Por Célia Ribeiro
Viveiro abriga mudas de espécies nativas |
Formado por uma horta orgânica, agro floresta e criação de abelhas nativas sem ferrão, o projeto foi registrado nesta página em abril. Localizado no Jardim Maracá II, ele tem promovido uma verdadeira transformação no local que abrigará o Centro de Educação Ambiental, em fase final de construção, para divulgar as boas práticas e incentivar a preservação ambiental às futuras gerações.
Modelo inspirado em Israel usar timer |
À frente do
projeto, um dos coordenadores, Johnny Thiago Santana, explicou que o sistema de
irrigação foi “inspirado em modelos de Israel onde, apesar de pequeno no
tamanho, o plantio é compensado pela alta tecnologia”. Conforme disse, foram
plantadas 8.000 árvores em um ano e, graças ao viveiro próprio, eles se
tornarão auto suficientes.
(Esq) Fernando Garcia e Johnny Santana |
Além da
simplicidade do mecanismo, o baixo custo é outro diferencial: “Os materiais
usados são facilmente encontrados em casas de ferragens e de materiais
elétricos e de construção a um custo de 87 reais, valor irrisório dado ao alto
desempenho que proporciona”, assinalou Fernando Garcia, que levou a ideia para
o projeto.
Mudas em formação |
“No momento, as mudas produzidas são para serem plantadas no projeto. Precisamos de um pasto melipônico. Devido às queimadas, não tem alimentação na mata. Estamos plantando o alimento das abelhas já que estamos repovoando o local com abelhas nativas”, acrescentou Johnny Santana.
Futuro Centro de Educação Ambiental |
Inicialmente,
serão semeadas e cultivadas espécies exóticas de alto interesse meliponícola
(das abelhas sem ferrão): aroeira pimenteira, calabura, moringa, ipê, melaleuca
alternatifolia, astrapeia, acácia mangiun e eucalipto arco íris. Com a
irrigação, não será necessária a presença de uma pessoa, duas vezes ao dia, para
molhar as plantas.
EXPANSÃO
Uma das nascentes recuperadas |
Pela
facilidade de instalação e baixo custo, o sistema de irrigação do viveiro será
replicado na horta orgânica do projeto, além da área de agro floresta em que
são cultivados alimentos em meio às espécies nativas que estão sendo plantadas
no local. A produção da agro floresta, por exemplo, já rendeu uma boa
quantidade de mandioca, batata doce, milho, entre outros alimentos doados a
famílias de baixa renda.
Muito dedicado ao projeto, tendo levantado praticamente sozinho as bases do Centro de Educação Ambiental, Johnny disse que “num futuro próximo, quando formos repovoar as matas de Marília com as abelhas nativas, iremos plantar essas mudas próximo às caixas que irão repovoar as matas”. Além disso, quando “estiverem no ponto de plantio, iremos distribuir para a população e projetos ambientais”, frisou.
Antes, área degradada por queimadas. |
No caso do viveiro de espécies nativas, a estrutura foi doada pela Prefeitura, o sombrite foi doado por uma empresa e a mão de obra ficou por conta dos coordenadores Fernando Garcia e Johnny Santana. Respectivamente jornalista e pintor, eles têm transformado uma área que se torna, a cada dia, modelo de preservação ambiental.
Horta orgânica do projeto |
“Esperamos poder cultivar mudas nativas para formarmos um pasto melipônico porque tem espécies de mudas que são de difícil acesso por conta do alto custo. Com o nosso viveiro, vamos cultivar nossas próprias mudas e assim nos tornamos sustentáveis e independentes. Está sendo gratificante ver a grandeza que o projeto vem se tornando. Em menos de um ano plantamos, aproximadamente, 8.000 mudas de árvores, construímos um Centro de Educação Ambiental e recuperamos 04 nascentes. A palavra é gratidão a todos que têm nos apoiado”, finalizou Johnny Santana.
Leia AQUI a reportagem sobre a criação de abelhas sem ferrão.
*Reportagem publicada na edição de 19/06/2022 do Jornal da Manhã
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