domingo, 31 de julho de 2011

COM UMA CARTILHA ORIGINAL, AMBIENTALISTA QUER OS JOVENS DISCUTINDO A SUSTENTABILIDADE


Por Célia Ribeiro

Antes do corte
Ao toque da campanhia, meninos e meninas correm para seus lugares e se preparam para a primeira aula do dia. A chegada do professor impõe respeito e o burburinho vai diminuindo numa sala da Escola Estadual Bento de Abreu, na zona leste. De repente, um barulho ensurdecedor invade o lugar e não há como conseguir a atenção dos alunos: são as motosserras derrubando os pinheiros plantados em 1.975, na Fazenda Cascata.

Aquelas crianças, que estão aprendendo sobre preservação ambiental, viram seus esforços caírem junto com os galhos e troncos das frondosas árvores. Apesar da mobilização que fizeram, dias antes, na esperança de impedir a erradicação dos pinheiros, tiveram que conviver com o ruído das máquinas destruidoras enquanto tentavam prestar atenção à aula. Como explicar esse contraste àqueles a quem se pretende ensinar, desde a mais tenra idade, a importância da preservação ambiental?

 Quem lembra esse dia é o ambientalista Rodrigo Más que, junto com outros militantes da causa, tentaram uma mobilização para evitar o corte dos pinheiros. Ele conta que a situação vivenciada naquele momento lhe deu mais força para concluir um projeto audacioso: através de uma cartilha inovadora, pretende trazer os jovens para o debate da questão ambiental.

Rodrigo Más
“Marília não tem educação ambiental. Até hoje eu não identifiquei educação ambiental na cidade. O que nós temos são alguns apontamentos, alguns sinais”, afirma o ambientalista, acrescentando que reconhece como válidas algumas iniciativas voltadas às crianças, “mas a gente não pode ficar só falando de economizar água fechando a torneira, de tambor colorido para o lixo", na coleta seletiva.

Para ele, “temos que pegar o jovem que está sendo jogado no mercado de trabalho, que está naquele consumo tecnológico, naquele consumo de alimento extremamente industrializado, num momento delicado da sua vida, e trazê-lo para um nova ordem, de concepção holística de vida, de bem estar, de consumo moderado, de valores de cidadania, de democracia participativa e mostrar que meio ambiente não é apenas um fetiche da sociedade moderna”.

Na cartilha que elaborou para a faixa etária de 14 a 19 anos, Rodrigo Más quer os jovens despertando para temas como a economia criativa e ocupação urbana: “Nós temos que quebrar o paradigma de desenvolvimento do século 20”, centrado nas grandes obras como indicadores de crescimento. “No nosso entendimento, a cidade está ótima, não precisa crescer mais. O que nós precisamos agora é agregar qualidade de vida porque a ocupação urbana está sendo irregular”.

PODAS RADICAIS

O ambientalista deixa claro que não está criticando pessoas ou órgãos. Mas, ressalta que falta planejamento: “As grandes obras, às vezes, não são tão bem utilizadas, às vezes são desnecessárias, são muito impactantes. Temos que ter um nivelamento social, fazer a ocupação urbana regular e não entrar nas APPs (Áreas de Preservação Permanente)”.

Na Rua Paraná, o contraste entre as duas árvores
Prosseguindo, Rodrigo comenta que “as pessoas levam muito para o campo da pessoalidade. Não critico o município nem tampouco alguma pasta. Mas, o meu olhar é de um ambientalista e eu não acredito que uma cidade que não preserve a paisagem urbana traga bons comportamentos aos cidadãos”, observa lamentando as podas drásticas que estão mutilando as árvores por toda a cidade.

Para ele, uma cidade “bem arborizada, bem oxigenada, vai refletir na saúde das pessoas, no dia-a-dia”. Ele acrescenta que “isso é um fato tão concreto que as pessoas buscam a Avenida Esmeralda para caminhar e não as margens das rodovias que têm um sentido de desertificação”.
Desolação na rua
Rodrigo revela tristeza ao percorrer a região central da cidade e se deparar com as árvores sem um galho, devido às podas drásticas: “A paisagem urbana não está sendo trabalhada e isso é um direito do cidadão, de ter uma cidade de uma estética preservada, bonita e bem conservada”.

Ele afirma que isso é possível. Em visita a Presidente Prudente, Rodrigo Más conheceu o Parque do Povo, localizado na região central: “Fiquei deslumbrado. As sibipirunas fazem parte da paisagem urbana. As fiações se adequam às sibipirunas e não as árvores se adequam às fiações. O parque tem internet Wi-Fi, concha acústica para as bandas se apresentarem e, por incrível que pareça, não achei um papel jogado no chão”.

