domingo, 17 de abril de 2022

SONATINA: A ESCOLA DE MUSICA QUE SE REINVENTOU NOS ANOS DE ISOLAMENTO SOCIAL.

Por Célia Ribeiro

Como em todos os segmentos, a Sonatina – Música e Movimento foi surpreendida com a paralisação das atividades presenciais no início de 2020, por conta da pandemia. Uma das alternativas da escola de música foi criar conteúdo disponibilizando os vídeos em seu canal no Youtube, para não perder o vínculo com os pequenos alunos. Mas, o que parecia crise se tornou uma oportunidade: em dois anos, a Sonatina deu um salto de qualidade e hoje também é referência como produtora de audiovisuais. 

Momento de descontração do trio de educadores

Quem conta sobre esta incrível transformação é Carol Alaby, pedagoga, bailarina, cantora, pianista, atriz, acrobata e contadora de histórias. Junto com a irmã Dani Mazuti e Eric Brandão, ela está à frente da escola de música que atende crianças, a partir de 6 meses, até adultos: “Nós estávamos num período de crescimento no início de 2020 e o primeiro sentimento foi um grande vazio por estarmos longe das crianças. Porém, somos muito gratos porque nos deparamos com novas possibilidades através da tecnologia e, com isso, novas demandas de trabalho”, comentou.

 

Aula antes do Covid
A pausa forçada foi benéfica: “Hoje, além de escola, a Sonatina também é uma produtora de conteúdo audiovisual, especialmente na área da Educação Infantil e das séries iniciais do Ensino Fundamental. Montamos um ‘home Studio’ e encaramos desafios frente às câmeras, roteiros e microfones. Um aprendizado sem tamanho”, frisou.

Carol Alaby explicou que “nós oferecemos uma formação on-line para educadores no segundo semestre de 2020. Essa formação surgiu de uma parceria com amigos queridos que dirigem a Escola Panderolê, em Brasília, o Anderson Nigro e a Nadja Lopes. Com isso, tivemos contato com profissionais da Educação de vários estados do Brasil e, para nós, foi uma experiência gratificante.”

Além disso, “com relação às famílias que já faziam parte da Sonatina, fomos adaptando conforme o contexto. As crianças maiores de 8 anos e os adultos seguiram com aulas individuais online por um bom tempo. Já as crianças pequenas e os bebês receberam tanto vídeos gravados quanto alguns encontros online, porém, sem a pretensão de ser uma aula, apenas encontros para mantermos o vínculo e buscarmos alguma leveza para o momento”, assinalou.

 NOVO NORMAL

(Esq) Dani, Eric e Carol no estúdio 
A pedagoga falou da alegria de voltar às aulas presenciais após dois anos: “Existem conexões e aprendizados que só acontecem nesse ambiente, na sala de aula. É um território sagrado. Podermos escutar as crianças, brincar com elas, nos mover juntos, não tem nada que supere a satisfação desse momento. Estamos no início da retomada e sabemos que tudo está diferente para todas as pessoas, em diferentes sentidos. Por isso, entendemos esse momento como um recomeço, em que vamos reconstruir nosso espaço e nossa conexão com as pessoas”.

 

Escola colorida estimula a criatividade

Carol disse que a Sonatina oferece “turmas de Musicalização Infantil Personalizada em pequenos grupos, para crianças entre 6 meses e 10 anos. São aulas semanais com o objetivo de desenvolvermos a linguagem musical e todos os ganhos emocionais, sociais, motores, afetivos e cognitivos que essa atividade pode oferecer. Além disso, temos uma turma de Ukulele para educadores presencial e outra online, com uma proposta leve e acolhedora, para quem deseja iniciar nesse instrumento encantador e ainda agregar música e movimento no cotidiano de sua sala de aula. Por fim, temos também aulas de Música e Movimento para adultos. É um grupo maravilhoso para quem se dispõe a cantar, dançar, jogar e colocar os pés no chão, vivendo momentos preciosos em grupo”. 

