Quando a ONG Projeto Semear inaugurou a sede própria, em fevereiro deste ano, Sandra Mara Luiz Ribeiro voltou a ter sua residência apenas para a família. Afinal, desde 2011, ela recebia as crianças do Jardim Cavalari e adjacências, aos domingos de manhã, oferecendo-lhes lanche e recreação. No entanto, preocupada com a quarentena, ela começou a produzir pães e doar às famílias mais necessitadas e a casa voltou a sediar um trabalho social.
Entrega de pães com todo cuidado por causa da pandemia |
Sandra e os pães solidários |
Para entender a generosidade de Sandra Ribeiro, é preciso lembrar o início do Projeto Semear. Ela pediu doações de livros no trabalho e a ajuda veio na forma de vários interessados em ampliar o projeto social que ela começou despretensiosamente. Com o tempo, a ONG foi se estruturando e hoje conta com 200 voluntários, conforme registrado na reportagem de domingo passado. E Sandra se tornou funcionária da instituição.
Voltando ao pão: ao contar sua ideia, de pronto Sandra recebeu o apoio dos familiares. “A gente fez escala copiando o que a ONG faz com os voluntários. Por exemplo, meu pai cuida do forno para não queimar os pães”, disse gargalhando. Enquanto uma irmã cuida da massa, outra se ocupa da limpeza e até uma sobrinha vai levar pães para quem não consegue buscar.
Com isso, a residência que abrigou o Projeto Semear, localizada à Rua Mario de Albuquerque Lima, 54, no Jardim Universitário, voltou a registrar movimento. De um lado, chegam doações de matéria prima (leite, ovos, trigo e fermento), geralmente de voluntários da ONG e de outro, pessoas da comunidade, previamente cadastradas, vão retirar os pães.
INICIATIVA
Em pé: Sandra, Mary Rose e Ana Cláudia. Sentadas, Ana Paula e Vanessa |
Sr. Osmar cuida do forno |
“Tem os que vêm buscar. Mas, a gente também doa pães para uma pessoa que conhece as famílias mais necessitadas da favela e ela distribui lá”, explicou. Conforme disse, assim que os pães ficam prontos, são enviadas mensagens no grupo de mães da ONG e rapidamente tudo é entregue.
Sandra comentou que ficou “angustiada na quarentena pensando que as crianças não tinham mais lanche. Por isso, decidi fazer alguma coisa para ajudar”. Agora, a família toda está envolvida: “Tem serviço para todo mundo e até meus filhos e sobrinhos ajudam. Acho importante ocupar o tempo”, frisou.
Atividade da ONG no quintal de Sandra antes da sede ficar pronta |
Reportagem publicada na edição de 24.05.2020 do Jornal da Manhã
Leia sobre o início da ONG acessando AQUI
Trabalho maravilhoso que essas mulheres lindas fazem,grande exemplo de amor ao próximo!Obrigada por td Sandra(Tita)e toda família envolvida!❤��
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