domingo, 31 de outubro de 2010

GMADC: VOLUNTÁRIAS TRABALHAM COM CRIATIVIDADE EM APOIO AOS PORTADORES DE CÂNCER

Por Célia Ribeiro

Voluntárias se reunem todas as tardes
As tardes no casarão da Avenida Nelson Spielmann, atrás da Matriz de São Bento, são sempre alegres. Em meio aos cestos de linha e apetrechos de artesanato, um grupo de mulheres trabalha animadamente na confecção de lindas peças que farão a alegria de muita gente neste Natal. Do local está saindo a produção para o bazar de dezembro, um dos mais esperados eventos que o GMADC (Grupo Mariliense de Apoio ao Doente com Câncer) realiza para arrecadação de fundos.

Aos 30 anos de existência, a entidade é uma das mais atuantes no apoio aos portadores de doenças oncológicas de Marília. De remédios a suplementos nutritivos, o GMADC atende cerca de 150 pacientes levando mais que ajuda material: as 45 voluntárias trabalham com amor e dedicam seu tempo para minimizar o sofrimento do próximo.

Enfeites natalinos
Na ensolarada manhã de quinta-feira a presidente, Maria Lúcia Rocetti Costa, abriu a instituição para o “Correio Mariliense”. As atividades acontecem no período da tarde (entre 13 e 17hs) quando as voluntárias se revezam para confeccionarem os trabalhos manuais. Neste horário também chegam os pedidos de ajuda.

“Mudamos recentemente para essa casa. Antes, estávamos num local muito apertado que não comportava todo mundo”, contou a presidente, citando o apoio do município, responsável pelo aluguel do imóvel e do repasse de cinco mil reais, por ano. Como as despesas passam de dois mil reais mensais, as voluntárias mantém um calendário de eventos beneficentes e contam com contribuições de mensalistas.

Maria Lúcia e o artesanato do bazar de fim de ano
Maria Lúcia disse que a entidade sobrevive, também, graças à solidariedade de anônimos: “Tem um senhor, ex-funcionário público, que arrecadava ajuda no seu trabalho e nos repassava. Ele se aposentou e continua indo lá todo mês para pegar a contribuição para a entidade”, revelou destacando que os 400 ou 500 reais da caixinha são de grande ajuda.

“Para se ter uma ideia, temos um paciente que precisa tomar, por dia, um litro e meio de um tipo de leite super nutritivo que custa 17 reais o litro. Sem ajuda da comunidade que participa dos eventos, compra nos nossos bazares e faz as doações, não teríamos como manter essa assistência”, observou.

A exemplo do ex-servidor público, uma senhora de 92 anos é outra assídua contribuinte. Ela arrecada doações junto a amigos e conhecidos no seu bairro para destinar ao GMADC. “Ela tem uma energia incrível e faz um trabalho de formiguinha”, comentou a presidente.
As peças têm acabamento perfeito
Não apenas pessoas físicas colaboram com a instituição. Maria Lúcia citou o apoio de empresas como a Marilan e o Supermercado Big Mart que doam bolachas, frutas e cestas básicas distribuídas aos pacientes cadastrados. Os biscoitos da Marilan, por exemplo, são usados no café da manhã oferecido, diariamente, aos pacientes e acompanhantes nas alas de quimioterapia e radioterapia do Hospital de Clínicas.

“Faz 30 anos que, às 7hs da manhã, levamos café, chá, pão com manteiga e bolacha aos doentes e acompanhantes no HC. Tem gente que sai de madrugada, que roda mais de 300 quilômetros para fazer o tratamento. Eles chegam em jejum e depois precisam se alimentar”, justificou Maria Lúcia, explicando que há uma escala para que as voluntárias possam colaborar também com essa ação.

Solidariedade no DNA

A presidente do GMADC é voluntária há 40 anos. Já passou pela Pastoral da Saúde, por creche e há 08 anos colabora com a entidade. Com um sorriso contagiante, Maria Lúcia é um belo exemplo de humildade: “O mandato da diretoria é de dois anos. Acho muito bacana porque dá para ter uma rotatividade no comando já que cada presidente tem um jeito de trabalhar. Sou a favor da alternância na presidência”.


Voluntária prepara cartelas de bingo beneficente
 Com histórico de câncer na família (perdeu o pai e um irmão), Maria Lúcia comemora a vitória de uma nora que superou a doença. “Meu marido é meu grande apoio, me ajuda demais na entidade. E, com as companheiras voluntárias e a ajuda de Deus, vamos superando as dificuldades e seguindo adiante”.

Na tarde de quinta-feira, quando registramos o trabalho na oficina de artesanato, o café da tarde (recheado de bolo e guloseimas) estava, como sempre, animado. Um dos motivos era a euforia às vésperas da mobilização “Avon contra o câncer de mama” realizada ontem, no centro da cidade. “Vamos todas bem bonitas com uniforme novo, hein?”, conclamou Maria Lúcia.

sábado, 30 de outubro de 2010

APESAR DA CHUVA,SUCESSO EM MARÍLIA NA MOBILIZAÇÃO AVON CONTRA O CÂNCER DE MAMA

Por Célia Ribeiro

Parte dos voluntários
A chuva forte que caiu em Marília, no começo da manhã de sábado (31/10), obrigou os organizadores a mudarem, novamente, o local da mobilização “Avon contra o câncer de mama”. Voluntários de 15 entidades e revendedoras Avon se reuniram no Terminal Rodoviário Urbano atraindo um grande público até o início da tarde.

