sábado, 27 de outubro de 2018

GARIMPADOS EM DEMOLIÇÕES, MATERIAIS GANHAM NOVA VIDA NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

Por Célia Ribeiro

Impossível não abrir um largo sorriso à simples menção dos saudosos carnavais das décadas de 70 e 80 do Yara Clube de Marília, considerados os melhores do interior paulista. Quantos casais se formaram rodopiando ao som das bandas de sucesso nos bailes da época? Os tacos de madeira, sobre o qual desfilaram muitas gerações, foram substituídos há alguns anos. Felizmente, antes de enfrentarem o cruel destino da fornalha, ganharam nova chance em projetos arquitetônicos que preservam a história ao utilizarem materiais de demolição.
Dormentes da estrada de ferro compõem a escada na propriedade da arquiteta
É com profundo respeito pela memória cultural e consciência preservacionista que a arquiteta Ângela Torres é uma profissional que se destaca por valorizar o reaproveitamento de materiais nos seus projetos. Ela chegou a trabalhar na construção de três residências edificadas com praticamente 100 por cento de material de demolição.

Ângela Torres
O processo criativo exige tempo e paciência. Ela contou que sempre oferece aos clientes a opção de reaproveitar alguns materiais, sejam tijolos antigos, grades, portas e janelas de construções centenárias ou madeira retirada da renovação de um telhado, por exemplo, que pode compor uma infinidade de opções nas novas construções.
Casa principal de uma chácara utilizou vários elementos de demolição
No entanto, quando os clientes abraçam a ideia, a resistência começa no canteiro de obras, com os trabalhadores da construção civil: “Eles falam: para que usar essas coisas velhas? Melhor comprar tudo novo”, observou a arquiteta explicando que recuperar os materiais de demolição exige alguns cuidados. Os tacos de madeira, por exemplo, precisam de remoção da cola, retirada de pregos e serem lixados antes da nova instalação.
Tacos do Yara Clube revestem o lavabo

Ex-jogadora de basquete por 11 anos, Ângela Torres tem muitas recordações dos velhos tacos do Yara Clube: “Vim várias vezes de Botucatu para jogar no Yara. Quando consegui os tacos --- foram uns dois caminhões --- peguei pra mim a parte que tinha a tinta do garrafão da quadra porque aquilo tem história”.

A madeira foi aproveitada em vários projetos, como em uma ampla sala onde o formato diferenciado dos tacos deu um charme especial e em uma parede de lavabo: do piso dos bailes e das competições esportivas, os tacos do Yara renasceram e chamam a atenção por sua beleza e durabilidade que atravessou décadas.

Ela citou outro caso de madeira salva da destruição: há 15 anos, mais ou menos, houve uma licitação para troca dos dormentes da estrada de ferro. E quem venceu foi uma carvoaria: “No fim, os trens não voltaram e aquela madeira nobre estava virando carvão. Consegui comprar da carvoaria alguns dormentes e utilizei em vários projetos”, revelou. Em sua propriedade, em ampla área verde preservada na zona leste, ela usou dormentes na confecção de bancos e na escadaria que divide o terreno em meio à natureza exuberante.
Recuperados, tacos do Yara ganharam vida

SUSTENTABILIDADE

Ter uma construção com selo de sustentabilidade ainda é missão quase impossível por conta do nível de exigência para se obter a certificação, observou a arquiteta. Ela comentou que, apesar disso, a preocupação com o meio-ambiente tem levado as pessoas a refletirem sobre a importância de olharem com mais atenção na hora de construírem ou reformarem evitando o desperdício de água, de energia elétrica, apostando no reaproveitamento de materiais.

“Eu faço minha parte. Em tudo o que é obra, mesmo nas obras mais modernas, eu consigo colocar dentro da modernidade a sustentabilidade e o reaproveitamento. Meus clientes são cientes disso”, afirmou. Ela assinalou que a instalação de cisternas para captação da água da chuva e o uso de energia solar são cada vez mais solicitados não apenas pela questão econômica, mas também pela consciência ambiental.
Muitas residências optaram por hortas em caixotes de madeira
Além de reduzir a geração de resíduos, o uso de materiais de demolição tem um impacto na qualidade da obra. A arquiteta afirmou que “os tijolos estão cada vez menores porque está cada vez mais difícil a matéria prima; tirar o barro dos rios que estão muito poluídos. Os tijolos de demolição são maiores, resistentes e, além de contarem uma história, dão um diferencial na obra dependendo de como forem empregados”.
Com a reforma do telhado, a madeira foi aproveitada na área de lazer: economia
Outro ponto favorável é a economia. Ângela contou que, na reforma do telhado de uma residência, empregou a madeira de ótima qualidade em uma parede na garagem e na área da churrasqueira. Ou seja, a matéria prima valiosa, que seria descartada, valorizou o projeto sem onerar o cliente que sempre comenta os elogios que recebe dos amigos e familiares que o visitam.

