sábado, 21 de abril de 2018

LIXO: MARILIA PARTICIPA DE CONSÓRCIO PARA DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Por Célia Ribeiro

Apostando na união de esforços de quem compartilha os mesmos problemas, o Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista foi criado para buscar soluções a um dos mais graves problemas dos municípios: a correta destinação do lixo. Segundo Daniel Alonso, prefeito de Marília e vice-presidente da entidade, em até dois anos deverá ser implantado um projeto que represente menos agressão ao meio ambiente e mais economia para os cofres públicos das cidades envolvidas.
Alonso e Daniel Bugalho (presidente do Consórcio e prefeito de Presidente Prudente)
no lançamento do Consórcio em março de 2018
Durante entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o prefeito explicou que o Consórcio conta, ainda, com os municípios de Presidente Prudente, Paraguaçu Paulista, Rancharia, Presidente Bernardes e Caiabu. Ressalvou, no entanto, que o orçamento de mais de R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 1.486.988,16 são da quota de Marília para o exercício de 2018, “trata-se apenas de uma previsão orçamentária. Não significa que gastaremos esse dinheiro”.

Atualmente, Marília paga R$ 700 mil mensais para o transbordo (transporte das quase 200 toneladas de lixo até os aterros de Quatá e Rancharia). Caso tivesse que solucionar sozinha o problema da destinação dos resíduos sólidos, a cidade necessitaria de um pesado investimento para se enquadrar nas rigorosas normas dos órgãos ambientais.
Transbordo do lixo custa 700 mil reais por mês (Foto Mauro Abreu)
“Não sabemos se teremos um ou dois baricentros. Os estudos do Consórcio mostrarão as alternativas”, frisou Daniel Alonso. Conforme disse, inicialmente, os seis municípios se cotizarão para adquirirem a área para um aterro coletivo: “Os estudos preliminares nos dão conta de que essa relação custo/distância/volume, trabalhando com grande volume, fica mais barato transportar o lixo do que ter um aterro apenas para o lixo da cidade”.

O prefeito informou que os planos para o lixo passam pela construção, em Marília, de uma usina para triagem em que seriam aproveitados os catadores de recicláveis, a queima de materiais não recicláveis para geração de energia (em 2017 foi feito chamamento público para empresas interessadas no projeto) e no transporte dos resíduos orgânicos restantes para o aterro do consórcio.

Daniel Alonso destacou que nada está definido porque somente os estudos técnicos darão um panorama das alternativas aos municípios que, necessariamente, deverão obter as autorizações junto aos órgãos ambientais, como a CETESB. Finalizando, o prefeito afirmou que o município não colocará dinheiro próprio devendo obter ajuda junto aos governos estadual e federal, além de firmar parceria com a iniciativa privada.

Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o próximo passo para as prefeituras que já aderiram ao consórcio é a elaboração do termo de referência. Com informações técnicas detalhando a situação de cada município, o documento vai subsidiar a elaboração dos projetos que buscam a solução final para os resíduos domésticos, da construção civil, da saúde, além dos chamados grandes volumes (sofás, geladeiras, etc.) e os resíduos gerados pela poda de árvores.

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