CARTILHA
 Autor do conteúdo e ilustrações da cartilha, Rodrigo Más teve a colaboração do desenhista Maurício Mafea para a bonita capa. Ele pretende lançar a primeira edição com 10 mil exemplares e que o material sirva de apoio para os professores em sala de aula: “Quando fiz parte do Projeto Agente Jovem de Cultura, no polo de cultura e meio ambiente, percebi uma dificuldade de achar materiais impressos. Trabalhei muito com pesquisa na internet”, recorda.

Não sobrou nada
Rodrigo destaca que pretende apresentar um trabalho diferenciado das cartilhas básicas que tratam da questão ambiental: “O jovem do século 21 está inserido em outro contexto de meio ambiente. Então, decidi falar de ocupação urbana, de transformações abrangendo as estatísticas do IBGE, dos recursos hídricos e dei enfoque na importância da preservação dos rios na cidade e também sobre a economia criativa”.

Neste sentido, prossegue, assinalando que “Marília é uma cidade genuinamente industrial e nós precisamos estimular mais a parte criativa do jovem. Hoje, não dá mais para incentivar o jovem a fazer curso de marcenaria ou torneiro mecânico. Você tem que incentivar o jovem a criar software”.

Em sua opinião, “o Brasil se mantém muito em cima da economia primária. Estamos investindo pouco em economia criativa. É necessário, nessa economia globalizada, em que os mercados oscilam muito, investir mais nessa área para nos precavermos de uma possível crise mundial. Penso que Marília está na hora de começar a incentivar isso”.

Através da cartilha intitulada “Marília e Sustentabilidade – Transformações do Século 21”, Rodrigo Más espera colaborar com os professores nas discussões com os alunos: “Não podemos subestimar a capacidade dos jovens. Hoje estamos falando em plataformas de comunicação muito avançadas, de internet e tem a falsa impressão que o jovem está emburrecendo, o que não é verdade. Se você levar informação oxigenada, bem pautada, o jovem vai recepcionar, sim”.

Finalizando, o ambientalista revela o desejo de que “essa cartilha seja objeto não só de estudo, mas de muito prazer para o jovem”.

Reportagem publicada na edição de 31.07.2011 do Correio Mariliense
As fotos dos pinheiros são do fotógrafo Alexandre de Souza. As demais são de Célia Ribeiro

DICA VERDE

FOLHETO DO SEST/SENAT

Muito criativa e bem concebida a ideia do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) de falar sobre meio ambiente. Um folder com dicas intitulado “Guia de Consumo Consciente” mostra o que cada um pode fazer no dia-a-dia para preservar o planeta.

Assim, são passadas orientações de atitudes que fazem a diferença  em casa e no trabalho para economia de água e energia elétrica, além de evitar o desperdício de materiais no trabalho (recolher clips para reutilização, usar bloco de rascunho no verso de papéis já utilizados) etc.

E na última página, o Sest/Senat oferece um pacotinho com semente de ipês juntamente  as com instruções para o plantio. Original!

domingo, 24 de julho de 2011

PROJETO SEMEAR: PLANTANDO ESPERANÇA, VOLUNTÁRIOS BENEFICIAM CRIANÇAS CARENTES

Por Célia Ribeiro

De todas as riquezas, o conhecimento é o maior bem que alguém pode almejar. Não é perecível e nem pode ser roubado, acompanhando o seu dono onde quer que vá. Desde a antiguidade, a educação é a mola propulsora capaz de alavancar o desenvolvimento dos homens. Pensando nisso, um grupo de voluntários, irmanados nos mesmos ideais, decidiu agir criando uma organização não governamental diferente.

Batizada de “Projeto Semear Marília”, a ONG está engatinhando. Foi formalizada em dezembro de 2.010, embora a maioria de seus integrantes tenha uma longa história de solidariedade ao apoiar projetos sociais formais ou informais. Tudo começou em 2.008 quando o atual presidente da entidade, o juiz do Trabalho, Breno Ortiz Tavares Costa, e alguns amigos começaram a recolher materiais escolares novos para doação às instituições sem fins lucrativos.

O engajamento foi tanto que o grupo decidiu se reunir para criar a ONG que tem por objetivo apoiar projetos de outras entidades filantrópicas. É uma espécie de incubadora de boas ações porque, ao adotar uma instituição, a ONG “Projeto Semear” trabalha no sentido de levantar recursos para melhorar as condições de atendimento com foco na educação.

Voluntários do Projeto Semear: vontade de servir
 Segundo o vice-presidente, o advogado e professor da Univem, Alexandre Alves Vieira, a primeira entidade beneficiada é a Comunidade “Eurípedes Barsanulfo”, localizada na Via Expressa, zona sul da cidade: “A instituição tem um prédio muito antigo. Então, a gente quer reformar uma parte daquele espaço, onde está a biblioteca, para trabalhar a autoestima dessas crianças e adolescentes”.