RESISTÊNCIA

A arquiteta lamentou a resistência de muitos trabalhadores da construção civil aos materiais reaproveitados, bem como a falta de mão-de-obra qualificada para trabalhar com produtos sustentáveis como os tijolos ecológicos. Ela falou, com tristeza, da dificuldade em seguir com obras em que a opção foi por esses tijolos que, em tese, não gerariam resíduo e nem desperdício porque são adquiridos na quantidade exata dos projetos.
Tijolos ecológicos: dificuldade com mão-de-obra

Obra utiliza tijolos ecológicos: em tese, mais sustentáveis.
“Não adianta falar que não vai ter resíduo se o trabalhador não souber utilizar o produto. Quando se usa tijolo ecológico não deve nem ter caçamba para retirar entulhos da obra. Eles já vêm com o espaço para passar as tubulações, são encaixados e tudo mais. Infelizmente, já tive muita perda de material porque não sabiam utiliza-los”, desabafou.
Painel de madeira à esquerda foi removido....

...e aproveitado no fechamento do acesso à cozinha.

Mas, nem tudo é tristeza. Ângela informou que muitas empresas de revestimentos estão se dedicando a produzir dentro de uma nova proposta, “seja na economia de água no processo produtivo,  seja no aproveitamento de um piso que quebrou e vai ser refeito”. O fator negativo ainda é o preço maior em relação à produção convencional.
Tijolos de demolição são muito procurados por sua resistência e beleza

“Ainda se fala muito em valores”, observou a arquiteta acrescentando que, ainda que timidamente, muitas pessoas têm optado por soluções que, de alguma maneira, contribuam para frear a degradação ambiental do planeta que pede socorro.

Para saber mais sobre Ângela Torres, neste blog há duas reportagens realizadas em 2012 e 2013 com a arquiteta. Leia AQUI e AQUI
Outra reportagem sobre construções sustentáveis pode ser lida AQUI


O contato da profissional é:
torresarquitetura2000@gmail.com

domingo, 21 de outubro de 2018

BATUKEDOPÉ LEVA OS BENEFÍCIOS DO SAPATEADO PARA TODAS AS IDADES

Por Célia Ribeiro

O aluno chega, calça os sapatos especiais e aos primeiros passos dá início à magia dos sons cadenciados: é impossível ficar indiferente. O sapateado, estilo de dança que surgiu na Irlanda, a partir das batidas dos tamancos de madeira, tem em Marília um espaço democrático em que crianças, jovens, adultos e o pessoal da melhor idade convivem em harmonia. Não há limite para a arte que reúne música e dança trazendo benefícios para o corpo e para a mente.

O “Batukedopé”, criado pela sapateadora profissional Valéria Sanches, funciona desde 2.013 no mesmo endereço, mas a história dessa escola de arte começou bem antes. Aos 45 anos, casada e mãe da Maria (06 anos) e João (14 anos), a professora conheceu o sapateado aos 16 anos e se encantou. Durante 12 anos, dedicou-se a ensinar a técnica para crianças da educação infantil de um colégio tradicional de Marília e outro de Pompéia.

A vivência no ambiente escolar da educadora física, pós-graduada em Educação Infantil e em Arterapia, ampliou sua bagagem possibilitando que ela mergulhasse fundo no desenvolvimento de técnicas para que crianças a partir dos três anos também pudessem sapatear. Assim nasceu o “Brincatap”.
Alunos antes do ensaio nesta semana
 Sonhando em difundir o sapateado, Valéria deixou a estabilidade dos dois empregos para aventurar-se em carreira solo, passando a oferecer suas aulas no conceituado Centro de Dança Denise Nardi a convite da amiga, proprietária do espaço. Alguns anos depois, com a mudança de direção e graças ao incentivo do marido, achou que era hora do “Batukedopé” sair do casulo.

Ela disse que relutou antes de ir para o Centro de Dança cujo forte era o balé clássico: “Academia de dança não é para lidar com educação, com o ser educativo. Academia de dança é mais para apresentar para os pais no fim do ano. Nas escolas eu trabalhava o conceito pedagógico de cada instituição. Se a escola trabalhasse aquele ano com meio-ambiente, as minhas aulas seriam direcionadas para o meio-ambiente”.
Os pequenos também podem sapatear
O trabalho era intenso: “Eu fazia muita pesquisa para transformar o espetáculo em um tema pedagógico: Pesquisa musical, corporal, de movimento, de som, de figurino, cenário, tudo.
Eu produzia, concebia e dirigia o espetáculo e, muitas vezes, também participava”, recordou.

