com transtorno de ansiedade, a minha com déficit de atenção e tinha uma outra criança com autismo leve e uma criança com transtorno alimentar. As mamães foram acompanhando o desenvolvimento dessas crianças, mais ativas e mais felizes em voltar para o projeto, querendo que fosse todos os dias”.

Início do projeto em 2019

No entanto, a falta de estrutura para atender um número maior de crianças, sobretudo de faixa etária menor, gerou frustração. Ela contou que muitas crianças tinham irmãos menores e as mães queriam que eles também fossem beneficiados. “Eram só três monitoras e crianças menores exigem cuidados maiores. Nosso maior desafio foi ter que falar não”, recordou.

 

Entrega de doces e brinquedos antes da pandemia

Lauriele lamentou,  por outro lado, a falta de engajamento de mães que deixavam os filhos no local sem se envolverem. Conforme disse, “muitas não queriam dar o nome, se comprometer, só queriam deixar a criança e ir embora. Foi difícil disciplinar as mães que o projeto não era um lugar para jogarem as crianças e irem embora. Era um projeto que tinha um por quê e precisava da parceria delas”.

 PANDEMIA

 Após seis meses, o projeto sofreu um duro golpe com o Covid e precisou ser paralisado: “Estávamos a todo vapor. Fizemos festa de Natal para as crianças e em março parou tudo por conta da pandemia. Como eu tinha o cadastro dessas mães, teve algumas ações sociais na cidade com a distribuição de cestas básicas. Consegui cadastrar minhas crianças e as famílias ganharam cestas básicas”, destacou. 

Kits prontos para entrega
No “Dia das Crianças” do ano passado, com apoio de parceiros, como a ONG “Amigos do Bar” e doações de amigos e empresários, foram montados kits com doces e brinquedos entregues às crianças do bairro. Além dos inscritos no projeto, foram entregues 150 kits a outras crianças  marcando a data festiva, apesar da tristeza da pandemia. 

Outubro do ano passado

Além das atividades ao ar livre, Lauriele falou com tristeza da pausa no projeto porque as rodas de conversa, às sextas-feiras, eram muito importantes ao abordar temas que nem sempre se discute em família. Ela contou que uma criança confidenciou ter trocado mensagens no WhatsApp com uma pessoa que conheceu em um jogo on line.

 “Depois, a pessoa, que era um adulto, passou a mandar fotos pornográficas, pedindo foto e querendo encontrar a criança que ficou com medo e excluiu o contato. Mas, não chegou a contar para a mãe”, recordou. A voluntária disse que as crianças eram orientadas sobre os perigos da internet, principalmente do contato com estranhos.

 “A pandemia vai passar e vamos voltar a brincar, socializar e fazer com que nossas crianças vivam uma infância saudável porque a gente sabe que internet, videogame e computador não são boas distrações para nossos filhos. Às vezes é cômodo para nós, porque eles estão quietos. Mas, só Deus sabe a que eles estão tendo acesso, o que eles estão vendo e que formação estão tendo através de informações que vêm de várias maneiras erradas, distorcidas”, frisou.  

 A voluntária observou que a pandemia tem causado muito estresse às crianças que ficaram longos meses em casa enquanto os pais precisaram voltar ao trabalho. Sem escola, sem o projeto, sem socializar, muitas apresentam problemas de compulsão alimentar, entre outros. Por isso, ela aguarda, ansiosamente, o momento de retomar o “Desconecta” que sonha ver replicado em outros bairros da cidade.

 *Reportagem publicada na edição de 19.09.2021 do Jornal da Manhã

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domingo, 12 de setembro de 2021

VIZINHOS REVITALIZAM ÁREA PÚBLICA COM BOSQUE DE FRUTÍFERAS NO JARDIM AEROPORTO

 Por Célia Ribeiro

No meio de uma tarde abafada, com o sol brincando de esconde-esconde entre as nuvens, um solitário pássaro se refrescava no fio d’água deslizando da torneira. Como muitas aves, ele escolheu o pomar em formação como lar em que se serve de frutas fresquinhas para aplacar a fome e da sombra para fugir do calor, após um pequeno grupo de moradores revitalizar o espaço. 

Regando o futuro

No final da Rua Maria Cecília Schuwenck Bayer, no Jardim Aeroporto, uma grande área pública, abandonada e cheia de entulho, experimentou uma completa transformação em cinco anos. Graças à sensibilidade do casal Cleria Mara Zeferino e José Luis da Silva e dos vizinhos Carminha e Mario Kimura e Silvana Benetti Nigro, o terreno transformou-se em uma área arborizada, com árvores frutíferas, que atrai famílias inteiras para passeios e caminhadas.