Contando com doações dos membros da entidade (a partir de cinco reais mensais), colaborações de algumas empresas e profissionais liberais, a ONG espera revitalizar a entidade que atende crianças e adolescentes carentes daquela região. Segundo informações do portal   na internet, a reforma prevê: reconstrução total da biblioteca, disponibilizando computadores, impressoras, scanners, mesas para estudo, além de uma completa coleção de livros didáticos, literários e infantis; construção de uma sala de vídeo, com TV de tela grande, DVD e confortáveis cadeiras etc.

A entidade será revitalizada
FILOSOFIA
Apesar de grande parte dos membros pertencer à área jurídica--- porque tudo começou entre colegas advogados ---- a “Projeto Semear Marília” faz questão de ressaltar que não tem vinculação com grupos políticos ou religiosos. “Temos como objetivo promover a inclusão social de crianças e adolescentes, mediante a otimização dos espaços das instituições de caridade destinados às atividades escolares, pedagógicas e extracurriculares, visando, com isso, proporcionar melhores condições de estudo, elevando o sentimento de dignidade das crianças e adolescentes que frequentam estas instituições”, destacam os idealizadores.

Conforme a apresentação no portal na internet, os membros da ONG acreditam que “com a elevação da dignidade das crianças e adolescentes carentes cria-se um cenário favorável para o desenvolvimento de sonhos e perspectivas, afastando-as das drogas e marginalidade e aproximando-as dos estudos e crescimento pessoal”.
Dr. Alexandre, vice-presidente
Além das contribuições, a entidade pretende realizar eventos beneficentes para geração de renda. O primeiro deles acontece hoje, na Comunidade “Eurípedes Barsanulfo”. Os 200 convites colocados à venda para o almoço esgotaram-se rapidamente. Segundo o presidente, Breno Ortiz, a limitação de espaço não permitiu a emissão de convites extras.

Satisfeito com a adesão da comunidade à causa, ele passou a sexta-feira ultimando os preparativos para o almoço, com todo o grupo. A primeira semente vai ser lançada. Mas, o solo está ricamente adubado com muita vontade e, principalmente, irrigado com a solidariedade de todos que acreditam na proposta.

Reportagem publicada na edição de 24.07.2011 do "Correio Mariliense"




DANONINHO LEGAL

A Danone acaba de anunciar a nova versão de Danoninho Morango 360g, produto escolhido pela Empresa para participar do projeto “Sustentabilidade de Ponta a Ponta”, desenvolvido em parceria com a rede Walmart Brasil. Trata-se de mais uma inovação no portfólio de Danoninho e primeira da Danone a adotar o conceito de sustentabilidade ao lançar Danoninho para Plantar.
“A Danone está comprometida em tornar seu negócio cada vez mais ambientalmente sustentável e isso reflete diretamente em suas práticas e no desenvolvimento de novos produtos, como é o caso de Danoninho Morango 360g. A parceria com o Walmart é mais uma maneira de mostrar o quanto estamos empenhados em participar de iniciativas ligadas à sustentabilidade”, ressalta Mariano Lozano, presidente da Danone no Brasil. “Por meio de Danoninho, reforçamos não só a importância da nutrição, mas também promovemos a conscientização em relação ao meio ambiente junto às crianças”, conclui o executivo.

No desenvolvimento da nova versão de Danoninho Morango 360g, a Danone implementou melhorias em todo o seu processo produtivo, desde a produção do leite usado em fórmula até a embalagem final, garante o fabricante. As inovações tecnológicas contribuíram para a redução das embalagens e dos resíduos gerados, redução na quantidade de energia elétrica, térmica e óleo combustível no processo de produção, redução das emissões de CO², melhoria na qualidade e aumento da produtividade do leite, principal insumo. (Fonte: Andreoli MSL Brasil)

DICA VERDE


Uma ideia original: nem as folhas dos coqueiros dos jardins da Univem são perdidas. O coordenador de Comunicação e Marketing da universidade, Ivan Evangelista, encontrou um jeito diferente para guardar as revistas na sua sala. O revisteiro criativo chama a atenção dos visitantes. Vale a dica.

TOME NOTA!