A grande virada aconteceu em 2.013 quando o marido abriu mão de trocar o carro de trabalho para investir na escola de sapateado, inaugurada em fevereiro do ano seguinte. Na Rua Mato Grosso, 133, o prédio foi totalmente reformado para tornar-se o espaço em que a criatividade não tem limite e a alegria pode ser notada desde a entrada.
Valéria e a galeria de astros do sapateado

BATENDO OS PEZINHOS

Como todo início, a escola começou tímida, com apenas 28 alunos. Mas, a paixão pelo sapateado não deixava o desânimo chegar perto da idealizadora: Valéria estava com uma bebê de menos de dois anos que já queria sapatear. O filho de 14 anos também começou bem cedo e isso despertou o interesse pela criação de técnicas voltadas aos pequenos.
João ganhou bolsa para curso nos EUA
O “Brincatap” lançado com apenas três alunos, hoje possui três turmas e a procura continua crescendo apesar do sapateado não ser uma dança muito conhecida. “No esporte, o futebol é mais popular. Na dança, é o balé. Isso é cultural”, observou Valéria Sanches, que tem um bom motivo para manter o otimismo: seu filho acaba de ganhar uma bolsa de estudos para fazer um curso em Washington (EUA), em abril de 2019.
Chloe e João Aurélio

João foi descoberto pela sapateadora americana Chloe Arnold durante um festival no Rio de Janeiro: “Ela se encantou com ele e ofereceu a bolsa de estudos. Agora, estamos em campanha para conseguir arcar com as despesas da viagem e hospedagem já que não teremos que pagar pelo curso”. Ela explicou que há planos para captar doação de milhas no cartão de crédito. Quem se interessar em contribuir pode contata-la no e-mail:  batukedope@gmail.com

Valéria procura participar de festivais internacionais de sapateado e o crescimento da modalidade no Brasil também é motivo de alegria. Ela contou que, há alguns anos, o sapateado era apresentado nos últimos números dos festivais e não contava com especialistas para julgar os participantes: “Eu não me conformava de não ter nenhum professor de sapateado para me avaliar tecnicamente. Os bailarinos que estavam me avaliando viam se eu tinha presença de palco, se estava dentro do ritmo, se meu figurino estava adequado, se a música tinha a ver com a coreografia, só isso”.

No entanto, nos últimos 10 anos, houve uma grande mudança e estão surgindo festivais só de sapateado onde Valéria tem a oportunidade de participar de cursos e se apresentar, assim como seu filho João que desponta como um talento da nova safra de sapateadores.
João, o bailarino Jarbas Homem de Melo, a atriz e bailarina Claudia Raia e Valéria
“Quero criar um público fino do Batukedopé, do sapateado. Esse ano estou produzindo o quinto espetáculo, que será apresentado nos dias 15 e 16 de dezembro no Teatro Municipal de Marília.
Quero mostrar que sapateado é uma arte tanto quanto o balé, a pintura, o teatro, e é muito mais completo porque a gente faz música com os pés”, assinalou.

A professora destacou que “o sapateado vem crescendo no Brasil absurdamente. Temos vários profissionais que estão levando muito a sério”, citando a Cristiane Matalo, madrinha do seu filho João Aurélio e também do Batukedopé, e professora de sapateado da atriz e bailarina Claudia Raia. Entre os expoentes, elencou ainda Steven Harper, um americano que vive há 30 anos no Brasil, Kika Sampaio, Cintia Martan, entre outros.

FAZ TÃO BEM

Na entrada da escola de sapateado, ícones como Fred Astaire, Ginger Rogers, Gene Kelly e Ann Muller, decoram a parede em retratos em preto e branco. São pura inspiração para quem descobriu os benefícios do sapateado. “A primeira coisa que o sapateado contribui é a apreciação musical. Por incrível que pareça ele contribui para o ritmo, para a musicalidade, coordenação motora, lateralidade, toda a parte da psicomotricidade, que tem que ser desenvolvida em uma criança e no jovem até os 18 anos, o sapateado contribui claramente”, comentou Valéria.
Apresentação de 2017
Ela destacou que se trata de “uma atividade aeróbica. Além de trabalhar uma arte, a sensibilidade, um olhar diferente para as coisas, ele traz uma alegria que nem sei como falar. Isso eu ouço de alunos”, disse, citando que seu espaço recebe sapateadores de 03 aos 72 anos.

Valéria em apresentação solo
Valéria Sanches afirmou que a experiência na comunidade escolar lhe “trouxe uma bagagem importante. Dentro do Batuke eu trabalho dentro de um planejamento pedagógico: existe chamada e calendário escolar com todos os eventos. Faço questão de todos os anos trazer um sapateador de outra cidade para fazer uma troca com meus alunos, para meus alunos dançarem para ele e ele dançar para os meus alunos”.

Esse evento, chamado de “Work Tap”, acontece na última semana de junho antes das férias do meio do ano e já recebeu grandes nomes, como Chris Matalo: “O Batuke está tendo bastante visibilidade fora porque a gente vai muito para fora. E aqui em Marília falta conhecimento. Quero mudar essa cultura. O sapateado também ensina delicadeza, postura e musicalização”.

