ÁLCOOL E DROGAS: A LUTA DIÁRIA DE QUEM QUER SAIR DAS RUAS.
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Por Célia Ribeiro Arrastando a velha sandália de pneu cujas tiras teimam em se despregar do solado gasto, o homem de cabeça baixa e costas curvadas tem o olhar embaçado. O sol a pino castiga a pele curtida e ele não se reconhece e nem ao lugar aonde chegou. Aparentando setenta e poucos anos, o homem não lembra o próprio nome, de onde veio e nem quando nasceu. Ao cruzar o portão, mais uma vez, ele sabe apenas que vai travar uma dura batalha para encontrar sua essência, aquilo que era antes de perder-se no mundo. Ampla área verde: lugar de recomeçar. A chegada de um novo interno à Fumares (Fundação Mariliense de Recuperação Social), entidade retratada na reportagem de domingo passado, é acompanhada com curiosidade pelos 65 internos. Muitos estão ali pela terceira ou quarta vez e suas histórias são muito parecidas: depois de chegarem ao fundo do poço, finalmente aceitam ajuda e mudam-se para a entidade em busca do recomeço. No entanto, com o passar do tempo, a a...