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Mostrando postagens de abril, 2018

DONA SENHORINHA AFASTA A SOLIDÃO ESPALHANDO CORES PELA CASA.

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Por Célia Ribeiro Na rua principal do Distrito de Padre Nóbrega, uma casa muito simples chama a atenção de quem por ali passa pela primeira vez. Protegida por árvores centenárias, a construção do início do século passado exibe, qual uma galeria a céu aberto, a arte de dona Senhorinha. Ninguém paga nada para admirar as paisagens coloridas pintadas em pedaços de madeira, cascas de árvores e telas reutilizadas encontradas no lixo. Exposição ao ar livre: telas coloridas na fachada da casa simples Aos 60 anos, Maria Senhorinha Alves Feitosa Gavioli carrega uma profunda melancolia. Seu olhar distante e a fala monossilábica, entrecortada pelas lembranças do passado, dizem muito. “Foi por solidão”, revelou diante da pergunta sobre o começo de sua jornada. Casada com um servidor público municipal que trabalha na limpeza urbana e mãe de um único filho, “que gosta mesmo é de montar em boi”, ela utiliza os pincéis para colorir seu entorno como se convidasse a alegria para dentro. ...

AGRO ECOLOGIA: QUALIDADE E PREÇO ATRAÍRAM CONSUMIDOR À FEIRA

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Por Célia Ribeiro Ao cair da tarde, os raios dourados do pôr do sol disputavam atenção com a roda de capoeira e as manifestações culturais na 1ª Feira de Luta Contra os Agrotóxicos, sábado passado, na área pública em frente à EMEFEI Chico Xavier (zona oeste de Marília). Agrofloresteiros vindos de três assentamentos de Gália e Promissão levaram frutas, verduras e legumes orgânicos para venda direta ao consumidor. Feira ao entardecer: público aprovou a iniciativa “Existe um consenso formado pelos meios de comunicação, pela grande imprensa, pelas universidades e escolas técnicas, de que não é possível produzir sem veneno”, afirmou o militante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) Ângelo Diogo Mazin, do assentamento “Luiz Beltrame”, da cidade de Gália. Para ele, a feira de orgânicos contribuiu para divulgar junto à população “que dá para produzir alimento sem veneno”. Vista geral da feira: orgânicos, música e arte Bem organizada, a feira encerrou a programação i...

LIXO: MARILIA PARTICIPA DE CONSÓRCIO PARA DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Por Célia Ribeiro Apostando na união de esforços de quem compartilha os mesmos problemas, o Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista foi criado para buscar soluções a um dos mais graves problemas dos municípios: a correta destinação do lixo. Segundo Daniel Alonso, prefeito de Marília e vice-presidente da entidade, em até dois anos deverá ser implantado um projeto que represente menos agressão ao meio ambiente e mais economia para os cofres públicos das cidades envolvidas. Alonso e Daniel Bugalho (presidente do Consórcio e prefeito de Presidente Prudente) no lançamento do Consórcio em março de 2018 Durante entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o prefeito explicou que o Consórcio conta, ainda, com os municípios de Presidente Prudente, Paraguaçu Paulista, Rancharia, Presidente Bernardes e Caiabu. Ressalvou, no entanto, que o orçamento de mais de R$ 3,5 milhões, dos quais R$ 1.486.988,16 são da quota de Marília para o exercício de 2018, “trata-se apenas de u...

AGROTÓXICOS: COMITÊ LANÇA LUZ SOBRE RISCOS À SAÚDE E MEIO-AMBIENTE

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Por Célia Ribeiro As estatísticas são alarmantes e os estudos demonstram, cada vez mais, o impacto negativo do uso indiscriminado dos agrotóxicos na saúde da população e os danos ao meio ambiente. Encarando o poder do agronegócio, responsável pelo superávit comercial do País, os ambientalistas utilizam a mobilização dos comitês municipais para difundirem informações e sensibilizarem as autoridades no sentido de implementarem políticas públicas. Aplicação incorreta de defensivos pode matar as abelhas. (Foto Ivan Evangelista Jr.) Em Marília, o Coletivo Socioambiental – Resistência e Luta gestou a formação do Comitê da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, cujo lançamento aconteceu no último dia sete de abril e contou com a presença, dentre outros, do agrofloresteiro e assentado no Projeto de Assentamento “Luiz Beltrame” de Gália, Ângelo Diogo Mazin. Água da chuva leva agrotóxicos ao Rio do Peixe (Foto: Ivan Evangelista Jr.) Segundo os militantes do Coletivo, ...

COM QUEDA DE 40% NA ARRECADAÇÃO, ACC PROCURA FORMA DE MANTER O ATENDIMENTO.

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Por Célia Ribeiro Com a evolução da medicina, são cada vez maiores as chances de cura dos diversos tipos de câncer. Apesar disso, o impacto da notícia para o paciente e seus familiares é quase sempre devastador, o que torna essencial o papel de instituições como a ACC (Associação de Combate ao Câncer de Marília), não apenas no acolhimento  como, principalmente, no suporte àqueles vindos das camadas mais carentes da população. Maria Antonia (esquerda) com voluntárias na cozinha de toda quinta-feira Aos 25 anos, a entidade vive um momento crítico: graças à burocracia oficial, viu reduzir em 40 por cento a receita anual proveniente das doações da Nota Fiscal Paulista, programa da Secretaria Estadual da Fazenda.  Anteriormente, os voluntários captavam as notas nas urnas colocadas em pontos de coleta e faziam a digitação dos dados dos documentos em que o consumidor não registrou o CPF. A operação, embora trabalhosa, rendia entre 170 mil e 200 mil reais por ano. No entanto,...

RENASCIMENTO: PASTORAL DA SOBRIEDADE ACOLHE FAMILIARES DE DEPENDENTES

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Célia Ribeiro Ao despertar, seu primeiro desafio é manter-se forte para atravessar mais um dia e ainda estender a mão àqueles que precisam de ajuda para permanecerem sóbrios. Leandro Pereira de Castro, 35 anos, divorciado, passou metade da vida sob a dependência química. Ex-usuário de cocaína, que conheceu na juventude, está recuperado há três anos e hoje dedica-se a ajudar quem luta para superar a dependência. Coordenadora Diocesana, Vanda Ramos, na sede da Aurora Boreal Leandro encontrou na Pastoral da Sobriedade da Diocese de Marília a força para virar o jogo, encarar seu vício e vencer. Guerra silenciosa, é feita de muitas batalhas que precisam ser travadas uma a uma. “Eu fui usuário de cocaína desde os 15 anos. Passei pela comunidade terapêutica e quando saí precisava de apoio para não recair. Foi quando encontrei a Pastoral da Sobriedade. Hoje, trabalho como monitor na Vida Nova e faço parte da Pastoral”. Vida Nova: Leandro virou o jogo De fala mansa, medindo as pal...