(Esq) Carol, Eric e Dani

Sobre a retomada das aulas, ela observou uma mudança: “Todos nós estamos transformados, de alguma maneira e isso era esperado. É um momento novo, em que cada pessoa apresenta uma demanda e uma maneira diferente de lidar com as mudanças. O que tem ficado claro para nós é que este é um momento de escutar. Precisamos nos atentar a todos os sinais que as pessoas, adultas e crianças, nos trazem, para que possamos reconstruir nossas relações. É um momento em que todos temos feridas, desafios e, ao mesmo tempo, esperança”.

CRIATIVIDADE


As aulas recomeçaram em março

Perguntada sobre os recursos utilizados para atrair as crianças, Carol disse que “sempre pensamos no que elas gostariam de ver, ouvir, brincar. Mas, nosso interesse principal é  do que as crianças podem gostar e que, ao mesmo tempo, vem ao encontro daquilo que acreditamos ser benéfico e saudável para elas, dentro da nossa visão de educação. Ou seja, ao nos esforçarmos para compreender de que maneira a criança aprende e se apropria do mundo que a cerca, a atração se torna uma consequência natural do nosso trabalho”.

 

Carol Alaby
Neste sentido, a pedagoga prosseguiu: “Acreditamos que esse é um desafio pelo qual as pessoas que trabalham com arte e educação passam todos os dias de suas vidas. Somos educadores, ou seja, temos intencionalidade em nossas ações a partir de nosso referencial teórico e de nossa experiência pedagógica. Mas, ao mesmo tempo, somos artistas, queremos nos expressar, temos momentos férteis de inspiração e momentos áridos de silêncio ou de espera. Dançar entre essas duas frentes é nosso motivo e nosso desafio”.

Para Carol Alaby, “a arte é ar. A gente não a respira, mas ela nos é tão essencial quanto a atmosfera. Sem a arte, acabamos sufocados por nossa incapacidade de nomear a infinidade de sensações que nosso corpo, sabiamente, produz. Sem ela, a gente cai na tentação de querer explicar tudo, racionalizar tudo”.

Dessa forma, prosseguiu: “Sem arte não tem gosto, não tem cor, nem movimento, nem som, nem beleza. Não é esse vazio que a gente deseja para as crianças, de zero a noventa anos, não é mesmo? E não estamos falando sobre colocar brilho ou maquiagem. O vemos na arte é a possibilidade de uma vida mais plena e frutuosa, com tudo o que ela apresenta, acima do que julgamos ser bonito ou feio, fácil ou difícil, aceito ou estranho. A arte abre espaço para que tudo isso aconteça, sem a necessidade de forçar para caber, de manipular para ser aceito. Ela abre espaço para que a gente descubra quem a gente realmente quer ser”.

 FUTURO 

As aulas voltaram com força total

Sobre as perspectivas de agora em diante, Carol Alaby se mostrou otimista: “Seguiremos construindo essa caminhada junto a cada pessoa que temos a alegria de encontrar pelo caminho. Vamos seguir aprendendo, descobrindo, caindo e nos levantando. A sensação de não estarmos prontos e de sermos eternos aprendizes nos coloca num lugar precioso, porque é um lugar em que não tem um que sabe e outro que não, mas pessoas dispostas a trocar, a dar e a receber. É bastante né? Mas a gente sonha alto. Hoje em dia é difícil pensar em onde estaremos no próximo ano. Melhor que isso, é investirmos em como estaremos”.


Ela aproveitou para agradecer “às famílias da Sonatina, que confiam a nós momentos preciosos com seus filhos e filhas, acreditam na música e se dedicam a oferecer-lhes a oportunidade única de se desenvolver integralmente no melhor momento para esse aprendizado acontecer, que é a primeira infância. Outro abraço especial às nossas alunas e alunos que já cresceram, mas que mantém sua criança interior bem acordada a ponto de nos encontrar toda semana para fazer música brincando.”

Para saber mais sobre a Sonatina: Site: https://www.sonatinamusicaemovimento.com/

Canal no Youtube: Sonatina Música e Movimento. Instagram: @sonatina_musicaemovimento

Whatsapp: (14) 99623 4330

Leia outras reportagens sobre a escola AQUI , AQUI e AQUI

*Reportagem publicada na edição de 17.04.2022 do Jornal da Manhã

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