O meio-ambiente pede socorro: assim, a arquiteta Mary Motta explicou o crescimento da demanda por soluções ecológicas na construção civil. Se antes era muito mais caro optar por materiais sustentáveis, hoje a diferença é pequena e há muitas empresas investindo em pesquisas de olho no novo nicho de mercado. Um exemplo é o sistema construtivo steel frame que gera apenas um por cento de resíduo, contra os 30 por cento das construções convencionais, e ainda permite concluir a obra em poucos meses.
A construção começa com os painéis de aço |
Uma casa de alvenaria com 300 metros quadrados leva, em média, dois anos para ser concluída. Mas, se for pelo steel frame, a obra estará pronta em apenas quatro meses, ilustrou a arquiteta que tem utilizado a tecnologia nos seus projetos de Marília e Tupã. Ela explicou que o sistema é conhecido desde a Segunda Guerra quando os países desenvolvidos precisaram reconstruir as cidades devastadas.
“Essa tecnologia não é tão nova em algumas cidades do Brasil, como Belo Horizonte e no Paraná”, informou Mary Motta, que participou de um curso de uma semana em Maringá para aprender a técnica. Ela acrescentou que existem muitos fornecedores do steel frame sendo que o mais próximo está localizado em Bauru, a 100 quilômetros de Marília.
A TÉCNICA
O sistema de steel frame é composto por painéis de aço contra ventados, com furos na lateral por onde passam as mangueiras das instalações hidráulica e elétrica. “No lado de fora temos placas de OSB de madeira de reflorestamento com tratamento antifungo, anticupim e antiumidade, uma película que imita a nossa pele, ou seja, deixa a casa respirar de dentro pra fora e uma argamassa especial”, explicou a arquiteta.
Arquiteta Mary Motta |
Obra de Mary em Marília: rápida evolução |
Com relação ao preço, Mary Motta disse que “eles se equiparam. Na construção em alvenaria, o cliente pode diluir o custo em 24 meses. Já no steel frame fica pronto em quatro meses, mas se ele financiar é só alegria”. Ou seja, estará com a obra finalizada em tempo muito reduzido podendo usufruir da construção. Com relação a reformas futuras, a arquiteta informou que o projeto é entregue com um manual onde estão localizados os parafusos, simplificando muito o processo de retirada e recolocação das placas.
No teste, telha ecológica não deixa passar o calor |
MATERIAIS ECOLÓGICOS
Telha de Tetra Pak |
Outro material que tem tido boa procura são os pisos drenantes: “Esse é um grande problema que a gente tem de impermeabilização do solo. As pessoas constroem, cimentam, colocam piso e não querem terra porque faz sujeira”, comentou. Por isso, os pisos drenantes (placas de concreto) que funcionam como um filtro em que a água passa por eles até chegar ao solo são uma ótima solução.
Maquete da casa que Mary está iniciando em Tupã |
Para entrar em contato com a arquiteta, o e-mail é: arquitetamarymotta@gmail.com e o WhatsApp: (14) 997610776
*Reportagem publicada na edição de 27.10.2019 do Jornal da Manhã
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