PÓS-GRADUAÇÃO EM CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

Nos últimos anos, o Brasil tem registrado um aumento na demanda por empreendimentos que preservem o seu entorno e que priorizem a economia de recursos naturais e energéticos. De olho nestas demandas, a Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia (FDTE) e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI/USP) criaram a pós-graduação lato sensu em Construção Sustentável. O curso é destinado a capacitar engenheiros para que atuem no planejamento, projeção, execução e gerenciamento de empreendimentos com o uso de tecnologias que priorizam a redução dos impactos ambientais de uma obra. Além disso, diversos aspectos importantes como materiais “verdes”, durabilidade e gestão de resíduos e energias renováveis serão tratados nas aulas.
A seleção dos inscritos será baseada no currículo profissional e escolar, além de uma entrevista pessoal. O início das aulas está previsto para 1º de agosto de 2011. Inscrições e mais detalhes do curso podem ser obtidos em: http://www.poli-integra.com.br/index.php/cursos-presenciais/certificado-poli-usp. (Fonte M. Free Comunicação)

domingo, 17 de julho de 2011

PROJETO DE LÍDER COMUNITÁRIA CONTRIBUI COM O MEIO AMBIENTE E RESGATA A DIGNIDADE DE FAVELADOS

Por Célia Ribeiro

Como muitos migrantes, ela deixou o nordeste, há 20 anos, em busca do sonho de uma vida melhor. Enfrentou, como a maioria, todo tipo de dificuldade e privações. O que a difere dos conterrâneos é a fibra que não a deixa curvar-se diante de poderosos e nem sentir-se pequena porque acredita que as pessoas só precisam de uma oportunidade para alcançarem seus objetivos. Hoje, o “Correio Mariliense” vai contar a saga da pernambucana Oziane Batista dos Santos, moradora da Favela do Tóffoli, em Marília, interior paulista, que está lutando para emplacar um projeto inovador de geração de renda e preservação ambiental.
Favela do Tóffoli, na zona sul de Marília

Passa das 10 horas e ela está atrasada para a entrevista. Em contato telefônico, justifica a demora com a maior simplicidade, como se conhecesse sua interlocutora: “Vou me atrasar um pouquinho. É que consegui um remédio e estou levando para uma pessoa doente. Daqui a pouco chego aí”. Finalmente, 40 minutos depois, Oziane aparece toda sorridente e com um bom humor invejável que ilumina o lugar.

Oziane, mulher de fibra
Articulada, a artesã de 40 anos, solteira, que afirma manter um ótimo relacionamento com o ex-marido, também artesão, começa a falar sobre a vida difícil na favela onde se instalou há 18 anos. “Fui uma das primeiras moradoras”, recorda, dizendo que tem os pés no chão e abomina a ideia da ociosidade. Para ela, as pessoas precisam ganhar o próprio sustento para terem dignidade.

 Ex-catadora de recicláveis, Oziane sobrevive do artesanato com papel reciclável e garrafas PET. Por isso, a partir de oficinas no SENAC, surgiu a ideia de elaborar um projeto para capacitar as mulheres das diferentes favelas da cidade para a produção de vassouras à base de PET: “A reciclagem é a solução do planeta. Não tem para onde correr e com ela vem a sustentabilidade de mãos dadas”, ilustrou.
 
Eprosseguiu: “Segundo as pesquisas, a garrafa PET é o maior poluidor ambiental e a gente precisa dar uma definição para essas garrafas. Do PET se faz milhões de coisas”, disse mostrando os objetos que produz e vende (arranjos florais, bijuterias, jogo americano, sacola retornável etc).

Ressalvando que esse não é um projeto inédito, Oziane explica que em Marília será pioneiro e, com determinação, procura o apoio de parceiros. Segundo ela, serão necessários 30 mil reais para a aquisição de maquinário e a construção de um barracão. O resto fica por conta dela: capacitar as mulheres das favelas para que produzam as vassouras a partir das garrafas PET e com a venda da produção possam mudar de vida.
Sacola de restos de fita plástica

 Habitação

Autodidata, a artesã procura se informar sobre tudo. Assim, quando fala sobre desfavelamento e projetos habitacionais populares coloca logo seu ponto de vista, sem meias palavras: “Geração de renda e habitação caminham juntas. Se a gente não se unir, não se organizar para resolver esse problema vai ficar muito sério mesmo. Como uma pessoa ganha uma casa, que custe 30 reais de prestação, se ela não tem geração de renda como ela vai pagar?”, questiona.

A artesã vai além e observa que “ninguém dá nada de graça para ninguém. A gente precisa organizar essa sociedade que está à margem da pobreza, da miséria, que vive do resto das pessoas”.

 A líder comunitária, que integra os Conselhos Municipais da Saúde e da Habitação e, recentemente, o Fórum Social de Marília, só não quer uma coisa: que o projeto seja usado para política como moeda de troca entre os políticos profissionais. Por isso, disse que ficou feliz ao apresentar sua ideia à ONG Marília Transparente (Matra): “Senti que na Matra eles levam a coisa a sério. Espero que me apoiem nesta luta”.

