Durante dois anos e meio, um grupo seleto de alunos, com faixa etária, origem e níveis de escolaridade distintos, pacientemente se prepara para conquistar o emprego dos sonhos. Enquanto o relógio avança rumo a 2.014, data limite para que os municípios implementem a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sob pena de ficarem órfãos dos recursos federais, os estudantes do Curso Técnico de Meio Ambiente do SENAC sabem que serão disputados pelo mercado, tanto no setor público como na iniciativa privada.
Grupo em estudo de campo na Bacia do Barbosa |
Prof. Armando, coordenador do curso |
Armando Castello Branco Jr. fez questão de esclarecer alguns equívocos de percepção sobre o profissional da área: “Muita gente pensa que educação ambiental é fazer cortininha com caixinha de leite. Não desmerecendo, isso é artesanato. Educação ambiental é mostrar os direitos e deveres de uma população em termos do nosso dia-a-dia, seja meio-ambiente do trabalho, da escola, de casa, da rua, da área de lazer”, pontuou.
Aulas práticas atraem os alunos |
Os estudantes do Curso Técnico de Meio-Ambiente têm muitas aulas práticas e visitas de campo. O objetivo é aliar a teoria às exigências do cotidiano e prepara-los para elaborarem planos exequíveis. Como eles vêm de várias cidades (além de Marília, Campos Novos, Echaporã e Garça, por exemplo), a troca de informações e experiências é sempre muito rica.
De acordo com o coordenador, os futuros técnicos “aprendem a trabalhar com a mobilização social, com líderes de bairro, entendem o que é parceria. Eles são obrigados a elaborar e desenvolver os projetos e, o que a maioria dos projetos governamentais peca, eles aprendem a avaliar se os objetivos foram atendidos, finalizando um relatório com a prestação de contas focada na realidade”.
DIVERSIDADE
Após se formarem, os técnicos de meio-ambiente terão à disposição várias opções dentro de um mercado em expansão: poderão ser dedicar à Educação Ambiental ou partir para o Licenciamento Ambiental, seja desenvolvendo estudos de impacto ambiental de projetos com potencial poluidor ou degradador na iniciativa privada ou até mesmo como consultores de empresas. Ou, ainda, como funcionários contratados pelo poder público, atuando na avaliação dos projetos apresentados. Grandes empresas, como a Petrobrás, abrem concursos com frequência com muitas vagas e altos salários para esses técnicos.
Estação de Tratamento de Água do Sistema Cascata |
Orgulhoso do nível dos profissionais que o SENAC colocará no mercado, o coordenador assinalou que esses técnicos estarão aptos para atender as demandas das empresas modernas que contam ou pretendem contar com um Sistema de Gestão Integrada (Ambiental, Qualidade, Responsabilidade Social, Saúde e Segurança do Trabalho).
Jardins bem cuidados do Senac: inspiração |
Ao fim da entrevista, cruzando o jardim bem cuidado da unidade, lançou um olhar para o alto como se dissesse baixinho: “O céu é o limite para esta turma”.
DIFERENTES TRIBOS
Aos 41 anos, o consultor de vendas Sandro Aparecido Medeiros, trabalha numa metalúrgica em Marília, mas sempre se interessou pela questão ambiental. Tão empolgado com o curso, na última quinta-feira ele revelava os planos de continuar estudando. Entre as informações que mais o impressionaram durante o curso, estão os problemas mundiais: a iminente escassez de água no planeta e a dificuldade de produzir alimento para acompanhar o crescimento populacional.
À esquerda, o Prof. Armando e parte dos alunos da primeira turma que se formará em agosto |
Veralice Furlan disse que se surpreendeu com o conteúdo do curso que reforçou sua ideia da importância da educação ambiental. O trabalhador da construção civil Alessandro da Silva, 33 anos, residente em Campos Novos está de mudança para Marília cheio de expectativas para o futuro após o término das aulas. Da mesma forma, a agente de Controle de Endemias, Ângela de Oliveira, 30 anos, depois de concluir um curso de Tecnologia de Alimentos se interessou pela questão do tratamento de efluentes, o que a motivou a se matricular no curso.
Em comum, os alunos têm a vontade de colocar em prática o que aprenderam e contribuírem para um mundo melhor.
* Devido ao feriado de Tiradentes, essa reportagem foi publicada, excepcionalmente, na edição de 24.04.2012 do Correio Mariliense
Bom Dia!
ResponderExcluirApós 5 meses desta matéria realizada por Célia Ribeiro hoje somos formados em Técnico em Meio Ambiente prontos para novos desafios junto ao mercado de trabalho ou até trabalhar por conta própria como Consultor Ambiental.
E continuar sempre na busca, estudando, buscando o conhecimento, se aperfeiçoando cada vez buscando um lugar ao sol neste mercado competitivo.
Abraços.
Sandro Ap. Medeiros
Sandro, parabéns a vc e toda turma!
ExcluirQue você tenha muito sucesso na sua profissão e na caminhada que se inicia.
O planeta precisa de pessoas como vc.
Grande abraço! Felicidades!!!
Olá! Estou muito interessada por esse curso, então gostaria de saber se o curso técnico em meio ambiente daí (SP) é o mesmo que aqui (RS). Por exemplo, se terá visitas de campo, se o curso for no turno da noite poderá diminuir a quantidade de visitas de campo e se são feitos trabalhos no laboratório, com noções básicas de química ambiental.
ResponderExcluirDesde já fico muito agradecida.
Júlia
Boa tarde, Júlia!
ExcluirMuito bom ler seu comentário aqui.
Olha, essas informações vc poderá obter diretamente na unidade de Marília do SENAC. O telefone é (14) 33117700.
Um abraço e apareça sempre!
Obrigada pela ajuda e pelo carinho, Celinha!!
ExcluirParabéns pelo seu blog, é sempre bom encontrar dicas e atitudes que ajudam o meio ambiente.
Outro abraço!
Júlia
Olá, Julia! É uma tremenda responsabilidade escrever para leitores conscientes, como vc. Seja sempre muito vem-vinda aqui! Eu que agradeço! Um abraço
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