Para o público em geral, os espetáculos de fim de ano são uma boa oportunidade para conhecer o sapateado na sua melhor forma. Nos anos anteriores foram apresentados os temas: “Aqui dentro tem batuque”, “Tap Vintage”, “Brasileirismos” (homenagem aos 100 anos do samba), e “O ser tão bom” sobre o sertão.

Em dezembro deste ano, haverá homenagens aos artistas que se foram e deixaram um legado como Michael Jackson, Fred Mercury, Elis Regina, Elvis Presley e Portinari: “Para onde vão as estrelas?” trará números de sapateado concebidos com muita técnica.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Paralelamente às atividades na escola de arte, Valéria Sanches é professora voluntária de sapateado, às segundas-feiras, na ONG Projeto Semear. E, convivendo com crianças e adolescentes de baixa renda assistidos pela entidade, resolveu criar uma campanha para adoção de sapateadores.
A cada ano um espetáculo diferente
Atualmente, seis adolescentes estudam sapateado, em vários níveis, no Batukedopé, graças à adoção de artistas. Qualquer pessoa que se interessar em contribuir, pode apoiar uma criança ou jovem custeando despesas como uniforme, sapatos, figurino da apresentação de fim de ano e taxa do Work Tap, atividade do encerramento do semestre com sapateador profissional. Para saber mais sobre o assunto, acesse: www.batukedope.com.br

CAROL ALABY

A artista multifacetada Carol Alaby fala com carinho da vivência no Batukedopé: “A professora Valéria Sanches faz parte da minha vida há aproximadamente 20 anos. Primeiro tia Valéria, depois a Val, minha amiga, mãe da dança e companheira das artes. Uma grande inspiração como pessoa e como artista, foi ela quem me apresentou o universo do sapateado”.

Pianista, professora de música, acrobata, atriz e contadora de história, Carol transpira arte pelos poros. Ela destaca a importância de Valéria Sanches para sua formação: “Com grande conhecimento em dança e um bom gosto inquestionável, a Val possibilitou que eu experimentasse movimentos, descobrisse a dança em mim e me apaixonasse pela arte do sapateado, que me completa tanto porque é produção de dança e música, ao mesmo tempo.”

E finalizou: “Acompanhei o nascimento e o crescimento do Batukedopé e afirmo que essa escola é um verdadeiro presente para a nossa cidade. A Val desenvolve um trabalho muito sério, respeitoso e coerente, que possibilita para nós um desenvolvimento em todas as áreas da vida, muito para além da dança”.



ASSISTA O VÍDEO DA CAMPANHA DO JOÃO
 

* Reportagem publicada na edição impressa do Jornal da Manhã em 21.10.2018

domingo, 14 de outubro de 2018

JEEP CLUBE: INTEGRANTES SE UNEM EM AVENTURAS E NO APOIO ÀS CAUSAS SOCIAIS

Por Célia Ribeiro

Quando amanhece, depois de fazerem o checklist, eles só pensam no ronco dos motores das máquinas que os conduzirão a mais uma aventura em meio à natureza. São os integrantes do Jeep Clube de Marília que, como uma grande família, se reúnem para percorrerem trilhas e, nos últimos anos, também têm se dedicado a ações sociais, como a realizada no sábado, dia 06, no estacionamento do Supermercado Pão de Açúcar.
Aventuras em lugares de tirar o fôlego
Segundo Ari Valim, o evento foi organizado após o Pão de Açúcar procura-los para apoiarem a campanha de arrecadação de leite e fraldas geriátricas para o Asilo São Vicente de Paulo, CACAM  e GACCH, que também contou com a ONG “Amigos do Bar”. “Nós encampamos a ideia e pensamos que, além de fazer as doações para as entidades, poderíamos plantar árvores”, explicou.

Conforme disse, em contato com a Prefeitura, o grupo obteve a doação de 1.000 mudas de espécies nativas e frutíferas. Cem delas foram levadas ao supermercado e as 900 restantes ficaram no viveiro municipal: serão retiradas pelos jipeiros para plantio em áreas de preservação permanente e recuperação de matas ciliares que protegem os mananciais no entorno de Marília.
Jeep com as mudas de árvore para chamar a atenção para a campanha
O Jeep Clube de Marília existe há 20 anos e há 12 participa de ações sociais. A promoção “Amor no Carrinho”, realizada pelo grupo “Amigos do Bar”, por exemplo, arrecadou 11 toneladas de alimentos para várias entidades, este ano. Os jipeiros contribuíram transportando as doações dos supermercados participantes para uma Central e de lá para as instituições beneficiadas.
Membros do Jeep Clube de revezaram na campanha
No fim do ano, o grupo arrecada brinquedos entre os amigos e familiares e faz a alegria das crianças do Distrito de Dirceu. Até 08 anos atrás, eram os únicos a distribuírem brinquedos no lugar e isso criou um vínculo com os moradores: “Temos mães que levam seus filhos agora e que eram crianças que recebiam brinquedos quando começamos”, lembrou Ari Valim. Ele completou comentando que “uma semana antes do Natal fazemos a entrega e é uma grande festa porque as crianças adoram os jipes.”