Garrafas PET viram vassouras resistentes
Oziane disse que já fez contato com algumas empresas para tentar viabilizar o projeto, mas não há nada de concreto ainda. Enquanto isso, ela trabalha na articulação das lideranças das principais favelas (Tóffoli, Salvador Salgueiro e Argolo Ferrão): “Estamos chamando pessoas que não tenham vínculos políticos” assinalou, acrescentando que a geração de renda possibilitará que as famílias consigam pagar por uma unidade habitacional e deixem as favelas devolvendo as áreas ocupadas ao cinturão verde da cidade.

A delicada flor de garrafa PET
 “A gente precisa de apoio para deslanchar. É uma questão ambiental, principalmente, porque entregaremos o cinturão verde que eles tanto querem, que é a área verde que contorna Marília, para que seja reflorestada e preservada, dando uma casa decente” àqueles que hoje vivem em situação irregular em áreas de preservação permanente.

* Reportagem publicada na edição de 17.07.2011 do "Correio Mariliense"

DICA VERDE

Uma alternativa às sacolinhas plásticas para o lixinho da pia, econômica e fácil de fazer.

Essa dica está disponível em vários sites na internet e já foi publicada no "Correio Mariliense". Atendendo a diversos pedidos de leitores, republicamos a nota:

Acompanhe o passo a passo abaixo

1. Faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca, e assim terá um quadrado;

2. Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo;

3. Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda;

4. Vire a dobradura e, novamente, dobre a ponta da direita até a lateral esquerda;

5. Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro;

6. Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação;

7. Abra a parte de cima e você verá o saquinho pronto!

8. Agora é só encaixar dentro do seu cesto de lixo e abandonar de vez o saco plástico
Fonte: http://eco4planet.uol.com.br/blog/2010/09/faca-voce-mesmo-saco-de-lixo-de-jornal-velho/  Neste site, você encontra a Ana Maria Braga fazendo o saquinho no programa da TV Globo.

sábado, 9 de julho de 2011

ESCOLA DE JOVENS E ADULTOS USA MÉTODO ALTERNATIVO PARA FALAR DE SUSTENTABILIDADE

Por Célia Ribeiro

Aconchegados à sombra do imponente ipê rosa, sentados em rústicos banquinhos de concreto, e tendo sob os pés um tapete de flores, quatro educadores conversam animadamente. A exemplo das disciplinas que lecionam (química, física e biologia) eles estão focados num objetivo comum: o desenvolvimento integral de seus alunos, segundo uma visão transformadora capaz de replicar o conhecimento dos estudantes junto às suas famílias, aos vizinhos, enfim, junto à comunidade na qual estão inseridos.
Sílvia, Tânia, Sílvia Helena e João Paulo
O Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos (CEEJA) “Professora Sebastiana Ulian Pessine”, localizado no cruzamento das ruas Coronel José Braz e 24 de Dezembro, é uma instituição de ensino diferente que o “Correio Mariliense” retratou em reportagem, no início do ano (leia aqui). Passados quase 100 dias, voltamos à escola para registrar os avanços do projeto educacional modelo que está mudando a vida de pessoas de faixas etárias tão distintas (dos 16 aos 70 anos), que em comum têm a vontade de estudar e conseguir o sonhado primeiro diploma.

A água da chuva, armazenada na cisterna (ao fundo)
volta à natureza irrigando a horta orgânica
Observados pelo zelador Marcos Augusto Pereira Gomes, que acabou de molhar a horta orgânica, o coordenador pedagógico João Paulo Francisco de Souza e as professoras Sílvia Guedes (química), Tânia Mara da Silva (física) e Sílvia Helena Bernardes da Silva (biologia) escolheram o cantinho da leitura, ao lado da calçada ecológica, para conversarem sobre a proposta que une educação, sustentabilidade e qualidade de vida.

“Tem vários projetos na escola. O meu que reúne química, biologia e ciência é voltado para a saúde, a reciclagem, o meio ambiente”, explicou a professora Sílvia Guedes. A horta, prosseguiu, além de fornecer legumes e verduras fresquinhos e orgânicos para a alimentação oferecida na escola, serve de pano de fundo para experimentos e trabalhos ao ar livre.
Detalhe das bananas amadurecendo
O CEEJA é um dos pioneiros na implantação de boas práticas. Por exemplo, adotou a coleta seletiva de lixo há alguns anos e foi premiado pelo projeto que utiliza água da chuva armazenada numa grande cisterna. Aliás, é essa água que irriga a horta e o pomar onde árvores frutíferas começam a produzir bem no coração da cidade.

