Por Célia Ribeiro
Há 10 mil anos, o escambo surgiu na pré-história quando não havia sistema monetário. Basicamente, é a troca de produtos ou serviços entre as partes de modo que todos saem ganhando. Em breve, um evento em Marília reunirá peças de artesanato que poderão ser adquiridas em troca de arroz, feijão, óleo e outros gêneros alimentícios que serão doados às famílias necessitadas.
Adriana Coimbra no "Patch & Pano"
A ideia partiu da
educadora aposentada Célia Carmanhani Branco. Aluna do Ateliê Patch & Pano,
ela propôs à professora Adriana Coimbra, dirigente do espaço, promover um bazar
diferente: as alunas doariam peças como bolsas, necessaires, estojos, bonecas
de pano, jogos americanos, panos de prato etc, e os consumidores pagariam com
alimentos. Não haveria dinheiro em circulação.
Celia Carmanhanni Branco e seus aromarizadores
Segundo a educadora,
na Sociedade Espírita Vicente de Paula, antes da pandemia, os
frequentadores doavam alimentos ao Centro que assiste várias famílias em
situação de vulnerabilidade social. Com as atividades presenciais suspensas, a
instituição está com dificuldade para montar as cestas básicas e, através do
bazar, Célia Branco viu uma oportunidade para a comunidade contribuir e ainda
levar para casa lindas peças.
Há lindas peças na lojinha do ateliê
"Este é um
momento de nos voltarmos ao próximo" afirmou a educadora que destacou a
acolhida do ateliê. "A Adriana topou na hora e várias alunas também.
Agora, vamos falar com outras que fazem lindos trabalhos para termos uma boa
quantidade para o bazar". Ela assinalou que há um bom espaço na frente do
ateliê (Rua dos Bancários, 255) em que serão colocadas as mesas com os produtos
para a troca, com todos os cuidados devido à pandemia.
Aluna Margareth apoiou a ideia
Célia afirmou que "tem muita gente querendo praticar a caridade e não sabe como e não tem oportunidade". Dessa forma, prosseguiu, quem quiser colaborar pode entrar em contato com a Adriana Coimbra (celular 14 99635-6921) e se juntar à iniciativa. Quanto mais produtos a serem trocados por alimentos, melhor.
Adriana finaliza trabalho no ateliê
Além de participar
do ateliê, Celia Branco se dedica à produção artesanal de aromatizadores,
como já divulgado nesta página. E está preparando uma grande quantidade de
produtos (álcool em gel, cremes de mão, aromatizadores, água de lençóis etc) da
linha outono-inverno, com toque amadeirado, para doar ao bazar.
Boneca confeccionada por aluna
À frente do Patch
& Pano, Adriana Coimbra, além de professora de patchwork, é uma grande
incentivadora do artesanato. Ela falou com entusiasmo sobre a proposta da
aluna, a quem chama carinhosamente de “Tia Célia”, afirmando que a ideia
conquistou as artesãs com quem conversou. Por isso, previsto para ocorrer nas
próximas semanas, o evento deverá contar com um grande volume de peças
confeccionadas com fino acabamento.
Os trabalhos têm acabamento primoroso
Em entrevista à
coluna, a aluna Margareth Cenachi comentou que a ideia é original porque
não envolverá dinheiro: "Trocar as peças por alimentos vai ajudar quem
mais precisa". Além disso, ela observou que muitas pessoas poderão
conhecer o ateliê e escola de artesanato e trocar experiências sobre os
trabalhos.
Linha de aromatizadores e cremes de Celia Carmanhani
Informações sobre a
organização dessa ação social poderão ser obtidas no Ateliê Patch & Pano, à
Rua dos Bancários, 255 ou pelo WhatsApp (14) 99635-6921.
Leia sobre Celia Carmanhani Branco acessando AQUI e sobre o "Patch & Pano", acessando AQUI e AQUI
* Reportagem publicada na edição de 25.04.2021 do Jornal da Manhã