domingo, 19 de março de 2023

À FRENTE DA ONG ORIGEM, LUCI MILREU QUER TIRAR OS PROJETOS SUSTENTÁVEIS DO PAPEL.

Por Célia Ribeiro

No mês em que se comemora o “Dia Internacional da Mulher”, Luci de Oliveira Milreu assumiu a presidência da mais importante ONG ambiental de Marília com o desafio de tirar do papel diversos projetos e fomentar a educação ambiental. “A criança é que educa o adulto”, afirmou a nova dirigente da Origem, destacando que investir nos pequenos fará diferença no futuro. 

Belas cachoeiras precisam ser preservadas

Ambientalista conhecida pela atuação no CONSEA (Conselho de Segurança Alimentar), Luci falou com a coluna, no início da semana, explicando que a Origem não interrompeu suas atividades e que as ações envolvendo voluntários podem ser conferidas nas redes sociais da ONG (Facebook e Instagram).


Bosque da Vida, na zona sul de Marília

No entanto, alguns projetos adiados por demandarem mais recursos e estrutura estão começando a ganhar corpo. Um deles é o “Bosque da Vida”, criado na zona Sul, em parceria com o Coletivo de Mulheres de Marília, para homenagear as vítimas do Covid-19. Dezenas de árvores já foram plantadas, mas a ideia é transformar o local através do reflorestamento e da criação de uma área de lazer para a população do entorno.

 

Luci Milreu, presidente da Origem
Luci explicou que a Origem está elaborando um projeto para pleitear recursos junto ao FEHIDRO (Fundo Estadual de Recursos Hídricos), do governo do Estado de São Paulo, que financia programas e projetos na área de recursos hídricos de modo a promover a melhoria e a proteção dos corpos d’água e de suas bacias hidrográficas, conforme  descrição no site do governo.

 Conforme disse, “o bosque é uma área muito extensa e a gente não consegue ir todos os finais de semana e, quando a gente vai, produz muito pouco. A ideia é otimizar porque, como também sou representante da Origem no Conselho da Bacia Hidrográfica Aguapeí-Peixe, tem um dinheiro a fundo perdido que vem do FEHIDRO”.

 A presidente da ONG contou que a área do “Bosque da Vida” abriga uma grande quantidade de nascentes que precisam ser protegidas. Dessa forma, ao conciliar o plantio de espécies nativas e frutíferas com a proteção das nascentes será possível transformar um espaço que será utilizado pela comunidade.

“Temos planos de instalar mesas e banquinhos embaixo das árvores para que as pessoas possam jogar cartas, fazer um piquenique, enfim, passar bons momentos em um espaço público revitalizado”, explicou a presidente da Origem. Por enquanto, o grupo conseguiu contratar uma pessoa para fazer a limpeza da área, uma vez por semana, enquanto os recursos para custear a locação de máquinas pesadas não chegam. 

Lixo deixado em cachoeira: falta conscientização

De acordo com Luci Milreu, o projeto em gestação prevê que a ONG esteja presente diretamente por dois anos, após o que a comunidade será convidada a participar da sua manutenção e, por isso, o trabalho com a educação ambiental das crianças é estratégico: “Nosso tempo é finito lá. Quando acabar o contrato, vamos fazer o relatório e a comunidade vai continuar lá depois para trabalhar a questão ambiental com as crianças, as famílias, as organizações sociais em um comprometimento do bem estar um do outro”.

EXPERIÊNCIA 

Voluntário durante limpeza de cachoeira

Atuando em várias frentes, a ONG Origem existe há 27 anos seja promovendo a limpeza de cachoeiras e proteção de nascentes, seja realizando o plantio de árvores e também denunciando crimes ambientais ao Ministério Público. Outra preocupação é com o uso indiscriminado de agrotóxicos e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa da população. 

 Feira do Cavalari que voltará com alimentos orgânicos

Luci informou que a “Feira contraos agrotóxicos e em defesa da vida” que acontecia no Jardim Cavalari, antes da pandemia, deve ser retomada com a participação de pequenos agricultores que se dedicam ao cultivo de orgânicos. Ela observou que “a gente só pode produzir alimentos dentro de um ambiente sadio. Não adianta ir na cachoeira tirar o lixo, tomar banho na cachoeira e comer comida com veneno ou fazer tudo isso e plantar com agrotóxico. São duas coisas que se chocam frontalmente”.

 

Mudas da Secretaria Municipal da Agricultura
para plantio no "Bosque da Vida"

A presidente da Origem adiantou que duas iniciativas são ligados à segurança alimentar: a implantação de um viveiro para produção de mudas que serão doadas a outro projeto, o de quintais produtivos. Conforme disse, a ONG quer estimular o cultivo de legumes, verduras e frutas nos quintais da periferia para que as famílias tenham alimentos de qualidade. Neste sentido, “serão promovidas oficinas culinárias para orientar sobre o aproveitamento integral dos alimentos e ensinar novas receitas, novas formas de consumir determinados alimentos”, pontuou.

Veja como ajudar a Origem

Para saber mais sobre a Origem, acesse: https://www.instagram.com/ongorigem/ Para contribuir com os projetos da ONG, faça um PIX de qualquer valor para a chave: 03.057.802/0001-26 CNPJ.

 Leia AQUI sobre a feira contra os agrotóxicos em reportagem de 2018

Crédito: Fotos desta reportagem são das redes sociais da Origem

 *Reportagem publicada na edição de 19/03/2023 do Jornal da Manhã

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