domingo, 14 de fevereiro de 2021

EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL, COMUNICAÇÃO E PESQUISA: ONG NASCE COM PROPOSTAS E REFLEXÕES SOBRE O PRESENTE E O FUTURO.

Por Célia Ribeiro

Há um pensamento popular segundo o qual “quando a intenção é nobre, o universo conspira a favor”. Parece ser o caso da nova ONG gestada em 2018, nascida em 2019 e que agora enfrenta os desafios da pandemia para tirar seus projetos do campo das ideias e dar os primeiros passos. A Associação Sustentabilidade Popular (ASP) reúne figuras conhecidas pela militância socioambiental e, após muito debate, concluiu um estatuto que serve de norte para quem pensa o futuro encarando as mazelas do presente e as experiências do passado.

Leme em expedição por rio na região

Um dos seus integrantes é Antônio Luiz Carvalho Leme. Formado em Gestão Ambiental com especialização em Educação Ambiental e Recursos Hídricos, além de Meio Ambiente e Sociedade, é servidor aposentado do IBGE (Instituto Brasileiro de geografia e Estatística), com décadas de luta em defesa do meio-ambiente.

Avesso a rótulos, ele disse ver “esse agrupamento como um novo coletivo de alguns militantes de longa data para novas investidas na área socioambiental com clara independência do poder público, mas aberto à parceria”. Conforme disse, o estatuto foi discutido por meses, deixando claro a finalidade, “para que e para quem as ações da ASP se voltariam. São vários eixos de trabalho tendo como principal o socioambiental, ou seja, trabalhar o meio ambiente sem considerar as pessoas é algo sem sentido”.

Recuperação de área de preservação permanente

Dos 15 pontos do estatuto, Leme destacou: “III – Atuação como ferramenta de transformação humana e social para preservação ecológica e manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; IV – Promoção da saúde ambiental e da segurança e soberania alimentar através da transição agroecológica no campo e na cidade, assim como defendendo uma ampla e profunda reforma agrária; V – Promoção de assistência e de apoio a programas, projetos ou planos de meio-ambiente com ênfase na ação junto à coletividade e respeito aos princípios éticos”.

INTEGRANTES

O ambientalista destacou que a Associação “não é um grupo somente de discussão e sim de ação apesar de que, logo após a criação veio a pandemia restringindo o trabalho apenas à ação virtual em eventos, comitês e conselhos, etc. Não é apenas um grupo de Facebook ou de WhatsApp tipo rede social apesar de termos uma página no Facebook e um grupo de trabalho no WhatsApp”. 

Imagem feita por drone mostra o avanço
 da cidade sobre a mata

Ele falou sobre os primeiros membros: “Iniciamos o grupo com companheiros de várias cidades: Luis Lisque (advogado), Gustavo Schorr (professor de história), Isabela Menon (gestora pública), José Augusto Leme (engenheiro agrônomo), Júlio Micheleti (gestor ambiental), Tiago Tischer (agroecólogo), Suzana Mas Rosa (médica veterinária) e Luiz Leme (gestor aAmbiental)”.

Leme observou que “são pessoas com formação na área, mas isso é apenas coincidência. Acima da formação, o critério sempre foi e será o compromisso com a questão socioambiental. Marília tem muitos companheiros militantes que não estão na ASP, sem formação acadêmica, mas com uma prática significativa com o meio-ambiente ao contrário de muitos acadêmicos formados pelas melhores universidades.”

Água, bem precioso, também para o lazer

Para fazer parte, “basta ter um projeto e/ou uma ação (práxis) socioambiental e querer dividir com os integrantes da ASP. Esse é o processo para o ingresso: ter claro que a intenção do grupo é o da ação, teórica ou não, mas caso seja teórica será uma teoria voltada para a práxis, para a ação consciente e não diletante. A ASP tem como objetivo também o lado teórico o que aliás, está reforçado em seu nome: Educação Socioambiental, Comunicação e Pesquisa”, pontuou.

AÇÕES PLANEJADAS

Leme observou que os integrantes da ASP militam em defesa de várias questões como a “agroecologia, recuperação de áreas degradadas, a questão das águas, dos agrotóxicos e transgênicos, a educação ambiental, palestras educativas na área entre outras. Pelo que conheço da história das companheiras e companheiros a lista é grande. Mas como ASP recém formada temos alinhavado alguns projetos pós quarentena”.

Cachoeira no Distrito
de Padre Nóbrega

Neste sentido, enumerou: ação de combate aos agrotóxicos e comprometimento da água potável na cidade de Marília; história ambiental do município como conscientização quanto às perdas ambientais registradas; projeto de análise dos recursos hídricos no entorno de Marília; rodas de conversa sobre plantas medicinais, educação ambiental, entre outros. 

No edição do dia 21 desta coluna, as ações da nova ONG serão detalhadas na segunda parte da reportagem, assim como abordados temas como o impacto do tratamento do esgoto em Marília, o futuro do turismo rural e a proteção de nascentes.

Crédito das fotos: Antônio Luiz Carvalho Leme

Acesse outras reportagens sobre o ambientalista: AQUI e AQUI

* Reportagem publicada na edição de 14.02.2021 do Jornal da Manhã



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