Por Célia Ribeiro
Considerado um dos anos mais desafiadores, 2021 chega ao fim registrando em seu balanço um superávit de esperança. Foram dias difíceis, mas que revelaram uma face bonita da vida com personagens dando lições de solidariedade que jamais serão esquecidas. Em 53 reportagens divulgadas no Jornal da Manhã e que podem ser lidas, na íntegra, neste blog, foram abordados temas como cuidado com a natureza e respeito ao meio ambiente, além de ações sociais que aliviaram o sofrimento de quem mais precisava. Confira as matérias que mais repercutiram, clicando nos hiper links em destaque:
JANEIRO
A reportagem com o arquiteto e
artista plástico, Miguel Sampaio de Souza e Silva, com sua “Arte Naif, trouxe
um pouco de leveza através de obras premiadas que estão espalhadas pelo mundo.
Até sua morte, em setembro, ele pintava uma tela por mês e, na reclusão da
pandemia, deixou aflorar ainda mais o seu talento. Uma grande perda para a
arquitetura e para as artes plásticas.
FEVEREIRO
No dia 14, uma reportagem mostrou a consolidação da Associação Sustentabilidade Popular, que reúne militantes da área socioambiental da cidade. Entre as linhas de atuação, estão a agroecologia, a recuperação de áreas degradadas, a questão das águas, dos agrotóxicos, dos transgênicos, a educação ambiental, entre outras.
Gustavo Shorr, Luiz Leme e Suzana Más Rosa |
MARÇO
A médica veterinária Tatiana deAssis Nogueira Medeiros, que cuida da saúde animal na propriedade dos pais, o “Sítio Horizonte Azul”, conhecido pelos queijos premiados, divulga nas redes sociais muitas ideias de aproveitamento de materiais, com desperdício zero. Ela cria desde objetos de decoração para casa até bijuterias com sementes, casca de árvores e materiais recicláveis.
Trabalho de Tatiana Medeiros |
ABRIL
Emoldurando momentos, através de arte personalizada, três irmãs fundaram o “Estúdio Janela para a Rua” que, mesmo na quarentena, esteve ativo pelas mãos da arquiteta Nathalia Servidone, da estilista Laiz Boschetti e da administradora de empresas Thaís Boschetti. Com uma proposta diferente que emociona por meio de peças de valor sentimental, o estúdio apoiou a produção de artesãos que, neste momento tão complicado da economia, tiveram uma renda garantida.
(Esq) Laíz, Nathalia e Thais |
MAIO
JUNHO
Com conteúdo muito interessante, o professor universitário aposentado José Augusto Guimarães mereceu duas reportagens em sequência: nos dias 06 e 13 de junho em que mostrou o reaproveitamento de cápsulas de café em um artesanato que inclui bijuterias e artigos de decoração com que presenteia familiares e amigos. Além disso, ele cultiva frutas, hortaliças e ervas aromáticas em casa, utilizando materiais inservíveis.
Brincos de cápsulas de café vazias |
Ainda em junho, no dia 20, a reportagem ficou por conta da iniciativa do Ateliê Patch & Pano que promoveu um bazar de artesanato em que as peças não eram vendidas, mas trocadas por alimentos não perecíveis. Como resultado, dezenas de famílias receberam alimentos em cestas montadas com os itens doados.
Verena Brandão no Ateliê Patch & Pano
JULHO
No dia 04, a reportagem destacou os dois anos da “Casa Matheus 25”, abrigo que recolhe moradores em situação de rua, dando-lhes dignidade com um teto, alimentação e suporte espiritual. A obra é mantida por duas entidades ligadas à igreja católica e tem o sonho de abrir uma segunda unidade para atender as mulheres.
Abrigado na Casa Matheus 25 |
Já no dia 18, a matéria mostrou como os produtores de orgânicos do Assentamento “Luiz Beltrame”, de Gália, estão sobrevivendo com a venda direta ao consumidor através da internet.
Sueli Andruccioli Félix |
Grafite de Igor Matano e suas filhas |
SETEMBRO
Conhecido pelos bazares do tipo “Feito à Mão”, o Espaço Pitanga se reinventou em 2021. Mudou de endereço e implantou um modelo colaborativo para artesãos exporem e comercializarem seus trabalhos. Ainda em setembro, no dia 05, a reportagem mostrou a criação das joias afetivas, confeccionadas com DNA humano, pela psicóloga Cláudia RamosConrado Scalco.
Boneca da coleção Clelia Stigliano |
OUTUBRO
A artista multifacetada MariluciaGuillen transita por várias áreas como a ilustração, pintura e bordado, após uma trajetória que incluiu muito estudo como história da arte, estamparia digital, ilustração têxtil, estamparia artesanal, encadernação e aquarela. Mas, é na técnica do “desenho-pintura” que ela impressiona por conta da técnica refinada em que o trabalho final mais parece uma pintura que um bordado.
“Pintura-bordado” da personagem do cinema
NOVEMBRO
Já no dia 14, a coluna mostrou o
casal de descendentes alemães, Ada e Ebraim Malaquias Junior, que criou um Jardim do Éden em
casa com o cultivo de centenas de espécies de flores e plantas, além de
verduras, legumes e ervas aromáticas em vasos.
Em dezembro, merecem destaque as
reportagens com a ONG “Amigos do Bar”, publicada no dia 24 e que mostra o
trabalho que os voluntários tem realizado há anos e que tem feito a diferença
desde o início da pandemia. Antes, no dia 19, foi abordada a luta do coletor de
recicláveis, Ademar Aparecido de Jesus, que tem parceria com a Secretaria do
Meio Ambiente para coleta seletiva nos ecopontos. Ele enfrenta a falta de
conscientização da população que descarta material orgânico onde só deveria ter
material reciclável.
Em reportagens que apresentaram personagens que atuam de maneira diferenciada, seja na área ambiental, artística ou social, esta coluna se despede de 2021 desejando mostrar reportagens mais positivas no ano que se inicia. Feliz 2022 a todos!
* Retrospectiva publicada no Jornal da Manhã, Edição de 31.12.2021