DE PAI PARA FILHO

“Todos somos meio mecânicos”, afirmou Ari Valim, com bom humor. É que o lema do grupo é não deixar ninguém para trás. Ou seja, se quebrar um Jeep, todos param para auxiliar até que o veículo possa retornar: “Sem roda, amarrado ou arrastado. Não importa. Ninguém fica pelo caminho”, destacou.
Muita emoção, mesmo em baixa velocidade.
O espírito de companheirismo e solidariedade, aliado ao amor e respeito pelo meio-ambiente, são passados de pai para filho. Ari contou que as esposas e filhos costumam acompanhar os jipeiros contribuindo para o clima familiar das aventuras. Na época do Natal, por exemplo, depois da entrega dos brinquedos em Dirceu, eles se reúnem em uma fazenda onde costumam fazer trilha e montam acampamento.
A família toda participa dos eventos
Sob as tendas acontece o churrasco com música e boa conversa seguido de passeios pelo entorno e até banho de rio. “Só vamos embora quando o sol se põe”, disse Ari Valim, citando que fazem parte do grupo profissionais de várias áreas unidos pelas duas paixões: Jeep e natureza.
Henrique Fernandes, Ari Valim, Marcelo Biscaro e Fernando Garcia
Ele destacou a importância da exploração dos lugares pouco acessados: “Temos uma integração com a natureza. A gente conhece lugares na região de Marília que poucos conhecem. É linda a região de Marília, tem paredões. Às vezes a gente encaixa um churrasquinho no meio do caminho, faz plantio de arvore. É um conjunto de coisas boas”, frisou, contando que em média, 20 a 30 Jipes participam de cada aventura, reunindo por volta de 70 pessoas.


De 20 a 30 veículos participam das aventuras
O grupo já andou muito, embora a velocidade não atinja mais que 70 quilômetros por hora: “Brincamos que nossa emoção é a cinco por hora”, disse Ari Valim, explicando que, às vezes, levam horas para passarem por um trecho de apenas três quilômetros de uma trilha acidentada devido aos morros, barrancos e obstáculos diversos.
Luiz Reginaldo Sardi, presidente do Asilo São Vicente
Os integrantes do Jeep Clube participam de encontros em outras regiões, também, até 300 quilômetros de distância. Em novembro pretendem ir para Ribeirão Claro: na rota estão o Morro do Gavião, Morro do Avião e Pedra do Índio: “A gente está sempre descontraindo, passeando, num ambiente fantástico. Não tem discriminação, tem o Jeep 1964, o de 1969, e também o do ano 2010 e vamos para o mesmo lugar”, assinalou.
Contato com a natureza
Finalizando, Ari observou que fazer trilha com Jeep é um esporte completo porque exige força, agilidade e concentração. E por proporcionar que as famílias participem --- tem até a “Trilha do Batom” em que as esposas dirigem os Jipes--- nas aventuras em meio à natureza, acaba se tornando mais que um hobby, que passa de pai para filho.

*Reportagem publicada na edição impressa do Jornal da Manhã de 14.10.2018

PATCH & PANO: QUANDO A ARTE NASCE DOS TECIDOS SEM DESPERDIÇAR OS RETALHOS.

Por Célia Ribeiro

Os trabalhos feitos à mão, além de conferirem originalidade às peças, são impregnados pela energia de quem dedicou horas de muito carinho. Por isso, cada vez mais o artesanato chama a atenção, não apenas como hobby para quem se aposentou e tem tempo livre, mas também por mulheres de todas as idades interessadas em aprenderem a confeccionar peças únicas com seu toque pessoal.
Adriana com os porta-temperos que usaram retalhos
Entre os ateliês existentes em Marília, o “Patch & Pano”, da professora Adriana Coimbra, destaca-se por receber até uma turma de crianças, a partir das 11 anos. Mas, também, pelo cuidado em evitar o desperdício: cada retalho se junta a outros que compõem belos trabalhos em Patchwork. Aliás, esta palavra se traduz, literalmente, por “trabalho em retalho”.

(Esq) Célia e a professora Adriana
No sábado, 06, o estacionamento do Pão de Açúcar também sediou uma feira de artesanato em que o “Patch & Pano” levou trabalhos de suas alunas para venda. Entre elas, estava a ex-secretária municipal da Educação e pedagoga aposentada Célia Carmanhani Branco que falou, com muito entusiasmo, sobre sua incursão pelo artesanato em tecidos.

