Por Célia Ribeiro
Em um passado distante, muitos enfeitaram as árvores com bolas coloridas e luzes de pisca-pisca, colocando os bilhetinhos dos filhos e netos para o Papai Noel. Neste Natal, os idosos abrigados na Mansão Ismael trocaram os adereços e a celebração em família por pequenos papéis, identificados com o nome e o presente que gostariam de ganhar, cuidadosamente pendurados nos galhos da árvore montada no refeitório.
Árvore de pedidos espera doadores
A magia do Natal, que marca o nascimento de Jesus Cristo, é um símbolo de solidariedade para as pessoas que desejam dividir um pouco do que têm com quem precisa. Por isso, desde o início do mês, muitos doadores têm procurado o asilo para presentearem os abrigados no lugar do Papai Noel.
Instituição
tem ampla área verde para os abrigados
De acordo com a presidente, Maria Elisa da Silva, “geralmente, eles pedem camiseta ou bermuda com elástico, porque a maioria usa fraldas, no caso dos homens. As mulheres pedem conjuntinhos de malha, desses bem simples e fresquinhos”. Além do nome, os idosos anotam a numeração da peça, explicou.
Até o dia 20
de dezembro, próxima terça-feira, os interessados em contribuir podem se
dirigir à Mansão Ismael, localizada à Rua Paes Leme, nº 1110, das 8 às 12
horas, para escolher um dos papéis na árvore do refeitório. A entrega deve ser
feita na portaria da entidade, no dia 22, das 8 às 17 horas e os idosos
receberão os presentes na ceia de natal, no dia 24.
CELEBRAÇÃO
Recebendo o carinho e a atenção da dedicada equipe do asilo, os idosos participarão da tradicional ceia no dia 24 de dezembro. Às 19h, após a oração, todos se confraternizarão durante o jantar à base de assados, saladas, massas e sobremesa, explicou a presidente, Maria Elisa da Silva.
A comemoração do Natal é muito esperada |
Segundo ela,
o jantar de Natal é tradicional e muito esperado pelos idosos. O cardápio é
discutido com eles “e feito no capricho”, destacou a presidente. Ela contou que
só tem um item que dispensa discussão: a sobremesa tem que ser sorvete “e de
casquinha de cestinha porque é o que todos gostam”.
Maria Elisa contou que a árvore de pedidos era uma tradição, mas deixou de ser montada por conta da pandemia, pela proibição de circulação de pessoas de fora. E por falar nisso, com a volta dos casos de Covid atingindo, principalmente, os idosos, todo cuidado é pouco e as visitas que já eram raras não acontecerão neste Natal.
Rita Beneton (Assistente Social), Ronaldo Apolônio
(Administrador) e Maria Elisa (presidente)
Daí o esforço da equipe para amenizar essa fase que guarda lembranças e traz nostalgia para a maioria deles. Atualmente, são 74 internos, sendo que há dois casos de mãe e filho que foram abrigados juntos. Eles colaboram com a aposentadoria, mas a entidade vive de doações, pequenas subvenções oficiais e do bazar da pechincha que acontece às terças, quartas e quintas-feiras das 8 às 11 horas.
COMO AJUDAR
A presidente disse que os dois mil reais de subvenção do governo federal foram cortados durante a pandemia. “Temos contado com a ajuda da Prefeitura”, assinalou Maria Elisa, acrescentando que toda contribuição da comunidade é bem vinda, principalmente de fraldas geriátricas e itens de higiene pessoal.
Bazar gera renda
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