Ao som do jingle da campanha, tocado no sistema de som do “Ônibus da Solidariedade” cedido pela Empresa Circular de Marília, os voluntários distribuíram material informativo e convidavam as mulheres para passarem pela tenda da Avon onde podiam ser maquiadas e concorrer a brindes (batons e amostras de produtos).

Colaborando na panfletagem, o coordenador do Programa de Prevenção e Detecção Precoce de Câncer de Mama, médico mastologista Dr. Carlos Giandon e a superintendente da Santa Casa de Misericórdia de Marilia, Kátia Ferraz, consideram válido o evento pelo empenho de todos em difundir informações sobre o câncer de mama e a importância da detecção precoce.


Superação


Cleide teve a doença e superou
 Entre as voluntárias, estava Cleide Alexandre, de 57 anos. Ela é supervisora de Higiene da Santa Casa e era uma das mais animadas: há quatro anos descobriu o câncer em uma das mamas, fez a cirurgia, depois a reconstrução mamária, passou pela quimioterapia e hoje esbanja alegria: “Descobri o nódulo sozinha. Fui procurar ajuda e rapidamente passei pelo Dr. Giandon. Foi uma experiência e tanto. Descobri quem eram os verdadeiros amigos porque tive muito apoio e venci a doença”.

No sábado, entre tantas mulheres, Cleide foi uma das primeiras a chegar e, sorridente, entregava os materiais informativos percorrendo o Terminal Rodoviário e o Camelódromo a bordo de um charmoso chapéu rosa.

Entidades

Mobiliação no Terminal Rodoviário


Participaram do evento, as entidades: Santa Casa de Misericórdia de Marília, Secretaria Municipal da Saúde, Maternidade e Gota de Leite, Unimar, Empresa Circular de Marília, SEAAC, Força Sindical, Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Comissão da Mulher Advogada da OAB, SEST/SENAT, Coordenadoria de Política para as Mulheres de Marília, Grupo Mariliense de Apoio ao Doente com Câncer, Associação de Combate ao Câncer (ACC) e ONG Matra.

O evento teve apoio do Correio Mariliense, Jornal da Manhã e Bom Dia Marília.




Revendedoras Avon com os produtos desejados


Carol, do Jornal da Manhã

Dr. Giandon fala ao "Correio Mariliense"


Os maquiadores fizeram sucesso
 

"Ônibus da Solidariedade" cedido pela Empresa Circular de Marília


Dr. Giandon, Cleide e a superintendente da Sta Casa, Kátia Ferraz



Rosa e branco colorindo a manhã da mobilização
Entidades disseram "sim" à vida!
José gomes, motorista da Empresa Circular: apoio ao evento no Terminal
Paulinha, motorista da Circular aderiu à campanha



A Dra. Altiva Nishiiura, da Secretaria Municipal da Saúde


sexta-feira, 29 de outubro de 2010

CÂNCER DE MAMA: MOBILIZAÇÃO É AMANHÃ EM MARÍLIA

Anúncio da Empresa Circular apoiando a divulgação
Tendo por objetivo divulgar informações sobre a detecção precoce do câncer de mama, doença que faz milhares de vítimas em todo o mundo, entidades de Marília, lideradas pela Santa Casa de Misericórdia, participarão de uma mobilização popular neste sábado (30), no período da manhã, com apoio da Empresa Circular de Marília que cedeu o “Ônibus da Solidariedade” e reforço na divulgação.


Promovido pelo Instituto Avon, o evento acontece todo ano em outubro, em comemoração ao mês mundial de conscientização sobre a doença. Em Marília, a mobilização recebeu a adesão de 13 entidades (Santa Casa de Misericórdia de Marília, Secretaria Municipal da Saúde, Maternidade e Gota de Leite, Unimar, Empresa Circular de Marília, SEAAC, Força Sindical, Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Comissão da Mulher Advogada da OAB, SEST/SENAT, Coordenadoria de Política para as Mulheres de Marília, Grupo Mariliense de Apoio ao Doente com Câncer), além das revendedoras Avon.

Os voluntários se concentrarão no Terminal Rodoviário Urbano, às 9hs, seguindo em caminhada até o centro comercial, retornando até a Rua Nove de Julho, imediações da Galeria Atenas, onde estará estacionado o ônibus da Circular. Revendedoras Avon e maquiadores voluntários estarão disponíveis para maquiar as mulheres interessadas enquanto profissionais de saúde poderão tirar dúvidas e orientar sobre o atendimento nas unidades de saúde. Haverá distribuição de material informativo durante o trajeto da caminhada e no centro da cidade.

Coordenador

Com apoio do Instituto Avon, foi implantado em Marília o Programa de Prevenção e Detecção Precoce do Câncer de Mama, em 2.007, numa parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde e a Santa Casa de Misericórdia de Marília. A Avon doou 200 mil reais utilizados na instalação do Ambulatório de Saúde Mamária (funciona na UBS Alto Cafezal), com aquisição de um ultrassom, pistolas para biópsia entre outros equipamentos.

Segundo o coordenador do programa, médico mastologista Dr. Carlos Giandon, de abril de 2.007 a dezembro de 2.009, foram realizados 5.892 atendimentos no ambulatório e realizados os seguintes procedimentos: 1.188 exames de ultrassom de mama, 120 punções (agulha fina) e 62 biópsias de mama.

No período, foram diagnosticados 47 novos casos de câncer de mama no ambulatório e registradas 80 mortes no município. No primeiro semestre de 2.010, de janeiro a junho, já foram computadas 06 mortes por câncer de mama em Marília. No entanto, nenhum caso novo da doença foi registrado neste ano, observou o coordenador.

Neste sentido, o Dr. Giandon destacou a importância das campanhas de orientação: “O câncer de mama tem cura quando diagnosticado no princípio. As mulheres devem estar atentas, realizarem o autoexame das mamas e, para mulheres a partir dos 40 anos de idade é indicada a mamografia, com intervalos de até dois anos. No caso de qualquer nódulo ou suspeita, as mulheres devem procurar a unidade de saúde mais próxima de casa”, lembrou.

Até a implantação do programa, havia o atendimento primário (nas unidades de saúde) e o atendimento terciário (cirurgias, quimio e radioterapia). Faltava o nível secundário, de diagnóstico da doença. Com o ambulatório ficou mais ágil e fácil a obtenção do diagnóstico e o encaminhamento para o tratamento.

“Corremos contra o tempo. Quanto mais cedo tivermos o diagnóstico, maiores serão as chances de cura”, finalizou o médico que aproveitou para conclamar “a população a participar desta mobilização pela vida”.

Circular

Além do “Ônibus da Solidariedade”, a direção da Empresa Circular de Marília está apoiando a divulgação do evento com anúncios na mídia impressa. Apoiam essa publicação, o Jornal da Manhã , o Correio Mariliense e o Bom Dia Marília.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

MARÍLIA SE VESTE DE ROSA PARA A MOBILIZAÇÃO AVON CONTRA O CÂNCER DE MAMA

No dia 30 de outubro, entre as 9h e 12h, o Terminal Rodoviário Urbano será palco de uma grande movimentação pela detecção precoce do câncer de mama.

Eventos como esse acontecem de norte a sul do Brasil durante todo o mês de outubro, quando gerentes de setor da companhia se unem às revendedoras autônomas e criam suas próprias mobilizações.

Informação às mulheres
Em comemoração ao mês mundial de conscientização sobre a doença, no dia 30 de outubro, Avon Contra o Câncer de Mama mobiliza Marília pela causa da detecção precoce. Revendedoras autônomas, Instituto Avon e parceiros como a Santa Casa a Secretaria Municipal de Saúde entram em ação em prol da saúde e bem-estar das mulheres com uma mensagem que salva vidas: câncer de mama tem cura e descobrir cedo é fundamental. A concentração será no Terminal Rodoviário Urbano, a partir das 9h.

Dali sairá uma caminhada até a região central (rua Nove de Julho com a São Luiz), onde as visitantes poderão ser maquiadas e receber informações sobre o câncer de mama.

E não para por aí. Revendedoras autônomas Avon e parceiros aproveitarão o grande movimento do local e distribuirão leques e flyers com informações sobre o que toda mulher precisa saber a respeito do câncer de mama para proteger a própria vida e contribuir para compartilhar esta preciosa informação com outras mulheres.

Apenas 55% das brasileiras acreditam que podem desenvolver câncer de mama. Essa é uma das conclusões da Pesquisa Instituto Avon/Ipsos Percepções sobre o Câncer de Mama - mitos e verdades em relação à doença. Quando uma mulher acha que não corre o risco de desenvolver câncer de mama, ela acaba baixando a guarda dos cuidados necessários para a detecção precoce da doença: a realização concomitante de mamografia e exame clínico das mamas.

“Estamos muito orgulhosos das conquistas alcançadas pelo Instituto Avon com o apoio das mais de 1,1 milhão de revendedoras autônomas da marca. Nos últimos sete anos, já investimos R$ 25,9 milhões em projetos nacionais de saúde mamária, beneficiando quase 1,67 milhão de mulheres brasileiras”, Luis Felipe Miranda, presidente da Avon Brasil.

“Inauguramos dois centros hospitalares Instituto Avon – um em Barretos e outro em Salvador - doamos 25 mamógrafos e 22 aparelhos de ultrassom, contribuímos com a montagem de oito unidades móveis, dentre outras ações que possibilitaram a realização de aproximadamente 300 mil mamografias”, comemora.

Segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), 49.240 novos casos de câncer de mama devem acometer as brasileiras em 2010. Embora seja considerado um câncer de bom prognóstico, trata-se da maior causa de morte entre as mulheres brasileiras, principalmente na faixa entre 40 e 69 anos, com mais de 11 mil mortes/ano, porque elas ou não realizam ou demoram para fazer seus exames regularmente. É importante ressaltar que em 60% dos casos, quando detectada, a doença já está em estágio avançado. A dra. Rita Dardes, mastologista e diretora médica do Instituto Avon, destaca que, “se diagnosticado precocemente, as chances para a cura do câncer de mama são de 95%.” “E os principais aliados para descobrir a doença em estágio inicial são o exame clínico das mamas, mamografias e ultrassonografias de acordo com a orientação médica”, completa.

Camisetas Avon Contra o Câncer de Mama*

Os atores Cauã Raymond e Bruno Gagliasso e as atrizes Alinne Moraes, Cleo Pires e Cris Viana já aderiram à campanha e vestiram, literalmente, a camiseta com o laço rosa. Os modelos feminino e masculino (R$ 15) já estão disponíveis no site www.institutoavon.org.br e nos folhetos de cosméticos da Avon. A venda de cada produto gera uma doação de R$ 4 para o Instituto Avon, que aplicará o dinheiro em grandes centros de prevenção de câncer de mama no Brasil.

Resultados da Campanha

Em sete anos de existência, o Instituto Avon, por meio da venda de produtos com renda revertida para as campanhas, já arrecadou mais de R$ 28,8 milhões (só em 2009 foram vendidas 250 mil camisetas que geraram mais de R$ 1 milhão para a causa). Desse valor, R$ 25,9 milhões foram aplicados em:

1. Estruturação de Centros de Prevenção de Câncer de Mama Instituto Avon: 2 (Barretos – SP e Salvador – BA);
2. Projetos comunitários: 70 nos quatro cantos do País, cujo conjunto abaixo descrito demonstra os impactos reais na saúde da mulher brasileira que o Instituto Avon tem colaborado para conquistar desde sua criação:

Mamógrafos doados: 25;
Aparelhos de ultrassom doados: 22;
Apoio a unidades móveis: 8;
Profissionais de saúde capacitados (médicos, enfermeiros, agentes de saúde): 13.906;
Número de mulheres beneficiadas: 1.665.048;
Número de mamografias realizadas: 294.728;
Número de ultrassonografias realizadas: 32.680;
Casos de câncer diagnosticados: 3.142.

Em dezembro de 2009 foi inaugurado o primeiro Centro de Prevenção de Câncer de Mama Instituto Avon no Brasil – um dos mais modernos da América Latina e único espaço brasileiro com atendimento SUS dedicado exclusivamente à prevenção de câncer. O Instituto Avon investiu R$ 6 milhões nesta unidade que faz parte do complexo do Hospital de Câncer de Barretos (interior paulista). Além disso, inaugurou em julho desse ano o moderno Ambulatório de Mastologia Instituto Avon, que fica no Hospital Aristides Maltez, em Salvador (BA), e foi estruturado com a doação do Instituto Avon no valor de R$ 1,7 milhão. “Com a inauguração desses novos centros hospitalares, ambos com atendimento SUS, a estimativa é beneficiar mais de 270 mil mulheres nos próximos 18 meses”, comemora Lírio Cipriani, diretor executivo do Instituto Avon. (Fonte: Assessoria de imprensa Instituto Avon - Primeira Página Assessoria de Comunicação e Eventos www.ppagina.com )

ENTIDADES PARTICIPANTES
Em Marília, estarão presentes ao evento voluntários da Santa Casa de Misericórdia de Marília, Secretaria Municipal da Saúde, Maternidade e Gota de Leite, Unimar, Empresa Circular de Marília, SEAAC, Força Sindical, Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Comissão da Mulher Advogada da OAB, SEST/SENAT, Coordenadoria de Política para as Mulheres de Marília, Grupo Mariliense de Apoio ao Doente com Câncer e gerentes de setor da Avon.

A Empresa Circular de Marília cedeu o "Ônibus da Solidariedade para o evento":

Anúncio do evento













domingo, 24 de outubro de 2010

Ex-presidiário usa a cultura para afastar jovens do crime

Por Célia Ribeiro

Apresentação no "Dia das Crianças"
Era uma vez um menino pobre que passou a infância em orfanatos e a adolescência na ex-Febem (atual Fundação Casa), mergulhou no mundo do crime e pagou muito caro: 24 anos de pena cumpridos em presídios de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro. Dos 50 anos de idade passou 32 atrás das grades. Mas, Ademar Aparecido de Jesus resolveu contrariar as estatísticas e hoje, reabilitado, mantém uma ONG que leva cultura e novas perspectivas aos jovens de Marília, no interior de São Paulo.

Cabelos longos, invariavelmente presos sob um lenço, camiseta regata que deixa à mostra suas tatuagens, Ademar é uma figura que não passa despercebida: articulado, fala rápido e despeja toda informação que consegue como se o relógio estivesse jogando contra. Mas, acima de tudo, tem uma postura de gratidão e enumera várias pessoas e empresas que acreditaram no seu sonho e ajudam a manter a ONG “Renovi” em pé.

Ademar, à esquerda, e instrutores de hip hop
Para contar essa história, é preciso voltar no tempo. Ademar não gosta de entrar em detalhes sobre sua vida pregressa. Conta, por exemplo, que foi sentenciado a 62 anos de prisão. Os crimes? Prefere falar que fez muitas coisas das quais se arrependeu e que na prisão resolveu se reinventar deixando a criminalidade no passado.

Ele cita a Pastoral Carcerária como o começo da virada. “Eu estava preso à matéria, mas nunca permiti que meu espírito se perdesse” afirmou para, em seguida, narrar sua trajetória. Autodidata, por 12 anos estudou Direito na penitenciária. Ajudou outros detentos nas suas defesas e foi monitor de aulas de digitação para os presos.

Exercitando sua liderança, Ademar chegou a trabalhar numa confecção instalada na prisão que produzia 20 mil peças por mês. O trabalho, a leitura e dois apoios foram determinantes para a guinada: seu advogado Rômulo Renan e o empresário Carlos Alberto Moreira, do Restaurante “O Forno”, passaram a visita-lo com frequência.

“O Carlão do ‘Forno’ é nosso grande apoiador. Ele ajuda com tudo, a começar pelo carro da ONG, ajuda no aluguel do prédio, com as sacolas plásticas onde levamos verduras, legumes e frutas para as famílias carentes e muito mais”, afirmou.

ONG RENOVI
Distribuição de alimentos na periferia
“Renovação para uma nova vida”. Essa é a proposta da ONG que funciona na Rua Paes Leme, 20, no antigo prédio da Rádio Clube de Marília, voltada aos jovens que participam das aulas de dança de rua (street dance e hip hop) e teatro. Pela cultura, a entidade mostra aos adolescentes opções saudáveis de diversão, longe do álcool e das drogas.

Ademar, que tem seis filhos e dois netos, adota uma postura de pai rigoroso. Não admite cigarro ou bebida alcóolica e ainda dá broncas nas meninas alertando-as “para se valorizarem e não se deixarem usar sexualmente pelos meninos”. Exigente, só aceita na ONG quem estiver estudando: “Tem que estar na escola, não adianta vir aprender dança de rua se está solto por aí”, pontua.

Silenciosamente, a ONG vai conquistando respeito. E os apoiadores começam a acreditar nos projetos sociais, como a distribuição de alimentos para famílias carentes. Todo sábado, o carro sai carregado de produtos distribuídos na periferia. Por isso, Ademar não cansa de agradecer o Wal-Mart, Dori, Bel, Marilan, Maritucs, Restaurante Geleia, Padaria Lavínia, Paulinho Palmital, o médico Sidney Gobetti de Souza, o secretário da Assistência Social, Clóvis de Mello e, claro, o “Carlão do Forno”.

Famílias acompanham as apresentações
Na parte cultural, cerca de 120 adolescentes participam dos cursos, inclusive a ONG integra o projeto “Agente Jovem de Cultura” desenvolvido pelo município em parceria com o governo federal, onde garotos e garotas de 16 a 24 anos são capacitados, durante seis meses, e recebem uma bolsa de 150 reais mensais.

Recentemente, a Secretaria Municipal da Assistência Social contratou a ONG Renovi para ministrar aulas de teatro e hip hop para os assistidos na Unidade XII da Casa do Pequeno Cidadão: “O Ademar faz um belo trabalho. Ele tem uma história de vida incrível”, afirmou o secretário Clóvis de Mello.

Segundo a monitora de dança de rua Elisângela (Negra Elis), o trabalho com os jovens já está fazendo a diferença. “Muitos meninos mudaram muito desde que começaram aqui. Isso dá pra ver de cara”, destacou.

E assim, com música, dança e, principalmente, solidariedade Ademar de Jesus está reescrevendo sua história. Com seu exemplo de vida ele mostra, sem hipocrisia, que dá para recomeçar e fazer um novo final. Depende de cada um.

* Reportagem publicada na edição de 24.10.2010 do "Correio Mariliense"

domingo, 17 de outubro de 2010

PERCUSHOW: ARTE E ECOLOGIA COM RECICLÁVEIS

Por Célia Ribeiro

Quem tem mais de 50 anos, boa memória e conhece um pouco da história de Marília, leva um verdadeiro susto ao passar, à noitinha, na calçada da Rua Paes Leme, quase esquina com a Avenida Sampaio Vidal. O som que vem do sobrado onde funcionou a Rádio Clube de Marília, com seus lendários programas de auditório, deixa claro que a música atravessou o tempo e permanece por lá.

Baldes e latas dão o tom
O antigo prédio da rádio é palco de um ensaio inusitado: dos latões de óleo de 200 litros, baldes plásticos e outros recicláveis, sai a melodia transformada pelas mãos hábeis do professor e regente Augusto Botelho Campos. Três vezes campeão estadual de concursos pela Banda Marcial da Legião Mirim, o regente agora se dedica ao grupo “Percushow” formado por jovens de 13 a 23 anos.

A pegada ecológica não chegou por modismo, mas por necessidade, explica o professor. Há seis meses, quando parte dos adolescentes da Banda da Legião Mirim decidiu seguir o mestre, a falta de instrumentos e uniformes não foi empecilho. “Juntei os meus instrumentos particulares e completei com o que poderia usar, no caso os tambores, latas e baldes”, contou.
Augusto comanda o grupo

Se já é complicado começar um novo grupo, o desafio de usar instrumentos improvisados é ainda maior: “Esperamos ter apoio para adquirir outros instrumentos como, por exemplo, mais um vibrafone e um xilofone, porque para ensinar música é preciso ter o mínimo de condições. Mas, não vamos abandonar os tambores e as latas. Através deles, falamos sobre a preservação ambiental e a importância da reciclagem de materiais”.

No material de divulgação, Augusto Botelho define o novo trabalho como “um grupo formado por crianças e jovens instrumentistas de percussão, que apresenta a musicalidade rítmica dos tambores explorando sons e coreografias em suas performances”. A estreia ocorreu durante a “Virada Cultural Paulista” e, no fim de semana passado, animou a festa do “Dia das Crianças” organizada pela Associação de Moradores da Zona Oeste.

As apresentações atraem grande público
Agente Jovem de Cultura

Apesar da pouca idade, o regente vive a música 24 horas por dia. E foi com determinação que ele conseguiu um importante reforço. Alguns integrantes do “Percushow” participam do projeto “Agente Jovem de Cultura” desenvolvido pelo município em parceria com o governo federal. Os alunos têm aulas todas as noites e recebem uma bolsa de 150 reais por mês.

Augusto Botelho fez questão de destacar o apoio da secretária municipal da Cultura, Iara Pauli, que também está respondendo pela Secretaria Municipal da Juventude: “Com o agente jovem tivemos um novo estímulo. Para os adolescentes é uma oportunidade de aprender não só música e cultura, mas também conceitos de empreendedorismo”, observou.

Expandindo os horizontes

Os ensaios são concorridos
Apesar dos ensaios muito animados, os meninos e meninas levam tudo muito a sério. É o caso da estudante de escola técnica de informática Jéssica Oliveira, de 18 anos. Ela disse que ficou sabendo do projeto através de um amigo e não pensou duas vezes: “Eu queria aprender a tocar um instrumento. A música faz bem para nosso interior, abre a mente e expande os horizontes”, assinalou. Ao lado estava sua irmã, Brenda Oliveira, de 16 anos, que concordou com os benefícios do projeto elencados por Jéssica.

O professor explicou que os integrantes do grupo estão aprendendo a tocar todos os instrumentos. Além da versatilidade, essa é uma medida preventiva para o caso de faltar alguém numa das apresentações: “O importante é que todos assimilem os conceitos e tenham condições de passar por todos os instrumentos convencionais ou de lata”, destacou.

Detalhe do suporte
Enquanto se preparam, os jovens do “Percushow” sonham com o dia em que terão os instrumentos necessários, uma sede para os ensaios, além de transporte e uniformes para as apresentações. Neste sentido, um grupo de pais e amigos está se mobilizando para fundar uma associação visando a manutenção do grupo.

Quem se interessar em conhecer o projeto ou contratar as apresentações, pode procurar o regente Augusto Botelho Campos através do telefone: (14) 81434580 ou e-mail: augustobotelho@hotmail.com


* Reportagem publicada no Correio Mariliense em 17.10.2010

Tome Nota!

Desafio Santander de Sustentabilidade

Foram prorrogadas até o dia 24 de outubro as inscrições para o Desafio Santander de Sustentabilidade. Universitários de todo o país podem formar grupos de até 3 pessoas e propor ações que gerem impactos ambientais, econômicos e sociais positivos, viáveis na sua faculdade e em outras instituições de ensino.
O grupo vencedor, junto com o professor orientador do projeto, ganhará um curso de empreendedorismo na Babson College, em Boston, nos Estados Unidos, uma das escolas mais conceituadas sobre o tema no mundo. Além disso, o Santander apoiará os candidatos com treinamentos, materiais sobre sustentabilidade e oportunidade de interação com especialistas e executivos do banco.
Para se inscrever, basta acessar a Plataforma Santander Caminhos e Escolhas (link para www.caminhoseescolhas.com.br), onde os participantes realizarão um curso online de sustentabilidade e enviarão sua ideia em formato de vídeo ou apresentação de slides até dia 24 de outubro. (Fonte: Regiane Tosatti, Relações com a Imprensa – Santander)

Congresso de Gestão Ambiental

O IBEAS - Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Universidade Candido Mendes (UCAM), promoverão o I Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, no período de 21 a 24 de novembro, no Obeid Plaza Hotel, em Bauru. O evento terá programação composta por sessões técnicas (apresentações orais e posters), palestras, mesas-redondas e visitas técnicas. Para inscrições e informações, acesse www.ibeas.org.br/congresso1. (Fonte: Assistência Técnica de Ação Ambiental)

Premiação aos professores

Para estimular a formação de crianças e jovens conscientes de seu papel na preservação da vida e da natureza, Edições SM propõe a reflexão, em sala de aula, sobre a situação de cada cidade ou comunidade com relação a seus níveis de consumo e emissões de CO2. O Concurso Cultural “Ano Internacional da Biodiversidade - refletir, agir e preservar!” vai premiar os melhores projetos de atividades educacionais voltados à conscientização dos alunos para uma relação mais equilibrada com o ambiente no qual a escola está inserida. O concurso, destinado aos professores, oferece como prêmio viagens para conhecer projetos nacionais de biodiversidade, além de um kit de livros e DVDs sobre o tema. As inscrições podem ser feitas até 15 de novembro. O objetivo é incentivar, valorizar e divulgar experiências educativas que contribuam com o desenvolvimento do senso crítico e do compromisso socioambiental dos alunos. Informações: www.campanhadabiodiversidade.com.br . (Fonte: Pluricom Informa)
Publicado em 17.10.2010 no "Correio Mariliense"

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

CONDOMÍNIOS RESIDENCIAIS: BOAS PRÁTICAS GERAM ECONOMIA E PRESERVAM O MEIO AMBIENTE

Por Célia Ribeiro

Economia com água da chuva
Todo bom administrador conhece a fórmula do sucesso: gerar receita, reduzir custos e apostar em investimentos com retorno garantido. Agora, se além do fator econômico, ainda conseguir outros dividendos o balanço fica ainda mais atraente. Pois foi mais ou menos isso que o empresário Paulo Carvalho Teixeira fez à frente da administração do condomínio do qual é síndico.

Com a experiência de empresário bem sucedido, o síndico do Edifício Primavera, de altíssimo padrão, apostou na sustentabilidade numa época em que o assunto não estava na mídia. Há mais de cinco anos, ele comandou a instalação de um funcional sistema de captação da água da chuva que armazena nada menos que 12 mil litros em seis caixas instaladas no subsolo do prédio.
Thereza Brandão, da Administradora Calcular

“Essa água recebe cloração e é usada em toda a limpeza interna e externa”, explicou o síndico. E não é pouca coisa: além de duas piscinas e quadra poliesportiva, o edifício Primavera tem grande área de paisagismo interno. Assim, a água da chuva que seria desperdiçada é aproveitada na manutenção dessas áreas, bem como na limpeza das calçadas de duas ruas que circundam o prédio.

Quanto aos investimentos no sistema, Paulo Teixeira disse não se recordar. Mas, adiantou: “Só sei que já recuperamos dezenas de vezes o que gastamos porque a economia de água é muito grande. Quem quiser fazer, eu recomendo”, pontuou.

Na mesma época, em meados de 2.005, a preocupação com o meio-ambiente fez com que o condomínio implantasse a coleta seletiva de lixo, incluindo óleo de cozinha, que logo ganhou a adesão dos moradores. “No começo os materiais eram recolhidos pela Cotracil. Mas, de uns tempos pra cá, deixamos os materiais nas caixas externas e os catadores passam para recolher”, informou o síndico assinalando que o que seria descartado gera renda para pessoas carentes.

Condomínios
Cooperativa de catadores não dá conta de tudo

Para a empresária Thereza Brandão, diretora da Calcular – Administração e Terceirização de Condomínios, “se Marília contasse com a coleta seletiva de lixo teríamos muito mais condomínios aderindo”. Ela informou que há vários anos a empresa tem estimulado seus clientes a adotarem a prática e vários condomínios separam o lixo. “O problema é que muitos condomínios não têm espaço para armazenarem os recicláveis e quando a Cotracil não recolhe as reclamações são muitas por causa dos insetos”.

Por outro lado, ela disse que a Calcular continua investindo na preservação ambiental: “Sempre damos treinamento a nossos funcionários quanto à economia da água e cursos sobre a correta utilização dos materiais de limpeza. E, dessa forma, contribuímos não só com a economia de água e dos produtos de limpeza, que custam caro, como com a natureza”. A empresa administra mais de 80 condomínios residenciais e comerciais em Marília.

Secretário
Mário César no ponto de coleta da Secretataria do Verde

Considerada uma das pastas mais atuantes da administração municipal, a Secretaria do Verde e Meio Ambiente, dirigida pelo administrador de empresas e ambientalista Mário César Vieira Marques, prefere não arriscar um prazo para Marília implantar a coleta seletiva em todos os bairros.

“Há muitos aspectos envolvidos e não é uma coisa simples. Por exemplo, temos que ter local para recebimento, separação e destinação correta do lixo”, observou. Conforme disse, “hoje a prioridade está na consolidação do aterro sanitário que exigiu altos investimentos (cerca de 6 milhões de reais) e já recebeu nota 7,8 de um máximo possível de 8,0”.

“Separar sem mercado é enterrar separado”, comentou o secretário citando um ditado repetido como mantra pelos ambientalistas para justificar que, além da coleta e separação, o material tem que ser comercializado. Neste sentido, lembrou as ações de empresas e cidadãos comuns que fazem sua parte. A Coca-Cola, por exemplo, doou tambores para coleta de recicláveis e hoje temos inúmeros pontos de coleta na cidade.

A Cotracil (Cooperativa de Trabalho Cidade Limpa), que reúne famílias de catadores, recolhe cerca de 15 toneladas de recicláveis por mês. Atualmente, os caminhões fazem a coleta de casa em casa nos bairros Aeroporto, Cecap Aeroporto, Novo Horizonte, Santa Gertrudes e São Domingos. Além disso, recolhe recicláveis de condomínios, empresas e outros locais. Quem se interessar pode entrar em contato pelo telefone 88183313 e solicitar, informou a responsável pela cooperativa Ana Maria Marques.

Pontos de coleta

Alguns pontos de coleta de recicláveis:
Spaipa Coca-Cola
Supermercado Maxxi
Supermercado Pão de Açúcar
Daem – Avenida Santo Antônio
Chos Malal
Colégio Bezerra de Menezes
Secretaria do Verde e Meio Ambiente
Bosque Municipal
Shopping Esmeralda

Reportagem publicada na edição de 10.10.2010 do "Correio Mariliense"

domingo, 3 de outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO FILANTRÓPICA DE MARÍLIA: A SOLIDARIEDADE QUE TRANSFORMA MENINOS EM CIDADÃOS

Por Célia Ribeiro

Luiz Carlos Laraya
Os cabelos grisalhos bem cuidados e o brilho no olhar escondem a idade. Que dirá do sorriso aberto quando recorda histórias de uma das entidades assistenciais mais longevas da cidade. Afinal, essas histórias se misturam à sua própria vida porque a Associação Filantrópica de Marília foi fundada pelo seu pai, Luiz Laraya, e um grupo de amigos, quando ele tinha apenas um ano de idade.

O administrador de empresas aposentado Luiz Carlos Laraya é o atual presidente da instituição que completará 68 anos de fundação, no próximo dia 30 de outubro. À frente de dezenas de apoiadores e voluntários, ele faz questão de agradecer “o coração nobre da população que sempre nos ajuda”.
Colorido na arte e no ambiente


Sala de atendimento psicológico
 As dificuldades são inúmeras, a começar pelas subvenções: R$ 1.000,00 por mês do governo do Estado e R$ 1.600,00 mensais do governo federal. A Prefeitura de Marília colabora com o salário de quatro funcionários e parte dos alimentos. Para a conta fechar no fim do mês, a entidade realiza promoções e bazares nos dois primeiros sábados do mês, além de receber ajuda financeira dos mantenedores.

Há alguns anos, aproveitando uma iniciativa do ex-vereador e presidente da Câmara Municipal, Walter Cavina (PSDB), a Filantrópica obteve gratuidade na conta de água fornecida pelo Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) porque abriga crianças. Coincidências da vida, o último ex-diretor do Daem, Antônio Carlos Vieira (Sojinha), foi interno na entidade “por uns 10 anos”, revelou o presidente. Sojinha formou-se em Direito.

Trabalhos artesanais usam jornais e recicláveis

Para Laraya, apesar das adversidades, o balanço tem sido positivo: “Tivemos muitas histórias de sucesso. Mas, também, algumas histórias de fracasso. Temos ex-internos que fizeram faculdade, casaram e formaram família, construíram brilhantes carreiras e se tornaram pessoas de bem”.

Ele contou que na última edição do Japão Fest, no começo do ano, encontrou um rosto conhecido na multidão. “Nós nos reconhecemos dos tempos da Filantrópica. Era um dos meninos abrigados. Quando completou 18 anos e saiu, ele passou no concurso do Banco do Brasil, fez carreira e hoje tem família e está aposentado”.

Cidadania


Além do roupeiro coletivo, meninos têm armários próprios
 Os meninos chegam à Filantrópica na faixa etária entre 02 e 07 anos. Nem sempre são órfãos e quando têm família podem receber visita duas vezes por semana. As crianças são abrigadas até completarem 18 anos: “Mas, tem casos em que prolongamos esse tempo para que o interno possa concluir os estudos se estiver matriculado numa escola próxima à entidade, por exemplo. Da mesma forma, investimos em cursos de inglês quando percebemos que o interno tem interesse e deseja se preparar”.

Encravada em uma área de mais de 40 mil metros quadrados, a Associação Filantrópica tem instalações simples, mas muito bem cuidadas. A limpeza é supervisionada de perto por Fátima Mussi, um dos braços direitos do presidente que conta, também, com o apoio da assistente social Juliana Rino e da psicóloga Dalva Maria Furlan. Ao total, trabalham na entidade 14 funcionários: professores, cozinheiras, serventes, faxineiras, babás noturnas, secretária, coordenadora, contador, auxiliar de desenvolvimento escolar e uma fonoaudióloga voluntária, Sabrina Domingos.

A preocupação com o bem-estar dos meninos fica evidente no aparato de segurança: câmeras visíveis em vários ambientes e outras não perceptíveis permitem que os diretores possam acessar as imagens e visualizar o que acontece na entidade, remotamente, em tempo real. Por 35 dias as imagens ficam arquivadas.

Brinquedos para todas as idades
A tecnologia é uma importante aliada. No entanto, o amor e dedicação da equipe profissional são os grandes responsáveis pelos bons resultados da Filantrópica na formação dos meninos: “Ficamos muito felizes quando vemos que os adolescentes saíram daqui e viraram cidadãos com os valores que receberam”, afirmou a assistente social Juliana Rino.
Lavanderia equipada

Por sua vez, a psicóloga Dalva Furlan observou que “as empresas poderiam colaborar conosco para que pudéssemos ter oficinas profissionalizantes, como uma marcenaria. A partir de 16 anos as empresas podem receber o menor aprendiz, mas não temos como ensinar uma profissão aos que estão na faixa de 12 a 14 anos”. Ela citou a indústria Carino como uma das parceiras que recebem os menores aprendizes da entidade.

Reforma

Piscina: custa caro manter
Além da manutenção natural a uma construção tão antiga, a Associação Filantrópica precisa de investimentos permanentes. Recentemente, foi construída uma nova lavanderia com a verba de 130 mil reais liberada pelo então chefe da Casa Civil do governo do Estado, Aloysio Nunes. Em campanha pela cidade, ele aproveitou para visitar a entidade há alguns dias.

Graças às doações da Flex Imóveis e da indústria Carino está sendo substituído o grande portão de acesso à entidade. “Os menores estão sob nossa responsabilidade e, assim, temos que oferecer toda segurança a começar pela entrada”, explicou Laraya.

Voluntariado
Irena e Rosa Laraya: voluntárias

Na sexta-feira, com o mesmo carinho e dedicação do marido, Rosa Laraya, dava os últimos retoques na arrumação do bazar da pechincha que seria realizado ontem. Ela estava acompanhada de outra voluntária, Irene Vicente Fernandes, idealizadora das araras improvisadas. Roupas de ótima qualidade, vestidos de festa, brinquedos, calçados, bolsas e até eletrodomésticos doados pela população são vendidos a preços baixíssimos e geram renda.

Neste mês, o bazar vai acontecer, novamente, no próximo sábado e os clientes podem escolher tudo com calma num ambiente acolhedor e bem organizado: “Os preços são baixos, de um ou dois reais para roupas, em média, porque nosso público é de baixa renda. Assim, eles nos ajudam a manter a Filantrópica e nós os ajudamos com os produtos de boa qualidade do bazar”, assinalou Rosa.

E a lista de necessidades não para de crescer: instalação do forro das casinhas que abrigam o bazar; material para limpeza da piscina onde são desenvolvidas atividades esportivas e de recreação, manutenção da horta, reforma da quadra de areia e construção de um playground para os pequenos, entre outros.
Dalva, Fátima, Juliana e Laraya: equipe nota 10

Integram a Diretoria Executiva da Filantrópica, além do presidente Luiz Carlos Laraya, o vice-presidente Reginaldo Arthus, o 1º. secretário Ademir de Oliveira, o 2º.secretário Luiz Fernando Cardoso, o 1º.tesoureiro João Augusto Leão Garcia, o 2º.tesoureiro Sérgio Gomide, o procurador jurídico Rubens Cardoso Bento e o procurador jurídico adjunto Alberto de Oliveira e Silva.

Para quem quiser conhecer e puder ajudar: a entidade está localizada à Rua Adolfo Pinto, nº 330, bairro São Paulo (próximo ao Tauste Norte), telefone (14) 34335057 e e-mail: filantropicamarilia@ig.com.br.

* Reportagem publicada na edição de 03.10.2010 do Correio Mariliense