A paixão pelos esportes radicais e a preocupação com a preservação do meio-ambiente aproximaram um grupo heterogêneo que se dedica a explorar as belezas no entorno de Marília, em paredões de até 60 metros de altura. São os adeptos da escalada em rochas que têm no instrutor Bruno Magalhães Fortes uma das principais lideranças, desde a década de 90.
Escalar exige concentração (Foto Ivan Evangelista Jr.) |
Tudo começou no início dos anos 90: “Éramos estudantes universitários de Marília, Brasília e Tatuí. A gente se conheceu na faculdade por causa do rapel (descida de paredão na vertical com auxílio de cordas) que eu já praticava desde os 16 anos. Tinha um membro mais experiente que praticava escalada esportiva, que é a escalada direto na rocha, e nos convidou”, recordou Bruno.
Os estudantes resolveram aproveitar o antigo paredão do Polysport, como era conhecida a parede de concreto que restou da demolição do Viaduto da Rua das Roseiras, na Avenida Esmeralda. Eles instalaram 2.000 agarras e começaram a praticar a escalada, assim como abriram nova frente no Viaduto da Rua Bahia, onde até hoje utilizam como um projeto social aberto a todos que se interessam em experimentar o esporte com acompanhamento de instrutores e uso de equipamentos de segurança.
Grupo explora rocha na Serra de Avencas (Foto Ivan Evangelista Jr.) |
EXPLORAÇÃO
Bruno (sem camisa) Foto Ivan Evangelista Jr |
Ele explicou que os escaladores instalam chapeletas nas rochas com grampos de expansão. Os adeptos do esporte sobem, aos poucos, ao encaixarem seus equipamentos nas argolas de sustentação. É preciso ter preparo físico e, principalmente, preparo mental, destacou Bruno. Em Marília, existem vários pontos aptos para o esporte, isto é, com as chapeletas instaladas pelos exploradores experientes que desceram os paredões com rapel preparando a infraestrutura.
Bruno fez questão de destacar o cuidado que os praticantes do esporte têm com o meio-ambiente: não fazem fogueira, não deixam lixo, não degradam e respeitam o habitat de pássaros e animais. “Se a gente estiver subindo um paredão e encontrar um ninho, imediatamente paramos e interditamos a via. A prioridade é do pássaro que está em sua casa”, frisou.
Imagem feita por drone por Ivan Evangelista Jr na Serra de Avencas |
TREINAMENTO
Bruno explicou que o Centro de Treinamento Indoor foi criado para que qualquer pessoa possa praticar o esporte com segurança. Há várias crianças, como sua filha de cinco anos que, conforme disse, “no ano que vem vou levar pra rocha porque ela está bem fortinha e treina desde pequenininha”. Somente após três ou quatro meses, as pessoas podem tentar fazer a primeira escalada em rocha, sempre com os equipamentos de segurança necessários.
Centro de Treinamento Indoor: até crianças podem escalar |
Bruno e a filha que já iniciou no esporte |
Grupo se prepara para escalada |
No Facebook, acesse: https://www.facebook.com/gruporochaescalada/ Para outras informações, o contato do Bruno é (14) 9.96006035. O Centro de Treinamento Indoor fica no Jardim Portal do Sol, à Rua Antônio Galina, 70, em Marília.
*Reportagem publicada na edição de 20.10.2019 do Jornal da Manhã
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