Uma tendência mundial, presente nas metrópoles, começa a chamar a atenção de clientes corporativos no interior paulista: os jardins verticais hidropônicos que trazem mais vida e beleza aos ambientes de indústrias, lojas, condomínios, escritórios, consultórios etc. Em Marília, um casal de arquitetos, com experiência em projetos de grande porte na Capital, viu aumentar o interesse pelo paisagismo desde pequenos jardins em residências até paredões verdes de 100 a 200 metros quadrados.
Paredão verde: tendência |
Arquitetos Eduardo e Cássia Ribeiro |
Ao JM, ela falou sobre a paixão pelo trabalho: “Gosto muito do paisagismo urbano. Fui me especializar e fiz mestrado nesta área. Minha sócia, que era engenheira agrônoma, fez mestrado na área de arquitetura. A gente trabalhou muito com o Metrô, em São Paulo. Quando implanta uma estação, o Metrô descaracteriza uma grande área na cidade e depois tem que devolver isso. Normalmente, ele devolve isso em forma de praça, de parque. Éramos contratados para desenvolver esses projetos de reurbanização, de paisagismo”, revelou.
Há um ano residindo em Marília, o casal sente falta de áreas verdes para o lazer da população, como os parques que a família costumava frequentar nos finais de semana: “Meus filhos, quando vamos para São Paulo, querem ir no Ibirapuera, no Vila Lobos, que é a referência que eles têm de final de semana”, comentou.
Jardim vertical cabe em pequenos espaços |
As plantas tomam conta do muro na residência |
PLANEJAMENTO
É possível ter um jardim em pequenos espaços, sejam residências ou empresas, frisou Cássia Ribeiro: “O que a gente teve um pouco de dificuldade e acho que já estamos conseguindo superar, é que o jardim precisa de um planejamento. E, normalmente, as pessoas estão acostumadas a perguntar quanto custa para colocar a planta. É preciso fazer um projeto, nem que seja um estudo, conversar, analisar o local, saber qual planta mais gosta, para viabilizar”, frisou.
Plantas dão vida a pequenos ambientes |
Eduardo explicou que seu escritório utiliza a técnica de Jardim Vertical Hidropônico, sem terra, e a irrigação é automatizada: “Quando a gente instala, nos trinta primeiros dias, que são mais críticos porque exige um cuidado maior com essas plantas, se programa 04 vezes ao dia de irrigação para deixar bem úmido. Depois, a gente reconfigura e coloca o adubo líquido que, com o tempo, vai trazendo os nutrientes necessários”.
Paisagismo na empresa Wurth do Brasil |
Paisagismo com planejamento é fundamental |
DE VOLTA ÀS ORIGENS
Cássia observou que a mudança para Marília foi uma decisão familiar em busca de qualidade de vida para o casal e os filhos pequenos. “Em São Paulo, durante um bom tempo, parei de implantar jardins porque a demanda de projeto era muito grande. E o escritório acabou ficando mais com a parte de paisagismo urbano.”
Ibirapuera, em São Paulo |
Na cidade, agora ela se dedica mais aos projetos residenciais: “Quando voltei para Marília, para eu trabalhar na área urbana teria que ter alguma ligação com a Prefeitura e isso ainda não acontece, embora eu ache que Marília tem muito o que fazer”. Ela contou que, na década de 90, o seu trabalho para a faculdade foi o projeto de um parque para a região da Cascata. “A cidade poderia ter parques com área de lazer para a população”, pontuou.
Sobre as perspectivas para o futuro, Cássia e Eduardo foram unânimes em afirmar que o paisagismo tende a se valorizar cada vez mais, tanto em ambientes residenciais quanto em espaços corporativos. E aconselharam: “Quem se interessar, deve procurar sempre um profissional. Existem excelentes paisagistas em Marília”. O planejamento, frisaram, é essencial.
Para saber mais, acesse: http://www.diasribeiroarq.com.br e www.vertigarden.com.br Contato dos arquitetos: (14) 998900282.
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