Vizinhos contrataram um jardineiro

Em entrevista à coluna, Cleria Mara contou que, mesmo aposentada da Rede Municipal de Ensino, onde foi professora, coordenadora e vice-diretora de escola, desejava desenvolver um projeto educativo com as crianças naquele local. A ideia era levar um grupo de alunos da pré-escola para plantarem as mudas e garantir que o grupo fizesse visitas periódicas para acompanhar o desenvolvimento das plantas.

 Inicialmente, ela conseguiu apoio da Prefeitura, na gestão de Vinicius Camarinha, para limpeza do terreno e até instalação de uma torneira para irrigação das plantas. Mas, o projeto educativo não foi adiante com a mudança de gestão porque, segundo disse, a explicação era que havia muitas praças sendo adotadas e posteriormente abandonadas. 

Área pública revitalizada: trabalho de cinco anos

DETERMINAÇÃO

 Os vizinhos, que já haviam plantado mudas de espécies nativas e muitas frutíferas, decidiram levar adiante os planos de revitalizar o espaço público ao lado de suas residências. Eles se organizaram para que os cuidados tivessem continuidade. Mato e ervas daninhas eram eliminados e, graças à torneira instalada pelo DAEM, havia água para irrigar as mudas enquanto se desenvolviam. 

A educadora Cleria Mara

Mas, nem tudo foi fácil. Cleria contou que, certa vez, a Prefeitura mandou limpar o terreno com um trator que passou por cima das mudas, mesmo com as plaquinhas de identificação. Também sofreram com vandalismo: “Um dia, amanhecemos com nossos coqueirinhos cortados. Deu vontade de chorar”, recordou. Além disso, chegaram a furtar a borracha de irrigação e até a torneira pública. 

Famílias inteiras frequentam o espaço

Sem desanimar com os contratempos, o grupo contratou um jardineiro que faz o trabalho pesado no terreno. Os vizinhos, que se revezam na irrigação e nos cuidados diários, pagam do próprio bolso para que a área pública forme um pequeno bosque em que todos são bem-vindos para aproveitarem o contato com a natureza. 

A exuberância da amora (Foto Larissa de Mayo)

FINAIS DE SEMANA

 A educadora aposentada observou um aumento da frequência no local, durante a pandemia. Muita gente aparece para caminhar, levar as crianças para brincar e passar algumas horas sob as sombras das árvores que já se desenvolveram. Tem um pouco de tudo: pés de goiaba, acerola, pitanga, manga, romã, amora, araçá, jabuticaba, limão etc. 

Romãs quase maduras

Muitas pessoas também levam seus animais de estimação. Neste caso, os vizinhos que cuidam do local colocaram uma placa pedindo que os frequentadores recolham os dejetos de seus PETs porque o lugar é muito frequentado por crianças.

Ravi, neto de Cleria

Cleria falou da sensação de dever cumprido ao ver no que o espaço abandonado e cheio de mato se transformou: “Adoro quando as pessoas vêm aqui. É um orgulho. A natureza é isso, é pra gente interagir porque Deus nos deu tudo isso de presente. Só que temos que fazer nossa parte e cuidar”, assinalou, revelando que há planos de instalar balanço para as crianças quando as árvores estiverem maiores.

Pássaros celebram o novo lar

Pelo jeito, com os cuidados dos vizinhos, o trabalho do jardineiro que aduba a terra e limpa o mato, não vai demorar para que a rua sem saída do Jardim Aeroporto inspire outras iniciativas de cidadania e proteção ao meio-ambiente: “É importante esse exemplo para as crianças e de fazer o que fizemos para as futuras gerações pois há árvores que demoram a crescer como os ipês, jabuticabeiras e mangueiras”, finalizou Cleria.
Apelo para manter o local limpo

A flora e a fauna agradecem. Para conhecer o lugar, o endereço é Rua Maria Cecília Schuwenck Bayer, altura do número 145A, no Jardim Aeroporto. Se levar seu cãozinho, não esqueça do saquinho para recolher eventuais dejetos.

*Reportagem publicada na edição de 12.09.2021 do Jornal da Manhã

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domingo, 5 de setembro de 2021

DESIGNER CRIA JOIAS AFETIVAS COM DNA HUMANO E CINZAS DE CREMAÇÃO DE ANIMAIS.