ATUALIDADES

Espetáculo da natureza
Aproveitando a grande repercussão de notícias como o terremoto, seguido de tsunami, que atingiu o Japão, bem como o vazamento da usina nuclear, a professora Tânia Mara da Silva usa fatos reais para estudar fenômenos físicos: “Nosso projeto é sobre os fenômenos da natureza tendo como gancho o acidente na Ásia”, disse explicando que cada professor enfoca o tema sob a ótica de sua disciplina e depois, em oficinas, o projeto global é trabalhado por todos.

De acordo com o coordenador João Paulo, os projetos serão apresentados na formatura, em outubro, mas não se encerrarão: “Nosso foco é o meio ambiente e a qualidade de vida. Mas, tem vários projetos que vão linkando com esses. A gente trabalha alguns temas transversais que são comuns a várias áreas”.
O zelador e o professor conferem a qualidade das verduras
E o resultado não poderia ser melhor, segundo a professora Sílvia: “Assim fica muito mais atraente. O aluno se interessa mais; ele é curioso e vai se sentir atraído por aquele assunto. A nossa pretensão é que eles apliquem esses conhecimentos. Por exemplo, se tiverem algum erro na alimentação, eles vão corrigir e vão levar esses conhecimentos para a comunidade onde vivem, para a família”.
 Ela assinalou que “a meta é estender tudo isso para que eles possam, fazendo acertos e consertos no meio ambiente, ter qualidade de vida. Afinal, a vida só terá qualidade se o ambiente estiver bem conservado, preservado, cuidado”.

DESAFIOS

Para o coordenador, a proposta pedagógica diferenciada é um desafio: “A gente consegue isso contextualizando todo o conhecimento. Todo o saber circula na escola e fora da escola. A gente tenta contextualizar para a nossa realidade que é uma realidade diferente. A gente lida com alunos que, em algum momento, deixaram de estudar”, observou. Ele contou que a receptividade tem sido tão boa que uma aluna, que iria se atrasar para a formatura, pediu que a aguardassem: “Ela disse que esperou 30 anos por isso”, relatou.
Por outro lado, o professor João Paulo comentou que a escola usa a criatividade para driblar a falta de recursos e lamenta que algumas ideias precisem ser adiadas. Como exemplo citou a produção de sacolas retornáveis que a escola pretende desenvolver e espera contar com apoiadores para tirar o projeto do papel. Da mesma forma, os professores querem adquirir canecas personalizadas para os alunos eliminando os copos descartáveis.

Ele disse que também faltam recursos para a produção de material de divulgação: “Um trabalho do Grêmio Estudantil é divulgar os projetos e o funcionamento da escola. Muitos alunos chegam aqui sem entender a dinâmica da escola porque eles têm 04 ou 05 professores para atendê-los. Eles não entendem que o atendimento é individual e depois tem as oficinas para complementar o trabalho em equipe, da pesquisa de campo”, assinalou.
Pátio interno dedicado à leitura

É esse modelo, digno de aplausos, que precisa ganhar visibilidade para inspirar outras iniciativas inovadoras e dar oportunidade a quem deseja concluir o ensino. Atualmente, a escola está com aproximadamente 1.400 alunos. Quem quiser visitar o projeto ou colaborar pode entrar em contato com o coordenador pedagógico no e-mail: jpgaruda@prof.sp.gov.br Para conhecer mais, acesse: http://revistadesacis.wordpress.com

* Reportagem publicada na edição de 09.07.2011 do "Correio Mariliense"

DICA VERDE

BIKE ELÉTRICA
Um novo modelo de bicicleta elétrica, a Sports Bike, da linha EvoluBike chega ao mercado com a proposta de promover o espírito aventureiro sobre duas rodas. Estilosa e com design arrojado, a Sports Bike possui pneus com cravos maiores e mais largos que absorvem impactos de forma mais eficiente, amortecedores dianteiros e traseiros que reduzem os impactos sentidos pelo ciclista, informa o fabricante.

 Um dos engenheiros responsáveis pelo projeto, Alexandre Lima, afirma que a ideia do projeto para este modelo foi o incentivo à prática de atividade física. “Pessoas com menor resistência física ou pequenos problemas musculares podem continuar a se exercitar, já que o motor elétrico ecologicamente correto pode ser acionado a qualquer momento, auxiliando quem estiver pedalando. Claro que é fundamental consultar um médico antes de iniciar qualquer exercício físico”, diz ele. (Fonte: www.bbnbrasil.com.br )

 TOME NOTA

Entre os dias 21 e 23 de setembro, o Centro de Ciências Agrárias (CCA), campus Araras da UFSCar, realiza o I Simpósio de Agroecologia e Desenvolvimento Rural. O evento é aberto para estudantes, pesquisadores, profissionais e demais interessados pela área. Inscrições para apresentação de trabalhos podem ser feitas até 15 de julho, pela internet. A Agroecologia, além de tratar da terra e de produção, aborda também a preservação do meio ambiente e as responsabilidades social e econômica.