“Acredito que uma das coisas que está levando as pessoas a procurarem as coisas artesanais, a voltarem aos tempos de vamos construir, vamos fazer, é poder fazer seu trabalho. É diferente de entrar na loja para comprar o pano de prato. Você faz o seu pano e depois vê na sua cozinha”, comentou Célia Carmanhani.
Feira de artesanato no estacionamento do Pão de Açúcar
Ela contou que “nunca tinha sentado numa máquina. Comecei a dar aula com 18 anos, quando cheguei no ateliê eu me identifiquei muito com o grupo. Acho muito importante a identificação entre a proposta do grupo da professora e o grupo que vai se formar. Faço aulas às segundas e terças à tarde”, assinalou.
No ateliê, espaço para criar à vontade.
Os momentos entre as amigas são muito ricos, revelou a pedagoga aposentada. No ateliê ela encontra diretora e professoras aposentadas e muitas conhecidas. As horas passam em meio às linhas e tecidos coloridos que dão forma a diferentes trabalhos para consumo próprio, para presentear e até para comercialização.
As alunas enviaram suas criações para o bazar
CRIATIVIDADE

Adriana Coimbra informou que muitas alunas procuram o ateliê para confeccionarem lembrancinhas de aniversário e presentes personalizados. Nesta época do ano, por causa do Natal, a procura é grande por projetos temáticos. No entanto, ao longo do ano, o ateliê recebe encomendas desde enxovais de bebê até itens para cozinha.

A professora explicou que há várias alunas interessadas em comercializarem seus trabalhos. Neste caso, ela direciona a produção para artigos menores, de preços mais acessíveis e de venda mais fácil para geração de renda. Tem, ainda, as vovós que chegam ao ateliê querendo produzir presentes para os netos.
Mochilas coloridas: presentes que encantam
Célia Carmanhani contou que para o aniversário de sua neta de 10 anos, ao invés das lembrancinhas tradicionais, as amiguinhas ganharam toalhinhas para usarem na hora do lanche do colégio. “Elas adoraram. Receberam uma lembrancinha que não foi comprada, mas confeccionada pela avó da aniversariante”, acrescentou, sorridente.
Natal: época de presentear

Por utilizar tecidos nas criações, a sobra de retalhos é grande. Mas, no “Patch & Pano” não se joga nada fora: “Quanto menor o retalho, mais bonito fica o trabalho”, observou a professora, informando que tiras de 2,5 centímetros por 50 centímetros são ideais para a confecção de nécessaires coloridas.

Com aulas de manhã, à tarde e à noite, o ateliê segue colorindo a vida de quem quer explorar sua criatividade, mesmo que, como a pedagoga Célia, nunca tenha sentado diante de uma máquina de costura. Para conhecer o espaço, o endereço é Avenida Sampaio Vidal, 228 e o telefone: (14) 996356921

*Reportagem publicada na edição impressa do
Jornal da Manhã de 14.10.2018

sábado, 6 de outubro de 2018

HÁ VIDA APÓS O CÂNCER DE MAMA: OUTUBRO ROSA ALERTA SOBRE A DOENÇA

Por Célia Ribeiro

As histórias são muito parecidas: a surpresa, seguida do medo ao se depararem com o nódulo nas mamas, a negação e a sensação de impotência diante de um inimigo terrível e assustador. O turbilhão de sentimentos que acomete as mulheres portadoras do câncer de mama se repete em maior ou menor grau, independente da idade, credo ou classe social. Quando ele aparece, passado o choque inicial, é preciso escolher suas armas, vestir a armadura e partir para a guerra. Literalmente.
Florescer: projeto do fotógrafo Pedro Coércio com pacientes
Na noite de terça-feira (02), durante a abertura do “Outubro Rosa” promovido pela ONG “Amigos do COM” (Centro Oncológico de Marília), a plateia que lotou o teatro municipal se emocionou com tantas histórias de superação. O evento atraiu pacientes, ex-pacientes, familiares e amigos para celebrarem a luta e a vitória, felizmente em muitos casos, contra uma das doenças que mais acomete as mulheres provocando milhares de mortes, anualmente, no Brasil e no mundo.

Logo na entrada, os convidados foram brindados pela bela exposição do fotógrafo Pedro Henrique Marques Coércio. Ele fotografou 12 mulheres com os seios cobertos pelas mãos e o rosto emoldurado por diferentes espécies de flores. O Projeto Florescer nasceu para contribuir na divulgação sobre o câncer de mama não só em outubro, mas em todos os meses do ano. A informação é uma das armas mais eficazes para se chegar ao diagnóstico precoce.
O Teatro Municipal ficou lotado 
“Flor é vida”, comentou o fotógrafo, explicando que sempre quis se dedicar a uma causa e que quando teve problemas de saúde também recebeu apoio de muitas pessoas. O Projeto Florescer foi a forma que encontrou para contribuir com o “Amigos do COM” que conhece há cinco anos. Ele disse ter sido “muito gratificante registrar as imagens das pacientes porque a gente aprende  muito. Vê o valor da vida de uma forma diferente”.

