Patrimônio gastronômico de Marília, desde 1.981, milhares de clientes têm alguma história para contar do Chaplin, o restaurante e pizzaria que as pessoas têm o prazer de apresentar aos parentes e amigos em visita à cidade. O que pouca gente sabe é que, por trás da gigantesca engrenagem que faz tudo funcionar como um relógio suíço, está uma preocupação ambiental levada a sério nos mínimos detalhes.
Chaplin é patrimônio gastronômico da cidade |
Madeira de reflorestamento |
RECICLAGEM
Para começar, o forno da pizzaria utiliza apenas madeira de reflorestamento. É uma boa notícia em tempos de desmatamento e seus reflexos no aquecimento global. As embalagens (vidros, latinhas de alumínio, tampinhas, plástico e papelão) são doados a um coletor de recicláveis que tira dali o sustento de sua família. Da mesma forma, o óleo das fritadeiras tem destino certo: uma empresa certificada recolhe e transporta o material até a cidade de Sumaré, na região de Campinas.
Fim do desperdicio de água |
O empresário observou que “a gordura vegetal da fritadeira é como o óleo de automóvel que deve ser trocado periodicamente. No caso da fritadeira é o tempo de uso. Nós procuramos trocar antes do prazo, para poder ter um melhor resultado no produto final para o cliente”. Como consequência, são gerados dezenas de litros de gordura, que se fossem lançados no esgoto, teriam um poder de contaminação devastador.
Sócios: (Esq) Fernando, Paulo, Paula, Marcelo e Lupércio |
Marcelo Diniz afirmou que o restaurante procura evitar o desperdício: “As sobras são doadas para um pequeno suinocultor. Aqui, nada do que está pronto é reaproveitado. É muito comum encontrar, nesta área, reaproveitamento, como o filé que sobra e vira croquete e assim por diante. Aqui não vira nada”.
Todo óleo é coletado e enviado à indústria em Sumaré |
Farinha feita do pão |
ÁGUA: BEM PRECIOSO
No poço artesiano do restaurante foi instalado um hidrômetro que mede a saída da água e, com isso, o Chaplin paga a taxa de esgoto proporcional ao DAEM. E, para evitar o desperdício, instalou torneiras automáticas nos lavatórios dos banheiros. Em tempos de falta de água, os empresários querem dar o exemplo.
Falando em exemplo, Marcelo Diniz disse que as ações voltadas à preservação ambiental também têm o objetivo de educar os funcionários do estabelecimento. Da separação do lixo aos cuidados com o uso racional da água e produtos de limpeza, tudo é feito pensando na sustentabilidade.
Para fazer o famoso torresmo há 30% de sobras de panceta |
Antes de encerrar a entrevista exclusiva, enquanto notava uma fila de fornecedores à espera de uns minutinhos, Marcelo Diniz deixou uma mensagem para reflexão: “É mais fácil viver pensando na sustentabilidade, na reciclagem, porque você tem um ambiente mais limpo, o que é bom para todos”. Para saber mais, acesse: http://www.chaplinmarilia.com.br/
*Reportagem publicada na edição de 25.09.2011 do Correio Mariliense