O Simpósio será realizado com o objetivo de mostrar, discutir e compartilhar trabalhos e experiências e promover contatos e parcerias com outros cientistas da área, contribuindo para a divulgação da pesquisa científica em Agroecologia no País. Informações no blog do Simpósio, em http://blog.cca.ufscar.br/ppgadr/sadr , pelo e-mail: simposioppgadr@cca.ufscar.br ou pelo telefone (19) 3543-2582 (Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar)


domingo, 3 de julho de 2011

ESCOLA DE FILHOS: O CURSO É PARA OS PAIS, MAS A RESTAURAÇÃO OCORRE EM TODA A FAMÍLIA

Por Célia Ribeiro

Não há carteiras, quadro negro, chamada oral e muito menos campanhia com som característico avisando o início da aula. Mas, para dezenas de pais o compromisso com o aprendizado semanal, realizado em grupo, será o divisor de águas que inaugura uma nova fase no relacionamento familiar. Esta é a proposta de um dos cursos de Educação de Filhos da Universidade da Família, sediada em Pompéia e ministrado em Marília pela 1ª. Igreja Presbiteriana Independente.
Pastor Fabiano Bueno de Sá
Parece uma proposta inovadora. Entretanto, o curso “Educação de Filhos à Maneira de Deus” já tem 10 anos, explica o pastor Fabiano Bueno de Sá, detentor de um sólido currículo: além de teólogo, é psicólogo e mestre em Educação. Cerca de 50 casais são atendidos, anualmente, com a formação de 04 turmas por semestre. Podem participar casais, bem como pais ou mães solteiros de qualquer religião.

“Na verdade, esse curso é para educar os pais. Os 15 encontros semanais ocorrem nos lares, nas casas. São reuniões bem menos formais do que se fossem aqui no templo”, comentou o pastor Fabiano, assinalando que “a finalidade é trazer princípios cristãos para a educação dos filhos”.

Com brilho no olhar, o coordenador não esconde a emoção ao falar dos resultados práticos: “Esse curso tem se mostrado muito importante, tem resgatado até mesmo os princípios do casamento, os princípios familiares. Tem aproximado os pais dos filhos e os filhos dos pais, trazendo de forma muito concreta uma transformação significativa na vida familiar”.
Augusto e SilvIa, com filhos Ryan,
Giovana e Bárbara

Segundo ele, a sistemática funciona da seguinte maneira: uma vez por semana, o grupo de pais se reúne na residência de um dos casais onde ocorrem três momentos: “Inicialmente, a explicação da aula, em seguida há o momento do compartilhar das tarefas e há o momento de confraternização, com um coffee-break, que funciona como um momento terapêutico. Então a aprendizagem se dá pela interação e não só pela informação”, acrescentou.

O pastor Fabiano explicou que “os casais fazem suas lições em casa e voltam para o curso, na semana seguinte, onde compartilham as suas respostas. Um auxilia o outro”. Conforme disse, “o que começa com uma coisa muito simples termina com laços afetivos muito fortes, muito intensos, porque os casais acabam se ombreando”.

PORTAS ABERTAS

O pastor de Famílias da 1ª. Igreja Presbiteriana Independente de Marília fez questão de frisar que “esse não é um curso para a igreja. Esse curso é oferecido a todos, assim como os demais”, disse citando outros módulos disponíveis à comunidade: “Casados para Sempre”, “Finanças”, “Guia Profissional” (para jovens) e o “Curso de Noivos”. Segundo ele, trata-se de “cursos oferecidos para a cidade de Marília. O nosso principal foco é abençoar a cidade com princípios cristãos, com princípios éticos que possam mudar, de forma significativa, a conduta dessas pessoas oferecendo subsídios a elas”.
Família feliz: Adriano e Josiane com os filhos João Pedro e Mariana

Perguntado se mudou muita coisa desde as primeiras edições, 10 anos atrás, até os dias de hoje, o Pastor Fabiano afirmou que os pais costumam ter uma falsa percepção de que está tudo indo bem porque oferecem conforto e segurança à sua família. “Na verdade, nós devemos, sim, alertar nossos filhos para as maldades do mundo”, pontuou.

O pastor Fabiano lembrou que “coisas que não eram ensinadas há 10 anos precisam ser ensinadas agora. Por exemplo, não gostaríamos de prevenir nossos filhos contra a violência, contra o abuso, contra a violência sexual contra nossas crianças, contra o cigarro, a maconha, contra os princípios que vão ferir o relacionamento da família. Hoje, percebemos que surge a necessidade de estarmos ensinando nossos filhos a terem cautela, a cuidarem de seu próprio corpo, a não permitirem que estranhos toquem no seu corpo, não permitirem que pessoas de fora ofereçam coisas que não sabem o que venham a ser”.