No saguão do teatro, voluntários da ONG receberam o público oferecendo as camisetas da campanha cuja renda é utilizada nas atividades da entidade e na ajuda do caixa para construção do futuro Centro de Diagnóstico  que “Marília Sustentável” mostrou em reportagem na edição de 16 de setembro.
Fotógrafo com as imagens que registrou
Entre eles, estava a educadora física Romilda Luzia de Maio Gianini, 57 anos. Em 2.009 ela descobriu o câncer de mama e, como a maioria, foi tomada de surpresa e medo. Muito ativa, ela trabalhava no CAOIM (Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília),  praticava vôlei e levava uma vida saudável. Ou seja, uma mulher que se cuidava, estava no peso adequado e ainda praticava atividade física periódica.

Com determinação e o suporte da família e amigos, Romilda venceu o câncer de mama e voltou à vida normal. “Sou movida a desafios. Disseram que eu não conseguiria levantar o braço depois da cirurgia. Mas, me recuperei bem e até vôlei voltei a jogar”, afirmou confiante. Como centenas de mulheres, ela encontrou apoio no “Amigos do COM” onde passou a atuar como voluntária ajudando outras mulheres e seus familiares a atravessarem este período tão difícil.

CELEBRAÇÃO

Com o Teatro Municipal completamente lotado, a solenidade de abertura do “Outubro Rosa” teve início com show musical, seguido da exibição de um vídeo com depoimentos emocionantes das 12 mulheres que enfrentaram o câncer de mama e foram fotografadas para o Projeto Florescer. Logo após, houve a palestra do cirurgião plástico e presidente da ONG “Amigos do COM”, Dr. Léo Pastori Filho, e do médico mastologista, Dr. Carlos Giandon, membro do COM e coordenador do Programa de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer de Mama de Marília.
(Esq) Dr. Giandon e Dr. Léo Pastori
“Uma em cada 08 mulheres vai ter câncer de mama. É muito difícil não termos alguém do nosso convívio familiar ou pessoal que não seja portadora da doença. Ela representa 23% de todos os tipos de câncer, e é a principal causa de mortalidade por câncer”, iniciou o Dr. Léo Pastori falando sobre o aumento do número de casos desde a década de 60.

Ele afirmou que, “pela nossa população, eram esperados 234 casos novos a cada ano. Existe uma quantidade enorme de casos passando sem diagnóstico e perdendo a oportunidade de ter uma terapia curativa porque, em Marília, são 70 casos diagnosticados, em média”. Conforme disse, “o diagnóstico precoce tem uma sobrevida de 97%. É isso que a gente está lutando”.

O médico exibiu uma série de imagens com estágios variados do câncer de mama mostrando desde mulheres muito jovens, a partir dos 15 anos, até idosas com a doença. Ele afirmou que “O câncer tem uma jornada: o diagnóstico, a mastectomia, a cirurgia reconstrutiva ou não” e que, em Marília, as mulheres têm acesso a um serviço de primeiro mundo.
Romilda superou o câncer de mama e voltou a jogar volei
Conforme disse, na Santa Casa “é um serviço de porta aberta para a população que procura a gente. É com grande orgulho que podemos falar isso. A paciente nas nossas mãos, minhas e do Dr. Carlos, com o diagnóstico de câncer de mama, em 30 dias ela está mastectomizada e reconstruída começando a quimioterapia. Esse é um número que muito país de primeiro mundo ainda não tem”.

O médico destacou que “no SUS se faz, sim, serviço de qualidade e nós somos a prova disso, dando dignidade para a paciente. Ao longo desses anos, a gente conseguiu montar uma equipe multidisciplinar que faz tudo que precisa ser feito e não devemos absolutamente nada para nenhum serviço grande”, mostrando slides de casos iniciais e avançados, comparando os resultados.

Ele finalizou falando sobre a ONG “Amigos do COM” que se reúne quinzenalmente na Santa Casa em que as voluntárias, ex-pacientes de câncer, acolhem as mulheres com diagnóstico ou em tratamento da doença em uma corrente de amor e apoio mútuo.

INFORMAÇÃO

Em seguida, o médico mastologista Dr. Carlos Giandon, coordenador do Programa de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer de Mama de Marília e membro do COM (Centro Oncológico de Marília), destacou a importância das campanhas informativas, como o “Outubro Rosa”, cuja primeira ação foi registrada nos Estados Unidos, em 1.990.

