Por Célia Ribeiro
Na semana
passada, a divulgação de um estudo realizado com 315.000 norte-americanos,
sobre o impacto da ginástica ao longo dos anos, trouxe uma conclusão animadora:
homens e mulheres que começam a se exercitar entre os 40 e 61 anos apresentaram
queda no risco de morte por doenças cardiovasculares (43%) e por tumores
malignos (16%). Publicada pela revista JAMA Network Open e pela Veja, no Brasil,
a pesquisa mostra que os bons resultados para a saúde dos adultos são bem
parecidos com os ganhos de quem pratica atividade física regular desde os 15
anos de idade.
Edson Kanazaki: melhora no condicionamento |
Ciências à
parte, o que muitas pessoas procuram é qualidade de vida e melhoria da saúde,
como um todo. Por isso, centros de treinamento, academias de ginástica e de
artes marciais, estúdios de Pilates etc, registram o aumento da clientela mais
madura que está preocupada em melhorar seu condicionamento físico.
Segundo o profissional
de Educação Física Bruno Ravanelli, pós-graduado em Treinamento Funcional e
Personalizado, “a procura aumentou bastante. Pessoas que trabalham muito tempo
sentadas ou em pé e pessoas que viajam muito aparecem reclamando de dores”. Ele
assinalou que “a justificativa do sedentarismo é a falta de tempo. Mas, se as
pessoas dedicarem um pouquinho do seu tempo para a atividade física já notarão
uma melhoria no dia a dia”.
Aulão de sábado: pessoal animado |
Advogada Larissa durante treino |
No Studio de
Treinamento e Reabilitação, localizado no Jardim Maria Izabel, vários casais
agendam o mesmo horário para malharem juntos. De segunda a sábado, grupos de no
máximo 04 pessoas por horário, de idades variadas, fazem o treinamento
funcional com acompanhamento. De acordo com Bruno Ravanelli, de pessoas
encaminhadas por indicação médica para fortalecimento muscular, visando evitar
uma cirurgia ortopédica, passando pelos jovens em busca da definição do físico,
até pessoas com mais de 50 anos, os alunos querem entrar em forma para terem
mais qualidade de vida.
O profissional
de Educação Física destacou que “o melhor remédio é a atividade física
acompanhada por um bom profissional fazendo as coisas certas, com tempo, não
pulando etapas. Cada aluno tem seu biótipo e seu condicionamento que devem ser
respeitados”. Conforme disse, “antigamente, o pessoal achava que uma hora de
academia, de esteira, já ia melhorar. Realmente, melhora. Mas, não é só isso.
Hoje, se investe mais, por exemplo, no treinamento funcional em que os alunos
vão aprender a se movimentar, a fazerem o corpo se mover de acordo com a necessidade
deles”.
Treino com apoio |
Bruno
Ravanelli explicou que “o treinamento funcional é isso: o que vai funcionar
para o seu dia-a-dia. Se tem elevador, muda o hábito e começa a usar a escada.
Se tem meia hora, faz uma caminhada no quarteirão. Se tem escada em casa, vai
subir e descer alguns lances”. Ele comentou que, “em férias, viajando ou em
casa, o aluno pode pular corda, fazer agachamento e abdominal porque se ficar
duas semanas sem exercícios o corpo já sente a diferença”.
Ele acrescentou que
“a prática é como a alimentação, se está acostumado a comer coisas erradas,
quando começa a regrar a alimentação, começa a dar resultado”.Ele
assinalou que “hoje não tem mais idade para ter um infarto. Se a gente não se
cuidar, já viu. É importante fazer atividade física e ter uma boa alimentação.
É claro que todo mundo quer um churrasco, uma cervejinha, mas tudo com
moderação. Fazendo atividade física a gente vai ter uma melhora na qualidade de
vida. Tenho um aluno que antes nem conseguia dar uma volta com o cachorro”.
TREINO PARA CASAR
Aos 28 anos
e aluna do profissional há seis anos, a advogada Larissa Montouro Ribeiro de
Oliveira, pediu a Ravanelli um treino especial como preparação para o casamento.
Ele elaborou um programa que a aluna seguiu à risca subindo ao altar com o
físico que desejou. “Eu procurei treinar para melhoria da qualidade de vida, em
primeiro lugar, e depois pela estética”, afirmou.
Larissa antes e depois do treinamento focado para o casamento |
Segundo a
advogada, que trabalha a maior parte do tempo sentada no escritório, “o
treinamento me ajudou muito na postura”. Casada há seis meses, agora ela
solicitou um programa especial “visando uma futura gravidez”.
São usados vários recursos nas atividades |
Por sua vez,
o auxiliar administrativo Edson Massami Kanazaki, 36 anos, contou que “levava
uma vida muito sedentária, sem disposição para praticamente nada, com postura
incorreta, engordando e quando se chega numa certa idade ou faz alguma coisa ou
vai piorar cada vez mais. Foi quando decidi fazer uma atividade física”.
Edson
assinalou que optou pelo treinamento funcional porque “em uma academia comum
não tem um instrutor que fique lado a lado sempre, a menos que pague um
personal, que é muito caro. Daí decidi treinar dessa forma”. Treinando desde o
fim de 2018, contou ter notado a diferença: “Mudou a postura. Eu estava
corcunda e quando olhava no espelho via que precisava corrigir a coluna. Já
afinei um pouco, defini pernas e braços. E a disposição para trabalhar ficou
muito melhor porque trabalho muito tempo sentado”.
Melhoria estética é consequência |
Bruno
Ravanelli explicou que além dos alunos a partir dos 15 anos, com aulas de
segunda a sexta, das 7 às 21h e treinão geral aos sábados pela manhã, o Studio
de Treinamento e Reabilitação atua com atletas de alto rendimento.
Ele citou a mesatenista da Seleção Brasileira, Lívia Gomes que está indo embora do Brasil para realizar Mestrado em Toronto, no Canadá. E a equipe de Futsal AD.Vaz que vai disputar o Campeonato Paulista deste ano. Há vários atletas em acompanhamento com treinos elaborados de maneira personalizada.
Ele citou a mesatenista da Seleção Brasileira, Lívia Gomes que está indo embora do Brasil para realizar Mestrado em Toronto, no Canadá. E a equipe de Futsal AD.Vaz que vai disputar o Campeonato Paulista deste ano. Há vários atletas em acompanhamento com treinos elaborados de maneira personalizada.
MÉDICA NUTRÓLOGA
Segundo a
médica nutróloga Dra. Marília Pollon Pelissari, “a atividade física regular é
muito bom em qualquer idade. Para quem está com mais de 40 anos e iniciando a
atividade física, ela deve ser gradativa e, de preferência, fazer o que gosta:
caminhada, natação, dança, hidroginástica”.
Dra. Marilia Pollon |
*Reportagem publicada na edição de 07.04.2019 do Jornal da Manhã
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