Neste sentido, o pastor afirmou que os pais devem “ter a supervisão dos relacionamentos e amizades dos filhos. Achávamos, tempos atrás, que pelo simples fato das pessoas estarem convivendo na igreja, com pessoas da igreja, nada disso ocorreria. Isso é uma ilusão. Nossa sociedade hoje vem crescendo, desenvolvendo, evoluindo e essas coisas ruins têm chegado a nós, também”.
Luís Gustavo e Taís com os filhos Lucas e Maria Eduarda

Citando a Bíblia --- “Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velha não se desviará dele” --- o pastor de Famílias disse que muitos pais “acham que as crianças são pequenas demais para serem ensinadas e educadas; então acabam criando comportamento de tolerância, toleram uma birra, toleram e reforçam um comportamento inadequado com a mentalidade de que são apenas crianças e não estão entendendo o que estão fazendo”.

Como resultado, prosseguiu o pastor Fabiano, “quando percebem, essa criança já tem 15, 16, 17 anos de idade e eles não conseguiram, até esse tempo, ensinarem pela vivência, pelo exemplo. O ensino cristão ocorre muito mais pelo exemplo”. Muitos pais chegam ao curso em situação de desespero, revelou.

Ao fazer uma retrospectiva desses casais, explicou o pastor, “percebemos que houve uma falha muito importante na educação de seus filhos ainda na primeira ou segunda infância. Então, nossos cursos têm um aspecto preventivo também. Orientamos e incentivamos os pais mais novos a participarem do curso para que possam assim livra-los de muitos empecilhos, de transtornos no desenvolvimento da criança”.

RESTAURAÇÕES FAMILIARES

“Temos muitos casos de casais que estavam se separando e que se uniram por causa dos seus filhos. Interessante que, por pior que esteja o relacionamento entre um homem e uma mulher, num casamento ou numa união estável, eles têm a preocupação com os filhos. Quando eles começam a ter a noção da importância de um lar bem ajustado, de um relacionamento saudável entre o pai e a mãe, eles começam a perceber que eles estão prejudicando, sendo empecilhos ao desenvolvimento emocional, espiritual e cognitivo de suas crianças”.
Pais zelosos, Junior e Juliana
com a filha Isadora
Preservando as identidades, o pastor Fabiano contou que “diante dessa responsabilidade, muitos casais acertaram o seu relacionamento conjugal; muitos pais passaram a dar mais atenção aos filhos; filhos que estavam à margem da sociedade, envolvidos com drogas, com álcool, com comportamentos promíscuos, deixaram seus vícios e as más condutas e de fato viveram uma vida mais harmoniosa, uma vida cristã dentro de seus lares”.

Prosseguindo, o coordenador afirmou que “Educando Filhos” é uma responsabilidade dos pais e, por isso, quando os pais fazem o curso em 15 lições, passam a ter um relacionamento restaurado dentro da família, “é um momento de cura emocional” que transforma os lares. “Temos inúmeros relatos de filhos que estão muito mais felizes e satisfeitos com seus pais, que estão se sentindo amados pelos pais terem tido essa mudança”, acrescentou.

Para trabalhar o conteúdo programático do curso, são enfocados temas como: formação moral das crianças; a importância de dizer aos filhos que eles são amados pelo pai e pela mãe; ensinar as crianças o respeito pela autoridade, pelos mais velhos, os princípios da obediência; ensinar a disciplina com encorajamento, não punindo os filhos pelos erros, mas reforçando seus comportamentos positivos; ensinar o arrependimento, o perdão e a restauração, entre outros.

José e Bete com as filhas
Ana Letícia e Giovana

Finalizando, o Pastor Fabiano observou que “quando uma criança tem a oportunidade de crescer num lar saudável, aquilo vai fazer parte da sua consciência moral, vai ser para sua vida um modelo”. E concluiu: “Todo curso, na verdade, está relacionado aos princípios cristãos, mas não apenas na parte teórica. Esses princípios se referem à aprendizagem por imitação. Os filhos verão que esse curso fez uma diferença muito importante na vida de seus pais. Eles vão aprender não por aquilo que seus pais falam, mas por aquilo que seus pais fazem com eles”.

SERVIÇO: Para conhecer mais sobre a Universidade da Família, acesse: http://www.udf.org.br/. Informações sobre o curso podem ser obtidas na Secretaria da 1º Igreja Presbiteriana Independente (Rua 4 de Abril, 551), telefone (14) 34332856. O site da igreja, que em 2011 completou 80 anos, é http://www.ipimarilia.com.br/

*Reportagem publicada na edição de 03.07.2011 do "Correio Mariliense"