domingo, 13 de janeiro de 2013

MEIO-AMBIENTE: NOVO GESTOR APOSTA NA INTEGRAÇÃO DOS TRABALHOS PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DA ÁREA.

Por Célia Ribeiro

Leonardo Mascarin: ideias novas
Em uma semana foram menos de cinco horas de sono por noite, reuniões com secretários das principais pastas, visitas a técnicos de órgãos estaduais, como CETESB e DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) e muitas horas de pesquisa para mapear a situação em que se encontra a área ambiental de Marília. Foi assim que o engenheiro agrônomo Leonardo Mascarin debutou como gestor da Secretaria Municipal do Meio Ambiente escolhido a dedo pelo prefeito Vinicius Camarinha.

Aos 31 anos,o secretário exibe o perfil técnico exigido pela nova administração: formado em 2003 pela Faculdade de Agronomia da Unimar, ele fez especialização e mestrado em Georreferenciamento pela prestigiada Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) de Piracicaba e especialização em Gestão Ambiental e Recursos Hídricos pela UNESP de Presidente Prudente. Nos últimos anos vinha atuando como consultor em licenciamento ambiental.

Vista dos itambés que precisam ser preservados
Em entrevista ao Correio Mariliense na última sexta-feira, Leonardo Mascarin afirmou que ainda estava se inteirando sobre os problemas da pasta. Mas, deu uma ideia do ritmo que pretende imprimir ao trabalho: integração é a palavra. Conforme disse, as secretarias municipais devem trabalhar em sintonia, socializando informações e otimizando a utilização de recursos.

Nas reuniões que manteve na CETESB e DAEE, o secretário foi surpreendido com compromissos assumidos pela Prefeitura, na gestão anterior, que sua pasta não tinha conhecimento. De um modo geral, ele pretende saber onde está pisando quanto aos TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) firmados com vários órgãos e o Ministério Público: “Estamos trabalhando para entender o que está acontecendo.Por exemplo, tem compromissos de plantio de mudas, que é uma compensação das ações da Prefeitura, coisas que estão vencidas e que vamos solicitar mais prazo para cumprir”.
Fiscalização será rigorosa para coibir
podas drásticas como essa.

SANGUE NOVO

Com orçamento reduzido, o novo secretário não se deixa abater. Colocou uma equipe para trabalhar em projetos visando captar recursos junto a órgãos públicos e iniciativa privada. Empresas como Petrobras, que têm política de investimento em projetos ambientais, estão na mira, adiantou.

Destacando a experiência e livre trânsito do vice-prefeito Sérgio Lopes Sobrinho junto às empresas marilienses, Leonardo disse que o apoio do ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Marília (ACIM) será muito importante para emplacar os projetos ambientais financiados pela iniciativa privada.

Enquanto planeja as ações futuras, o secretário determinou a solução de problemas emergenciais, caso das podas das árvores que estão atrasadas, limpeza das escolas e revitalização de praças. Além disso, o plantio de mudas cedidas pelo viveiro municipal merecerá atenção especial. Segundo Leonardo, “vamos plantar e cuidar. Plantar é fácil, o difícil é manutenção”, com a capinação do mato, irrigação na época da seca etc.

Outras questões que demandarão mais estudos e investimentos, no entanto, também serão priorizadas, de acordo com o secretário. No caso do lixo, de responsabilidade da Secretaria de Serviços urbanos, Leonardo adiantou que a coleta seletiva deverá ser estimulada e que há planos de implantar, a curto e médio prazos,unidades para triagem de lixo. Ele lamentou o fato da cidade não contar com aterro licenciado pela CETESB e ter que pagar caro pelo transporte do lixo fora de Marília.

PARCERIAS

Com relação às parcerias, o secretário afirmou que serão mantidos os trabalhos em andamento, como o firmado com a Unimar no Complexo Veterinário do Bosque, além de estudadas novas maneiras de contar com a participação das universidades. No caso do Centro de Educação Ambiental, Leonardo explicou que “pretendemos melhorar e desenvolver projetos e não ser apenas um centro de visitação. A ideia é transformá-lo em um centro de produção de projetos ambientais para as diferentes áreas do município”.

Rio Tibiriçá, antes do Ribeirão dos Índios: preservar é preciso.
(Foto Antônio Luiz Carvalho Leme)
 
Demonstrando muito entusiasmo, Leonardo Mascarin também abordou a participação da sociedade civil. Ele quer prestigiar o Conselho Municipal do Meio Ambiente, integrado por representantes de universidades, órgãos estaduais, ONGs etc. “Já me reuni com o Conselho e pedi um relatório com as atas das últimas reuniões. Queremos ter o Conselho do nosso lado porque ele é o elo das instituições, das ONGs e da sociedade civil. Vamos valorizar o Conselho como órgão consultivo das nossas ações porque ele nos trará a visão da sociedade”, finalizou.

 * Reportagem publicada na edição de 13.01.2013 do Correio Mariliense

Um comentário:

  1. Prezado Leo,

    Meu nome é tadeu sou professor numa faculdade em Cascavel Parana e no momento estou no escritorio do seu tio na IMOBAZZ . Ele me pediu para entrar em contato com voce porque estou organizando um curso de meio ambiente com professores da Alemanha . Gostaria de falar com voce para lhe esplicar como vai ser o curso. Meu e-mail é tadeu_10@hotmail.com e meu celular é 45 - 99471274. Um abraço

    Prof. Tadeu

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