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Mostrando postagens de março, 2018

NAS TARDES DO GACCH, ARTESANATO UNE MÃES DE CRIANÇAS EM TRATAMENTO.

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Por Célia Ribeiro Em meio ao colorido dos fios de lã, barbante ou malha, mãos habilidosas executam movimentos cadenciados com a agulha de crochê. Aos poucos, o que era um esboço no caderninho de anotações materializa-se em delicados trabalhos que, para grande parte dessas artesãs, tornou-se importante fonte de renda. Elas formam um grupo muito especial: são mães de crianças em tratamento que se reúnem, nas tardes de terça-feira, no GACCH (Grupo de Apoio às Crianças com Câncer e Hemopatias), em Marília. Silza: voluntária foi aprender crochê para ensinar Voluntária há 12 anos na instituição, Silza Más Rosa lidera o grupo das terças. Ela é uma das mais de 50 voluntárias que, diariamente, desenvolvem algum tipo de atividade voltada para as crianças e suas famílias. O GACCH, que conquistou sede própria após uma grande ação apoiada pelo Panetone Solidário do Tauste, existe há 15 anos e é reconhecido por sua importância no acolhimento a milhares de pessoas, vindas de 62 municípios da r...

Guardião da floresta: produtor agroecológico quer proteção para nascentes e cachoeiras no entorno de Marília

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Célia Ribeiro As passadas largas, com os pés descalços desviando dos galhos, convidam ao passeio pela floresta onde o visitante se encanta com a variedade de espécies exóticas. A poucos quilômetros de Marília, no Distrito de Padre Nóbrega, o refúgio formado pelo produtor agroecológico José Antonio Nigro se funde a outro paraíso: o das nascentes e cachoeiras do entorno que ele sonha ver preservadas para as futuras gerações. Cachoeira no entorno de Marília: natureza ameaçada Conhecido pelas pimentas, ervas aromáticas, compotas, licores e uma infinidade de produtos que saem da propriedade diretamente para as feiras orgânicas, restaurantes e consumidores fieis, Nigro é um homem do mato. Mas, também, é um homem de forno e fogão. “Nasci cozinheiro”, costuma brincar ao explicar a paixão pela boa mesa. Todos os espaços são aproveitados para produção de mudas Por isso, zelar pela matéria prima de seus pratos passou pelo investimento na produção própria dos temperos, ervas aromát...

A CASA DAS SETE MULHERES: O EXEMPLO DE SUPERAÇÃO NA LAVANDERIA COMUNITÁRIA.

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Célia Ribeiro Pouco antes do meio-dia, com o sol a pino amolecendo o asfalto irregular do pátio, mal dava para sentir a leve brisa envolvendo as roupas no varal. Em uma espécie de balé descompassado, dezenas de roupas coloridas balançavam nos varais espalhados pelo terreno. Traziam, ao menos naquele instante, um pouco de esperança: o tempo bom e o calor são amigos de quem depende do clima para sobreviver. Entretanto, escondiam a angústia de quem enfrenta perdas diárias e segue adiante. Roupas secam sob sol forte Um dos principais e mais antigos projetos sociais da cidade, a Lavanderia Comunitária da Associação de Moradores do Nova Marília, localizada em frente à Paróquia de Santa Rita de Cássia, na Zona Sul, sobrevive pela perseverança de um grupo de mulheres encabeçado pela líder comunitária Laudite Ferreira Gaia Vieira. Aparecida Fátima é uma das mais antigas Na semana em que se comemora o “Dia Internacional da Mulher”, esse pequeno grupo ilustra a força e determinação da...

COLETOR DE LIXO DÁ EXEMPLO COM INICIATIVA BEM SUCEDIDA DE COLETA SELETIVA.

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Por Célia Ribeiro Quando o despertador toca, com seu som estridente, pouco antes do dia clarear, ele sabe que terá pela frente um dia desafiador. Afinal, terá que cruzar Marília de um extremo ao outro, registrar o ponto às 7h e tomar a condução que o levará para os bairros da zona norte. Mas, esta é apenas a primeira etapa do longo dia de trabalho que se encerrará ao anoitecer, em meio aos resíduos descartados pela cidade. Seu nome: Ângelo Moreira. Sua profissão: coletor de lixo! Angelo e seu pai: exemplo de cidadania Acompanhado do pai, Valdeir Aparecido Moreira, funcionário público aposentado, o moço de 34 anos e sorriso fácil conquista pela simpatia. A dupla é responsável pelo projeto inovador chamado “Reciclart” que coleta materiais recicláveis nos bairros, na FAIP e FAEF como mostrado na reportagem passada, e ainda contribui com entidades assistenciais. Seguindo a máxima de que “o pouco, com Deus, é muito”, o coletor e seu pai recolhem os recicláveis, separando-os correta...