Por Célia Ribeiro

O corte do cordão umbilical, que liga o bebê à mãe, é um dos momentos mais emocionantes do parto. Não à toa, muitas famílias guardam o “coto”, quando ele endurece e cai, entre as lembrancinhas que vão do primeiro corte de cabelo ao dentinho de leite. Agora, esses materiais com DNA humano podem ser eternizados nas chamadas joias afetivas.

Árvore da vida: fragmentos de coto umbilical e fios
 de cabelo com pedras ametista e pirita

Em Marília, a psicóloga Cláudia Ramos Conrado Scalco descobriu esse segmento por acaso. E, em plena pandemia, acabou se interessando por estudar o design de joias afetivas com o objetivo de elevar as lembranças a um outro patamar: concreto, em forma de pingente, para ser pendurado perto do coração.

Pingente com pêlos de cãozinho

A psicóloga trabalha com população em situação de rua e a carga emocional desta atividade ficou mais pesada com a ameaça do Covid ceifando vidas em um nível jamais visto. Por isso, ao conhecer o conceito das joias afetivas, o interesse foi instantâneo. Através de cursos, ela foi se especializando e hoje atende não apenas clientes de Marília, mas de todo o Brasil, através do Instagram.

A psicóloga e designer de joias afetivas Cláudia Ramos

Em entrevista ao JM por videoconferência, Cláudia contou que o processo demanda tempo e muita sensibilidade. Da concepção da ideia, ao desenvolvimento do projeto, passando pela escolha dos materiais que serão implantados, vai um bom tempo. Depois, ela parte para a confecção da peça, o que exige atenção máxima porque são várias etapas e um pequeno deslize pode significar um erro difícil de corrigir.

EMOÇÃO

Cláudia contou que se emociona ao entregar cada joia: “É incrível ver os olhinhos da pessoa brilhando. Não tem dinheiro no mundo que pague esse bem que consigo fazer para as pessoas”, assinalou. Conforme disse, a maioria dos clientes pede para utilizar coto umbilical, dentinhos, fios de cabelo, mas também “há os que levam cinzas de cremação de animais de estimação que viveram anos com a família e viraram estrelinha”.

Fragmentos de dente da mãe e cabelos
de três filhos em dois pingentes

Os formatos dos pingentes variam muito. E como a designer frisou, “nenhum sai exatamente igual ao outro” por serem artesanais. Teve um caso de uma cliente de São Paulo que enviou um dente da filha e cabelos de três netos e pediu a produção de duas joias iguais porque queria presentear a mãe das crianças com uma peça igual à sua. E lá foi a Cláudia tentar atender todos os pedidos, da cor de fundo, à escolha das pedras preciosas e até a grafia dos nomes.

A designer disse que cada vez mais pessoas estão procurando confeccionar peças para eternizar recordações de seus PETs, sejam pêlos dos que estão vivos ou cinzas de cremação dos que se foram. 

Mas, nem só de DNA humano vive esse segmento. Cláudia explicou que tudo pode ser implantado nas peças. Se foi uma viagem inesquecível, coloca-se conchas e areia da praia, por exemplo; ou um pedaço do vestido de noiva e até flores do buquê da cerimônia. 

PROCESSO

Cláudia Ramos contou que o processo começa com uma conversa com o cliente para saber suas expectativas e ser concebido o projeto: “São várias etapas, escolhemos o formato do pingente, se vai ter brilho, qual a cor do fundo, tipo de pedras e materiais que serão implantados”. 

A produção exige muita concentração

Na execução, tem o processo mais delicado que exige precisão milimétrica, aplicação de resina de poliéster, necessidade de aguardar o tempo de secagem de cada fase e depois vem o acabamento, com lixamento e polimento da peça que é entregue com uma argolinha em ouro ou prata para ser pendurada em correntes.

Independente do tipo de material a ser implantado, Cláudia destacou o cuidado que dedica a cada trabalho: “Faço com muito amor e muito respeito pelo material afetivo. Por enquanto, só fiz de pessoas vivas. Mas, estou com uma encomenda sobre uma mãezinha que faleceu e a filha guardou uma mecha de seus cabelos”.

Paralelamente, ela continua pesquisando novas formas de eternizar lembranças nas peças que cria, como o uso de leite materno, cujos experimentos têm apresentado bons resultados, formando o fundo de pingentes em que outros elementos serão implantados dando às mães uma joia para ser usada pela vida toda.

Para conhecer mais sobre esse trabalho, acesse: https://www.instagram.com/elora.joiasafetivas/  ou WhatsApp (14) 997622524

*Reportagem publicada na edição de 05.09.2021 do Jornal da Manhã

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