segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

SEM SOTAQUE, FISK ESTIMULA A SOLIDARIEDADE E A SUSTENTABILIDADE ENTRE SEUS ALUNOS

Por Célia Ribeiro

As linhas arrojadas do prédio envidraçado, num dos cruzamentos mais movimentados da Rua Nelson Spielmann, em Marília/SP, guardam muitas surpresas para o visitante desavisado. Concebido a partir dos conceitos de sustentabilidade, o prédio da escola de idiomas FISK já tem 10 anos, mas parece que foi levantado ontem. Visionários, os proprietários se preocuparam em aproveitar o máximo a luz natural e em construir uma praça e jardins de inverno, com cobertura transparente, por onde o ar circula livremente.

Muito verde e uz natural
A preocupação em economizar energia elétrica, realizar a coleta seletiva de lixo e manter um pedacinho da natureza em todos os ambientes da escola é apenas uma pequena parte de um conceito global: os cerca de dois mil alunos que frequentam os cursos, em cada semestre, trabalham a questão da sustentabilidade e da solidariedade no dia-a-dia.
Segundo a diretora e sócia-proprietária, Sílvia Sampaio, “os alunos participam ativamente de todos os projetos sociais e ambientais. Desde a coleta de roupas e objetos para doação, até a campanha do óleo usado, eles se engajam de verdade e os resultados são melhores a cada ano”.
Óleo usado vira sabão
Para se ter uma ideia, a última coleta rendeu 1.000 litros de óleo que poderiam ter sido descartados no esgoto: “Nossos alunos participaram com muita vontade. Usamos parte do óleo para a oficina de sabão das senhoras da terceira idade e o restante vendemos para a produção de biodiesel”, explicou.
E o óleo continuou rendendo: “Com o dinheiro da venda do excedente, compramos essência, soda cáustica, aventais, luvas e outros produtos para que o grupo da oficina de sabão tivesse matéria prima para continuar produzindo por um bom tempo”. Esse trabalho de geração de renda foi conduzido pela professora universitária Estela Monteiro e divulgado pelo “Correio Mariliense”, na edição de 07 de novembro do ano passado.

Sílvia Sampaio, diretora
Cidadania

Apesar da grande área aberta, impressiona a limpeza da escola. “Trabalhamos a campanha jogue o lixo no lixo, ensinando que país desenvolvido é país limpo. Então, nossos alunos não jogam nem um pedacinho de papel de bala no chão. Se estiverem longe de um dos cestos de coleta seletiva eles guardam o papelzinho no bolso e depois jogam no lugar correto”, observou.
A preocupação ambiental aliada à solidariedade tem sido uma das marcas da escola: “Na Chácara Fisk onde fazemos atividades com as turmas, cada aluno recebe um copo de acrílico com seu nome. Num dia de muito calor, por exemplo, cada aluno gastaria de 10 a 15 copos descartáveis para tomar água ou refrigerante. Com essa ação, economizamos o plástico e garantimos mais higiene porque cada um tem seu copo”, contou a diretora.

Coleta seletiva em vários ambientes
Ela assinalou que os alunos também são estimulados a doarem o que não usam mais: “Muitas coisas que ficam tomando espaço em nossas casas podem fazer a alegria de quem não tem quase nada. Então, fazemos campanhas para que reciclem e reutilizem, doando roupas, calçados, brinquedos e outros objetos”.
Da mesma forma, a escola promove campanhas para arrecadação de livros que são doados à Unesp e ao Rotary para formação de bibliotecas na periferia: “As ações contam com o apoio de todos: alunos, professores, funcionários e pais”, ressaltou Sílvia Sampaio, acrescentando que a cada novo evento a equipe sente-se ainda mais fortalecida e estimulada.

Projeto Social

Além dos trabalhos ligados aos alunos, a FISK de Marília apoia o projeto social “Centro de Formação de Atletas Lusa Fisk”. O diretor Ildemar Sampaio acompanha de perto a escolinha de futebol voltada a menores carentes da periferia.
Os meninos recebem bolsas de estudo de inglês e espanhol, uniforme e total apoio para treinarem. Como resultado, desde 2004 eles já conquistaram 08 campeonatos como a “Copa Mercosul” realizada em Curitiba. Se depender de torcida, esses craquinhos vão longe!
Para saber mais: http://www.fiskmarilia.com.br/

* Reportagem publicada na edição de 13.02.2011, do "Correio Mariliense"

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