Em Marília, o primeiro evento foi realizado através de parceria da Santa Casa de Misericórdia e Secretaria Municipal da Saúde, em 2.007, após a implantação do programa patrocinado pelo Instituto Avon que possibilitou a aquisição de um aparelho de ultrassom e pistolas para biópsias utilizados no Ambulatório de Saúde Mamária da UBS Alto Cafezal, que recebe casos suspeitos de câncer de mama.
O público pode visitar a exposição

Em 11 anos, o Programa de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer de Mama de Marília promoveu a capacitação de 40 médicos, 66 enfermeiros, 75 auxiliares, realizou 8.439 atendimentos, 5.191 exames de ultrassom de mama, 102 biópsias e 258 PAAF (Punção Aspirativa com Agulha Fina). Foram confirmados 67 casos de câncer de mama, pelo programa, cujas pacientes foram encaminhadas para tratamento na Santa Casa, pelo SUS.

O médico observou que, anualmente, são registrados 60 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. No entanto, em Marília, são diagnosticados entre 50 e 60 casos novos por ano, número considerado pequeno porque a maioria das pacientes descobre o nódulo no autoexame, ao invés da doença ser detectada, precocemente, pelo exame periódico de imagem.
Lucia Peraccini Carrero


Conforme disse, “o que faz o diagnóstico precoce é a mamografia. Consequentemente, se consegue fazer um tratamento mais adequado, diminuir a necessidade de retirada da mama, o tratamento complementar com quimio e radioterapia. Quando faz o diagnóstico precoce, a chance de cura pode chegar até a 80 ou 90 por cento dos casos”. Neste sentido, destacou a importância das ações focadas na difusão de informações sobre a doença e a proposta de construção do Centro de Diagnóstico do COM para agilizar o atendimento às pacientes contribuindo para a cura do câncer de mama.

Ele concluiu lembrando que a ONG “Amigos do COM” começou quase há 12 anos, “dentro da Santa Casa, e é um ambiente onde se fala de câncer de mama, onde se fala também para os familiares. Lá tem mulheres que estão começando o tratamento, tem mulheres que já se curaram do câncer de mama e tem mulheres que estão passando pelos procedimentos de quimioterapia e radioterapia. É um local onde são acolhidas. Vocês estão de parabéns”, finalizou.

*Reportagem publicada na edição impressa do Jornal da Manhã de 07.10.2018

CÂNCER DE MAMA TAMBÉM ATINGE OS PETS

Por Célia Ribeiro

Não só as mulheres enfrentam o câncer de mama. O Hospital Veterinário e o Curso de Medicina Veterinária da Universidade de Marília lançaram a campanha “Outubro Rosa Pet” com o objetivo de difundir para a população informações sobre a prevenção da doença em gatas e cadelas.

Segundo a professora de cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária, Drª Cláudia Repetti, “no mês de outubro,  todo animal que chegar no hospital veterinário, independente da queixa do proprietário, do motivo pelo qual ele veio fazer a consulta, o proprietário receberá informação sobre a prevenção do tumor de mama nas cadelas e nas gatas”.
Atendimento no Hospital Veterinário da Unimar
Ela explicou que “o tumor de mama na cadela e na gata é hormônio-dependente. Ele é dependente de estrógeno e progesterona que são dois hormônios produzidos nos ovários. Então, a gente indica para o tutor das fêmeas, que não quer para a reprodução, a castração precoce desses animais. Existem vários trabalhos bem consolidados que se castrar a cadela ou a gata, antes do primeiro cio, a chance dela ter tumor de mama é de meio por cento”.

A professora informou que “o cio normalmente acontece por volta de 6 a 12 meses. A gente recomenda, após o esquema vacinal, fazer a castração. Quanto mais cedo o proprietário castrar a fêmea, menor vai ser a chance dela desenvolver o tumor de mama”. No caso da doença, o tratamento é realizado com cirurgia complementando com quimioterapia.

Ela explicou que os proprietários de gatas e cadelas devem fazer a palpação das mamas dos animais, verificando qualquer carocinho, aumento do volume ou secreção. Neste caso, deve-se procurar o médico veterinário. Nas cadelas, 50 por cento dos tumores de mama são malignos e nas gatas esse percentual é ainda maior.
(Esq) Professora Cláudia
O Hospital Veterinário da UNIMAR possui completa infraestrutura e realiza o atendimento de Marília e região, através de médicos veterinários residentes, acompanhados dos professores. Os acadêmicos (monitores) atuam na recepção e primeiro atendimento. Sustentável economicamente, o Hospital Veterinário possui uma tabela de preços bem acessíveis e, no caso de pessoas carentes, o valor do tratamento pode ser parcelado.

Nos últimos quatro anos, foram registradas 3.000 fichas de atendimento . São realizadas, por semana, no mínimo duas cirurgias de mastectomia em gatas e cadelas. Para entrar em contato, o telefone é:  (14) 21054065. O atendimento é realizado por ordem de chegada, das 8 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira.