domingo, 15 de julho de 2012

QUALITY HOTEL SUN VALLEY É O PRIMEIRO A IMPLANTAR O GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS EM MARÍLIA

Por Célia Ribeiro

Um dos melhores hotéis da região, cuja reputação foi construída ao longo dos anos, saiu na frente ao implantar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) e tornar-se referência para outros estabelecimentos do setor hoteleiro. O Quality Hotel Sun Valley, privilegiado pela ampla área verde e construção horizontal, foi o primeiro a se adequar às exigências da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal 12.305) que, a partir de 2.014, não dará trégua àqueles que deixarem tudo para a última hora.
Cozinha gera 100 litros de óleo por mês
Não é de agora que a questão ambiental está na pauta do hotel, explicou o proprietário Fernando Ribeiro, citando que o lixo reciclável (lata, vidro, papel e papelão) é separado e doado à Cotracil (Cooperativa de Trabalho Cidade Limpa). Há dois anos, todo o óleo residual é vendido para produção de biodiesel. A empresa Óleo & Óleo, de Lins, recolhe 100 litros de óleo, mensalmente, no estabelecimento.
Funcionários separam o lixo do hotel
Fernando Ribeiro comentou que “a empresa está relacionada com a comunidade que ela envolve. Não é um ente isolado. Ela faz trocas e essas trocas são importantes para a comunidade e para a empresa também”. Neste sentido, avançar para a implantação do PGRS foi questão de tempo e oportunidade, com a contratação da Consultoria “Master Ambiental”, cuja representante em Marília é a analista ambiental Suzana Más Rosa.

“De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, as empresas consideradas grandes geradoras de resíduos, devido ao volume ou às características desses resíduos, como indústrias, shoppings, supermercados, hotéis, entre outros, devem elaborar e implementar seus planos”, destacou a analista.
Fernando Ribeiro, Carolina e Marília: equipe entrosada
Com 111 apartamentos, restaurante aberto ao público e instalações para grandes eventos sociais e corporativos, o Sun Valley recebe um grande volume de hóspedes e visitantes, gerando, com isso, um grande volume de resíduos.

TREINAMENTO
No decorrer dos estudos para implantação do PGRS, foi necessário envolver todos os colaboradores do hotel. Divididos em grupos, os 70 funcionários receberam informações e foram sensibilizados para contribuírem com o projeto. “Foram proferidas palestras onde se mostrou os impactos do lixo no meio ambiente para eles terem uma consciência maior sobre o que fazer”, explicou a governanta Maria Carolina Campos de Azevedo.
Suzana capacitou os colaboradores do hotel
Segundo ela, “as camareiras já faziam a separação do que era realmente descarte. Os demais também abraçaram a causa e foram bem receptivos”. A governanta afirmou que os ganhos são extensivos às famílias porque os funcionários estão levando informações sobre a coleta seletiva para suas casas e também trazem para o hotel o lixo eletrônico (pilhas, baterias, aparelhos celulares etc) para que o descarte ocorra corretamente.

Por sua vez, a controller Marília Simão de Santana informou que as lâmpadas utilizadas no hotel são armazenadas em local adequado e recolhidas por uma empresa, periodicamente. O mesmo também está ocorrendo com latas de tinta, disse, exemplificando os avanços que o hotel está registrando no gerenciamento de resíduos sólidos.

Quanto aos hóspedes, eles também são envolvidos no processo: nos apartamentos e áreas comuns há informações sobre a implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos com orientação para uso das lixeiras identificadas para receberem os recicláveis. De acordo com Marília Santana, muitos hóspedes aprovam tanto a ideia que levam o material informativo embora.
Lixeiras estão por toda parte
PRÓXIMOS PASSOS

Fernando Ribeiro contou que o uso de energia solar já vem de alguns anos na empresa, mas o Sun Valley quer ir além apostando também na captação e utilização da água da chuva. “Antes, para trocar um aparelho de ar condicionado, pensávamos no preço e na potência. Agora, também pensamos no selo Procel que indica o gasto energético. Então, estamos fazendo a troca de equipamentos porque entendemos que o hotel precisa ser mais sustentável, mais eficiente, um dia após o outro”.
Há planos, também, para a compostagem de lixo orgânico, “uma vez que a cidade não possui empresas que façam a coleta desses resíduos e está sendo desenvolvido o projeto para a implantação de uma compostagem dos resíduos no próprio hotel, que dispõe de espaço físico”, informou Suzana Más Rosa.

Com relação ao investimento, Fernando Ribeiro não citou números. Entretanto, adiantou que o investimento é razoável e pode ser feito por qualquer empresa, desde que haja um planejamento das etapas. O lixo reciclável também poderia ser comercializado para geração de renda. Mas, o executivo do Sun Valley afirmou que prefere doar o material para a Cotracil devido ao alcance social da cooperativa que emprega dezenas de catadores.
Carolina e Marília mostram os
impressos destinados aos hóspedes
Já os 100 litros de óleo residual, gerados todo mês na cozinha do hotel, são comercializados com renda destinada ao fundo dos funcionários que realizam a confraternização de fim de ano em grande estilo. Isto é, com o exigente padrão de qualidade do Quality Hotel Sun Valley!

* Reportagem publicada na edição de 15.07.2012 do Correio Mariliense

Um comentário:

  1. Célia Bom Dia!

    Adorei a reportagem; é sinal que algumas empresas já estão se preocupando com a nova Lei 12.305/2010 que já se encontra em vigor; porém; a fiscalização com multas será a partir de Janeiro/2014. As empresar tem 1 ano e meio para se adequarem e com a relação a Suzana da Master Ambiental é uma excelente profissional que deu algumas aulas para mim e minha turma no Senac/Marília. Ela tem uma bagagem e um conhecimento extraordinário.

    Abraços.

    Sandro Ap. Medeiros

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